CONTRATAÇÃO: Coordenador de Socioeconomia (até dia 30/06)
Conservação Internacional - CI, em Belém-PA.
A Conservação Internacional está recrutando um Coordenador em Socioeconomia para desenvolver atividades técnicas relacionadas ao Programa Amazônia, lotado em Belém - PA.
São responsabilidades do especialista:
- Coordenar a realização de diagnóstico e mapeamento das estratégias socioeconômicas e dos mecanismos econômico-financeiros regionais passíveis de serem utilizados para garantir a sustentabilidade das áreas protegidas prioritárias da CI-Brasil;
- Desenvolver e promover instrumentos econômicos e financeiros regionais visando o aperfeiçoamento de políticas de conservação de biodiversidade e de recursos naturais visando o desenvolvimento sustentável em áreas prioritárias;
- Conceber, planejar e promover a inserção de variáveis socioeconômicas e de desenvolvimento sustentável nos planejamentos do Programa Amazônia em interação com as estratégias nacionais;
- Coordenar a elaboração de diagnósticos socioeconômicos nas áreas consideradas estratégicas para a CI-Brasil; e
- Apoiar os estudos de viabilidade técnica e econômica, e seus desdobramentos nas áreas estratégicas.
O perfil desejado inclui:
- Ser graduado em Economia, Administração ou áreas afins, e possuir pós-graduação; - Experiência anterior na coordenação de atividades de campo visando o desenvolvimento e a implementação de estratégias de economia e conservação, como por exemplo planos de negócio, estudos de viabilidade econômica e financeira, elaboração e análise de projetos de desenvolvimento regional, implantação de PSA e etc.;
- Experiência na articulação com parceiros na aplicabilidade local das estratégias elaboradas;
- Conhecimento básico de informática;
- Fluência oral e escrita em inglês; - Disponibilidade para viagens;
- Registro no Conselho Profissional.
A organização oferece:
- Salário compatível com o cargo e funções;
- Plano de saúde subsidiado para o candidato e seus familiares;
- Plano de Previdência Privada subsidiado; e
- Ótimo ambiente de trabalho.
Local de Trabalho: Escritório da Conservação Internacional em Belém.
Enviar currículo para o e-mail rh@conservacao.org até 30 de junho de 2010.
No campo ‘assunto’ (subject) informar ‘Candidato(a) em Socioeconomia.’
OBS: Não serão analisados currículos encaminhados sem pretensão salarial ou após a data limite acima.
Processo seletivo: Análise de currículo e entrevista.
Amazônia, meio ambiente, ecologia, biodiversidade, desenvolvimento sustentável, ciência e tecnologia, incubadoras e parques tecnológicos, política nacional e internacional - Amazonia, the environment, ecology, biodiversity, sustainable development, science and technology, incubators and technology parks, national and international policy
terça-feira, 29 de junho de 2010
Meio Ambiente - A rainha do desmatamento escapa da justiça
A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) conseguiu uma nova liminar na Justiça, notificada ao Ibama em Brasília na última terça-feira, que suspende provisoriamente a multa de R$ 120 mil contra ela por desmatamento cometido no Tocantins sem autorização.
Reportagem da Folha do dia 18 revelou que a presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) será uma das beneficiadas pelas alterações no Código Florestal caso o projeto, que tramita no Congresso, seja aprovado como está.
A proposta, de autoria do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), anistia todos os produtores rurais com irregularidades flagradas até o dia 22 de julho de 2008 nos crimes contra reservas legais, áreas de preservação permanente e desmatamentos sem autorização.
Em carta enviada à Folha, a senadora questionou a reportagem afirmando que a multa tinha sido liminarmente suspensa. Segundo Kátia Abreu, a multa aplicada pelo Ibama refere-se a uma área em Tocantins que ela já teria vendido.
A congressista afirmou que, quando foi notificada, não se tratava de "crime ambiental", mas "infração administrativa". A multa contestada não é transferível. Ao se defender no processo em trâmite no instituto, a senadora admitiu ter praticado desmatamento.
Ela disse que, em razão da demora das autoridades ambientais em dar a autorização, e com o final do "período chuvoso" na região, começou a desmatar. Quando procurada antes da publicação da reportagem, a senadora havia dito, em entrevista gravada, que fora multada e respondia à autuação.
