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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Agências admitem inscrições de cursos de Humanas no Ciência sem Fronteiras

Mesmo com a decisão da Justiça, que suspendeu anteontem uma liminar que permitia a participação de universitários da área de Humanas no Ciência Sem Fronteiras (CsF), as agências de fomento responsáveis pelo programa ainda permitem que alunos de todas as áreas, incluindo Humanas, inscrevam-se no edital que teve seu prazo estendido para o dia 25 deste mês.

A decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 5.ª Região não alterou o quadro de indefinição dos estudantes de Humanidades e também de universitários de Saúde que ainda criticam a falta de clareza na definição detalhada dos cursos que podem participar do programa. A crítica é focada em pelo menos duas das áreas consideradas prioritárias pelo CsF: Ciências da Saúde e Indústria Criativa.
Cursos como Enfermagem e Fisioterapia, mesmo fazendo parte das Ciências da Saúde, haviam sido excluídos na retificação feita no edital aberto em novembro do ano passado que restringia os cursos elegíveis. A exclusão atingiu também mais de 20 cursos da área de Humanidades, como Comunicação, Cinema, Mídias Digitais e Design de Moda.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) – responsáveis pelo CsF – afirmam que a permissão para que alunos de todos os cursos se inscrevam no programa se justifica “pelas dificuldades técnicas nas inscrições dos candidatos”. No início do mês por exemplo, alunos de Design e de Sistemas de Informação, por falha no sistema, tiveram dificuldade em concretizar as inscrições.

As agências de fomento informam, contudo, que, ao final do processo, a candidatura ainda seria analisada de acordo com as regras do programa. Segundo o Estado apurou, as agências têm resistência em delimitar os cursos elegíveis, tendo em vista a dificuldade em categorizar cursos como sendo tecnológicos ou não tecnológicos.
 
O fato é que a liberação do sistema ainda é vista com desconfiança pelos estudantes. “Mesmo conseguindo me inscrever, ainda não dá para ter certeza de que a minha inscrição, depois de passar pela universidade, será homologada pela Capes”, diz a aluna de Psicologia da Universidade de Brasília Laura Percilio Santos, de 22 anos.
 
Mas a incerteza dos estudantes perde força diante de uma pequena esperança. “Eu cheguei a falar com a chefe-geral do Ciência sem Fronteiras. Segundo ela, todas as inscrições serão analisadas de forma igualitária, levando em conta os critérios adotados nos editais anteriores”, diz o aluno de Jornalismo da PUC Minas, Igor Silva, de 19 anos. Ontem, ele foi à Capes, em Brasília, reforçar esse pedido de análise igualitária, especialmente para cursos de Humanas que poderiam estar vinculados à Indústria Criativa.
A preocupação dos universitários tem fundamento. Na última sexta-feira, foi publicada uma portaria deixando expresso que cabem à Capes e ao CNPq “definirem a pertinência das candidaturas às diversas áreas e temas, conforme o curso de origem dos candidatos”.

Mais críticas
Além da falta de detalhamento, os estudantes prejudicados com a decisão ainda criticam a exclusão de cursos de Humanidades e Ciências Sociais com forte relação com a tecnologia, como Audiovisual, Cinema de Animação e Mídias Digitais, quando vinculados à área da Indústria Criativa.
Posicionamento endossado por especialistas em Indústria Criativa como Rodrigo Cintra, coordenador do curso de Relações Internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
“Acho um erro do governo ignorar que os cursos da área de Humanidades têm dinâmicas diferenciadas. Com a exclusão total desses cursos, a Economia Criativa fica diminuída”, diz Cintra.

Outro lado
Consultado, o Ministério da Educação (MEC) afirma que “a decisão da Justiça é bem clara: a inscrição é por área, não valendo a de Humanidades. Só valem as áreas prioritárias do programa, voltado às ciências básicas: matemática, física, química, biologia, as áreas das engenharias, tecnológicas e ciências da saúde”.A pasta ainda informa que “o Brasil tem um dos maiores índices per capita de psicólogos e advogados”.
Opinião semelhante à de Gustavo Balduino, secretário executivo da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) – entidade que representa as universidades federais. “O Ciência sem Fronteiras não é um programa de assistência social, para ter cotas. Em outros editais de outras agências de fomento, inclusive, a quantidade de bolsas para Humanas é até quatro vezes superior ao da área de tecnologia.”

