Começou a safra da castanha do Pará. No Acre, principal estado produtor, a coleta ajuda na renda dos pequenos agricultores.
É inverno amazônico. A época de verão para o restante do país não é considerada assim para quem vive no meio da floresta porque chove muito e o acesso por estradas fica bastante comprometido.
Para chegar à casa do agricultor José Francisco de Freitas, que mora a dez anos no lugar, a equipe de reportagem precisou seguir a pé. Ele coleta castanha e extrai borracha, produtos que geram uma renda de quase mil reais por ano. Para a alimentação da família ele mantém pequenas plantações e cria alguns animais.
“A gente produz, no caso do arroz e do feijão, para a subsistência. Chega a safra da castanha e é uma ajuda. Tem também a ajuda do gado, que a gente tem para manter a subsistência da família”, falou seu José.
O trabalho do seu José com a coleta dos ouriços de castanha começa com o preparo das ferramentas. Quase todas são feitas com materiais extraídos da própria floresta, como a fibra utilizada para fazer o balaio ou panero, como se diz pela região.
Já no meio da floresta, ele procura uma mão de onça. Mas não é do bicho onça. Ele olha para o lado, pega um galho, corta, pega mais uns galhos finos e está pronta mais uma ferramenta feita na hora.
“A gente faz a mão de onça para a colheita ouriço, de castanha”, explicou seu José.
A coleta da castanha é feita entre os meses de dezembro e março. Na última safra o seu José vendeu 52 latas do produtor, cada uma com dez quilos. A renda total foi de R$ 520. Ele recebeu pelas castanhas R$ 2,00 a mais por lata do que o preço pago no mercado. Isso porque ele participa de um programa de boas práticas, que aumenta o valor do produto.
“Amontoa e deixa amontoado por dois ou três dias no máximo. Aí tem que quebrar e levar para casa e colocar para enxugar. Depois, tem a catação da castanha para tirar todas as impurezas”, esclareceu seu José.
Outras 23 famílias fazem parte da mesma associação de extrativismo que o seu José. A castanha coletada pelos produtores vai para o novo armazém da comunidade. Além das boas práticas e da estrutura de armazenamento, a associação dos extrativistas busca a certificação internacional do produto orgânico, titulo que pode render até R$ 2,00 a mais por lata de castanha vendida.
Da comunidade a castanha é carregada diretamente para a cooperativa, que recebe quase a metade de toda a produção do Estado. O controle de qualidade, que começa na floresta, continua na cooperativa. A castanha passa por um processo de secagem e classificação. Depois de esterilizada, a casca é quebrada e a amêndoa ou a própria castanha passa por outra separação, onde são tiradas impurezas como cascas e amêndoas quebradas. Elas são colocadas ainda em estufas para mais uma secagem de 20 horas.
Depois de tudo, elas voltam para uma classificação manual e seguem para serem embaladas a vácuo, em caixas de 20 quilos cada. Na safra passada a cooperativa conseguiu negociar o produto ao preço de R$ 17 a lata. Para esta safra a expectativa é aumentar o preço.
“Nós temos uma grande perspectiva para 2010. No momento ainda não temos uma definição de preço. Mas estamos na expectativa de que vai melhorar em relação a 2009”, falou Manoel Monteiro de Oliveira, representante da Cooperacre.
O Acre é responsável por 34% da produção nacional de castanha do Pará.
Amazônia, meio ambiente, ecologia, biodiversidade, desenvolvimento sustentável, ciência e tecnologia, incubadoras e parques tecnológicos, política nacional e internacional - Amazonia, the environment, ecology, biodiversity, sustainable development, science and technology, incubators and technology parks, national and international policy
sábado, 2 de janeiro de 2010
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Aqui no Chile - Depois de erros históricos do Partido Socialista, seu presidente prefire perder as eleicoes e renunciar
Só depois de varias renuncias de dirigentas da concertacao, os socialistas optaram também por renunciar. Deve-se lembrar que essa foi a condicao de Marco Enríquez para apoiar a Frei: "renuncia de todos os dirigentes dos partidos do bloco de apoio a Frei, reforma tributária, saúde pública e educacao gratiuita". Marco que resultou em terceiro lugar nas eleicoes do dia 13 de dezembro e que conta com capital de mais de 1,4 milhoes de votos, estaria disposto a apoiar ao candidato da concertacao, desde que se cumpram essas condicoes. O preco é alto, entreatanto a única possibilidade de mais um trunfo da concertacao. Caso contrário a direita retoma o poder no Chile e a concertacao terá que assumir os custos do seu erro político.
Leia (em espanhol) no jornal chileno "La Nación" as declaracoes do Presidente do partido Socialista, Camilo Escalona, quem será o grande responsável da quase certa derrota da Concertacao no segundo turno das eleicoes.
Con Camilo Escalona a la cabeza, la mesa directiva del Partido Socialista decidió poner sus cargos a disposición del Comité Central de la colectividad, en un nuevo gesto al interior de la Concertación a 24 horas del remezón provocado con las renuncias del presidente PRSD José Antonio Gómez y el timonel PPD Pepe Auth.
Pero a diferencia del PRSD y del PPD, donde asumieron directivas interinas, la decisión final en el caso del PS quedó para la segunda vuelta, dado que la convocatoria para el Comité Central está programada recién para el 23 de enero.
Fue en una reunión de más de 3 horas, citada de forma extraordinaria en la sede de la colectividad, donde la plana mayor del PS confrontó sus posiciones, con un Escalona que llegó a la cita con la intención de no emular el gesto de sus colegas radical y pepedé, y la disidencia presionando por dar una señal en pos de más renovación y cambios de cara a la segunda vuelta.
La presión sobre el PS y la DC, partido que también decidió mantener en la testera a Juan Carlos Latorre, se redobló durante esta jornada, con los llamados, por ejemplo de la bancada de diputados del PDD, a que Escalona y Latorre hagan “un gesto de solidaridad con Chile” y la asunción de la presidenta interina pepedé Adriana Muñoz.
