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quinta-feira, 21 de maio de 2015

Barbosa critica Dilma por 'erro imperdoável' ao não vetar aumento do Fundo Partidário







O ex-ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quarta feira, 20, que a presidente Dilma Rousseff (PT) cometeu um 'erro político imperdoável' ao não vetar a lei aprovada pelo Congresso que aumentou os recursos destinados ao Fundo Partidário.

"Há cerca de um mês a presidente da República, em um gesto absolutamente insensato, deixou de vetar uma lei irracional votada pelo Congresso que aumentou o valor do fundo partidário. Essa verba do orçamento que banca as atividades dos partidos, essa verba era algo de duzentos e poucos milhões de reais, que já era uma quantia enorme, foi aumentada para 900 milhões de reais.A presidente da República deveria ter vetado, mas deixou passar, um erro político imperdoável", disse o ex-presidente da mais alta Corte judicial do País.

Barbosa participou em São Paulo do congresso da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima). Ele disse que "a corrupção pública é muito incentivada pelo modelo de organização da política que foi adotada".

"A evolução do sistema político brasileiro contribui para isso (a corrupção)", afirmou o ex-ministro. "Um sistema partidário fragmentado, sistema de partidos políticos destituídos de qualquer ideário, de qualquer conotação ideológica ou o que o valha. A atividade politica se tornou um meio para se atingir outros objetivos que não aquele de atender os interesses da coletividade. E impune".

Ele afirmou que "o esporte mais praticado pelo Congresso é a vontade de derrotar o Executivo nessa ou naquela proposta". Segundo Barbosa, o Congresso "em vez de contribuir propositivamente com políticas públicas, usa seu poder muito mais para chantagem, não é participativo" Em sua avaliação, "o Legislativo se acomodou ao presidencialismo de coalizão".

Ao criticar a ampliação dos recursos destinados ao Fundo Partidário, Joaquim Barbosa foi enfático. "Há hoje coisas inaceitáveis que o brasileiro sequer discute. A ideia de tirar uma parcela, uma fatia importante do orçamento público dedicada aos parlamentares para que possam usar lá em seus currais é algo absolutamente inaceitável."

"Eu vejo tudo isso com uma involução. O Poder legislativo, que é extremamente importante, está muito preocupado em se perpetuar nos cargos."Da platéia que o aplaudiu demoradamente, o ex-ministro ouviu a pergunta. "O sr. vai nos dar o privilégio de se tornar candidato a presidente em 2018?". Ele disse que "tornar-se presidente de seu país é a honra suprema".

Em seguida, fez uma ressalva, em meio à ovação. "Mas, em primeiro lugar é preciso ter vontade e até hoje não tive essa vontade, é simples", disse Barbosa. "Pode ser que daqui a alguns anos, mas essa vontade até hoje não tive, não."

segunda-feira, 16 de junho de 2014

“Não estou nem aí”

Barbosa sobre debate de cotas no Judiciário


BRASILIA - Após sua última sessão como presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o ministro Joaquim Ba rbosa, que também preside o Supremo Tribunal Federal (STF), disse não estar “nem aí” sobre a continuidade de uma discussão sobre cotas para negros e índios no Judiciário - assunto que entrou em pauta na sessão desta segunda-feira com uma pesquisa sobre os juízes brasileiros.

“Não sei e estou de saída. Es ist mir ganz egal (em tradução livre do alemão, ‘para mim, tanto faz’). Não estou nem aí”, declarou o ministro, batendo as mãos uma contra a outra, em gesto de indiferença. A resposta ocorreu ao ser indagado se o primeiro Censo do Judiciário, divulgado nesta segunda-feira pelo CNJ, poderia resultar em políticas de cotas para negros e índios nos tribunais brasileiros.

A pesquisa mostrou que apenas 1,4% dos juízes brasileiros são negros e 0,1% indígenas. Outros 14% declararam-se pardos e 82,8%, brancos. O censo foi feito justamente para embasar um pedido de providências sobre cotas no Judiciário.

Barbosa também se recusou a fazer um balanço sobre sua gestão à frente do CNJ. Segundo ele, há balanços de ordem financeira, orçamentária, administrativa e disciplinar. “Infelizmente vocês nunca querem saber”, disse a jornalistas ao deixar sua última sessão como presidente. Barbosa se aposenta como ministro do STF no fim de junho.