Entenda o caso
Ainda que o foco principal do Ciência Sem Fronteiras – programa de intercâmbio de estudantes do governo federal – seja a área tecnológica, na primeira chamada do programa, realizada no ano passado, universitários de Humanas foram contemplados. Eles ganharam bolsa pela área da Indústria Criativa.
Assim, alunos participantes da segunda chamada, aberta em novembro, pleiteavam que as candidaturas fossem julgadas da mesma forma como ocorreu na primeira etapa – quando estudantes de Arquitetura, Comunicação e Artes conseguiram as bolsas. Mas o governo decidiu barrar essa brecha e publicou em novembro uma retificação restringindo os cursos. A modificação foi o objeto central da disputa judicial.
 
 DAVI LIRA - O ESTADO DE SÃO PAULO - 17/01/2013 - SÃO PAULO, SP

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Educação de qualidade, mais escolas de ensino básico e muito mais.


Para sair dos últimos lugares no ranking da educação....

 

Brasil precisa de mais vagas para o ensino superior, diz Mercadante


RECIFE - Para um auditório lotado de estudantes, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que o Brasil precisa de mais vagas no ensino superior. O primeiro processo seletivo de 2013 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) teve 1.949.958 de inscritos para 129.319 vagas em 3.752 cursos. No ano passado, 4,2 milhões de estudantes prestaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), pré-requisito para disputar uma vaga em instituição pública de ensino superior pelo Sisu.

“Diante dessa demanda, que direito tem um ministro da Educação de não continuar lutando por mais vagas?”, disse Mercadante ao participar hoje (20) do 14º Conselho Nacional de Entidades de Base (Coneb) da União Nacional dos Estudantes (UNE). O ministro destacou também que a educação foi o setor que recebeu o maior investimento em 2012.

O objetivo é dobrar o número de vagas disponíveis e, para isso, Mercadante voltou a ressaltar a importância da aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), que aguarda parecer no Senado Federal. O governo defende que 10% do Produto Interno Bruto (PIB) seja destinado à educação. No entanto, o ministro apresentou aos parlamentares, em novembro do ano passado, dados demonstrando que para esse investimento previsto no PNE deveria haver um acréscimo de R$ 200 bilhões.

“É preciso determinar de onde virá esse financiamento. Temos que vincular 100% dos royalties do petróleo e 50% dos rendimentos do Fundo Social do pré-sal. Se não fizermos isso, essa riqueza vai ser pulverizada", explicou.

Uma das prioridades é fazer com que as universidades gerem conhecimento. De acordo com Mercadante, o Brasil produz 13% da produção científica internacional e o objetivo é ampliar essa porcentagem.

Em relação às instituições de ensino superior particulares, o ministro foi enfático: “Cursos com baixa avaliação, em trajetória negativa, não vão abrir vagas para o vestibular em 2013 e vão caminhar para o fechamento se não houver uma reestruturação. Não vai ter jeitinho ou colher de chá. Quem quer abrir curso superior que tenha condições de oferecer qualidade."

O 14º Coneb da UNE acontece no Recife (PE) até segunda-feira (21). Este ano foram mais de 3,5 mil inscrições de entidades de todas as regiões do país. Sob o tema “A Luta pela Reforma Universitária: do Manifesto de Córdoba aos Nossos Dias”, o Coneb oferece debates e grupos de discussão sobre temas ligados às universidades e ao Brasil. Ao final, os delegados vão decidir os rumos e posicionamentos da UNE para 2013. O evento antecede a Bienal da UNE espaço de diálogo de estudantes e movimentos culturais que, este ano, está em sua 8ª edição.

(Agência Brasil)

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

A contribuição teórica do PT/MEC para ENEM. Imigrações do Século XXI para o Brasil

Haitianos em Brasileia serão transferidos para novo espaço até a próxima segunda-feira

Quem iria a pensar que para o ENEM o tema da redação poderia estar relacionada com as imigrações para o Brasil no século XXI. 

Visto de outra forma. Quem, no seu pleno equilíbrio físico, mental e emocional iria a submeter aos alunos a desenvolver um tema tão absurdamente irrelevante, como o formulado pelo MEC o dia da realização do ENEM. Quem? somente poderia ser o Mercadante cada dia menos identificado com a educação e mais preocupado com sua possibilidade em disputar o governo de São Paulo. 