Não citou que havia obtido nova liminar, por estar, segundo sua assessoria de imprensa, "com mil coisas na cabeça". A liminar citada pela senadora na carta só foi recebida pelo Ibama na última terça. O órgão informou que vai recorrer novamente.
Fonte: Folha de São Paulo
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Sucessão - No Pará as últimas horas para fechar o leilão
Um verdadeiro leilão opera nos bastidores da política paraense.
Quem oferece mais pela vaga do Senado Federal, pela chapa Jatene, como Vice ou vaga no senado.
Quebram-se todos os paradigmas de alianças históricas. Reaproximam-se inimigos figadais e se prometem amor eterno. Não existe esquerda nem direita. Pelos escassos minutos de horário gratuito na TV, se vão anéis e dedos, nada fica.
Os preciosos minutos de TV importam mais do que os coitados eleitores pensem. Tudo se explica em um minuto de palhaçada na TV.
Os preciosos minutos de TV importam mais do que os coitados eleitores pensem. Tudo se explica em um minuto de palhaçada na TV.
Santa Maria vira demônio e o diabo um verdadeiro anjo.
30 de junho é o “dateline”. Até lá todos são príncipes e princesas. É jogo de marcas cartadas. Mas, tem um estica e encolhe.
Na mesa: a cabeça do Flexa, pela face da candidata do DEM, que aliais está disposta a tudo para pegar uma boa vaga. Só será oficializada nos 45' do segundo tempo.
Até aliança com o PT ficaria bom e aproveita de morder alguns votos do próprio Paulo Rocha e do Jader.
Até aliança com o PT ficaria bom e aproveita de morder alguns votos do próprio Paulo Rocha e do Jader.
Os intocáveis: Jader e Paulo Rocha.
O grande "Santo" e fiel da balança, nos descontos do desempate final: o ex médico oftalmologista, atual Prefeito de Belém, Duciomar Costa, de quem nem se fala sobre seu passado de advogado que nunca concluiu seu curso e. ainda asim, exerceu como médico.
O grande "Santo" e fiel da balança, nos descontos do desempate final: o ex médico oftalmologista, atual Prefeito de Belém, Duciomar Costa, de quem nem se fala sobre seu passado de advogado que nunca concluiu seu curso e. ainda asim, exerceu como médico.
Até dia 30 quando o jogo começa pra valer!
domingo, 27 de junho de 2010
Meio Ambiente - Os custos do crescimento
Desmate do PAC equivale a metade de São Paulo
O governo autorizou o desmate de 730 km² para o avanço de suas obras
22/04/2010 - Empreendimentos do PAC, selo criado pelo governo federal para agrupar ações de infraestrutura, já desmataram de forma legal no país uma área equivalente à metade do município de São Paulo.
O Programa de Aceleração do Crescimento foi criado em 2007. Desde então, o governo autorizou o desmate de 730 km² para o avanço de suas obras, segundo levantamento em cada uma das 155 autorizações específicas para o programa expedidas pelo Ibama, órgão do Ministério do Meio Ambiente.
O montante desmatado nesses três anos inclui extensões na região amazônica, mas também no cerrado e na caatinga, inclusive em áreas de preservação permanente, como margens de rios e topos de morros. São obras de recursos hídricos, usinas hidrelétricas, ferrovias e rodovias, entre outras.
Cada uma dessas autorizações do Ibama traz uma série de contrapartidas que, ao menos no papel, deveriam ser cumpridas pelos responsáveis da obra, como o plantio de uma área equivalente à devastada.
Segundo a ministra Isabella Teixeira (Meio Ambiente), o Ibama precisa ser fortalecido, e os licenciamentos do órgão precisam ser tratados como algo estratégico de governo, e não apenas da área ambiental. Efeito Outro agravante são as consequências desse desmatamento legal, em especial em obras de pavimentação de rodovias cercadas por florestas. Segundo o Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), 80% do desmatamento na região ocorre num raio de 50 km das margens das estradas.
