sábado, 21 de março de 2009

POBRE BELÉM TAN LEJOS DE DIOS......TÃO LONGE DE DEUS~...........

(Foto do Prefeito de Belém, Duciomar Costa).
Ele já se passou por médico oftalmologista, exerceu a profissão em uma clínica de oftalmologia que vendia óculos de grau, com receitas assinadas por ele mesmo. Também declarou ser advogado titulado e hoje finge ser Prefeito. Elegeu-se pelo segundo mandato com o apoio da oligarquia local, alguns desses hoje vestem a roupagem de esquerdistas e já foram do núcleo duro dos governos passados, antes declarados neoliberais hoje tocando as portas do governo do PT. Apoio ninguém dispensa......
O presidente do Movimento Popular Unificado da Área Metropolitana de Belém (MPUB), Vadimir Gomes, encaminhou, ontem, ao chefe do Ministério Público do Estado, Geraldo Rocha, pedido de enquadramento criminal do prefeito de Belém, Duciomar Costa (PTB), e da sua secretária Municipal de Saúde, assim como da diretoria do PSM da 14 de Março.

De acordo com ele, todos “cometem crimes de responsabilidade”. Gomes pede ainda que seja solicitado ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) a instalação de uma Comissão de Auditoria das Contas da Secretaria Municipal de Saúde. “Nos chegou a denúncia de desvio de mais R$ 6 milhões, destinados ao município para o atendimento à saúde indígena”.
Gomes encaminhou ao procurador um dossiê com informações de irregularidades na rede de saúde pública. Disse que também entregaria o documento ao Ministério Público Federal. Gomes lembrou que reuniões e audiências públicas foram realizadas, lavraram-se numerosos Termos de Ajustes de Conduta (TAC), mas, na prática, nada foi feito. De acordo com o presidente, o MPUB não poderia ficar omisso em relação a tudo isso, que atinge o munícipe de Belém e todas as comunidades que utilizam o PSM da 14 de Março, assim como toda a rede de saúde”.
Leias reportagem completa: http://www.diariodopara.com.br/noticiafull.php?idnot=35108

sexta-feira, 20 de março de 2009

VEJA COMO A ECONOMIA É BURRA - JÁ DIZIA UM GRANDE ECONOMISTA - The economy and Burr - already stated one major economies


A economia vai bem o governo também.....a reciproca é também verdadeira.
Avaliação positiva do governo Lula cai nove pontos em três meses, diz CNI/Ibope

Pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira (20) aponta queda de nove pontos percentuais na avaliação positiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, passando de 73% em dezembro para 64% agora. São 10% os que consideram o governo "ruim" ou "péssimo". Em dezembro, eram 6%

A aprovação à maneira como o presidente governa recuou seis pontos percentuais, de 84% para 78%, mesma queda observada em relação à confiança da população no presidente. A popularidade presidencial havia atingido nível recorde na rodada passada da pesquisa CNI/Ibope (de dezembro). A desaprovação cresceu cinco pontos percentuais, passando de 14% para 19%.

Lula, que participa nesta sexta (20) de Encontro Empresarial Brasil-Argentina, na Fiesp, em São Paulo,(veja palestra do Presidente recusou-se a comentar as pesquisas e falou somente sobre a crise). "Repito: a crise não nos atingiu com a mesma força que nos Estados Unidos e Japão. Não crescemos o tanto que podíamos, mas foi melhor que em outros países", afirmou a uma plateia de empresários.

Pela primeira vez no intervalo de um ano, a percepção positiva dos brasileiros sobre o ano em andamento fica abaixo de 80%. Para 74%, o ano de 2009 está sendo "muito bom" ou "bom", contra 83% na pesquisa de dezembro. Enquanto isso, 25% acham que o ano está sendo "ruim" ou "muito ruim", contra 17% do levantamento anterior.Desemprego e expectativasA crise é o tema mais lembrado espontaneamente pelos entrevistados. Em dezembro, 62% avaliavam como "ótima" ou "boa" a atuação do governo. O percentual recuou 15 pontos e está, agora, em 47%.
Leia mais: http://noticias.uol.com.br/politica/2009/03/20/ult5773u862.jhtm

SUCESSÃO PRESIDENCIAL 2010 ENQUETE DO ESTADÃO.....

Você votaria no candidato do presidente Lula em 2010?