O dia do ENEM procurei e não encontrei informação consistente e argumentos teóricos para realizar uma redação sobre o tema. Podemos até aceitar que redação pode ser feita sobre qualquer tema, entretanto, o MEC teria a obrigação de selecionar um tema que conta-se com fundamentos, referências históricas e informação apropriada à população alvo, alunos do ENEM. 


Quem se sairá melhor serão obviamente os que tenham ouvido alguma declaração ou notícias da imprensa sobre um grupo de bolivianos ou haitianos que vieram ao Brasil na procura de trabalho. 


Não pode se falar, de forma nenhuma de correntes migratórias, conhecidas em outras regiões do planeta. Menos ainda, nada teria a ver com alguma tendência que seja a característica do Século XXI no Brasil. 


Isso é infantilismo político do PT e nada mais. Não existe teoria sobre o assunto e menos referências históricas. 


Veja a matéria sobre "imigrações" de haitianos.   



Com aluguel atrasado e ordem de despejo decretada, os haitianos que ainda dependem de vistos da Polícia Federal para regularizarem a situação no país vão se mudar para um clube abandonado até segunda-feira (19). Atualmente eles estão alojados em uma casa particular e se espalham pelos cinco quartos, varanda e um galpão nos fundos do terreno, no bairro Ferreira da Silva.

O Esporte Clube Brasileia, para onde serão levados, tem cerca de mil metros quadrados de área coberta, sem paredes laterais. Na verdade, é um galpão aberto. Ontem (13), o representante do governo do estado, Damião Borges, levará alguns haitianos para fazer a primeira limpeza do lugar.

No início da manhã, a Agência Brasil esteve no local. O mato alto cobre os 5 mil metros quadrados de terreno. O clube está em condições precárias, com as paredes rachadas, algumas sem reboco, lixo – garrafas, folhas, pneus, papel – jogado no chão e o piso quebrado.

Os quatro banheiros, dois coletivos e dois com vasos sanitários quebrados, não dispõem de chuveiros nem de pias. A ampla cozinha só dispõe de uma pequena bancada com pia, sem torneira.

Em outro cômodo interligado com a cozinha a situação é a mesma de todos os demais: muito lixo e sujeira. O desafio do representante do governo do estado na cidade, Damião Borges, é tornar o lugar habitável em cinco dias.



“Não tem mais jeito de ficar aqui [no atual alojamento], tenho até segunda-feira para mudá-los daqui. É o que temos”, disse Damião à Agência Brasil. O funcionário do governo do Acre destacou que ainda nesta semana o fornecimento de água e luz, cortado por atraso nas contas, será restabelecido.

Borges reconheceu que, pelo prazo de que dispõe para mudar os haitianos, as reformas serão “básicas”. Ele disse que o piso e as paredes receberão uma camada de cimento, os banheiros serão consertados e, para garantir o abastecimento de água, serão instaladas cinco caixas d’água de 2 mil litros cada.

Nesse período de pouca chuva é comum o racionamento de água no local. Borges ressaltou que o antigo clube era uma empresa composta por 100 pessoas que desativaram o local.

De acordo com o servidor, o governo estadual comprou o local, assumiu as dívidas e depositou R$ 380 mil para os atuais proprietários. Estes, por sua vez, questionaram o valor e pedem R$ 700 mil pelo terreno e o clube. A demanda está na Justiça.

Na expectativa de uma nova chegada de haitianos ilegais a Brasileia, a reportagem permaneceu durante parte da madrugada em frente ao atual alojamento e constatou a desenvoltura com que os imigrantes ilegais transitam no bairro.



Sem energia na casa, eles permaneceram até a madrugada nas calçadas bebendo cerveja e refrigerantes. Integrados à comunidade local, os haitianos não causam qualquer problema, segundo relatos de moradores.

A pedido de um dos imigrantes, o vizinho Jamisclei Ferreira Campelo, de 33 anos, comprou um celular, aparelho de uso comum deles. Como não tem a entrada no país legalizada, eles estão impossibilitados de ter aparelhos de telefonia móvel e outros eletrodomésticos, mesmo dispondo do dinheiro para a compra.