Na agenda de prioridades do PAC está o asfaltamento da BR-319 (Porto Velho-Manaus), ainda não autorizado pelo Ibama. O projeto provoca calafrios em ambientalistas, justamente por causa do potencial desmatador que esse tipo de obra tem. Para André Lima, coordenador de políticas públicas do Ipam, esse tipo de projeção do desmatamento deveria ser levado em conta no momento das autorizações do Ibama, assim como estimativas de emissão de gases-estufa por conta do corte de árvores.
"O Brasil tem uma meta [de redução de gases-estufa, causadores do aquecimento global] e precisa monitorá-la por meio do sistema de licenciamento. Não é correto licenciar um volume de empreendimentos que pode estar acima do previsto na meta brasileira", diz Lima. Desde janeiro de 2007, o desmate legal do PAC equivale a 10% da derrubada de árvores na Amazônia Legal entre agosto de 2009 e julho de 2010, quando, segundo o governo, foram devastados 7.008 km².
Para Adalberto Veríssimo, pesquisador da ONG Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), o sinal amarelo do desmatamento está ligado. "A história mostra que o desmatamento ocorre na sequência de obras de infraestrutura. Agora, o governo diz que não vai acontecer, mas existe o risco com essas obras do PAC", afirma. O pesquisador do Imazon pondera: "Isso ainda não está acontecendo, mas é muito cedo tanto para condenar quanto para absolver esse modelo". Fonte:Folha Online/Adaptado por Celulose Online
O governo autorizou o desmate de 730 km² para o avanço de suas obras
22/04/2010 - Empreendimentos do PAC, selo criado pelo governo federal para agrupar ações de infraestrutura, já desmataram de forma legal no país uma área equivalente à metade do município de São Paulo.
O Programa de Aceleração do Crescimento foi criado em 2007. Desde então, o governo autorizou o desmate de 730 km² para o avanço de suas obras, segundo levantamento em cada uma das 155 autorizações específicas para o programa expedidas pelo Ibama, órgão do Ministério do Meio Ambiente.
O montante desmatado nesses três anos inclui extensões na região amazônica, mas também no cerrado e na caatinga, inclusive em áreas de preservação permanente, como margens de rios e topos de morros. São obras de recursos hídricos, usinas hidrelétricas, ferrovias e rodovias, entre outras.
Cada uma dessas autorizações do Ibama traz uma série de contrapartidas que, ao menos no papel, deveriam ser cumpridas pelos responsáveis da obra, como o plantio de uma área equivalente à devastada.
Segundo a ministra Isabella Teixeira (Meio Ambiente), o Ibama precisa ser fortalecido, e os licenciamentos do órgão precisam ser tratados como algo estratégico de governo, e não apenas da área ambiental. Efeito Outro agravante são as consequências desse desmatamento legal, em especial em obras de pavimentação de rodovias cercadas por florestas. Segundo o Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), 80% do desmatamento na região ocorre num raio de 50 km das margens das estradas.
Na agenda de prioridades do PAC está o asfaltamento da BR-319 (Porto Velho-Manaus), ainda não autorizado pelo Ibama. O projeto provoca calafrios em ambientalistas, justamente por causa do potencial desmatador que esse tipo de obra tem. Para André Lima, coordenador de políticas públicas do Ipam, esse tipo de projeção do desmatamento deveria ser levado em conta no momento das autorizações do Ibama, assim como estimativas de emissão de gases-estufa por conta do corte de árvores.
"O Brasil tem uma meta [de redução de gases-estufa, causadores do aquecimento global] e precisa monitorá-la por meio do sistema de licenciamento. Não é correto licenciar um volume de empreendimentos que pode estar acima do previsto na meta brasileira", diz Lima. Desde janeiro de 2007, o desmate legal do PAC equivale a 10% da derrubada de árvores na Amazônia Legal entre agosto de 2009 e julho de 2010, quando, segundo o governo, foram devastados 7.008 km².