Por Maíra Magro | Valor

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Se o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) fosse branco?

Barbosa rebate críticas de João Paulo Cunha





O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, reagiu ontem à crítica do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), publicada domingo na "Folha de S.Paulo", de que tem feito "pirotecnia" em relação a seu mandado de prisão no esquema do mensalão. "Esse senhor foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal, pelos 11 ministros do STF. Eu não tenho costume de dialogar com réu. Eu não falo com réu", disse Barbosa, ao chegar a Londres. "Não faz parte dos meus hábitos, nem dos meus métodos de trabalho ficar de conversinha com réu", ressaltou.

O ministro criticou a imprensa brasileira por dar espaço a declarações de condenados no esquema do mensalão: "Eu tenho algo a dizer: eu acho que a imprensa brasileira presta um grande desserviço ao país ao abrir suas páginas nobres a pessoas condenadas por corrupção. Pessoas condenadas por corrupção devem ficar no ostracismo. Faz parte da pena."

Na entrevista, o deputado disse que falta "civilidade, humanidade e cortesia" ao presidente do STF. Barbosa decretou a prisão do petista, mas viajou à Europa sem assinar o mandado dele. O ministro mostrou-se irritado com a entrevista de Cunha: "A imprensa tem de saber onde está o limite do interesse público. A pessoa quando é condenada criminalmente perde uma boa parte dos seus direitos. Os seus direitos ficam em hibernação, até que ela cumpra a pena. No Brasil, estamos assistindo à glorificação de pessoas condenadas por corrupção à medida que os jornais abrem suas páginas a essas pessoas como se fossem verdadeiros heróis."

Barbosa desembarcou em Londres depois de cinco dias em Paris para encontros oficiais. Ele fica até amanhã na capital britânica, onde também tem uma agenda de compromissos. Questionado, ele não quis dizer se assina semana que vem o mandado de prisão de João Paulo Cunha.

Ontem, o site criado para receber doações com o objetivo de ajudar Delúbio Soares a pagar a multa imposta ao ex-tesoureiro por sua participação no esquema do mensalão mostrava arrecadação de R$ 242.421,37. O montante equivale a mais da metade dos R$ 466.888,90 que o petista tem que pagar até a sexta-feira. Delúbio cumpre pena de 6 anos e 8 meses em regime semiaberto por corrupção ativa. Ele recebeu autorização para trabalhar na Central Única dos Trabalhadores (CUT), em Brasília, onde atua como assessor da direção nacional da entidade.

A página "Solidariedade a Delúbio Soares" foi criada na terça-feira, após o site "Parceiros da família Genoino" ter arrecadado uma quantia superior à necessária para pagar a multa de R$ 667,5 mil, à qual Genoino foi condenado.

Por Folhapress, de Londres e São Paulo

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Barbosa nega candidatura e diz se divertir com a especulação


PARIS - Em viagem a Paris, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, descartou, nesta sexta-feira, 24, a possibilidade de deixar a corte para disputar a Presidência da República ou uma cadeira no Senado em 2014.

Em conversas reservadas, autoridades da França, como a ministra Christiane Taubira (Justiça), com quem ele se encontrou anteontem, inquiriram Barbosa sobre a possibilidade da disputa presidencial deste ano. O ministro negou a pretensão eleitoral em 2014.

"Taubira e outros falaram nisso. Não tenho pesquisa nenhuma. Eu não sou candidato, não estou preocupado com isso. Aliás, estou me divertindo com isso", disse Barbosa, após participar de uma conferência no Conselho Constitucional da França, hoje.

Em um dos cenários eleitorais pesquisados pelo instituto Datafolha, no final de novembro, o presidente do Supremo figurava em segundo lugar com 15% das intenções de votos, atrás da presidente Dilma Rousseff (44%) e tecnicamente empatado com o senador tucano Aécio Neves (14%). A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O presidente do STF foi alvo de críticas por ter recebido R$ 14 mil em diárias para viajar à Europa durante suas férias. Anteontem, o ministro disse que considera "uma grande bobagem" as críticas.

