No Brasil, o SEBRAE tem definido sua política de apoio às PME’s colocando como eixo de atuação os Arranjos Produtivos Locais*. Em tal sentido define os APLs como “sendo Arranjos produtivos são aglomerações de empresas localizadas em um mesmo território, que apresentam especialização produtiva e mantêm algum vínculo de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais tais como governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa”.
“Um Arranjo Produtivo Local é caracterizado pela existência da aglomeração de um número significativo de empresas que atuam em torno de uma atividade produtiva principal. Para isso, é preciso considerar a dinâmica do território em que essas empresas estão inseridas, tendo em vista o número de postos de trabalho, faturamento, mercado, potencial de crescimento, diversificação, entre outros aspectos. Por isso, a noção de território é fundamental para a atuação em Arranjos Produtivos Locais”. (SEBRAE 2002). Essa renovação nas estratégias de organização das agrupações de PME’s é de particular importância, porque estão sendo amplamente discutidas no Brasil e no mundo. Nos últimos anos, estão relacionadas com as novas posibilidades de geração de emprego e renda e de uma melhoria na inserção das pequenas empresas no tecido sócio-produtivo e, também, porque é uma maneira de recolocar na agenda de discussões brasileiras a questão do desenvolvimento regional, local e sustentável. Tratando-se, no entanto, de uma forma nova de se encaminhar a discussão do desenvolvimento regional, agora de uma maneira mais endógena.
Nesse sentido, hoje se faz necessário revisitar de forma crítica os chamados agrupamentos e redes de PME’s, tais como arranjos produtivos locais (APLs), clusters, distritos industriais, sistema produtivo, arranjo produtivo, etc.). Identificando sua trajetória, instrumentos, políticas, interrelacionamento com os distintos aspectos do desenvolvimento sustentável.
Consistirá na análise dos diversos exemplos teóricos de organização e agrupamento das PME’s dentre os que destacam os consórcios das regiões italianas do Norte, os distritos industriais, a realidade dos chamados clusters que proliferaram nos Estados Unidos e no Brasil, os sistemas locais de inovação tecnológica e mais recentemente, os Arranjos Produtivos Locais APLs, tanto os já existentes quanto os potenciais, constituídos apenas como aglomerações em processo de estruturação.
Constitui parte necessária do debate um aspecto também macro e fundamental, o debate sobre as políticas públicas e os mecanismos de fomento e de apoio às PME’s. Os mecanismos de fomento têm requerido atualidade por sua fundamental importância para a reorientação dos processos de desenvolvimento regional.
Segundo Monsalves (2002), o sistema público de fomento às PME’s pode ser descrito como um conjunto de instrumentos e subsídios. Sem considerar o regime de incentivos comerciais, estes instrumentos são:
-fomento, destinados a apoiar melhoras na gestão empresarial;
- apoio à inovação tecnológica;
- destinados a facilitar o acesso ao financiamento.
- favorecer o desenvolvimento de regiões em crise ou sub-desenvolvidas. Geralmente trata-se de subsídios para a instalação de empresas e contratação de mão-de-obra.
Num outro âmbito de análise, a inovação tecnológica cobra importância devido a que é considerado um dos fatores decisivos para criar competitividade.
Maculam (1996) verifica que até a algum tempo as pequenas empresas não eram consideradas exemplos significativos de firmas inovadoras, participando apenas da difusão de tecnologia, sem capacidade para geração própria de novas tecnologias ou para o desenvolvimento de produtos inteiramente novos. Do ponto de vista tecnológico, as atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) eram realizadas apenas por empresas de grande porte, que contavam com acesso a amplos recursos técnicos, humanos e financeiros para assumir os custos e riscos do processo de inovação. A presença dessas empresas de grande porte nos mercados internacional garantia maior apropriação dos resultados econômicos advindos dos avanços tecnológicos gerados internamente.
Com as mudanças no ambiente econômico mundial, muitas das grandes empresa passaram a enfrentar dificuldades e entraram em crise optando por reduzir seus quadros profissionais e técnicos através de processos de terceirização. Além disso, avanços tecnológicos em áreas emergentes, como telecomunicações, biotecnologia e informática abriram oportunidades para a criação de novas empresas. Houve ainda, o interesse de governos locais de promover o desenvolvimento econômico regional através do apoio crescente às pequenas empresas implantadas em incubadoras de empresas, de negócios, condomínios empresariais, etc (Maculam, 1996).