Para Adalberto Veríssimo, pesquisador da ONG Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), o sinal amarelo do desmatamento está ligado. "A história mostra que o desmatamento ocorre na sequência de obras de infraestrutura. Agora, o governo diz que não vai acontecer, mas existe o risco com essas obras do PAC", afirma. O pesquisador do Imazon pondera: "Isso ainda não está acontecendo, mas é muito cedo tanto para condenar quanto para absolver esse modelo". Fonte:Folha Online/Adaptado por Celulose Online
Sucessão - Hildegardo Nunes, Vice do Juvenil pelo PMDB
Convenção do partido também anunciou a candidatura ao Senado do deputado Jader Barbalho Terminou no início da tarde de hoje (26), a convenção do PMDB, na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), que escolheu o vice na chapa de Domingos Juvenil.
O evento teve a presença do candidato do partido ao governo do Estado, deputado Domingos Juvenil, do presidente do PMDB, deputado Jader Barbalho, além de deputados estaduais e federais.
Durante a convenção, também foi anunciada a candidatura do deputado Jader Barbalho ao Senado, de 19 deputados à Câmara Federal e de outros 45 para a Alepa. A convenção anunciou a candidatura de Hildegardo Nunes como vice de Domingos Juvenil, que é ex-presidente da Alepa e teve a candidatura homologada nas convenções do partido que aconteceu no começo do mês de junho.
Domingos Juvenil abriu mão de uma candidatura, considerada por ele, "confortável” à Câmara Federal para atender a um apelo das bases do PMDB.
Vice-candidato
Hildegardo Nunes, que já foi vice-governador do Pará durante o mandato de Almir Gabriel, é filiado ao PMDB desde 2006 e recentemente deixou o cargo de secretário de governo na Prefeitura de Ananindeua. Ele declarou que tinha planos para concorrer a uma cadeira na AL, mas, ao ouvir os argumentos de Juvenil, decidiu pensar melhor e aceitar a vice-candidatura.
Convenções
Até a próxima quarta-feira (30), último dia para a realização de convenções partidárias, ainda haverá articulações entre partidos para fechar o cenário político para a eleição majoritária de outubro. Com exceção do Democratas (DEM), que ainda não apresentou candidatura, todas as legendas no Pará já definiram como vão concorrer ou quem apoiar para o governo estadual. Alguns ainda estão em fase de definição completa da chapa majoritária.
(Nayara Ferraz - Diário Online, com Diário do Pará)
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Energia - Venezuela expropia plataformas amaricanas, é pouco
A Venezuela anunciou que vai estatizar 11 plataformas de petróleo da americana Helmerich & Payne, sob a acusação de que a empresa está boicotando a produção venezuelana de petróleo.
A empresa paralisou no ano passado suas plataformas após o governo não pagar uma dívida referente a serviços já prestados. Ontem o presidente executivo da Helmerich & Payne, Hans Helmerich, disse que não havia sido notificado da intenção do governo. Ele exigiu que o governo salde a dívida, avaliada em US$ 43 milhões.
O governo americano - que mantém uma relação conflituosa com o governo do presidente Hugo Chávez - também reagiu. "Se eles tomarem essa iniciativa, nós falaremos com eles para que compensem os proprietários das plataformas", disse Mark Toner, um dos porta-vozes do Departamento de Estado dos EUA.
Toner disse ainda que a iniciativa de Caracas não contribui para o clima de investimentos na Venezuela. Na quarta-feira à noite, o ministro de Energia e Petróleo, Rafael Ramírez, que acumula o cargo de presidente da estatal de petróleo, PDVSA, disse que a estatização é uma resposta a empresas que se opõem ao governo Chávez e que agem para minar a produção de petróleo. A produção nacional vem caindo nos últimos anos.
"Há um grupo de donos de plataformas que vem se negando a negociar com a PDVSA os pagamentos pelos serviços e que tem preferido manter esses equipamentos encostados há um ano em Anaco, no Estado de Anzoátegui", disse o ministro.
"Esse é o caso específico da Helmerich & Payne. Nós não vamos permitir que eles sabotem nossas operações." Segundo Ramírez, com a estatização o governo pretende ampliar a produção de petróleo no país.
A estatização das plataformas precisa ainda ser aprovada pela Assembleia Nacional - onde Chávez tem maioria. O governo vinha alertando que empresas com equipamentos parados poderiam ser alvo de estatizações. No ano passado, mais de 60 empresas de prestação de serviços do setor do petróleo passaram para o controle do Estado.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
terça-feira, 22 de junho de 2010
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Meio ambiente - Belo Monte e ambientalistas
Os ignocentes.
