Amazônia, meio ambiente, ecologia, biodiversidade, desenvolvimento sustentável, ciência e tecnologia, incubadoras e parques tecnológicos, política nacional e internacional - Amazonia, the environment, ecology, biodiversity, sustainable development, science and technology, incubators and technology parks, national and international policy
quarta-feira, 15 de junho de 2011
O Senador EnRollemberg
Ao visitar a Vila Planalto, perto do Planalto, e prometer a regularização fundiária, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) ouviu da moradora Leiliane Rebouças: “O Sr. nunca veio aqui nem em campanha e agora promete título...” A concessão de uso dos moradores expira em 2012.
terça-feira, 14 de junho de 2011
Assimetrias regionais. Inovação tecnológica no Brasil e no mundo
Muitos dos países da OCDE estão adotando modelos de
desenvolvimento regional que visam a estimular a inovação, baseados
principalmente na maior coordenação dos fundos públicos. O documento destaca
que três fatores principais podem ser apontados como responsáveis pelo
crescente reconhecimento do papel da dimensão regional nas estratégias de inovação:
os governos têm valorizado a importância da inovação no estímulo das ações de
bem-estar social e sustentabilidade ambiental; os tomadores de decisão estão
mais conscientes da dinâmica da inovação; e há uma crescente demanda pela
prestação de contas das políticas que inclui o monitoramento de resultados
mensuráveis.
O estudo mostra que, em países como Bélgica, Alemanha e
China, as regiões já respondem por pelo menos 50% dos gastos públicos em
P&D, e essa fatia vem aumentando nos últimos cinco anos na maioria dos
países. "Ao criar condições e instituições para melhorar a produtividade e
o bem-estar, as políticas de desenvolvimento regional contribuem para o
desempenho nacional", explica o texto. "As regiões são chamadas a
identificar e explorar seu próprio potencial de desenvolvimento, capitalizando
sobre seus recursos e eliminando gargalos. Essa mudança de paradigma — na
visão, mas nem sempre na prática — traz a inovação para o centro da agenda de
desenvolvimento regional."
Emergentes no cenário de inovação
Apesar de não fazer parte da OCDE, o Brasil é citado no
estudo como um dos países que estão ganhando mais espaço no cenário de inovação
mundial, ao lado de China, Índia, Coreia do Sul e algumas nações do leste
europeu. O documento destaca que o fenômeno da globalização está remodelando o
processo de inovação e que, no âmbito regional, isso está afetando os países de
duas maneiras. Por um lado, está ampliando a necessidade de ações locais e
regionais para identificar "fontes endógenas de crescimento" e
desafiando os agentes locais a manter na região recursos humanos capacitados e
capacidades de produção. De outro lado, "está abrindo oportunidades para
organização de pesquisa e produção além das fronteiras", o que estimula a
mobilidade de talentos e permite uma maior colaboração internacional.
O Brasil aparece no estudo ao lado de países como
Áustria, Bélgica, Alemanha, Austrália, Canadá, Suíça e Estados Unidos, em que
há uma grande descentralização de poderes para os Estados nas políticas e
recursos da área de ciência, tecnologia e inovação (C&T&I). De acordo
com a OCDE, países emergentes como Brasil e China estão criando agendas de
inovação mais amplas, que priorizem ações em setores específicos, mas sem
deixar de lado as políticas para "estimular a competitividade e o
crescimento em áreas periféricas", como forma de tentar diminuir os
desequilíbrios regionais. "A estratégia nacional brasileira para ciência,
tecnologia e inovação combina: uma abordagem seletiva estritamente ligada com o
apoio ao desenvolvimento da produção; um compromisso de aumentar a qualidade e
a massa crítica de recursos humanos capacitados; e um crescente foco na
dimensão regional." "OECD Reviews of Regional Innovation" também
destaca o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) para a criação de
leis de inovação nos Estados brasileiros para constituir uma base legal própria
em que as ações locais de inovação possam ser estimuladas.
Núcleos regionais de excelência
A entidade que reúne as maiores economias do mundo cita o
caso do polo de biotecnologia de Minas Gerais, ao lado do núcleo de tecnologias
da informação e comunicação (TIC) de Bangalore, na Índia, e do polo de
pesquisas biomédicas de Pudong, em Xangai, na China, como iniciativas
bem-sucedidas em que ações de governo coordenadas ajudaram a promover núcleos
de tecnologia e conhecimento que revitalizaram o desenvolvimento regional.