Essas mudanças verificadas na economia mundial e a conseqüente readaptação das empresas à nova realidade de competitividade global também geraram a necessidade de inovação nas PME’s. Segundo Maculam (1996) as PME’s devem ser apoiadas por políticas públicas adequadas que permitam a elas superar suas limitações estruturais de modo a fortalecer e ampliar sua capacitação tecnológica.
Nesse sentido, o estudo das políticas públicas de apoio às PMEs passa, necessariamente, pelo debate sobre o papel da inovação tecnológica como instrumento central da estratégia competitiva das empresas. Como conseqüência principal desse novo quadro, resultado da reestruturação econômica, Cassiolato (1998) ressalta a importância de que o Estado e as instituições com capacidade de gerar inovações aumentem os gastos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), através de subsídios e financiamentos especiais à indução de projetos cooperativos o suporte a reestruturação de setores econômicos e o fomento de condições sistêmicas benignas –articuladas por políticas de competitividade seria uma tendência deliberadamente perseguida pelos estados nacionais.
Em trabalho onde comprovaram que a ausência de suporte financeiro adequado e apoio tecnológico, gerencial e mercadológico podem restringir o processo de inovação nas pequenas empresas, Dodgson & Rothwell (1993) conceituaram inovação tecnológica como um processo que inclui as atividades técnicas de projeto, de fabricação, gerenciais e comerciais envolvidas na comercialização de um novo (ou significativamente melhorado) produto ou o primeiro uso comercial de um novo (ou significativamente melhorado) processo ou equipamento de manufatura.
Para os autores o processo de inovação pode ser pensado como uma complexa teia de caminhos de comunicação que unem várias funções que vai da empresa à comunidade científica, tecnológica e industrial, representando a convergência das capacidades tecnológicas e as necessidades de mercado, dentro do quadro de referencia da firma inovadora.
Amazônia, meio ambiente, ecologia, biodiversidade, desenvolvimento sustentável, ciência e tecnologia, incubadoras e parques tecnológicos, política nacional e internacional - Amazonia, the environment, ecology, biodiversity, sustainable development, science and technology, incubators and technology parks, national and international policy
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
AGENDA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Segunda-feira
05 de outubro de 2009
Horário local de Bruxelas/Bélgica: mais 5h em relação a Brasília
09:45 - Massimo D’Alema
Hotel Sheraton Brussels
11:00 - Encontro com o Presidente do Senado da Bélgica, Armand de
Decker, e com o Presidente da Câmara dos Representantes da
Bélgica, Patrick Dewael
Parlamento Federal
12:00 - Encontro com o Rei da Bélgica, Alberto II
Palácio de Laeken
12:40 - Almoço oferecido pelo Rei da Bélgica, Alberto II
15:00 - Audiência com CEOs de empresas belgas
Hotel Sheraton Brussels
17:00 - Sessão de encerramento do Seminário Empresarial Brazil e
Bélgica: Novas Fronteiras de Negócios
18:40 - Partida para Estocolmo (Suécia)
Aeroporto Internacional de Bruxelas, Terminal Abelag
20:30 - Chegada a Estocolmo
Segunda-feira
5 de outubro 2009
10:00 - Despacho interno
Centro Cultural Banco do Brasil
11:00 - Wellington Dias
Governador do Piauí
11:30 - Evandro Costa Gama
Advogado-Geral da União interino
16:00 - Despacho interno
Fonte: Imprensa Planalto
05 de outubro de 2009
Horário local de Bruxelas/Bélgica: mais 5h em relação a Brasília
09:45 - Massimo D’Alema
Hotel Sheraton Brussels
11:00 - Encontro com o Presidente do Senado da Bélgica, Armand de
Decker, e com o Presidente da Câmara dos Representantes da
Bélgica, Patrick Dewael
Parlamento Federal
12:00 - Encontro com o Rei da Bélgica, Alberto II
Palácio de Laeken
12:40 - Almoço oferecido pelo Rei da Bélgica, Alberto II
15:00 - Audiência com CEOs de empresas belgas
Hotel Sheraton Brussels
17:00 - Sessão de encerramento do Seminário Empresarial Brazil e
Bélgica: Novas Fronteiras de Negócios
18:40 - Partida para Estocolmo (Suécia)
Aeroporto Internacional de Bruxelas, Terminal Abelag
20:30 - Chegada a Estocolmo
Segunda-feira
5 de outubro 2009
10:00 - Despacho interno
Centro Cultural Banco do Brasil
11:00 - Wellington Dias
Governador do Piauí
11:30 - Evandro Costa Gama
Advogado-Geral da União interino
16:00 - Despacho interno
Fonte: Imprensa Planalto
domingo, 4 de outubro de 2009
Senado dos EUA pode arruinar acordo sobre clima, diz WWF
O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) advertiu nesta sexta-feira (2) que as negociações sobre a mudança climática fracassarão, se os Estados Unidos não se mostram mais ambiciosos em suas propostas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa.