El largo debate PS se materializó en una declaración pública donde se formaliza la disposición de dar un paso al costado por parte de la directiva encabezada por Escalona, y que también integran el secretario general Marcelo Schilling, más los vicepresidentes Isabel Allende, Juan Pablo Letelier y Ricardo Solari, y los dirigentes Arturo Martínez, Andrés Santander, Daniel Melo y Eugenio Alcamán.
Pero al término de la cita, Escalona llegó sólo acompañado de Martínez, Schilling y Melo, y leyó una declaración en donde fijan sui postura tras “examinar con atención” los últimos sucesos políticos al internos de la Concertación, “y más particularmente tras las renuncias de los presidentes del PPD y del PRSD”.
La declaración PS subraya que la “tarea de las tareas” es lograr un triunfo electoral el próximo 17 de enero, para lo cual reafirma su compromiso con el diálogo para la confrormación de una mayoría progresista, en alusión a los sectores que en primera vuelta estuvieron con Marco Enríquez Ominami y Jorge Arrate.
Leia (em espanhol) no jornal chileno "La Nación" as declaracoes do Presidente do partido Socialista, Camilo Escalona, quem será o grande responsável da quase certa derrota da Concertacao no segundo turno das eleicoes.
Con Camilo Escalona a la cabeza, la mesa directiva del Partido Socialista decidió poner sus cargos a disposición del Comité Central de la colectividad, en un nuevo gesto al interior de la Concertación a 24 horas del remezón provocado con las renuncias del presidente PRSD José Antonio Gómez y el timonel PPD Pepe Auth.
Pero a diferencia del PRSD y del PPD, donde asumieron directivas interinas, la decisión final en el caso del PS quedó para la segunda vuelta, dado que la convocatoria para el Comité Central está programada recién para el 23 de enero.
Fue en una reunión de más de 3 horas, citada de forma extraordinaria en la sede de la colectividad, donde la plana mayor del PS confrontó sus posiciones, con un Escalona que llegó a la cita con la intención de no emular el gesto de sus colegas radical y pepedé, y la disidencia presionando por dar una señal en pos de más renovación y cambios de cara a la segunda vuelta.
La presión sobre el PS y la DC, partido que también decidió mantener en la testera a Juan Carlos Latorre, se redobló durante esta jornada, con los llamados, por ejemplo de la bancada de diputados del PDD, a que Escalona y Latorre hagan “un gesto de solidaridad con Chile” y la asunción de la presidenta interina pepedé Adriana Muñoz.
El largo debate PS se materializó en una declaración pública donde se formaliza la disposición de dar un paso al costado por parte de la directiva encabezada por Escalona, y que también integran el secretario general Marcelo Schilling, más los vicepresidentes Isabel Allende, Juan Pablo Letelier y Ricardo Solari, y los dirigentes Arturo Martínez, Andrés Santander, Daniel Melo y Eugenio Alcamán.
Pero al término de la cita, Escalona llegó sólo acompañado de Martínez, Schilling y Melo, y leyó una declaración en donde fijan sui postura tras “examinar con atención” los últimos sucesos políticos al internos de la Concertación, “y más particularmente tras las renuncias de los presidentes del PPD y del PRSD”.
La declaración PS subraya que la “tarea de las tareas” es lograr un triunfo electoral el próximo 17 de enero, para lo cual reafirma su compromiso con el diálogo para la confrormación de una mayoría progresista, en alusión a los sectores que en primera vuelta estuvieron con Marco Enríquez Ominami y Jorge Arrate.
Direitos Humanos - Lula tenta amenizar crise e frustra comando militar
Presidente adia definição sobre comissão para investigar crimes durante a ditadura
Tarso Genro afirma que não há "controvérsia insanável" dentro do governo apesar da reação das Forças Armadas a plano de direitos humanos
MARTA SALOMON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu ganhar tempo e investir num discurso conciliador e contra "revanchismos" para administrar a tensão entre os militares e a ala do governo mais afinada com as famílias de mortos e desaparecidos durante a ditadura militar.
Lula saiu em férias ontem, e uma definição sobre o terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos, foco da crise, só será anunciada a partir de abril. Os militares, que aguardavam um recuo concreto do governo em relação aos termos do plano, ficaram frustrados. Acham que Lula "empurra com a barriga".
Abril é o prazo que uma comissão do governo tem para elaborar projeto de lei da Comissão Nacional da Verdade -prevista no Plano de Direitos Humanos- para examinar violações de direitos humanos "praticadas no contexto da repressão política", um dos itens de irritação na área militar.
Outros são a identificação de locais públicos que serviram à repressão e a revogação da Lei da Anistia -além da proposta de cassar os nomes de presidentes militares de pontes, rodovias e prédios públicos. A comissão terá representantes dos ministérios da Justiça, da Defesa, da Casa Civil e da Secretaria de Direitos Humanos.
Ontem, as autoridades envolvidas no conflito baixaram o tom das críticas. O secretário de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, entrou em férias e avisou que não comentaria o caso, e o ministro Tarso Genro (Justiça) insistiu em que a palavra final caberá ao presidente.
"Não há nenhum pedido de demissão e nenhuma controvérsia insanável entre Defesa e Secretaria de Direitos Humanos. Isso [o presidente] vai resolver com a sua capacidade de mediação após as férias", disse Tarso, após reunião com Lula.
Também o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e os comandantes de Exército, Marinha e Aeronáutica se recusaram a falar. A promessa de Lula, levada a eles por Jobim, é de que a tensão será contornada e que o governo não tem nenhum interesse em provocar os militares e criar-lhes constrangimentos.
Jobim e os comandantes julgam que o plano ignorou todas as sugestões das Forças Armadas e ficou "desequilibrado", pois cobra responsabilidades dos militares, mas não dos seus adversários, "que assaltaram, mataram e sequestraram". Citam até ministros de Lula.