Belo Monte, a floresta e a árvore
Rogério Cezar de Cerqueira Leite
Se o Brasil for impedido de ampliar o aproveitamento do potencial hidroelétrico, então será forçado a recorrer ao uso de combustível fóssil
Publicado na Folha de São Paulo, 19 de maio de 2010
QUE CARNAVAL estão fazendo os ambientalistas e ecopalermas em torno da futura usina de Belo Monte, a ser implantada no médio Xingu, na Amazônia.
O primeiro crime, segundo eles, seria o sacrifício de 500 km 2 de mata, ou seja, a mesma área que, em média, tem sido desmatada a cada dois dias neses últimos anos, devido ao comércio de madeiras e à invasão da soja e do gado na Amazônia.
Esse exército extemporâneo de Brancaleone é composto de conservacionistas de diversas espécies. Além de uma tribo de índios locais e de bem-intencionados, porém mal informados, estudantes e intelectuais, veem-se artistas de Hollywood e de outras culturas, malabaristas, fanfarrões e pseudointelectuais.
Será que esses senhores deixaram de comprar móveis de mogno, ou se manifestaram perante seus governos, ou boicotaram a carne e a soja produzidas na Amazônia? Será que percebem que a área alagada pelo projeto Belo Monte corresponde a tão somente 0,01% da Amazônia brasileira e que bastariam 0,025% do rebanho nacional de gado para invadi-la, dentro da média atual de ocupação?
Ou seja, da maneira como está planejada Belo Monte, usina de fio d'água, não há no Brasil melhor opção do ponto de vista de sustentabilidade, que combine condições ecológicas e também financeiras.
Alguns talvez argumentem que, somando vários 0,01% do território da Amazônia, então se ocuparia parcela apreciável do território amazônico Ah, que bênção seria se tivéssemos mais uma meia dúzia de Belo Montes!
Mas, infelizmente, não existem tais riquezas. Tudo bem, vão dizer os mais inteligentes e bem-intencionados "ignocentes" (neologismo composto por 50% de inocência + 50% de ignorância), mas e a biodiversidade?
Ora, qualquer espécie que esteja espontaneamente restrita a um território de 500 km 2, excetuando-se algumas confinadas a pequenas ilhas, já está em extinção. Só um ignorante pode pensar em perda de biodiversidade nessas circunstâncias. E é claro que muitos espécimes vão sucumbir, milhares, se não milhões de formigas, carunchos e talvez até alguns mamíferos.
Em compensação, 20 milhões de brasileiros poderão ter luz em suas casas, muitos outros locais passarão a ter benefícios do progresso, poderão ver pela TV o "Programa do Ratinho". Indústrias geradoras de emprego serão implantadas. É isso que os "ignocentes" não percebem.
Eles veem a árvore, mas não percebem a floresta onde ela está inserida, sem a qual não pode a árvore sobreviver. Quanto à questão social, é preciso lembrar que o caso de Belo Monte é muito diferente do de Três Gargantas, na China, onde a densidade da população ribeirinha era extremamente elevada.
O governo chinês admite que precisou realocar 1 milhão de habitantes; outras organizações falam em 2 e até 3 milhões. Em contraste, considera-se que, em Belo Monte, apenas dois ou três milhares de habitantes são computados e que, na mudança, ganhariam significativamente quanto a infraestrutura e conforto pessoal.
Os índios da região amazônica são, em origem, seminômades, deslocando-se periodicamente sempre que recursos naturais se escasseiem devido ao extrativismo a que eles mesmos recorrem. Portanto, dos pontos de vista cultural, psicológico e até mesmo material, contrariamente ao que pretendem alguns ambientalistas, o índio pouco ou nada sofrerá.
Vejamos por que são tão ingênuos esses bem-intencionados verdolengos. Se o Brasil for impedido de ampliar o aproveitamento do seu potencial hidroelétrico, será forçado a recorrer ao combustível fóssil, pois a energia eólica, embora desejável sob vários aspectos de sustentabilidade, não oferece segurança de fornecimento acima de certo nível de participação em um sistema integrado.