(Folhapress)

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Suplente do Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) muy amigo


Barbosa critica colegas por não terem assinado mandado de prisão de Cunha

Em viagem a Paris, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, criticou os colegas que assumiram o comando da corte durante suas férias por terem dado "um mês a mais de liberdade" ao ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP), condenado no esquema do mensalão.

O tom de Barbosa foi de crítica aos colegas Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski que assumiram a presidência interinamente em janeiro e não assinaram o mandado de prisão do petista. Os recursos apresentados pela defesa do deputado foram rejeitados por Barbosa no dia 6 de janeiro, horas antes do magistrado deixar o Brasil em férias.

"Qual é a consequência concreta disso? A pessoa condenada ganhou quase um mês de liberdade a mais. Eu, se estivesse como substituto, jamais hesitaria em tomar essa decisão", afirmou. Barbosa alega que não teve tempo hábil para assinar o mandado porque a decisão ainda não havia sido comunicada à Câmara de Deputados nem ao juiz de execuções penais.

"Não é ato [pessoal] de Joaquim Barbosa. O ministro que estiver lá de plantão pode, sim, praticar o ato. O que está havendo é uma tremenda personalização de decisões que são coletivas, mas querem transformar em decisões de Joaquim Barbosa", declarou.

Cármen Lúcia assumiu interinamente a presidência do Supremo no dia 7. Lewandowski, com quem Barbosa protagonizou discussões ásperas ao longo do julgamento do mensalão em 2012, está no comando desde segunda-feira.

Indagado se a não assinatura do mandado do petista visava desgastá-lo, o presidente Joaquim Barbosa foi irônico: "O presidente do STF responde pelo STF no período em que ele estiver lá à frente, sobretudo nas questões urgentes. Saber se um mandado de prisão é uma questão urgente ou não é a avaliação que cada um faz".

Barbosa disse ainda que considera "uma grande bobagem" as críticas que vem sofrendo por ter recebido R$ 14 mil em diárias para viajar à Europa durante as férias.

Ele disse que seus compromissos em Paris e Londres são de interesse público porque ele está representando o Poder Judiciário no exterior. Segundo o STF, o presidente interrompeu o descanso para cumprir compromissos oficiais na Europa. "Eu acho isso uma tremenda bobagem. Nós temos coisas muito mais importantes a tratar. É uma coisa muito pequena. Veja bem, você viaja para representar o seu país, para falar sobre as instituições do Brasil e vocês estão discutindo diárias?", disse o presidente do STF, ao sair de uma reunião na Sorbonne.

Por Folhapress, de Paris

terça-feira, 19 de novembro de 2013

O PT não debate fundamentos do Mensalão, é apenas casuístico e quer processar Barbosa

Em retaliação ao mensalão, PT quer processar Barbosa por crime de responsabilidade


O PT estuda pedir ao Senado para entrar com representação contra o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, por crime de responsabilidade. Os petistas avaliam que Barbosa feriu a Constituição ao permitir que parte dos réus do mensalão começasse a cumprir as penas em regime fechado, mesmo condenados ao semiaberto --como é o caso de José Dirceu e José Genoino.

O partido também tem outro dois argumentos contra Barbosa: o fato de os réus não estarem cumprindo as penas em seus domicílios e José Genoino não estar recebendo tratamento médico adequado no Complexo Penitenciário da Papuda, onde está detido desde sexta-feira (15).

domingo, 9 de dezembro de 2012

Contundente!

O levantador de PIB encrencou com o IBGE

ELIO GASPARI


O doutor Mantega pode operar numa economia virtual, mas não deve ser meter com quem faz contas


Em novembro de 2003, metido numa discussão em torno do crescimento da economia, o então ministro do Planejamento, Guido Mantega, atribuiu-se um poder extraterreno: "Eu não derrubo, só levanto o PIB". Em dezembro do ano passado, colocado diante de uma previsão de que em 2012 a economia cresceria 3,5% contra a estimativa de 4,5% a 5% feita pela doutora Dilma, o levantador de PIB respondeu:

"Me fala quem é que eu mando embora. Você pode me dizer os nomes". Esclareceu que "estou brincando", mas arrematou: "A melhor analista é a presidente".