Interlocutores de Lula lembraram ontem que o tom conciliador foi dado pelo presidente desde o anúncio do plano, na segunda-feira antes do Natal. Na ocasião, Lula afirmou que o documento seria "digerido" -ou seja, que havia brechas para novos debates. No discurso, o presidente exaltou a experiência de integrantes do governo que lutaram contra a ditadura, como os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Franklin Martins (Comunicação Social), Tarso e Vannuchi.
Segundo Lula, Dilma teria comentado, ao passar pelo Comando do 2º Exército (SP), onde esteve presa, que não sentia mais raiva: "Se alguém prendeu a Dilma, se alguém torturou a Dilma achando que tinha acabado a luta da Dilma, ela é uma possível candidata a presidente da República", declarou.
A tensão entre militares e a área de Direitos Humanos não é novidade no governo Lula. Em 2007, foram duras as críticas de militares ao livro "Direito à Memória e à Verdade". Mais complicada foi a reação dos militares ao debate defendido pelo Ministério da Justiça sobre limites da impunidade a torturadores. Uma nova interpretação da Lei de Anistia rachou o governo. Como agora, Lula investiu na conciliação.
Tarso Genro afirma que não há "controvérsia insanável" dentro do governo apesar da reação das Forças Armadas a plano de direitos humanos
MARTA SALOMON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu ganhar tempo e investir num discurso conciliador e contra "revanchismos" para administrar a tensão entre os militares e a ala do governo mais afinada com as famílias de mortos e desaparecidos durante a ditadura militar.
Lula saiu em férias ontem, e uma definição sobre o terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos, foco da crise, só será anunciada a partir de abril. Os militares, que aguardavam um recuo concreto do governo em relação aos termos do plano, ficaram frustrados. Acham que Lula "empurra com a barriga".
Abril é o prazo que uma comissão do governo tem para elaborar projeto de lei da Comissão Nacional da Verdade -prevista no Plano de Direitos Humanos- para examinar violações de direitos humanos "praticadas no contexto da repressão política", um dos itens de irritação na área militar.
Outros são a identificação de locais públicos que serviram à repressão e a revogação da Lei da Anistia -além da proposta de cassar os nomes de presidentes militares de pontes, rodovias e prédios públicos. A comissão terá representantes dos ministérios da Justiça, da Defesa, da Casa Civil e da Secretaria de Direitos Humanos.
Ontem, as autoridades envolvidas no conflito baixaram o tom das críticas. O secretário de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, entrou em férias e avisou que não comentaria o caso, e o ministro Tarso Genro (Justiça) insistiu em que a palavra final caberá ao presidente.
"Não há nenhum pedido de demissão e nenhuma controvérsia insanável entre Defesa e Secretaria de Direitos Humanos. Isso [o presidente] vai resolver com a sua capacidade de mediação após as férias", disse Tarso, após reunião com Lula.
Também o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e os comandantes de Exército, Marinha e Aeronáutica se recusaram a falar. A promessa de Lula, levada a eles por Jobim, é de que a tensão será contornada e que o governo não tem nenhum interesse em provocar os militares e criar-lhes constrangimentos.
Jobim e os comandantes julgam que o plano ignorou todas as sugestões das Forças Armadas e ficou "desequilibrado", pois cobra responsabilidades dos militares, mas não dos seus adversários, "que assaltaram, mataram e sequestraram". Citam até ministros de Lula.
Interlocutores de Lula lembraram ontem que o tom conciliador foi dado pelo presidente desde o anúncio do plano, na segunda-feira antes do Natal. Na ocasião, Lula afirmou que o documento seria "digerido" -ou seja, que havia brechas para novos debates. No discurso, o presidente exaltou a experiência de integrantes do governo que lutaram contra a ditadura, como os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Franklin Martins (Comunicação Social), Tarso e Vannuchi.
Segundo Lula, Dilma teria comentado, ao passar pelo Comando do 2º Exército (SP), onde esteve presa, que não sentia mais raiva: "Se alguém prendeu a Dilma, se alguém torturou a Dilma achando que tinha acabado a luta da Dilma, ela é uma possível candidata a presidente da República", declarou.
A tensão entre militares e a área de Direitos Humanos não é novidade no governo Lula. Em 2007, foram duras as críticas de militares ao livro "Direito à Memória e à Verdade". Mais complicada foi a reação dos militares ao debate defendido pelo Ministério da Justiça sobre limites da impunidade a torturadores. Uma nova interpretação da Lei de Anistia rachou o governo. Como agora, Lula investiu na conciliação.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Aqui no Chile - Os desafios para América Latina de 2022
Minha primeira saida em Santiago do Chile não foi a um dos meus restaurante preferido do Bairro Bellavista (El Eládio), ou a visita acostumada ao Mercado Central, para deleitar-me com esses mariscais característicos, onde se pode desfrutar da famosa paila (panela) marinha, uma porção de “picorocos” (animal marinho de gosto diferente a qualquer fruto do mar), mariscal quente, ou os famosos "locos com mayo" o Congrio, todo acompanhado de um bom vinho branco (chamado pipenho, ainda não passou pela filtragem). Nada disso, o que fiz foi uma visita urgente à famosa Feira do Livro e depois à Livraria Antártica, onde gastei parte do meu salário na compra de alguns livros.
Um deles que recomendo sem muita paixão porque não traz grande novidade, entretanto é importante sua leitura para saber o que pensam os líderes da América Latina sobre os cenários para 2022: “Iberoamérica 2020, Retos ante la crisis”, (Editado por Felipe Gonzalez, ex-presidente espanhol).
Não poderia ser mais interessante, para quem está trabalhando na produção das metas para o Brasil 2022, caio como luva e aqui estou em café do Bairro Bellavista lendo algumas partes importantes do livro, onde escrevem os mais importantes homens públicos da América Latina (não os melhores teóricos).
Michelle Bachelet escreve: “queremos crescer para incluir e incluir para crescer”, o poeta e escritor mexicano, Carlos Fuentes, “sem educação não há desenvolvimento” e Felipe Gonzáles conclui: “agora a “mão invisível” reclama à política, exige ao Estado que intervenha para salvar o mercado”.