Além do mais, a distribuição de ventos pode mudar com as inexoráveis mudanças climáticas, devido ao aquecimento global. E, se jamais o pré-sal vier a se concretizar, não haverá como convencer os líderes governamentais de que usinas termoelétricas a óleo combustível serão prejudiciais à humanidade. Será que tais ambientalistas não percebem que não deixam alternativa ao país senão o uso de combustíveis fósseis, o que acarretará, inelutavelmente, embora a longo prazo, a desertificação da Amazônia, dentre outras catástrofes?
Com isso, não será apenas a meia dúzia de saimiris que perecerá nos 500 km 2 da usina Belo Monte, mas toda, ou quase toda, a biodiversidade da Amazônia e do resto do planeta. Não percebem esses "ignocentes" que a usina e suas eventuais congêneres constituem a melhor arma que têm o Brasil e a humanidade para combater o aquecimento global e, com isso, defender a integridade da floresta Amazônica e das demais matas de todo o planeta?
ROGÉRIO CEZAR DE CERQUEIRA LEITE , 78, físico, é professor emérito da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), presidente do Conselho de Administração da ABTLuS (Associação Brasileira de Tecnologia de Luz Síncrotron) e membro do Conselho Editorial da Folha.
Belo Monte, a floresta e a árvore
Rogério Cezar de Cerqueira Leite
Se o Brasil for impedido de ampliar o aproveitamento do potencial hidroelétrico, então será forçado a recorrer ao uso de combustível fóssil
Publicado na Folha de São Paulo, 19 de maio de 2010
QUE CARNAVAL estão fazendo os ambientalistas e ecopalermas em torno da futura usina de Belo Monte, a ser implantada no médio Xingu, na Amazônia.
O primeiro crime, segundo eles, seria o sacrifício de 500 km 2 de mata, ou seja, a mesma área que, em média, tem sido desmatada a cada dois dias neses últimos anos, devido ao comércio de madeiras e à invasão da soja e do gado na Amazônia.
Esse exército extemporâneo de Brancaleone é composto de conservacionistas de diversas espécies. Além de uma tribo de índios locais e de bem-intencionados, porém mal informados, estudantes e intelectuais, veem-se artistas de Hollywood e de outras culturas, malabaristas, fanfarrões e pseudointelectuais.
Será que esses senhores deixaram de comprar móveis de mogno, ou se manifestaram perante seus governos, ou boicotaram a carne e a soja produzidas na Amazônia? Será que percebem que a área alagada pelo projeto Belo Monte corresponde a tão somente 0,01% da Amazônia brasileira e que bastariam 0,025% do rebanho nacional de gado para invadi-la, dentro da média atual de ocupação?
Ou seja, da maneira como está planejada Belo Monte, usina de fio d'água, não há no Brasil melhor opção do ponto de vista de sustentabilidade, que combine condições ecológicas e também financeiras.
Alguns talvez argumentem que, somando vários 0,01% do território da Amazônia, então se ocuparia parcela apreciável do território amazônico Ah, que bênção seria se tivéssemos mais uma meia dúzia de Belo Montes!
Mas, infelizmente, não existem tais riquezas. Tudo bem, vão dizer os mais inteligentes e bem-intencionados "ignocentes" (neologismo composto por 50% de inocência + 50% de ignorância), mas e a biodiversidade?
Ora, qualquer espécie que esteja espontaneamente restrita a um território de 500 km 2, excetuando-se algumas confinadas a pequenas ilhas, já está em extinção. Só um ignorante pode pensar em perda de biodiversidade nessas circunstâncias. E é claro que muitos espécimes vão sucumbir, milhares, se não milhões de formigas, carunchos e talvez até alguns mamíferos.
Em compensação, 20 milhões de brasileiros poderão ter luz em suas casas, muitos outros locais passarão a ter benefícios do progresso, poderão ver pela TV o "Programa do Ratinho". Indústrias geradoras de emprego serão implantadas. É isso que os "ignocentes" não percebem.
Eles veem a árvore, mas não percebem a floresta onde ela está inserida, sem a qual não pode a árvore sobreviver. Quanto à questão social, é preciso lembrar que o caso de Belo Monte é muito diferente do de Três Gargantas, na China, onde a densidade da população ribeirinha era extremamente elevada.