Sim
29.219.978 votos - 73%

Não
10.890.613 votos - 27%

Total: 40.110.591 votos

Vote ou leia mais aqui: http://www.estadao.com.br/pages/enquetes/default.htm?id_enquete=291

BRASIL, AMAZÔNIA - REDE DE BIOCOSMÉTICOS DA AMAZÔNIA

Realiza-se hoje, em São Luis, Maranhão a segunda reunião para a implantação de Rede de Biocosméticos da Amazônia – REDEBIO.
Um dos objetivos da formação da Rede de Biocosméticos está no desenvolvimento de atividades de pesquisa direcionadas a cadeias produtivas já existentes nos Estados do Amapá, Amazonas e Pará e, mais recentemente, do Estado do Maranhão, que contam com certo grau de consolidação e com potencial real de valor agregado.

Os dirigentes das Fundações de Amparo a Pesquisa dos Estados do Pará (FAPESPA), Amazonas (FAPEAM), Maranhão (FAPEMA) e a secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de Tocantins, conscientes do potencial desenvolvimento de seus Estados, associado à inserção das cadeias produtivas em Biocosméticos nos cenários dos mercados nacionais e internacionais, reuniram esforços para promover a formação e o fomento da Rede de Pesquisas em Biocosméticos da região norte do Brasil.

Para a formação da REDEBIO, inicialmente, foram selecionadas as cadeias produtivas da castanha-do-pará, copaíba, andiroba e babaçu. Essas quatro cadeias contam com uma seqüência desde, o insumo até mercado nacional e internacional, por meio de empresas, fundamentalmente de cosméticos e fitoterápicos, que são a principal demanda no mercado.
Como resultado desta reunião da REDEBIO, será lançado um edital para promover o incentivo ao desenvolvimento de pesquisas aplicadas e de produtos que utilizem como insumo a biodiversidade da Amazônia.

quinta-feira, 19 de março de 2009

BRASIL, AMAZÔNIA - DESMATAMENTO ILEGAL

Ibama dá início a operação contra o desmatamento ilegal
Na segunda-feira (16), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) iniciou a Operação Guradiões da Amazônia 2009, que prevê ações contra o desmatamento ilegal. Uma das principais iniciativas é o Programa Arco Verde, que tem como objetivo garantir alternativas para o desemprego no setor madeireiro da Amazônia, com medidas de proteção social e de estímulo a práticas sustentáveis. Além de intensificar a fiscalização contra o desmatamento, o órgão vai contar com reforços, como aviões para observação de áreas afetadas.
Segundo o coordenador-geral de fiscalização do Ibama, Luciano Evaristo, o orçamento do instituto para este ano será maior, passando de R$ 60 milhões para R$ 80 milhões para as atividades de fiscalização. Esses valores poderão aumentar, se necessário, para combater o desmatamento na região amazônica.
"O Ibama vai apertar com força a questão do desmatamento ilegal. Os cidadãos que alugarem caminhões para transporte de madeira, que não o façam, porque perderão seus bens. Aqueles empresários das serrarias, que estejam trabalhando com madeira ilegal, fiquem sabendo que a madeira será apreendida e retirada da serraria, e a serraria será lacrada", advertiu Evaristo.
Em texto do Ibama, o presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas (Ipaam), Neliton Marques, disse que o levantamento do governo do Amazonas revelou que mais de 50% do desmatamento atual no Estado ocorre em pequenos e médios terrenos de até 50 hectares localizados nas margens das rodovias, de estradas vicinais clandestinas que se interligam com rodovias oficiais, e de rios com vias navegáveis.
De acordo com ele, o pico do desmatamento se dá entre os meses de julho e outubro, período de estiagem. Marques informou também que o Estado está criando mosaicos de unidades de conservação com o objetivo de amortecer os impactos da agropecuária.
Leia mais www.ibama.gov.br.

BRASIL, AMAZÔNIA - RESULTADOS DE PESQUISA DE CAMPO - CADEIAS PRODUTIVAS (3)

Bioprospecção e cadeias produtivas

Uma particularidade da pesquisa de campo foi permitir a comprovação, nas principais localidades, das evidências empíricas na trajetória das cadeias produtivas selecionadas, focadas na comunidade e no mercado. Nesse sentido, constatou-se que os dois extremos das cadeias produtivas não estão formatados de modo a permitir uma interação fácil. Conforme se concluiu, existe, até certo ponto, uma relação primitiva e colonialista, pela qual as empresas que possuem a tecnologia ou empresas de países desenvolvidos extraem produtos naturais nas localidades, pagando por eles baixíssimos preços e realizando agregação de valor nos centros de desenvolvimento tecnológicos mais avançados.