Do livro, destacam os textos, do Presidente Lula, sobre o desenvolvimento e coesão social; de Ricardo lagos, sobre a identidade global para um planeta global; da Presidenta da Argentina, sobre as potencialidades energéticas da América Latina; da Ministra Dilma Rousseff, sobre a Energia e o Brasil no contexto da América Latina; de Beatriz Paredes dirigente do PRI mexicano, sobre a difícil construção de uma institucionalidade democrática eficaz.
Não podia faltar o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, com suas vaguedades e generalidades sobre o populismo.
Em geral, o livro é um registro de propostas e promessas de políticos que procuram o futuro e dos que já foram. Interessante leitura, vale a pena.
Na próxima postagem darei umas dicas sobre onde ir, comer e ver em Santiago, Viña del Mar, Valparaíso, Con-Con, La Serena, Em fim lugares que são visita obrigada de quem quer realmente conhecer detalhes da cultura chilena.
Por enquanto,
Bom Natal!
Um deles que recomendo sem muita paixão porque não traz grande novidade, entretanto é importante sua leitura para saber o que pensam os líderes da América Latina sobre os cenários para 2022: “Iberoamérica 2020, Retos ante la crisis”, (Editado por Felipe Gonzalez, ex-presidente espanhol).
Não poderia ser mais interessante, para quem está trabalhando na produção das metas para o Brasil 2022, caio como luva e aqui estou em café do Bairro Bellavista lendo algumas partes importantes do livro, onde escrevem os mais importantes homens públicos da América Latina (não os melhores teóricos).
Michelle Bachelet escreve: “queremos crescer para incluir e incluir para crescer”, o poeta e escritor mexicano, Carlos Fuentes, “sem educação não há desenvolvimento” e Felipe Gonzáles conclui: “agora a “mão invisível” reclama à política, exige ao Estado que intervenha para salvar o mercado”.
Do livro, destacam os textos, do Presidente Lula, sobre o desenvolvimento e coesão social; de Ricardo lagos, sobre a identidade global para um planeta global; da Presidenta da Argentina, sobre as potencialidades energéticas da América Latina; da Ministra Dilma Rousseff, sobre a Energia e o Brasil no contexto da América Latina; de Beatriz Paredes dirigente do PRI mexicano, sobre a difícil construção de uma institucionalidade democrática eficaz.
Não podia faltar o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, com suas vaguedades e generalidades sobre o populismo.
Em geral, o livro é um registro de propostas e promessas de políticos que procuram o futuro e dos que já foram. Interessante leitura, vale a pena.
Na próxima postagem darei umas dicas sobre onde ir, comer e ver em Santiago, Viña del Mar, Valparaíso, Con-Con, La Serena, Em fim lugares que são visita obrigada de quem quer realmente conhecer detalhes da cultura chilena.
Por enquanto,
Bom Natal!
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Brasil - Política externa (José Luis Fiori)
DEBATE ABERTO
O debate da política externa: os conservadores
Chama a atenção a pobreza das idéias e a mediocridade dos argumentos conservadores quando discutem o presente e o futuro da inserção internacional do Brasil. Nossos conservadores perderam a bússola. Ainda tentam seguir a pauta norte-americana, mas não está fácil, porque ela não é clara, não é moralista, nem é binária.
José Luís Fiori
“É desconfortável recebermos no Brasil o chefe de um regime ditatorial e repressivo. Afinal, temos um passado recente de luta contra a ditadura, e firmamos na Constituição de 1988 os ideais de democracia e direitos humanos. Uma coisa são relações diplomáticas com ditaduras, outra é hospedar em casa os seus chefes”.
José Serra, “Visita indesejável”, FSP, 23/11/2009
Já faz tempo que a política internacional deixou de ser um campo exclusivo dos especialistas e dos diplomatas. Mas só recentemente, a política externa passou a ocupar um lugar central na vida pública e no debate intelectual brasileiro. E tudo indica que ela deverá se transformar num dos pontos fundamentais de clivagem, na disputa presidencial de 2010. É uma conseqüência natural da mudança da posição do Brasil, dentro do sistema internacional, que cria novas oportunidades e desafios cada vez maiores, exigindo uma grande capacidade de inovação política e diplomática dos seus governantes.
Neste novo contexto, o que chama a atenção do observador, é a pobreza das idéias e a mediocridade dos argumentos conservadores quando discutem o presente e o futuro da inserção internacional do Brasil. A cada dia aumenta o numero de diplomatas aposentados, iniciantes políticos e analistas que batem cabeça nos jornais e rádios, sem conseguir acertar o passo, nem definir uma posição comum sobre qualquer dos temas que compõem a atual agenda externa do país. Pode ser o caso do golpe militar em Honduras, ou da entrada da Venezuela no Mercosul; da posição do Brasil na reunião de Copehague ou na Rodada de Doha; da recente visita do presidente do Irã, ou do acordo militar com a França; das relações com os Estados Unidos ou da criação e do futuro da UNASUL.
Em quase todos os casos, a posição dos analistas conservadores é passadista, formalista, e sem consistência interna. Além disto, seus posicionamentos são pontuais e desconexos, e em geral defendem princípios éticos de forma desigual e pouco equânime. Por exemplo, criticam o programa nuclear do Irã, e o seu desrespeito às decisões da comissão de energia atômica da ONU, mas não se posicionam frente ao mesmo comportamento de Israel e do Paquistão, que além do mais, são Estados que já possuem arsenais atômicos, que não assinaram o Tratado de Não Proliferação de Armas Atômicas, e que tem governos sob forte influência de grupos religiosos igualmente fanáticos e expansivos.
Ainda na mesma linha, criticam o autoritarismo e o continuísmo “golpista” da Venezuela, Equador e Bolívia, mas não dizem o mesmo da Colômbia, ou de Honduras; criticam o desrespeito aos direitos humanos na China ou no Irã, e não costumam falar da Palestina, do Egito ou da Arábia Saudita, e assim por diante. Mas o que é mais grave, quando se trata de políticos e diplomatas, é o casuísmo das suas análises e dos seus julgamentos, e a ausência de uma visão estratégica e de longo prazo, para a política externa de um Estado que é hoje uma “potência emergente”.