O governo chinês admite que precisou realocar 1 milhão de habitantes; outras organizações falam em 2 e até 3 milhões. Em contraste, considera-se que, em Belo Monte, apenas dois ou três milhares de habitantes são computados e que, na mudança, ganhariam significativamente quanto a infraestrutura e conforto pessoal.
Os índios da região amazônica são, em origem, seminômades, deslocando-se periodicamente sempre que recursos naturais se escasseiem devido ao extrativismo a que eles mesmos recorrem. Portanto, dos pontos de vista cultural, psicológico e até mesmo material, contrariamente ao que pretendem alguns ambientalistas, o índio pouco ou nada sofrerá.
Vejamos por que são tão ingênuos esses bem-intencionados verdolengos. Se o Brasil for impedido de ampliar o aproveitamento do seu potencial hidroelétrico, será forçado a recorrer ao combustível fóssil, pois a energia eólica, embora desejável sob vários aspectos de sustentabilidade, não oferece segurança de fornecimento acima de certo nível de participação em um sistema integrado.
Além do mais, a distribuição de ventos pode mudar com as inexoráveis mudanças climáticas, devido ao aquecimento global. E, se jamais o pré-sal vier a se concretizar, não haverá como convencer os líderes governamentais de que usinas termoelétricas a óleo combustível serão prejudiciais à humanidade. Será que tais ambientalistas não percebem que não deixam alternativa ao país senão o uso de combustíveis fósseis, o que acarretará, inelutavelmente, embora a longo prazo, a desertificação da Amazônia, dentre outras catástrofes?
Com isso, não será apenas a meia dúzia de saimiris que perecerá nos 500 km 2 da usina Belo Monte, mas toda, ou quase toda, a biodiversidade da Amazônia e do resto do planeta. Não percebem esses "ignocentes" que a usina e suas eventuais congêneres constituem a melhor arma que têm o Brasil e a humanidade para combater o aquecimento global e, com isso, defender a integridade da floresta Amazônica e das demais matas de todo o planeta?
ROGÉRIO CEZAR DE CERQUEIRA LEITE , 78, físico, é professor emérito da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), presidente do Conselho de Administração da ABTLuS (Associação Brasileira de Tecnologia de Luz Síncrotron) e membro do Conselho Editorial da Folha.
sábado, 19 de junho de 2010
Copa do Mundo 2010 - A pobreza da Sudafrica que a FIFA não quer mostrar
A Guerra da Copa do Mundo
Pepe Escobar Asia
Times Online
Inglês, traduzido para Rebelión por Leyens Germain
Leia a Matéria completa neste site "Rebelion" Aqui
Pepe Escobar Asia
Times Online
Inglês, traduzido para Rebelión por Leyens Germain
O deus do futebol lendário Diego Maradona prometeu que se a Argentina, a equipe levou, ganha a Copa do Mundo na África do Sul a partir de sexta-feira, viajará Obelisco nu no centro de Buenos Aires.
Tal striptease certamente divertir uma "comunidade internacional especial" esgotado enfrentando as mesmas sanções contra o Irã antigo, zangões em AfPak, invenções por parte de Israel, a luta na Coreia, o colapso na Europa, o crescimento da China e da eliminação de BP. Primeiro de tudo, deixar uma coisa clara. Não falar sobre futebol [Nome dado ao futebol na] E.U. é o futebol, como os ingleses inventaram (embora os chineses - que seria? - E chutou uma bola para 5.000 anos). E o futebol, não o futebolÉ o povo máximo freneticamente narcóticos consumidos em todo o mundo.
O formidável historiador britânico Eric Hobsbawm apontou como o jogo mostra o conflito essencial da globalização: a complexa relação entre o excesso de comercialismo e da profunda ligação emocional com respeito a cada um dos fãs do esporte. O conflito existe, mesmo quando os fãs assistirem aos jogos no chão agora são tratados como meros figurantes no que se tornou cada Copa do Mundo, uma televisão megaespecial um mês com as estrelas que são os megastars equivalente futebolístico Hollywood. O futebol é a maior indústria de entretenimento global, e também um ímã para a lavagem de dinheiro.