"Estados Unidos estão fazendo progressos notáveis, mas se não avança mais em suas propostas, muitos países se verão desmotivados para chegar a um acordo", manifestou a Efe Keya Chatterjee, responsável de WWF-Estados Unidos na reunião sobre mudança climática que Nações Unidas celebra em Bangcoc.
Uma nova lei apresentada pelo Partido Democrata no Senado americano, estabelece um corte em 2020 de 20% das emissões a respeito de 2005, em comparação a 17% proposto anteriormente.
"Estes níveis não são suficientes para mitigar os efeitos da mudança climática, WWF exige um diminuição nos Estados Unidos de 25% em relação com os níveis de 1990", assinalou Chatterjee, que considera possível que a Administração de Barack Obama adote uma direção nesse sentido.
"Temos a capacidade e a tecnologia, só é preciso vontade política", disse o responsável do grupo ecologista.
No entanto, Chatterjee lembrou que o esforço que pode fazer Estados Unidos é limitado devido a "oito anos nos quais não se trabalhou para reduzir as emissões de carbono".
As emissões dos Estados Unidos se encontram neste momento em 15% acima dos níveis de 1990, enquanto na União Europeia estão abaixo de 6%, levando em conta os 15 países mais industrializados, e 10,7% se incluem os 27 membros.
Algumas delegações criticaram que Washington, que não assinou o Protocolo de Kyoto, condicione as decisões em nível internacional às políticas nacionais aprovadas por seu Parlamento.
Lumumba Di-Aping, presidente do grupo dos países em vias de desenvolvido e conhecidos por G-77 mais China, criticou à delegação americana por aprovar uma legislação em prol de seu "interesse nacional", sem levar em conta ao resto do mundo.
Até o momento, os países desenvolvidos se comprometeram a recortar entre 15% e 30% suas emissões em relação a 1990, abaixo dos 25% e 40% exigidos pelo Painel da ONU sobre Mudança Climática.
WWF foi mais longe e lembrou que os países ricos deverão reduzir suas emissões em 20% para 2020 em relação aos níveis de 1990 e 80% para 2050, com o objetivo de evitar que as temperaturas subam acima dos 2 graus Celsius, o que geraria graves danos ecológicos e humanos.
O dezembro próximo, durante a reunião de Copenhague os países presentes negociarão um acordo que substitua ao Protocolo de Kyoto, que expira em 2012. (Fonte: Estadão Online)
"Estados Unidos estão fazendo progressos notáveis, mas se não avança mais em suas propostas, muitos países se verão desmotivados para chegar a um acordo", manifestou a Efe Keya Chatterjee, responsável de WWF-Estados Unidos na reunião sobre mudança climática que Nações Unidas celebra em Bangcoc.
Uma nova lei apresentada pelo Partido Democrata no Senado americano, estabelece um corte em 2020 de 20% das emissões a respeito de 2005, em comparação a 17% proposto anteriormente.
"Estes níveis não são suficientes para mitigar os efeitos da mudança climática, WWF exige um diminuição nos Estados Unidos de 25% em relação com os níveis de 1990", assinalou Chatterjee, que considera possível que a Administração de Barack Obama adote uma direção nesse sentido.