Como explicar esta súbita indolência mental das forças conservadoras, no Brasil? Talvez, recorrendo à própria história das idéias e das posições dos governos brasileiros que mantiveram, desde a independência, uma posição político-ideológica e um alinhamento internacional muito claro e fácil de definir. Primeiro, com relação à liderança econômica e geopolítica da Inglaterra, no século XIX, e depois, no século XX - e em particular após à Segunda Guerra Mundial - com relação à tutela norte-americana, durante o período da Guerra Fria. O inimigo comum era claro, a complementaridade econômica era grande, e os Estados Unidos mantiveram com mão de ferro, a liderança ética e ideológica do “mundo livre”.
Depois do fim Guerra Fria, os governos que se seguiram adotaram as políticas neoliberais preconizadas pelos Estados Unidos e se mantiveram alinhados com a utopia “cosmopolita” do governo Clinton. A visão era idílica e parecia convincente: a globalização econômica e as forças de mercado produziriam a homogeneização da riqueza e do desenvolvimento, e estas mudanças econômicas contribuíram para o desaparecimento dos “egoísmos nacionais”, e para a construção de um governo democrático e global, responsável pela paz dos mercados e dos povos. Mas como é sabido, este sonho durou pouco, e a velha utopia liberal - ressuscitada nos anos 90 - perdeu força e voltou para a gaveta, junto com a política externa subserviente dos governos brasileiros, daquela década.
Depois de 2001, entretanto, o “idealismo cosmopolita” da era Clinton foi substituído pelo “messianismo quase religioso” da era Bush, que seguiu defendendo ainda por um tempo o projeto ALCA, que vinha da Administração Clinton. Mas depois da rejeição sul-americana do projeto, e depois da falência do Consenso de Washington e do fracasso da intervenção dos Estados Unidos a favor do golpe militar na Venezuela, de 2002, a política externa americana para a América do Sul ficou à deriva, e os Estados Unidos perderam a liderança ideológica do continente, apesar de manterem sua supremacia militar e sua centralidade econômica. Neste mesmo período, as forças conservadoras foram sendo desalojadas do poder, no Brasil e em quase toda a América do Sul. Mas apesar disto, durante algum tempo, ainda seguiram repetindo a sua ladainha ideológica neoliberal.
O golpe de morte veio depois, com e eleição de Barak Obama. O novo governo democrata deixou para trás o idealismo cosmopolita e o messianismo religioso dos dois governos anteriores, e assumiu uma posição realista e pragmática, em todo mundo. Seu objetivo tem sido em todos os casos, manter a presença global dos Estados Unidos, com políticas diferentes para cada região do mundo. Para a América do Sul sobrou muito pouco, quase nada, como estratégia e como referência doutrinária, apenas uma vaga empatia racial e um anti-populismo requentado. Como conseqüência, agora sim, nossos conservadores perderam a bússola. Ainda tentam seguir a pauta norte-americana, mas não está fácil, porque ela não é clara, não é moralista, nem é binária. Por isto, agora só lhes resta pensar com a própria cabeça para sobrevier politicamente. Mas isto não é fácil, toma tempo, e demanda um longo aprendizado.
José Luís Fiori, cientista político, é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
O debate da política externa: os conservadores
Chama a atenção a pobreza das idéias e a mediocridade dos argumentos conservadores quando discutem o presente e o futuro da inserção internacional do Brasil. Nossos conservadores perderam a bússola. Ainda tentam seguir a pauta norte-americana, mas não está fácil, porque ela não é clara, não é moralista, nem é binária.
José Luís Fiori
“É desconfortável recebermos no Brasil o chefe de um regime ditatorial e repressivo. Afinal, temos um passado recente de luta contra a ditadura, e firmamos na Constituição de 1988 os ideais de democracia e direitos humanos. Uma coisa são relações diplomáticas com ditaduras, outra é hospedar em casa os seus chefes”.
José Serra, “Visita indesejável”, FSP, 23/11/2009
Já faz tempo que a política internacional deixou de ser um campo exclusivo dos especialistas e dos diplomatas. Mas só recentemente, a política externa passou a ocupar um lugar central na vida pública e no debate intelectual brasileiro. E tudo indica que ela deverá se transformar num dos pontos fundamentais de clivagem, na disputa presidencial de 2010. É uma conseqüência natural da mudança da posição do Brasil, dentro do sistema internacional, que cria novas oportunidades e desafios cada vez maiores, exigindo uma grande capacidade de inovação política e diplomática dos seus governantes.
Neste novo contexto, o que chama a atenção do observador, é a pobreza das idéias e a mediocridade dos argumentos conservadores quando discutem o presente e o futuro da inserção internacional do Brasil. A cada dia aumenta o numero de diplomatas aposentados, iniciantes políticos e analistas que batem cabeça nos jornais e rádios, sem conseguir acertar o passo, nem definir uma posição comum sobre qualquer dos temas que compõem a atual agenda externa do país. Pode ser o caso do golpe militar em Honduras, ou da entrada da Venezuela no Mercosul; da posição do Brasil na reunião de Copehague ou na Rodada de Doha; da recente visita do presidente do Irã, ou do acordo militar com a França; das relações com os Estados Unidos ou da criação e do futuro da UNASUL.
Em quase todos os casos, a posição dos analistas conservadores é passadista, formalista, e sem consistência interna. Além disto, seus posicionamentos são pontuais e desconexos, e em geral defendem princípios éticos de forma desigual e pouco equânime. Por exemplo, criticam o programa nuclear do Irã, e o seu desrespeito às decisões da comissão de energia atômica da ONU, mas não se posicionam frente ao mesmo comportamento de Israel e do Paquistão, que além do mais, são Estados que já possuem arsenais atômicos, que não assinaram o Tratado de Não Proliferação de Armas Atômicas, e que tem governos sob forte influência de grupos religiosos igualmente fanáticos e expansivos.