Contudo, constatou-se também que, quando existem relações de parceria com empresas que propõem ações de mais longo prazo para fortalecer a cadeia produtiva e garantir compra de matéria-prima e ações de desenvolvimento nas comunidades (educação, saúde, capacitação), por pequenas que essas ações sejam, superam os apoios que as políticas públicas do governo realizam. Tal constatação permite sugerir que uma boa política pública, para fortalecer a proteção ambiental e as comunidades extrativistas pode residir no estímulo e fortalecimento de práticas dessa natureza no meio empresarial.

As cadeias produtivas da castanha-do-pará, dos óleos de copaíba e andiroba, apresentam uma potencialidade extraordinária pela sua demanda e novas possibilidades de uso na bioindústria. Requerem, entretanto, a implementação de boas práticas para o beneficiamento dos óleos. Assim, o retorno para as comunidades poderá ser significativamente superior ao que é atualmente.
Existem dois tipos de dificuldades nas cadeias produtivas estudadas: as primeiras são enfrentadas pelas comunidades que se encontram próximas dos centros urbanos. Estas apresentam dificuldades voltadas para as inovações tecnológicas dos seus produtos e, portanto, requerem soluções específicas.

As comunidades que se encontram mais distantes apresentam dificuldades voltadas para a gestão dos empreendimentos e transporte dos seus produtos. Esse é um dos seus grandes pontos fracos.

Com base nas evidências da pesquisa empírica se aponta a possibilidade de criar dois cenários de cadeias produtivas. Um de maior intensidade, formado pelas cadeias mais próximas das cidades-pólo da Amazônia, que contam com universidades e bioindústrias em expansão ou em implantação (empresas incubadas, pequenas bioindústrias ou médias e grandes empresas dedicadas à exploração sustentável dos recursos da biodiversidade, pólos tecnológicos, etc.). Outras cadeias de menor intensidade tecnológica são focadas também, principalmente, em produtores extrativistas.

Mais distantes portanto dos centros urbanos da Amazônia e das instituições de pesquisa e de empresas que atuam na área da biodiversidade, onde se criariam pólos para estoque de matéria-prima para beneficiamento primário dos produtos naturais.
Apesar de existirem diversas possibilidades para uso da biodiversidade, tais como os chamados usos indiretos, analisados, os que se apresentam como alternativa mais concreta para as comunidades são os usos diretos, que geram alternativas de trabalho e renda para as comunidades que precisam se desenvolver.

Outras alternativas, como a venda de créditos de carbono para criação de um fundo, têm gerado polêmicas sobre a forma em que se distribuirão os recursos e como serão beneficiadas realmente as comunidades. Embora isso não seja estudado adequadamente, tem havido mais dúvidas que esclarecimentos sobre a operação desse mecanismo.

BARASIL, AMAZÔNIA -TECNOLOGIA PARAENSE

Boletim Bitnews
Belém/Pa - N. 186
18/03/2009


Fortec em Belém - O Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia - NITT, do Museu Paraense Emílio Goeldi - MPEG, promoverá nos dias 2 e 3 de abril, o I Encontro do Fórum de Gestores de Inovação e Transferência Tecnológica da Região Norte - Fortec. O encontro será realizado no Campus de Pesquisa do Museu Goeldi, no Auditório Paulo Cavalcante, em Belém/PA. O Encontro discutirá temas como a integração das ICTs e IFEs em âmbito local, regional e nacional, o Fortec da região Norte como agente integrador dos Núcleos de Inovação e Transferência de Tecnologia, e o NITT/MPEG e suas relações com as ICTs e IFEs da região. Mais informações pelo telefone 91 3274-4593.

Parque Tecnológico - Sociedade civil e empresários de setores produtivos de Marabá, conheceram ontem, terça-feira, na sede da Associação Comercial Industrial de Marabá - ASIM, os planos diretor e de negócios do Parque de Ciência e Tecnologia Tocantins, apresentados Secretaro de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia - Sedect, Maurílio Monteiro. O governo constrói três parques de ciência e tecnologia no Estado: Guamá (Belém), o Tocantins (Marabá) e o Tapajós (Santarém), que integram a estratégia de induzir um novo modelo de desenvolvimento, agregando mais ciência, tecnologia e inovação a produtos e processos.