É nada. Neste ano o PIB fechará com um crescimento inferior a 2%. Em 2011 Mantega entrou na avenida prometendo uma taxa de 4,5%. Quando metade da escola havia desfilado, falava em 4%. Na praça da Apoteose o PIB ficou em 2,7%. Diante do mau resultado, o ministro incorpora o espírito do sambista e promete: "Este ano não vai ser igual àquele que passou". Nessa parolagem, o crescimento econômico de 2012 ficaria em pelo menos 4,5%. Não chegará à metade disso.

Deixe-se de lado o fato de que as medidas tomadas pelo governo para impulsionar a economia fracassaram, o que não é pouca coisa. O doutor Mantega atravessou o espelho quando, diante de um mau terceiro trimestre anunciado pelo IBGE, veio a público para dizer que pedira à instituição que refizesse suas contas. Tomou de volta uma nota oficial informando-o de que "não ocorreram mudanças metodológicas nem de fontes de informação no cálculo do PIB, para o qual são seguidas as recomendações internacionais".

O IBGE, como todas as instituições do gênero, revê rotineiramente seus cálculos. No primeiro trimestre deste ano anunciara um crescimento de 0,2% e corrigiu-o para 0,1%. No período seguinte, reviu seu número de 0,4% para 0,2%. Nos dois casos, Mantega ficou calado. O que ele fez agora foi lançar uma suspeita pública contra uma instituição que, na série histórica, diz mais verdades que mentiras, não se podendo afirmar o mesmo a respeito das estimativas dos sábios da ekipekonômica.

Monogamia


Os lençóis da República informam:

Desde 1930, quando Getúlio Vargas foi para o Palácio do Catete, o Brasil foi governado por apenas três presidentes suspeitos de terem se mantido monógamos durante seus matrimônios: Ernesto Geisel, Humberto Castello Branco e Eurico Gaspar Dutra.

Nos Estados Unidos é possível que de 14 titulares tenham sido 7 os monógamos em todos os seus casamentos: Barack Obama, George W. Bush, Jimmy Carter, Gerald Ford, Richard Nixon, Harry Truman e Herbert Hoover.

Na França só um: Charles De Gaulle.

Gracinha


Nas negociações com a Fifa combinou-se que seriam oferecidos 50 mil ingressos para os jogos da Copa das Confederações, a R$ 28 cada um, para torcedores jovens e pobres.

Como a Fifa exige que os beneficiados sejam sorteados a partir de um cadastro eletrônico, o comissariado decidiu que em janeiro os laboratórios de informática das escolas públicas serão abertos para atender aos interessados. Isso porque eles pensam que jovens pobres não conseguem achar um computador. Tudo bem. Afinal, por R$ 1,4 milhão, 50 mil torcedores poderão ver os jogos.

Em cima disso, o Ministério do Esporte cogita lançar uma campanha publicitária para incentivar os jovens a se cadastrar.

Custo da campanha: R$ 14 milhões. Querem tomar da Viúva uma quantia dez vezes superior ao benefício, com o único propósito de fazer propaganda do comissariado às custas dos pobres que, em última análise, pagam a conta com seus impostos.

Registro


Para instruir o conhecimento da forma como o procurador Joaquim Barbosa foi convidado para o Supremo Tribunal Federal por Lula:

No início de 2003 ele encontrou-se acidentalmente com Frei Betto num saguão de edifício em Brasília. Os dois se conheciam por participarem da ONG Justiça Global. Betto disse-lhe que seria bom se ele fosse para o governo, pediu seu currículo e trocaram cartões.

Um mês depois Barbosa recebeu uma mensagem do chefe de gabinete do ministro da Justiça convidando-o para uma reunião com Márcio Thomaz Bastos. Na semana seguinte os dois tiveram uma longa conversa, e a hipótese do convite foi mencionada.

Bastos não o conhecia. O ministro discutiu a nomeação em pelo menos duas ocasiões com Lula, mencionando prós e contras, e ele resolveu indicá-lo.

Isso foi o que houve. Outras versões são produto da fantasia auricular de Brasília.

Mania de conselho


A nação petista adora criar fóruns, conferências e conselhos. Está em discussão a montagem de uma estrutura para amparar o Sistema de Cultura do Distrito Federal. Nele lida-se com três sistemas e subsistemas, dois fóruns e uma conferência. Os companheiros que gostam de reuniões terão o que fazer.