Ainda na mesma linha, criticam o autoritarismo e o continuísmo “golpista” da Venezuela, Equador e Bolívia, mas não dizem o mesmo da Colômbia, ou de Honduras; criticam o desrespeito aos direitos humanos na China ou no Irã, e não costumam falar da Palestina, do Egito ou da Arábia Saudita, e assim por diante. Mas o que é mais grave, quando se trata de políticos e diplomatas, é o casuísmo das suas análises e dos seus julgamentos, e a ausência de uma visão estratégica e de longo prazo, para a política externa de um Estado que é hoje uma “potência emergente”.
Como explicar esta súbita indolência mental das forças conservadoras, no Brasil? Talvez, recorrendo à própria história das idéias e das posições dos governos brasileiros que mantiveram, desde a independência, uma posição político-ideológica e um alinhamento internacional muito claro e fácil de definir. Primeiro, com relação à liderança econômica e geopolítica da Inglaterra, no século XIX, e depois, no século XX - e em particular após à Segunda Guerra Mundial - com relação à tutela norte-americana, durante o período da Guerra Fria. O inimigo comum era claro, a complementaridade econômica era grande, e os Estados Unidos mantiveram com mão de ferro, a liderança ética e ideológica do “mundo livre”.
Depois do fim Guerra Fria, os governos que se seguiram adotaram as políticas neoliberais preconizadas pelos Estados Unidos e se mantiveram alinhados com a utopia “cosmopolita” do governo Clinton. A visão era idílica e parecia convincente: a globalização econômica e as forças de mercado produziriam a homogeneização da riqueza e do desenvolvimento, e estas mudanças econômicas contribuíram para o desaparecimento dos “egoísmos nacionais”, e para a construção de um governo democrático e global, responsável pela paz dos mercados e dos povos. Mas como é sabido, este sonho durou pouco, e a velha utopia liberal - ressuscitada nos anos 90 - perdeu força e voltou para a gaveta, junto com a política externa subserviente dos governos brasileiros, daquela década.
Depois de 2001, entretanto, o “idealismo cosmopolita” da era Clinton foi substituído pelo “messianismo quase religioso” da era Bush, que seguiu defendendo ainda por um tempo o projeto ALCA, que vinha da Administração Clinton. Mas depois da rejeição sul-americana do projeto, e depois da falência do Consenso de Washington e do fracasso da intervenção dos Estados Unidos a favor do golpe militar na Venezuela, de 2002, a política externa americana para a América do Sul ficou à deriva, e os Estados Unidos perderam a liderança ideológica do continente, apesar de manterem sua supremacia militar e sua centralidade econômica. Neste mesmo período, as forças conservadoras foram sendo desalojadas do poder, no Brasil e em quase toda a América do Sul. Mas apesar disto, durante algum tempo, ainda seguiram repetindo a sua ladainha ideológica neoliberal.
O golpe de morte veio depois, com e eleição de Barak Obama. O novo governo democrata deixou para trás o idealismo cosmopolita e o messianismo religioso dos dois governos anteriores, e assumiu uma posição realista e pragmática, em todo mundo. Seu objetivo tem sido em todos os casos, manter a presença global dos Estados Unidos, com políticas diferentes para cada região do mundo. Para a América do Sul sobrou muito pouco, quase nada, como estratégia e como referência doutrinária, apenas uma vaga empatia racial e um anti-populismo requentado. Como conseqüência, agora sim, nossos conservadores perderam a bússola. Ainda tentam seguir a pauta norte-americana, mas não está fácil, porque ela não é clara, não é moralista, nem é binária. Por isto, agora só lhes resta pensar com a própria cabeça para sobrevier politicamente. Mas isto não é fácil, toma tempo, e demanda um longo aprendizado.
José Luís Fiori, cientista político, é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
domingo, 20 de dezembro de 2009
Pará - Hélio Gueiros - "O Marqueteiro do álcool"
Gueiros, na foto acompanhado de outros políticos paraenses.
Ex-Prefeito do Pará e ex-governador, é um dos maiores promotores do consumo do álcool com que conta o Estado do Pará, não conheço outro colunista de jornais que insista tanto nessa tecla de promover o consumo desmesurado de bebidas alcoólicas.
Na totalidade das suas colunas em um jornal paraense ele começa cada comentário com estas frases:
Como muito bem falava um prestigiado empresário, por enquanto bebia sua doce de cachaça preferida.....
Um deputado, em quanto saboreava sua cerveja muito gelada de marca paraense.....
Um professor, sentado em volta a uma mesa, bebendo uma geladinha, falava para seus colegas, não sejam bestas.........
-Vocês sabem que eu sou remista até debaixo d´ água, -dizia aquele fanático azulino tomando aquela “caipirinha” no boteco da Cidade Velha......
Como não podia deixar de ser o assunto dominante naquela mesa da Assembléia paraense que suportava uma apreciável quantidade de cervejas já consumidas e outras ainda, cobertas pela camisinha, para se manter geladinhas.....
Com o 12 anos sempre à sua disposição, reforça a dose e degusta a talagada antes de ir em frente. –
Em uma mesa formada na Assembléia Paraense – o clube–, a conversa girava sobre as próximas eleições presidenciais. Um dos presentes dizia:
Dois amigos, que há algum tempo não se viam, encontraram-se num boteco bebendo aquela cerveja estupidamente gelada...
– Por favor, vamos mudar de assunto – sugeriu um freqüentador habitual da Assembléia, o clube, para os seus companheiros de mesa e de uísque escocês 12 anos. – Desde o começo do nosso bate-papo de hoje, só falamos das bandalheiras institucionais e eventuais do governador de Brasília.
E por aí vai, quando não é cachaça “da maior qualidade”, e cerveja geladinha ou simplesmente “estupidamente gelada”, vinho, Uísque e, até cognaque.
Além do mais, cheio de faltas de ortografia!
Dei-me a moléstia de conferir e foram mais de 3 faltas por página, dependendo do dia e da cachaça.