Segurança Digital - Júlio Grandi, da Plant Engenharia, está em São Paulo/SP, onde participa da 4a. edição do ISC Brasil 2009 - Feira e Conferência Internacional de Segurança Eletrônica. Saiba mais sobre o evento em http://www.iscexpo.com.br/.

Jornalismo Científico - A Fapespa - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará, promove de 19 a 21 de março, Oficina de Jornalismo Científico, destinada a jornalistas e cientistas que queiram atuar como profissionais na cobertura de ciência e tecnologia, além de profissionais liberais, professores, produtores e estudantes de comunicação e estudantes das demais áreas científicas e que visa fornecer subsídios para que estes abordem/divulguem de forma mais aprofundada os temas científicos na Amazônia. O curso contará com a colaboração do presidente da Associação Brasileira de jornalismo Científico, Wilson Bueno, e do jornalista Marcelo Leite (Folha de São Paulo). Maiores informações em www.fapespa.pa.gov.br/?q=node/671.

Java Corporativo - O Centro de Ensino Superior do Pará - Cesupa, está com inscrições abertas para o curso de Especialização em Desenvolvimento de Software com Ênfase em Java Corporativo. Sob coordenação do prof. Msc. Marcos Venício Araújo, o curso contará com período de residência de um ano em uma fábrica de software. Maiores informações em http://www.cesupa.br/.

Capital Semente - O Comitê de Investimento do Fundo Criatec de Capital Semente do Brasil promove hoje (18) em Belém/PA reunião de avaliação de proposta de Empresa Inovadora Paraense. A proposta avaliada tem origem nos Laboratórios da UFPA, podendo iniciar suas atividades na incubadora de empresas da própria Universidade. O Fundo Criatec de Capital Semente é uma iniciativa inovadora do BNDES e BNB para investimentos de Capital de Risco no Brasil, contando com R$ 100 milhões de reais para todo o País, com possibilidade de investir entre R$ 1,5 milhões e R$ 5 milhões num único projeto de até 5 anos de atividades. Serão selecionados apenas 50 Projetos/Empresas inovadores no País, sendo que já foram selecionados 15, conforme em http://www.fundocriatec.com.br/. Maiores informações (91) 8883-8576 / 3201-8022 Ramal 224.

Shopping Claro - A Claro lançou, em parceria com a agência interativa F.biz, o Shopping Claro, um ambiente de divulgação de ofertas que fica na homepage do Portal Claro Idéias WAP. Os clientes da operadora que "visitam o shopping" podem conferir diversas ofertas exclusivas e, ao clicar em uma delas, são direcionados para uma página que contém o detalhamento da oferta e a apresentação do produto.

quarta-feira, 18 de março de 2009

BRASIL, AMAZÔNIA - RESULTADOS DE PESQUISA DE CAMPO - BIOINDÚSTRIA (2)

Pesquisa, bioindústria e agregação de valor

A questão da bioindústria foi o centro de referência mais importante, tanto de empresários como das comunidades. Percebeu-se que o apoio de parte dos órgãos governamentais para a capacitação tecnológica dos produtores e comunidades da biodiversidade é insuficiente. Entretanto se é implementado apoio de forma regular, as condições de produção melhoram, e o beneficiamento dos produtos naturais adquire qualidade e opções de mercado.

Dessa forma, o fortalecimento da bioindústria é uma das questões fundamentais para que a floresta consiga produzir para uma demanda cada vez mais crescente de produtos da biodiversidade. A maioria das respostas dos empresários e comunidades se encontra, precisamente, na necessidade de realizar inovações tecnológicas nos produtos naturais para superar uma fase que caracteriza, ainda, a região amazônica – ser fornecedora de matéria-prima.

A agregação de valor supõe o uso de uma adequada tecnologia. Cresce exponencialmente ao longo da cadeia e é maximizada em seus elos finais. Fora da região, portanto, as comunidades ficam com a menor parte dos lucros da cadeia produtiva. O maior desafio para as comunidades que dependem da biodiversidade consiste em criar capacitação tecnológica para inovar e, na medida do possível, agregar valor nas próprias localidades.