"Temos a capacidade e a tecnologia, só é preciso vontade política", disse o responsável do grupo ecologista.
No entanto, Chatterjee lembrou que o esforço que pode fazer Estados Unidos é limitado devido a "oito anos nos quais não se trabalhou para reduzir as emissões de carbono".
As emissões dos Estados Unidos se encontram neste momento em 15% acima dos níveis de 1990, enquanto na União Europeia estão abaixo de 6%, levando em conta os 15 países mais industrializados, e 10,7% se incluem os 27 membros.
Algumas delegações criticaram que Washington, que não assinou o Protocolo de Kyoto, condicione as decisões em nível internacional às políticas nacionais aprovadas por seu Parlamento.
Lumumba Di-Aping, presidente do grupo dos países em vias de desenvolvido e conhecidos por G-77 mais China, criticou à delegação americana por aprovar uma legislação em prol de seu "interesse nacional", sem levar em conta ao resto do mundo.
Até o momento, os países desenvolvidos se comprometeram a recortar entre 15% e 30% suas emissões em relação a 1990, abaixo dos 25% e 40% exigidos pelo Painel da ONU sobre Mudança Climática.
WWF foi mais longe e lembrou que os países ricos deverão reduzir suas emissões em 20% para 2020 em relação aos níveis de 1990 e 80% para 2050, com o objetivo de evitar que as temperaturas subam acima dos 2 graus Celsius, o que geraria graves danos ecológicos e humanos.
O dezembro próximo, durante a reunião de Copenhague os países presentes negociarão um acordo que substitua ao Protocolo de Kyoto, que expira em 2012. (Fonte: Estadão Online)
sábado, 3 de outubro de 2009
Descoberta de novos blogs - "En la diversidad está el gusto", decia el filósofo
Ontem, já muito tarde pelas tantas da madrugada, acessei o "Blog do Enriquez" para refletir por que o bafômetro da blitz, “familiar” não conseguiu detectar, nem a quantidade de cervejas ingeridas, nem menos ainda a marca. Claro elas pensaram que eram cervejas, quando na verdade era apenas uma meia dúzia de chopes, daqueles do Bar Brasília.
Lá estava eu com um dos autores de um blog muito interessante, que recomendo: o Blog do Flanar, assim mesmo Flanar. Ele, de entrada se define como diverso e vc confirma essa afinidade com o diverso, mas sempre com novas matérias e comentários inteligentes. Não podia ser de outra forma, Itajaí de albuquerque é quem alimenta o Flanar e nos oferece um momento de distração e um pouco de cultura, que nunca faz mal. Mas, o que significa Flanar? Veja o que outro blog o Blog Flanagem define esse verbo pouco aceito nos dicionários da língua da “Real Academia da língua Portuguesa” (se essa mesmo existe, como existe “La Real Academia de la Lengua Española”).
"Flanar! Aí está um verbo universal sem entrada nos dicionários, que não pertence a nenhuma língua! Que significa flanar? Flanar é ser vagabundo e refletir, é ser basbaque e comentar, ter o vírus da observação ligado ao da vadiagem. Flanar é ir por aí, de manhã, de dia, à noite, meter-se nas rodas da populaça, admirar o menino da gaitinha ali à esquina, seguir com os garotos o lutador do Cassino vestido de turco, gozar nas praças os ajuntamentos defronte das lanternas mágicas, conversar com os cantores de modinhadas alfurjas da Saúde, depois de ter ouvido dilettanti de casaca aplaudirem o maior tenor do Lírico numa ópera velha e má; é ver os bonecos pintados a giz nos muros das casas, após ter acompanhado um pintor afamado até a sua grande tela paga pelo Estado; é estar sem fazer nada e achar absolutamente necessário ir até um sítio lôbrego, para deixar de lá ir, levado pela primeira impressão, por um dito que faz sorrir, um perfil que interessa, um par jovem cujo riso de amor causa inveja...
