terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A pergunta que não quer calar. Quem será o próximo ministro das cidades?


"Não tenho nada o que esconder", diz novo ministro das Cidades

Por Daniela Martins | Valor

BRASÍLIA - O novo ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, do PP da Paraíba, minimizou nesta tarde as acusações de que teria omitido a propriedade de quatro empresas nas últimas eleições. Ex-líder do PP na Câmara, ele classificou como “factoide” as reportagens que o colocam no centro de irregularidades. “Sobre a omissão de empresas, isso está tudo declarado na Receita. Então, não adianta se fazer factoide onde não existe. Todas as empresas estão declaradas”, afirmou, após tomar posse em cerimônia no Palácio do Planalto.

Reportagem do jornal “Folha de São Paulo” apontou que Ribeiro ocultou da Justiça Eleitoral ser dono de quatro empresas que atuam em áreas ligadas aos trabalhos da Pasta: construção civil e incorporação de imóveis. Outra acusação é de que o novo ministro seria dono de duas emissoras de rádio no interior da Paraíba. As rádios estariam registradas em nome do seu ex-contador e de um assessor pessoal, com empresa sediada no escritório de Ribeiro. “Não tenho nada o que esconder”, disse.

O ministro destacou que existe “praticamente” uma praxe no governo de se checar a vida pregressa dos indicados aos cargos de comando no Executivo. “Minha vida é aberta. Com os instrumentos de tecnologia que se tem, você tem acesso a tudo. Não tenho o que temer. Acho que foi extremamente averiguado esses dias antes de assumir o ministério”, apontou. “Então, estou absolutamente tranquilo.”

O ministro também negou que as acusações possam ser fruto de "fogo amigo". O agora ex-ministro das Cidades, deputado Mário Negromonte (PP-PB), afirmou, antes de deixar o cargo, que sofria pressões dentro do próprio partido. “Nós assumimos hoje os ministério deixando aos cuidados da liderança [do PP na Câmara] o deputado Arthur Lira (AL) com a votação unânime. Ou seja, demonstrando que o partido está pacificado, está unido e isso é uma condição ímpar para que possamos trabalhar com tranquilidade”, defendeu Aguinaldo Ribeiro.
(Daniela Martins / Valor)

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