Entretanto, a capacidade científica e tecnológica dos atores envolvidos nas atividades extrativistas e de aproveitamento da biodiversidade ainda é extremamente frágil, fragmentada e pouco consolidada. São poucos os convênios e parcerias entre comunidades e centros de pesquisa, para realizar inovações tecnológicas. Convênios de bioprospecção realizados são escassos e, nos que foram registrados pela pesquisa de campo, a tecnologia transferida ao produto e a agregação de valor foi realizada pela empresa e, normalmente, fora da Amazônia.
Apesar da importância da área de biotecnologia para transformar os produtos da biodiversidade em produtos com alto valor agregado, aparentemente ainda não é possível pensar na biotecnologia de ponta. O que pode ser implementado, inicialmente, são processos biotecnológicos de menor intensidade que agreguem valor aos produtos, somados à realização de melhores práticas nas cadeias produtivas, para criar as condições de uma melhoria substancial de produtos.

Dessa forma, os extrativistas e o governo devem estar alertas e preparados para possíveis demandas a respeito de substituição dos produtos naturais pelos sintéticos, pelo fato de – como já foi analisado na tese – o ciclo de vida dos produtos da biodiversidade ser curto. Apesar de existir uma tendência de procurar o natural, pelo preço e pelos poucos efeitos colaterais negativos, também o processo pode ser inverso: uma tendência a reproduzir de forma sintética os princípios ativos da biodiversidade.
Gonzalo ENRÍQUEZ, 2008.

BRASIL, AMAZÔNIA - RESULTADOS DE PESQUISA DE CAMPO - ÁREAS PROTEGIDAS E MODELO EXTRATIVISTA (1)

A seguir algumas conclusões de uma pesquisa de campo que foi realizada nos Estados do Amapá, Amazonas e Pará. a pesquisa demorou 8 meses, começou a meados de 2007 e foi concluida em março de 2008. as conclusões da pesquisa foram divididas em duas partes uma primeira sobre aspectos gerais dos desafios da sustentabilidade e a segunda parte sobre aspectos mais específicos e alternativas concretas de um modelo sustentável para a Amazônia.

Foram discutidos tópicos como: as noções sobre o desenvolvimento e alternativas para a sustentabilidade da Amazônia; a importância da biodiversidade e a bioindústria, bem como os mecanismos para o aproveitamento dos recursos gerados pela floresta; o importante papel das áreas preservadas sob o modelo extrativista e sua contribuição ao desenvolvimento sustentável e, finalmente, a valorização da floresta em pé, como alternativa para sua conservação e aproveitamento da sua riqueza de forma sustentável.

Primeira parte

Áreas protegidas e modelo extrativista

As áreas preservadas sob a forma de reservas extrativistas e reservas de desenvolvimento sustentável estão passando por um processo de transformação importante. A visão da comunidade revelou que quando a comunidade se localiza em reservas extrativistas, não apenas melhora suas condições de vida como ficam mais conscientizadas sobre a necessidade da conservação da biodiversidade.

As modalidades de reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável não podem ser vistas como empreendimentos rentáveis que vão solucionar por si só a vida das comunidades. A análise econômica neoclássica, que se utiliza de instrumentos da economia tradicional para analisar a trajetória do extrativismo, não é instrumento que contribua positivamente, de forma decisiva, para avaliar as comunidades da floresta amazônica, já que estas são mais complexas e não dependem, exclusivamente, dos mecanismos de mercado para se desenvolver. Dessa forma, nas comunidades pesquisadas foi constatado que não podem ser apenas as regras do mercado as que dinamizem as economias locais. É necessária a intervenção do Estado, para fortalecer as cadeias produtivas, melhorar a competitividade, por meio de assistência técnica, capacitação tecnológica, educação e gestão, ao longo da cadeia produtiva.

A pesquisa confirmou que o apoio do Governo Federal, por meio dos diversos programas voltados para a Amazônia, é imprescindível para a manutenção das comunidades e para o processo de produção e beneficiamento da biodiversidade.

De maneira geral a pesquisa revelou, igualmente, a necessidade de ampliar o apoio às áreas preservadas, na medida em que, de forma comprovada, essas comunidades conseguem conservar e explorar a floresta de forma sustentável. Dessa forma, é fundamental mudar o foco das políticas públicas na Amazônia. Por exemplo, de um lado, suspender o crédito e outros tipos de apoio aos pecuaristas e plantadores de soja, que, também comprovadamente, impactam sobre o desmatamento da Amazônia, e de outro, ampliar a assistência técnica e o leque de outras formas de apoio às comunidades extrativistas.