É vagabundagem? Talvez. Flanar é a distinção de perambular com inteligência. Nada como o inútil para ser artístico. Daí o desocupado flâneur ter sempre na mente dez mil coisas necessárias, imprescindíveis, que podem ficar eternamente adiadas. Do alto de uma janela, como Paul Adam, admira o caleidoscópio da vida no epítome delirante que é a rua; à porta do café, como Poe no homem das multidões, dedica-se ao exercício de adivinhar as profissões, as preocupações e até os crimes dos transeuntes".
JOÃO DO RIO. A Alma encantadora das ruas. Crônicas. organização: Raúl Antelo. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. pp. 31-32.
Na cultura chilena existe um princípio ético de reciprocidade entre os que se dedicam a esta absurda tarefa de alimentar um filho, chamado BLOG: "tu me lees, yo te leo".
Acesse o Blog Flanar aqui
Lá estava eu com um dos autores de um blog muito interessante, que recomendo: o Blog do Flanar, assim mesmo Flanar. Ele, de entrada se define como diverso e vc confirma essa afinidade com o diverso, mas sempre com novas matérias e comentários inteligentes. Não podia ser de outra forma, Itajaí de albuquerque é quem alimenta o Flanar e nos oferece um momento de distração e um pouco de cultura, que nunca faz mal. Mas, o que significa Flanar? Veja o que outro blog o Blog Flanagem define esse verbo pouco aceito nos dicionários da língua da “Real Academia da língua Portuguesa” (se essa mesmo existe, como existe “La Real Academia de la Lengua Española”).
"Flanar! Aí está um verbo universal sem entrada nos dicionários, que não pertence a nenhuma língua! Que significa flanar? Flanar é ser vagabundo e refletir, é ser basbaque e comentar, ter o vírus da observação ligado ao da vadiagem. Flanar é ir por aí, de manhã, de dia, à noite, meter-se nas rodas da populaça, admirar o menino da gaitinha ali à esquina, seguir com os garotos o lutador do Cassino vestido de turco, gozar nas praças os ajuntamentos defronte das lanternas mágicas, conversar com os cantores de modinhadas alfurjas da Saúde, depois de ter ouvido dilettanti de casaca aplaudirem o maior tenor do Lírico numa ópera velha e má; é ver os bonecos pintados a giz nos muros das casas, após ter acompanhado um pintor afamado até a sua grande tela paga pelo Estado; é estar sem fazer nada e achar absolutamente necessário ir até um sítio lôbrego, para deixar de lá ir, levado pela primeira impressão, por um dito que faz sorrir, um perfil que interessa, um par jovem cujo riso de amor causa inveja...
É vagabundagem? Talvez. Flanar é a distinção de perambular com inteligência. Nada como o inútil para ser artístico. Daí o desocupado flâneur ter sempre na mente dez mil coisas necessárias, imprescindíveis, que podem ficar eternamente adiadas. Do alto de uma janela, como Paul Adam, admira o caleidoscópio da vida no epítome delirante que é a rua; à porta do café, como Poe no homem das multidões, dedica-se ao exercício de adivinhar as profissões, as preocupações e até os crimes dos transeuntes".
JOÃO DO RIO. A Alma encantadora das ruas. Crônicas. organização: Raúl Antelo. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. pp. 31-32.
Na cultura chilena existe um princípio ético de reciprocidade entre os que se dedicam a esta absurda tarefa de alimentar um filho, chamado BLOG: "tu me lees, yo te leo".
Acesse o Blog Flanar aqui
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Música - Filho de Mercedes Sosa Filho confirma estado crítico de da cantora
A cantora argentina Mercedes Sosa continua em estado crítico, sedada e respirando com ajuda de aparelhos, confirmou hoje seu filho Fabián Matus, que disse que o momento é de "oração", mas sem "perder a esperança".
"Sentimos uma grande tristeza", assinalou Matus, que explicou que Sosa se mantém em estado crítico desde ontem, quando a família decidiu ligá-la a aparelhos que ajudassem na respiração.
Desde que, no começo da manhã, se conheceu a piora do estado de Mercedes Sosa, de 74 anos, milhares de seguidores começaram a postar mensagens de apoio em seu site oficial, que foi bloqueado depois das mais de 700 mil visitas.