Aqui em Brasília - Sem chuva, mas muita lama
Paulo Octávio, Vice-Governador, recebeu R$ 200 mil em propina, afirma Durval, ex secretário do Arruda e de Roriz.
No escândalo do esquema de propinas no GDF, o vice-governador Paulo Octávio teria recebido R$ 200 mil diretamente das mãos de Durval Barbosa em uma das suítes do Hotel Kubitscheck Plaza, que pertence ao grupo do vice-governador. É o que afirmou Durval, o ex-secretário de Relações Institucionais do GDF, em depoimento ao Ministério Público Federal no último dia 2, em São Paulo.
Segundo Barbosa, há cerca de um ano e meio, ele teria recebido um valor um pouco superior a R$ 200 mil de Cristina Bonner para ser entregue ao vice-governador. A quantia corresponderia à propina cobrada em razão de contratos de prestação de serviço no setor de informática envolvendo a TBA, empresa de Bonner.
De acordo com Durval, todas as outras ocasiões de entrega de propina ao vice-governador, as quais segundo ele são "inúmeras", teriam sido encaminhadas por meio do assessor Marcelo Carvalho. Duas dessas vezes foram filmadas e as imagens anexadas ao inquérito 650, no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Ainda em depoimento, Durval afirmou que um total de R$ 3 milhões em espécie teria sido recebido pelo governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, de algumas empresas que prestam serviços no setor de informática para o GDF.
Confira trecho do inquérito em que aparece o depoimento de Durval Barbosa declarando a entrega do dinheiro de propina a PAULO OTAVIO.
COPENHAGE (COP - 15) - FÓRUM BRASILEIRO SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS
O Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, criado pelo Decreto nº 3.515, de 20 de junho de 2000, tem por objetivo conscientizar e mobilizar a sociedade para a discussão e tomada de posição sobre os problemas decorrentes da mudança do clima por gases de efeito estufa, bem como sobre o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) definido no Artigo 12 do Protocolo de Quioto à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, ratificada pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo nº 1, de 3 de fevereiro de 1994.
O FBMC deve auxiliar o governo na incorporação das questões sobre mudanças climáticas nas diversas etapas das políticas públicas.
O FBMC é composto por 12 ministros de Estado, do diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA) e de personalidades e representantes da sociedade civil, com notório conhecimento da matéria, ou que sejam agentes com responsabilidade sobre a mudança do clima.
O Fórum é presidido pelo Presidente da República.
São objetivos do Fórum:
- Ampliar e difundir o debate concernente às mudanças climáticas nas diversas regiões do país.
- Atuar como ferramenta de auxílio à superação das barreiras para a adoção do MDL.
- Aprofundar o debate sobre as questões relacionadas ao Desenvolvimento Regional
- Atuar como catalisador das discussões concernentes às definições de estratégias nacionais de desenvolvimento.
- Ampliar as relações do Fórum com a Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima Ajudar o governo na divulgação do problema de mudanças climáticas e MDL.
- Criar um banco de dados e informações sobre a questão das mudanças climáticas
- Criar laços com a comunidade acadêmica e com a área empresarial
- Divulgar a problemática nas escolas de primeiro e segundo graus
- Qualificar jornalistas através de cursos sobre o tema
- Promover junto ao empresariado a adoção da prática da demonstração de seus Inventários de Emissões
- Publicar um guia de como o setor produtivo pode apresentar seus Inventários de Emissões
- Promover um seminário com o objetivo de estruturar uma política de mudança climática a ser conjuntamente debatida com o legislativo
Fonte: http://www.forumclima.org.br/
O FBMC deve auxiliar o governo na incorporação das questões sobre mudanças climáticas nas diversas etapas das políticas públicas.
O FBMC é composto por 12 ministros de Estado, do diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA) e de personalidades e representantes da sociedade civil, com notório conhecimento da matéria, ou que sejam agentes com responsabilidade sobre a mudança do clima.
O Fórum é presidido pelo Presidente da República.
São objetivos do Fórum:
- Ampliar e difundir o debate concernente às mudanças climáticas nas diversas regiões do país.
- Atuar como ferramenta de auxílio à superação das barreiras para a adoção do MDL.
- Aprofundar o debate sobre as questões relacionadas ao Desenvolvimento Regional
- Atuar como catalisador das discussões concernentes às definições de estratégias nacionais de desenvolvimento.
- Ampliar as relações do Fórum com a Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima Ajudar o governo na divulgação do problema de mudanças climáticas e MDL.
- Criar um banco de dados e informações sobre a questão das mudanças climáticas
- Criar laços com a comunidade acadêmica e com a área empresarial
- Divulgar a problemática nas escolas de primeiro e segundo graus
- Qualificar jornalistas através de cursos sobre o tema
- Promover junto ao empresariado a adoção da prática da demonstração de seus Inventários de Emissões
- Publicar um guia de como o setor produtivo pode apresentar seus Inventários de Emissões
- Promover um seminário com o objetivo de estruturar uma política de mudança climática a ser conjuntamente debatida com o legislativo
Fonte: http://www.forumclima.org.br/
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Copenhague - Cenários possíveis (UOL)
Cerca de 120 chefes de Estado e governo tentam superar o impasse na cúpula climática da Organização das Nações Unidas (ONU), em Copenhague, na Dinamarca, que tem até sexta-feira para definir um novo tratado mundial contra o aquecimento.
A seguir, possíveis cenários:
QUAL O RESULTADO POSSÍVEL MAIS FORTE?
O mais robusto seria um conjunto de textos jurídicos que incluísse cortes profundos nas emissões de gases do efeito estufa por nações desenvolvidas até 2020, ações dos países em desenvolvimento para desacelerar suas emissões e um pacote de ajuda financeira e tecnológica para os países pobres. Quase todas as nações, no entanto, admitem que tal cenário é inalcançável.
QUE TIPO DE ACORDO É MAIS PROVÁVEL?
Os líderes mundiais podem definir apenas um texto que chamam de "politicamente vinculante" para tentar estabelecer um prazo para transformá-lo em um tratado com valor jurídico em algum momento ao longo de 2010.