Qual é o jogador mundial do ano, Lionel Messi, da Argentina? "150 milhões de dólares, 200 milhões de euros, 300 milhões? Outros jogadores também são conhecidos em todo o mundo: Cristiano Ronaldo de Portugal, Didier Drogba, da Costa do Marfim, Wayne Rooney de Inglaterra (e então temos que lamentou muito a ausência de Ronaldinho do Brasil, não selecionados, e os feridos o capitão alemão Michael Ballack).
Em todo o mundo em desenvolvimento crescente, e em toda a Europa, o futebol é o esporte mais globalizado, porque no inconsciente coletivo de alguma forma quebrou o padrão forjado E.U. -Hollywood, música pop, novelas na televisão, tudo que você tem a ver com a cultura de massa. poder norte-americano pode não só satisfazer as fantasias global desejo ritual em massa jogar para jogar, jogar como uma metáfora para a própria vida, jogando como guerra.
No futebol, o Conselho de Segurança das Nações Unidas, com poder de veto, são realmente do Brasil, Itália, Argentina, Alemanha e um grupo ativo concorrentes para o quinto lugar, da Inglaterra e da Holanda à Espanha e Costa do Marfim. Futebol compaixão permite a reconstrução de um conceito lúdico da identidade nacional: a guerra por outros meios (brincalhão).
Ouça o som de um milhão de sul-africanos vuvuzela de instrumentos como uma trombeta longa será um fundo sonoro extremamente jogos), jogos de guerra é o que temos agora na África do Sul. Mas há ainda um sentimento um tanto irritante, como se no final teria sido o vencedor mesmo nada. Você joga, nós cobramos O escritor uruguaio conhecido e fã de futebol, Eduardo Galeano disse certa vez: "A FIFA é o FMI do futebol."
Bem como o Fundo Monetário Internacional, a Federação Internacional de Futebol é obscenamente rico, extremamente poderoso e é executado como um hiperexclusivo clube. FIFA foi fundada em 1904. Apenas 310 pessoas trabalham na sede em Zurique. E apenas cerca de 1.000 trabalhos na surpreendente 208 membros ("apenas" 192 nações membros da ONU, que emprega mais de 40.000).
O conselho de 24 membros da FIFA, que paga cerca de US $ 50.000 por mês, gastar seu precioso tempo a viajar pelo mundo e fazer acordos com os Estados-nação e corporações. De uma maneira similar à rotação de pessoal do FMI é mínimo. A maioria dos funcionários da FIFA ter tomado as suas posições por mais de 15 anos. FIFA é responsável pela comercialização de cada produto ligado ao futebol profissional, patrocínio e direitos televisivos. Está no epicentro de um mercado de 250 mil milhões de dólares.
Em 2009, a FIFA ₩ 1000000000000. Só a Copa do Mundo na África do Sul, a FIFA recebeu 3,8 bilhões de dólares. Como um ícone do capitalismo desenfreado, a FIFA nunca perder dinheiro. Totalmente seguro. Para esta Copa do Mundo e no próximo em 2014 no Brasil, que equivale a US $ 650 milhões. Como os governos nacionais, tais ofertas não são tão vantajosos. O governo Sul-Africano das despesas previstas de R $ 450 milhões para Copa do Mundo.
O custo subiu para pelo menos 6.000 milhões e continua a crescer. Isso inclui a construção de nove novos estádios e reconstrução de outros cinco. Espera-se que Durban vai se tornar um marco no estilo do Museu Guggenheim, em Bilbao. No entanto, o altamente elogiado comboio de alta velocidade a partir de Joanesburgo, Pretória está atrasado. Só foi aberto um trecho entre o aeroporto de Joanesburgo e no bairro chique de Sandton, os mais ricos milha quadrada (principalmente branco) na África, onde reside a cerca de 200 delegados da FIFA e seu presidente superburócrata Sepp Blatter, o sono Michelangelo Towers em falso protegido por cinco seguranças, com acesso a uma casa de banho privada na Disney e um mini-bar com a melhor custom chardonnay Sul Africano e cubos de gelo feito com água Evian.
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