“Eles são tranquilos, não incomodam ninguém. Nós temos dó deles porque não têm nada”, frisou Filomena Maria César, 66 anos, também moradora do bairro Ferreira da Silva.

Por: Marcos Chagas Enviado
Fonte: Agência Brasil – EBC
Edição: Tereza Barbosa

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O pensamento único, o ENEM e o achismo do Ministro

O Movimento Imigratório para o Brasil no Século 21.


Sem noção, falaram alunos que renderam o ENEM, referindo-se ao tema da redação.


Forçação de barra, falavam outro. O tema foi acertado com Lula e Dilma, para elogiar o "crescimento da economia" brasileira, dizia uma moça na porta da UFPA.

Veja a declaração do Ministro de Educação. Achismo puro.

“Temos uma comissão competente que considerou, entre tantas sugestões de tema, este o mais adequado. Ele pressupõe a capacidade de articular informações e refletir sobre o momento que o Brasil está vivendo. O Brasil é um país que teve uma diáspora, mas com a estabilidade, a democracia, hoje atrai povos. Acho que é um tema bastante contemporâneo, desafiador e não previsto".

Sim, o Ministro acha, que  o tema deve ser contemporâneo. Achismo. 

Tão contemporâneo que praticamente não existe literatura sobre o assunto, que permita construir uma argumentação teórica fundamentada, fora do que falam alguns jornais ou declarações do Palácio do Planalto sobre a COPA e outros eventos, onde se pressupõe que haverá grandes investimentos.

Seguramente o Ministro se inspirou naquela propaganda do Ronaldo que diz que o Brasil é a bola da vez...

Isso é diminuir a construção de um discurso sobre a imigração para o Brasil. Qual tendência migratória que supere à dos japoneses do século passado ou as dos latino americanos, também do século passado. A dos Haitianos, Quantos já vieram para o Brasil?, e quantos bolivianos entraram pelo Acre?. Chute, porque existe pouca informação estatística sobre o assunto.

Por que no se fala logo que o que o Ministro e o Governo pretenderam foi forçar a construção de um discurso onde se elogiasse o governo Lula que, segundo muito se fala, abriu as portas para a imigração de algumas comunidades de países da América Latina (Só Bolívia) e Caribe.

Eu não soube de chilenos que imigrassem para o Brasil em busca de oportunidades de trabalho, ou de argentinos...

Se a "competente" designada pelo ministro tivesse mais imaginação poderia ter falado sobre o que uma suposta imigração reversa, que acho ainda não da para um texto de redação do ENEM.

Mas o pensamento único constrói seu discurso como pode, até sem argumentos, nem fundamentos. Como não sabem que a história se mede por tendências, qualquer panfleto é suficiente....

Como se fosse pouco, agregaria que o tema do ENEM foi escolha política partidária. Valorizou demais as Ciências Humanas (muito lero, lero) e puniu as Ciências Exatas. O que Brasil mais precisa...



terça-feira, 24 de julho de 2012

De 59 universidades federais 57 continuam em greve. Governo recua.

Governo cede e vai oferecer reajuste maior para docentes em greve


O governo federal decidiu ceder diante das reivindicações dos professores universitários, que estão em greve há dois meses, e vai oferecer uma nova proposta com índices maiores de reajuste para alguns níveis da categoria.

Mercadante diz que não há margem para reajuste maior
Greve nas universidades federais completa 2 meses
Artigo: Greve remunerada nas universidades federais

A Folha apurou que os novos percentuais estão sendo finalizados e serão apresentados ainda nesta terça-feira aos grevistas em reunião marcada para as 17h. A data para a entrada em vigor dos novos pagamentos também será antecipada.

Fontes que participam da negociação afirmam que a equipe técnica do Ministério do Planejamento reconheceu que determinadas categorias ficaram um pouco prejudicadas com o reajuste oferecido pelo governo na semana passada.

O governo vai sugerir que os novos pagamentos, antes previstos para o segundo semestre de 2013, devem passar a valer em março do próximo ano. Essa foi uma das demandas apresentadas pela Andifes (associação de reitores) em reunião com o ministro Aloizio Mercadante (Educação), na semana passada.

A proposta inicial do governo previa um reajuste com impacto de R$ 3,9 bilhões nos cofres públicos, diluídos entre os próximos três anos. Na ocasião, a ministra Miriam Belchior (Planejamento) chegou a afirmar à Folha que a proposta era "definitiva".