SE HOUVER ACORDO, O QUE ELE DIRÁ?
A meta global mais fácil seria limitar o aquecimento a um máximo de 2 graus Celsius acima da média do período pré-industrial. As nações mais pobres e os pequenos Estados insulares querem um limite mais rígido de 1,5 grau Celsius. Um grande problema é que uma meta de temperatura não obriga as nações a agirem individualmente.
Uma meta ligeiramente mais firme, mas ainda distante, seria reduzir pelo menos à metade as emissões mundiais até 2050. Mas China, Índia, Brasil e outros países em desenvolvimento já se manifestaram contra tal meta no passado, alegando que antes disso seria importante que os países ricos fizessem reduções mais ambiciosas até 2020.
O QUE OS PAÍSES RICOS TÊM DE FAZER?
Eles teriam de realizar reduções maiores nas suas emissões de gases do efeito estufa até 2020. Uma comissão científica da ONU sugeriu em 2007 que as emissões até 2020 teriam de cair para níveis 25 a 40 por cento inferiores aos de 1990 para evitar os piores efeitos da mudança climática, como secas, inundações, elevação do nível dos mares e extinção de espécies. As propostas das nações industrializadas até agora se limitam a reduções de 14 a 18 por cento até 2020, sempre em relação a 1990.
E AS NAÇÕES EM DESENVOLVIMENTO?
Elas teriam de se comprometer com um "desvio substancial" para desacelerar o aumento das suas emissões até 2020, o que seria possível, por exemplo, adotando um uso mais intensivo da energia solar e eólica e reduzindo o emprego de usinas termoelétricas a carvão.
E SOBRE A VERBA PARA AJUDAR OS PAÍSES POBRES?
O texto mais recente tem lacunas sobre as quantias oferecidas. A ONU deseja angariar pelo menos 10 bilhões de dólares por ano entre 2010 e 2012, para iniciar rapidamente a ajuda aos países em desenvolvimento. Muitos países também falam em elevar essa quantia para 100 bilhões de dólares por ano a partir de 2020 para ajudar os pobres.
O QUE ACONTECE SE AS NEGOCIAÇÕES FRACASSAREM?
Uma opção em caso de fracasso das negociações seria "suspender" a reunião e retomá-la em algum momento em 2010 -- um impasse semelhante ocorreu nas negociações em Haia em novembro de 2000.
Um colapso completo das negociações agravaria a desconfiança entre países ricos e pobres e abalaria a confiança no sistema da ONU. Provavelmente também levaria o Senado dos Estados Unidos a parar de debater uma legislação destinada a limitar as emissões norte-americanas, e isso por sua vez poderia levar outros países a abandonarem suas metas.
A seguir, possíveis cenários:
QUAL O RESULTADO POSSÍVEL MAIS FORTE?
O mais robusto seria um conjunto de textos jurídicos que incluísse cortes profundos nas emissões de gases do efeito estufa por nações desenvolvidas até 2020, ações dos países em desenvolvimento para desacelerar suas emissões e um pacote de ajuda financeira e tecnológica para os países pobres. Quase todas as nações, no entanto, admitem que tal cenário é inalcançável.
QUE TIPO DE ACORDO É MAIS PROVÁVEL?
Os líderes mundiais podem definir apenas um texto que chamam de "politicamente vinculante" para tentar estabelecer um prazo para transformá-lo em um tratado com valor jurídico em algum momento ao longo de 2010.
SE HOUVER ACORDO, O QUE ELE DIRÁ?
A meta global mais fácil seria limitar o aquecimento a um máximo de 2 graus Celsius acima da média do período pré-industrial. As nações mais pobres e os pequenos Estados insulares querem um limite mais rígido de 1,5 grau Celsius. Um grande problema é que uma meta de temperatura não obriga as nações a agirem individualmente.
Uma meta ligeiramente mais firme, mas ainda distante, seria reduzir pelo menos à metade as emissões mundiais até 2050. Mas China, Índia, Brasil e outros países em desenvolvimento já se manifestaram contra tal meta no passado, alegando que antes disso seria importante que os países ricos fizessem reduções mais ambiciosas até 2020.
O QUE OS PAÍSES RICOS TÊM DE FAZER?
Eles teriam de realizar reduções maiores nas suas emissões de gases do efeito estufa até 2020. Uma comissão científica da ONU sugeriu em 2007 que as emissões até 2020 teriam de cair para níveis 25 a 40 por cento inferiores aos de 1990 para evitar os piores efeitos da mudança climática, como secas, inundações, elevação do nível dos mares e extinção de espécies. As propostas das nações industrializadas até agora se limitam a reduções de 14 a 18 por cento até 2020, sempre em relação a 1990.
E AS NAÇÕES EM DESENVOLVIMENTO?
Elas teriam de se comprometer com um "desvio substancial" para desacelerar o aumento das suas emissões até 2020, o que seria possível, por exemplo, adotando um uso mais intensivo da energia solar e eólica e reduzindo o emprego de usinas termoelétricas a carvão.
E SOBRE A VERBA PARA AJUDAR OS PAÍSES POBRES?
O texto mais recente tem lacunas sobre as quantias oferecidas. A ONU deseja angariar pelo menos 10 bilhões de dólares por ano entre 2010 e 2012, para iniciar rapidamente a ajuda aos países em desenvolvimento. Muitos países também falam em elevar essa quantia para 100 bilhões de dólares por ano a partir de 2020 para ajudar os pobres.
O QUE ACONTECE SE AS NEGOCIAÇÕES FRACASSAREM?
Uma opção em caso de fracasso das negociações seria "suspender" a reunião e retomá-la em algum momento em 2010 -- um impasse semelhante ocorreu nas negociações em Haia em novembro de 2000.
Um colapso completo das negociações agravaria a desconfiança entre países ricos e pobres e abalaria a confiança no sistema da ONU. Provavelmente também levaria o Senado dos Estados Unidos a parar de debater uma legislação destinada a limitar as emissões norte-americanas, e isso por sua vez poderia levar outros países a abandonarem suas metas.
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