A novidade aparece com a proposta de criação de um Conselho de Políticas Culturais do Distrito Federal, com 30 membros.

O artigo 12 da proposta informa: "A função de membro do CPCDF será considerada prestação de relevante interesse público e poderá ser remunerada de acordo com o regulamento".

Cadê o regulamento? Fica para depois.

A presença brasileira em Washington


Pindorama ganhou uma posição de relevo na esplanada dos museus de Washington. Acaba de ser doada ao Museu de História Natural a água-marinha "D. Pedro", a maior pedra do gênero existente no mundo. É um obelisco de 35,6 centímetros de altura, pesando 2 kg, lapidada pelo joalheiro alemão Bernd Munsteiner. Peça de grande beleza, vai para a sala onde brilha um diamante azul indiano, famoso pelo tamanho e pelo peso que derramou sobre a vida de seus donos. Maria Antonieta foi guilhotinada, sua amiga princesa de Lamballe, que o usou, teve a cabeça espetada num chuço e outros 13 deram-se mal.

A "D. Pedro" teria saído do Brasil no final do século 20, mas não se sabe como. Numa vinheta histórica, a presença do Brasil nos museus de Washington está marcada pela camisa dez de Pelé (quando jogava no Cosmos) e brilha na galeria das joias. Saíram de Pindorama 13 das pedras que estão entre os 54 itens de origem conhecida do museu. Muito provavelmente saiu de Minas Gerais o "Diamante Português". É o maior da coleção, foi do Tesouro Real e acabou nas mãos de uma ex-dançarina da Ziegfield Follies. São brasileiros os diamantes do colar que Napoleão deu à sua mulher Maria Luisa, provavelmente um capilé mandado por dom João 6º. Saíram de Minas Gerais três enormes topázios, um de 50 kg e outro de 32 kg. Um terceiro, de 12 kg, foi lapidado e é uma maiores pedras trabalhadas do mundo.

Dos EUA vieram só três pedras.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Filho de pedreiro com dona de casa, Barbosa vai presidir o STF



SÃO PAULO - O ministro Joaquim Barbosa será o primeiro negro a comandar um Poder da República, o Judiciário. Eleito na tarde desta quarta-feira para a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), ele deve assumir o cargo até a aposentadoria do ministro Carlos Ayres Britto, que completa 70 anos em 18 de novembro, data em que não mais poderá integrar a Corte. Além do STF, Barbosa vai comandar o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele terá um mandato de dois anos à frente do STF e do CNJ.

Barbosa foi nomeado para o STF pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003. Nascido em Paracatu, no noroeste de Minas Gerais, ele é filho de um pedreiro e de uma dona de casa. Em Brasília, estudou no Colégio Elefante Branco, trabalhou na gráfica do Senado e formou-se em direito na Universidade de Brasília (UnB) na mesma turma pela qual se graduou o também ministro Gilmar Mendes.

Barbosa foi oficial de chancelaria do Ministério das Relações Exteriores (1976-1979) e prestou concurso para o Instituto Rio Branco, no qual foi aprovado em todas as etapas, com exceção da entrevista. Em seguida, foi aprovado em concurso público para procurador da República, cargo que exerceu por 19 anos, entre 1984 e 2003.

Barbosa tem um vasto currículo acadêmico, o que levou o então ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos a procurá-lo, em 2003, quando estava em discussão a indicação de três vagas para o STF dada a aproximidade da aposentadoria de Moreira Alves, Sydney Sanches e Ilmar Galvão.

Barbosa concluiu mestrado e doutorado em Direito Público pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas) e publicou, na França, em 1994, o livro “La Cour Suprême dans le Système Politique Brésilien” (“A Suprema Corte no Sistema Político Brasileiro”). Ele também fez estudos nas universidades de Columbia, em Nova York, e da Califórnia, em Los Angeles. Nas universidades estrangeiras por que passou, ele sempre defendeu a política de cotas para negros.

O ministro fala inglês, francês, italiano e alemão. Ele toca piano e torce para o São Paulo.