"Ela viveu plenamente seus 74 anos, fez praticamente tudo o que quis, não teve nenhum tipo de barreira nem medo. Viveu uma vida muito plena, que foi dolorosa, pelo exílio", assinalou Fabián Matus.
Mercedes Sosa foi internada em meados de setembro em Buenos Aires vítima de um problema hepático que piorou com complicações pulmonares.
O hospital em que a cantora se encontra recebeu hoje a visita de artistas, políticos e amigos.
"Sentimos uma grande tristeza", assinalou Matus, que explicou que Sosa se mantém em estado crítico desde ontem, quando a família decidiu ligá-la a aparelhos que ajudassem na respiração.
Desde que, no começo da manhã, se conheceu a piora do estado de Mercedes Sosa, de 74 anos, milhares de seguidores começaram a postar mensagens de apoio em seu site oficial, que foi bloqueado depois das mais de 700 mil visitas.
"Ela viveu plenamente seus 74 anos, fez praticamente tudo o que quis, não teve nenhum tipo de barreira nem medo. Viveu uma vida muito plena, que foi dolorosa, pelo exílio", assinalou Fabián Matus.
Mercedes Sosa foi internada em meados de setembro em Buenos Aires vítima de um problema hepático que piorou com complicações pulmonares.
O hospital em que a cantora se encontra recebeu hoje a visita de artistas, políticos e amigos.
Empreendedorismo - As pequenas e micro empresas: desafios e oportunidades para Brasil (Parte III)
As vantagem de ser pequeno.
Hoje em dia, é difícil para uma empresa estar isolada e ser competitiva, as redes entre as PME’s permitem combinar as vantagens do grande e do pequeno e assim contribuir para superar as dificuldades e incorporar novas fortalezas.
Estas redes podem ser estabelecidas entre produtores e usuários, entre PME’s semelhantes, inclusive competidores locais, nacionais e, como característica da globalização, podem ser trans-fronteiras, tudo aquilo para alcançar formas de cooperação que possibilitem, tanto as economias de escala coletivas, bem como a união de ativos complementares (PEREZ, 2002).
Em 1973, Shumacher publicou seu livro Small is Beautiful que rapidamente se transformou em um dos ícones dos movimentos alternativos dos anos 1960 e 1970.
O grande sucesso alcançado por esse livro mostrou que o autor não estava sozinho. Sua tese central girava em torno do “problema da produção”, cujo argumento era de que a produção capitalista não tinha resolvido seu problema de produção, não por falta de capacidade intelectual ou tecnológica, mas porque o sistema industrial moderno, de grande escala, devorava sua própria base de sustentação, os recursos naturais e humanos. Entre as várias alternativas oferecidas pelo autor, estava aquela de que “o negócio era ser pequeno”, sobretudo em escala, produzindo com tecnologias alternativas e apropriadas, menos agressivas ao meio ambiente (AMARAL 199)
Amaral (1999), ressalta que embora, na época, o autor não tenha recebido maior atenção, nas últimas décadas o mundo assistiu a um forte ressurgimento da importância das pequenas, micro e médias empresas, a multiplicação de registro de abertura de empresas e de geração de empregos por parte dessas não pararam de crescer, enquanto do lado das grandes corporações os postos de trabalho declinaram continuamente e o processo de fusões e incorporações se aprofundou.
Segundo Amaral (1999), a certeza de que “ser grande é muito vantajoso”, mudou, principalmente por causa das vantagens proporcionadas pelas economias internas de escala das grandes companhias privadas. Foram as grandes transformações, especialmente da década de 90, as que levaram ao aparecimento das PME’s no cenário nacional e internacional. Ele menciona cinco fatores importantes que permitiram que as pequenas empresas ocupassem o cenário internacional. Entretanto, em vez de associá-los diretamente à desestabilização da grande empresa, Amaral (1999) associa esses fatores às oportunidades que abriram para os pequenos empreendimentos.