O aumento concedido pelo governo priorizou os docentes com maior titulação --os professores no topo de carreira receberam reajuste de 40%.

Os docentes, entretanto, não concordaram com a oferta e decidiram manter a greve --atualmente, 57 das 59 universidades federais estão paralisadas. Eles alegam que, para muitas categorias, os índices apenas repõem a inflação do período e pedem ainda mudanças estruturais nos critérios de progressão na carreira.
Folha de São Paulo.  
FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA
 

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Quem vai quebrar o Estado não é a educação, é a falta de educação que quebra o Brasil.

Depois da farra das commodities, não sobrou nada. 

Aumento de gastos para educação pode 'quebrar' Estado, diz Mantega


O ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou hoje que as discussões no Congresso que aumentam os gastos do governo colocam em risco a solidez fiscal do país.

Mantega citou o PNE (Plano Nacional de Educação), que pretende elevar os gastos do governo federal para o equivalente a 10% do PIB, e as pressões por aumentos salariais do funcionalismo.

"Sempre nos deparamos com riscos de que o Parlamento aumente os custos de maneira extraordinária, o que põe em risco a solidez fiscal que conquistamos a muito custo", disse.

O ministro afirmou que o aumento dos gastos em educação para 10% tempestivamente pode "quebrar" o Estado brasileiro.

Ele criticou também os pleitos salariais dos servidores do judiciário. Nas palavras de Mantega, são os servidores que têm os melhores salários e estão pedindo reajuste superior a 50%.

"Nossa folha é de R$ 200 bilhões e temos que ter cuidado, não podemos brincar em momentos de crise", afirmou Mantega.

Ele também criticou as tentativas de extinguir o fator previdenciário, que diminui a aposentadoria de quem se aposenta com menos de 60 anos (para mulheres) e 65 anos (para homens).

Segundo Mantega, o fim do fator retira a exigência da idade mínima para a aposentadoria, o que só existe em três países do mundo.

Mantega participa hoje de encontro organizado pelo Lide (grupo de líderes empresariais), em São Paulo.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

QUEM DIRIA, COLEGA. A história se repete, como mínimo duas vezes, a primeira como drama e a segunda como farsa





terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Doutores militantes. Doutorado é fundamental, mas não é tudo


BRASÍLIA - Escolhido como futuro ministro da Educação, segundo antecipou Renata Lo Prete, da Folha, Aloizio Mercadante obteve o título de doutor em economia há um ano com a tese "As Bases do Novo Desenvolvimentismo no Brasil - Análise do Governo Lula (2003-2010)".

Tratava-se de um calhamaço em defesa do governo que o autor já havia defendido, ao longo de todo o período mencionado, na condição de senador pelo PT. A banca examinadora, que misturava adeptos do desenvolvimentismo e do lulismo, fez lá alguns reparos ao excesso de entusiasmo do texto, mas aprovou a obra.

Mercadante pensava em deixar a Ciência e Tecnologia para tentar ser prefeito de São Paulo, mas o candidato escolhido por Lula foi outro ministro, Fernando Haddad, o que explica a vaga a ser aberta. O comando da Educação e o pleito municipal parecem ser intercambiáveis -mais ou menos como Pesca e Relações Institucionais, que, não faz muito tempo, trocaram de titulares entre si.

Algum viés ideológico é inevitável no ensino e na atividade intelectual, especialmente em ciências humanas. Daí para a militância política e partidária explícita, é necessário o ambiente propício.

Em universidades públicas cujos reitores são escolhidos pelos professores, funcionários e alunos, demandas corporativas contaminam decisões acadêmicas de interesse de um eleitorado muito mais amplo. Meritocracia se torna um inconveniente a melindrar os servidores votantes, que prestaram concurso e adquiriram direito à estabilidade no emprego. Grupos se organizam para disputar o poder ou dele se beneficiar.