(Juliano Basile, Maíra Magro e Fernando Exman/ Valor)

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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Ministro Joaquim Barbosa é recebido como celebridade ao votar no Rio



RIO - O ministro relator do mensalão, Joaquim Barbosa, foi recebido como celebridade na 17ª Zona Eleitoral, na zona sul do Rio. Acompanhado de um motorista e um segurança, ele votou por volta de 11h15 no Clube Monte Líbano, na Lagoa. O magistrado do STF foi recebido com aplausos e gritos por cerca de dez eleitores que estavam no local. Eles gritavam "parabéns" e frases como "você me dá orgulho de ser brasileiro".

Barbosa aguardou na fila por cerca de um minuto e, ao final, tirou fotos e deu autógrafos. "Não me sinto uma estrela, isso é só o carinho das pessoas", comentou o ministro, comemorando o fato de não estar sentindo dor na coluna.

A professora aposentada Leonor Carvalho, de 63 anos, foi uma das eleitoras que assediou o ministro e conseguiu um autógrafo dele. Mãe de dois advogados, que atuam em Goiânia, Leonor espera que os filhos se espelhem na postura de Joaquim Barbosa. "Quero que meus filhos sejam como ele: dureza!", brincou Leonor.

A advogada aposentada Cláudia Beauclair se disse surpresa com a presença do ministro na mesma zona eleitoral em que vota. "Não sabia que ele votava aqui, foi uma surpresa. Tenho admiração pela trajetória de vida e pelo posicionamento. Ele dá voz para a maioria silenciosa dos brasileiros", disse Cláudia.

Apesar de não ter falado sobre seu voto, Barbosa disse que, na eleição municipal passada, não votou em Fernando Gabeira por não ter gostado da aliança que o ex-deputado federal fez na ocasião, mas admitiu já ter votado em Gabeira para a Câmara. Gabeira havia se candidatado à prefeito do Rio pelo PV, mas acabou perdendo a eleição para Eduardo Paes, atual candidato à reeleição pelo PMDB.

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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Adversário de Lula...., na TV

Eliane Cantanhêde, jornalista
BRASÍLIA - A semana que antecede as eleições é de Joaquim Barbosa, o menino negro do interior, filho de pedreiro, que se formou em direito, fez mestrado e doutorado nas melhores universidades, estudou línguas e está bagunçando o coreto do Supremo Tribunal Federal justamente no chamado "julgamento do século". Ao nomeá-lo, Lula escreveu certo por linhas tortas. Dizem que está arrependidíssimo.

Joaquim é ministro de amor e ódio, de ame-o ou deixe-o. Adorado pela opinião pública --sobretudo em Brasília, onde continua sendo o "Joca" dos tempos de UnB--, é odiado por petistas de cúpula e de base, mexendo com a solenidade fria do STF e com as emoções quentes dos colegas. Especialmente dos mercuriais.

Respaldado pela toga, justificado pelas dores de coluna, perdoado pelas origens e exposto pelas transmissões ao vivo, ele bateu boca e trocou adjetivos nada polidos com Gilmar Mendes (em outros julgamentos), com o revisor Lewandowski (virou uma guerra) e com o polemista Marco Aurélio (que ultrapassou limites, ao ver perigo na ascensão de Joaquim à presidência, em novembro).

Algodão entre cristais, o presidente Ayres Britto faz o que pode, como vetar no site do tribunal uma nota do relator desancando Marco Aurélio em termos pouco usuais entre Excelências, ainda mais em público.

Veja que a escolha de "adversários" por Joaquim não é ideológica nem partidária --é improvável que, na cabine indevassável, Gilmar e Lewandowski depositem o mesmo voto. Talvez seja mais por excesso de convicções e seu desdobramento quase natural: o voluntarismo.

Pois será justamente Joaquim quem estará dissecando as entranhas do governo Lula e do PT nesta semana. Enquanto Lula e Dilma estiverem nos palanques e no horário nobre falando maravilhas de Haddad, Joaquim gastará tardes inteiras para contar os podres de José Dirceu e do partido do candidato. Guerra de audiências como nunca se viu.
  
Eliane Cantanhêde, jornalista, é colunista da Página 2 da versão impressa da Folha, onde escreve às terças, quintas, sextas e domingos. É também comentarista do telejornal "Globonews em Pauta" e da Rádio Metrópole da Bahia.