Nas duas últimas décadas assistiu-se, em nível mundial, ao ressurgimento da importância das micro, pequenas e médias empresas, tanto na sua multiplicação numérica quanto na geração de emprego por parte dessas empresas. Esse fenômeno está associado às transformações estruturais pelas quais passou o capitalismo contemporâneo, cujos eventos mais marcantes foram (i) a crise do planejamento e da intervenção regionais centralizados; (ii) a reestruturação do mercado; (iii) a megametropolização, seguida por megas problemas urbanos; (iv) a globalização e a abertura econômica e (v) o uso intensivo da tecnologia da informação e da telecomunicação Amaral (1999).
“Esses eventos, conhecidos como patrocinadores da passagem do regime de produção fordista para o regime de produção pós-fordista, exigiram das empresas novas formas de organização, comandadas pela necessidade de maior flexibilização das estruturas. A resposta das empresas resultou em dois processos: um, de desintegração vertical efetuado pelas grandes empresas e, outro, de integração horizontal, operado pelas PME’s. Ambos os processos passaram a valorizar as empresas e empreendimentos de pequeno porte, porque estas revelaram ser mecanismos de estabilização e de absorção de riscos dentro do novo ambiente econômico e institucional. No segundo processo, chamaram atenção as estratégias exitosas de organização das PMEs baseadas nos agrupamentos territorizalizados, funcionando com base na especialização flexível. Dessas estratégias, as mais conhecidas são os clusters americanos e os distritos industriais italianos”.
Pyke, Becattini & Sengenberger (1990), agregam que qualquer definição de “distrito industrial” não estará livre de controvérsia. No entanto, os autores definem esse conceito como sendo um sistema produtivo local, caracterizado por um grande número de firmas que são envolvidas em vários estágios, e em várias vias, na produção de um produto homogêneo.
Um forte traço desse sistema é que uma grande parcela das empresas envolvidas é de pequeno ou muito pequeno porte. Muitos desses “distritos” foram encontrados no Norte e no Nordeste da Itália, chamada Terceira Itália, especializados em diferentes produtos: Sassuolo, na Emilia Romagna, especializada em cerâmica; Prato na Toscana, em têxtil; Montegranaro na Marche em sapatos; móveis de madeira especialidade de Nogara, em Veneto; etc.
Uma outra forma de organização das PME’s são as clusters. Segundo ROSENFELD (1996) cluster é “uma aglomeração de empresas (cluster) é uma concentração sobre um território geográfico delimitado de empresas interdependentes, ligados entre elas por meios ativos de transações comerciais, de diálogo e de comunicações que se beneficiam das mesmas oportunidades e enfrentam os mesmos problemas”.
Outros sugerem que as diversas abordagens utilizadas pela literatura para analisar o fenômeno de aglomerações produtivas não apenas é diverso, mas é conceitualmente difuso, apresentando diferentes taxonomias que se relacionam.
Dessa forma, alguns autores sugerem tipologias específicas. Por exemplo, Amin (1993) propõe a distinção entre três tipos de aglomerações: Aglomerações industriais em setores tradicionais ou artesanais como aqueles produtores de sapatos, mobiliário, confecções, metalurgia. Os casos de sucesso nesta categoria ilustram a importância da cooperação, especialização da produção e arranjos sociais e institucionais informais; Complexos hi-tech (como o Vale do Silício). Neste caso, os exemplos sugerem a necessidade de altos orçamentos de P&D, importância de venture-capital e excelência na produção de bens sofisticados; aglomerações baseadas na presença de grandes empresas (como em Baden-Wurttenburg na Alemanha) mostrariam a importância de suporte institucional regional via treinamento de alta qualidade, educação, P&D e infraestrutura de telecomunicações.
Porter, (1998,1999).define Clusters como concentrações setoriais e/ ou geográficas de empresas interrelacionadas as quais competem e colaboram em ambientes de favorecimento de negócios. No que se refere a indústrias baseadas em conhecimento e tecnologia, tais ambientes possuem densidade tecnológica e de negócios, isto é, favorecem de modo especial à competitividade dinâmica pela existência de qualificações educacionais apropriadas, instituições de pesquisa e desenvolvimento, “infra-estruturas tecnológicas” (incubadoras e parques tecnológicos), associações comerciais e industriais, entidades de qualidade e padronização, investidores de risco e, enfim, organização e recursos capazes de fortalecer a interação, sinergia, colaboração e competição entre os diferentes atores em cena.
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