Constata-se que, para a conservação da floresta em pé, a exploração dos produtos da biodiversidade deve-se realizar de forma extrativa. O cultivo de produtos da biodiversidade, em áreas de floresta aberta, termina por derrubá-la paulatinamente.

Assim, se a estratégia de sustentabilidade da Amazônia passa, necessariamente, pela conservação da floresta em pé, um dos núcleos da política não pode ser outro que não as comunidades extrativistas, articuladas ao mercado por meio de cadeias produtivas de empresas pequenas, médias e grandes.

No debate sobre as contribuições do modelo extrativista, a tese procurou desmistificar a idéia de que as reservas extrativistas e o extrativismo em geral representariam uma proposta de preservação da miséria e que seriam incapazes de incorporar progresso técnico. Também contesta a idéia de que o modelo extrativista não se poderia adaptar a um sistema de alta escala de produção e produtividade (até porque esse não é seu objetivo) ou ainda, da sua impossibilidade de gerar uma rentabilidade média compatível com os padrões estabelecidos na região pelas outras atividades, principalmente a pecuária. Dessa forma, o extrativismo estaria condenado ao desaparecimento ao meio ou longo prazo.

Precisamente, a tese reforça as novas alternativas para o extrativismo ser o elemento central do modelo de sustentabilidade da Amazônia. Pela sua importância no na manutenção da floresta em pé, pelas novas possibilidades de incorporação de tecnologia e criação de bioindústrias, a partir dos produtos da biodiversidade e, em geral pelo fortalecimento de cadeias produtivas da biodiversidade que contem com políticas públicas adequadas para não deixar às comunidades extrativistas abandonadas à sorte do mercado. A sustentabilidade da Amazônia não passa pelas mesmas receitas de mercado dos outros setores da economia brasileira e para as comunidades extrativistas não poderia ser diferente.
Gonzalo ENRÍQUEZ, 2008

França: estudantes secundaristas protestam contra reforma educacional -France: étudiants protestent contre la réforme de l'éducation

Veja como são as coisas. Em alguns países da américa Latina a educação é tão ruim ou não existe, que os secundaristas nem protestam por reformas. O QUE ELES QUEREM É EDUCAÇÃO!!!!!!!

Estudantes secundaristas protestaram por toda a França na quinta-feira contra uma reforma das escolas planejada pelo ministro nacional da Educação, Xavier Darcos. O dia escolhido para a mifestação, 18, era também em solidariedade aos estudantes gregos, que fizeram um chamado por manisfestações em toda a Europa para o mesmo dia.

As estimativas da imprensa sobre o número de manifestantes vão de 80.000 a 160.000, números extraordinariamente altos para uma manifestação de secundaristas. Isto reflete o crescente inconformismo social, impulsionado pelas grandes perdas financeiras e industriais decorrentes da atual crise econômica e pela erupção dos protestos de massa anti-governo na Grécia.

A reforma de Darcos criou uma grande oposição geral porque resultará em 13.500 demissões na área educacional e diminuirá o número de horas de diversas matérias, como história e geografia.
Darcos anunciou no dia 15 de dezembro que adiará a aprovação da lei na Assembléia Nacional, onde o partido conservador UMP tem maioria suficiente para assegurar a aprovação.
Os estudantes estão amplamente cientes de que, apesar do adiamento, o governo ainda planeja implementar a reforma Darcos. Eles também se opuseram à convocação de uma greve geral e um dia nacional de mobilização somente em 29 de janeiro. Tal proposta foi amplamente negada, pois em seu entendimento ela visou quebrar o movimento nas ruas, atrasando em mais de um mês a próxima grande manifestação.

Discursando na quarta-feira ao Conselho dos Ministros, o presidente Nicolas Sarkozy disse: "O trabalho das reformas irá continuar. [...] Xavier decidiu, como vocês sabem, conceder a si mesmo o tempo para explicar o motivo pelo qual as escolas precisam ser reformadas e como isso deve ser feito. Eu aprovei essa proposição porque acredito firmemente que a reforma é essencial para a nossa juventude e precisa ser implementada".
Leia repostagem completo aqui: http://helioaraujosilva.spaces.live.com/