Numeroso e influente, o sindicalismo universitário formal e informal é disputado pelos partidos de esquerda. Sua agenda foi encampada pelo governo petista, que lista os feitos em quantidades -de instituições criadas, de contratações, de gastos.
Qualidade e relevância da produção são temas menos agradáveis.
 Gustavo Patu 
gustavo.patu@grupofolha.com.br

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Ciência e Tecnologia - Mudanças e novas indicações


Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCT  

Foi confirmada na última sexta-feira (7), a permanência do físico Ronaldo Mota na chefia da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCT. À frente da pasta desde 2009, Mota atualmente preside os Comitês Gestores dos Fundos Setoriais de Energia e Mineral e exerce a presidência pro-tempore da Rede de Ciência e Tecnologia do Mercosul (RECyT).

     Com grande experiência na área, Mota já foi secretário de Educação Superior e de Educação a Distância, órgãos vinculados ao Ministério da Educação. Professor titular de física da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), ele é pós-doutor pela University of British Columbia-Canadá (1985) e pela University of Utah-EUA (1993). Em 2008 foi condecorado pelo presidente da República como Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico e promovido no ano passado à Classe Grã-Cruz da Comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico.

     Outro nome já anunciado para ocupar cargo estratégico na área de C&T foi o do presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Marco Antonio Raupp, que deverá assumir a presidência da Agência Espacial Brasileira (AEB).

     Ainda segundo informações divulgadas pelo ministério na última quinta-feira (6), o coordenador da Rede Clima e ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Carlos Nobre, será o novo secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do órgão. O engenheiro eletrônico é considerado um dos maiores especialistas mundiais em mudanças climáticas e integra o Comitê Científico do International Geosphere-Biosphere Programme (IGBP).


Finep tem novo presidente

     Professor livre-docente do Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP) e tinker visiting professor na Universidade de Wisconsin-Madison (EUA), Glauco Antonio Truzzi Arbix é o novo presidente da Finep.

     Arbix realizou estudos de pós-doutorado no Massachusetts Institute of Technology (MIT) (EUA), na Universidade de Columbia (EUA), na Universidade da California - Berkeley (EUA), e na London School of Economics (Reino Unido).

     O presidente da financiadora também é membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) e coordenador geral do Observatório de Inovação e Competitividade do Instituto de Estudos Avançados da USP.

     Ainda entre as atribuições, Arbix foi presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), coordenador geral do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, membro do Group of Advisers do United Nations Development Programme (PNUD-ONU) e Fulbright New Century Scholar.

    

  Finep
     A Finep é uma empresa pública vinculada ao MCT. Tem como missão promover o desenvolvimento econômico e social do Brasil, por meio do fomento público à ciência, tecnologia e inovação em empresas, universidades, institutos tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas.

     Ao assumir a pasta da C&T, o ministro Aloizio Mercadante disse que pretende transformar a Finep numa instituição financeira. De acordo com ele, funcionaria como um Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas voltada apenas para a pesquisa e inovação. “Ela passará a não depender apenas de recursos orçamentários e poderá se alavancar com recursos do mercado. Com mais recursos para investir teremos mais empresas inovadoras”, acredita Mercadante.



Anunciado nome para a presidência do CNPq

     Glaucius Oliva, professor titular do Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP), deverá presidir o CNPq, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (10). Graduado em engenharia elétrica e eletrônica pela Escola de Engenharia de São Carlos, da USP, Oliva exerce a função de diretor na área de Engenharias, Ciências Exatas e Humanas e Sociais do conselho.

     O pesquisador tem mestrado (pela USP) e doutorado (pela University of London) em cristalografia e desenvolve estudos nas áreas de biologia estrutural, desenvolvimento de novos fármacos, com particular ênfase em doenças endêmicas brasileiras. Ele é membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico.


     Informações sobre o CNPq podem ser obtidas no site www.cnpq.br


 

Mercadante discute temas comuns ao MMA e MDIC 

     Na semana passada, o ministro da C&T, Aloizio Mercadante, tratou de assuntos comuns aos ministérios do Meio Ambiente (MMA) e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), juntamente com os respectivos ministros Izabella Teixeira e Fernando Pimentel. Eles se reuniram para discutir temas e projetos em desenvolvimento, já que as duas pastas integram ações do Plano de Ação Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional (Pacti 2007-2010).

     Mercadante também se reuniu hoje (10) com o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Gilberto Câmara. Ele conheceu as instalações do Laboratório de Integração e Testes (LIT), onde recentemente o Inpe atendeu aos exigentes protocolos da Nasa nas atividades com o satélite SAC-D.

     Para conhecer as ações do MCT acesse o site www.mct.gov.br.