Levantamento divulgado no ano passado pela Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), mostra que está havendo uma
"pequena desconcentração" da atividade de patenteamento no Brasil. Os
seis Estados líderes em patenteamentos no Instituto Nacional da Propriedade
Industrial (INPI) — São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais,
Paraná e Santa Catarina — detinham 94,9% das patentes com Estados identificados
no período de 1980 a 1989. No período de 2000 a 2005, essa fatia caiu para
89,1%. Mesmo assim, a concentração ainda é grande no Brasil: São Paulo, o líder
em patentes, respondeu por 46,5% dos patenteamentos no INPI entre 2000 e 2005.
Além disso, o território paulista concentra ainda cerca de 60% da P&D do
País, de acordo com a Fapesp.
Novo paradigma no intercâmbio de conhecimento
A OCDE destaca que está havendo mudanças
"drásticas" no processo de intercâmbio de conhecimento com o advento
da era da comunicação digital e com as novas ferramentas tecnológicas, que
exercem efeito direto sobre a organização interna e externa de pesquisa, sobre
as vantagens geográficas e, principalmente, sobre o papel das políticas
nacionais e regionais do setor. Até então, o fator geográfico exerceu um peso
maior para a associação de competências em um âmbito local ou regional, seja
pelo estabelecimento de grandes empresas, de institutos de pesquisa ou de
universidades, atraindo outros atores do processo de inovação, entre eles,
cientistas, engenheiros, estudantes e empreendedores.
De acordo com o estudo, o processo de globalização da
P&D reduziu "indubitavelmente" a concentração de recursos e as
capacidades inovativas entre os países. Apesar disso, diz a OCDE, não houve um
questionamento formal sobre a existência de concentração física e espacial nas
atividades de pesquisa nos países, e isso tem provocado tensões diversas. As
políticas de pesquisa e inovação ainda são feitas com o critério das fronteiras
administrativas, enquanto investimentos e conhecimento circulam cada vez mais
entre empresas e indivíduos em nível internacional.
"Em muitas áreas, as jurisdições administrativas dos
contribuintes não mais representam um fórum apropriado para o planejamento e a
implantação dessas políticas", aponta o documento. Além disso, a crise
financeira que afetou o mundo nos últimos anos deve ampliar esses problemas
estruturais associados com a globalização e a acumulação espacial de
conhecimento, prevê a OCDE. Isso deverá ocorrer em muitos países ligados à
instituição, de maneira contrária à "revolução das TICs" que vem
ocorrendo nas últimas duas décadas.
sábado, 11 de junho de 2011
Simão Jatene anuncia criação de cinco Secretarias Especiais
Mais cinco Secretarias Especiais foram criadas para integrar a
administração do Estado. O anúncio foi feito pelo governador do Estado
Simão Jatene, neste sábado (11), durante reunião com todos os
secretários de Estado e gestores da administração direta e indireta, a
reorganização da estrutura administrativa do Poder Executivo estadual.
Fazem parte da composição do governo as secretarias de Gestão; Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção; Infraestrutura e Logística para o Desenvolvimento Sustentável; Proteção Social; e Promoção Social.
A estratégia adotada pelo governador tem como principal objetivo facilitar a integração e articulação dos órgãos do governo, além de reduzir os custos. 'As secretarias especiais vão garantir uma maior articulação entre os órgãos do governo, além de discutirem políticas públicas que trarão melhor efeito para o governo e consequentemente um menor custo', avalia.
Durante a reunião também foi anunciada a extinção de outras duas secretarias serão extintas, a de Governo (Segov) e a de Projetos Estratégicos (Sepe). A extinção das secretarias partiu de uma constatação do próprio governador e os titulares destas secretarias, Sergio Leão e Sidney Rosa, poderão assumir as novas secretárias especiais. 'Percebi que as questões do governo e dos projetos estratégicos devem ser tratadas diretamente com o governador', considera Jatene.
O projeto de lei criando as novas pastas deverá ser encaminhado ainda este mês para aprovação na Assembleia Legislativa. A estratégia adotada pelo governador tem como principal objetivo facilitar a integração e articulação dos órgãos do governo, além de reduzir os custos.
O chefe do Executivo afirmou que encaminhará, também este mês, para a AL, o projeto de lei que determina que 80% dos cargos comissionados dos assessores especiais deverão ser lotados nos órgãos do governo e não no gabinete do governador.
Durante a reunião com os secretários, o governador afirmou que até julho de 2012 o governo pretende entregar a Santa Casa reformada e o Hospital Oncológico Infantil. Jatene falou ainda sobre a viabilização das novas entradas da cidade de Belém. 'Essa reunião de hoje (11) é uma oportunidade para que façamos o detalhamento e a execução de tudo que está na Agenda Mínima. Vamos aproveitar também para definir melhor o papel das novas secretarias criadas e as excluídas', convocou.
As Secretarias Especiais estarão vinculadas os seguintes órgãos: Gestão: Sead, Sefa, Seplan, Igeprev, Iasep, Idesp, Escola de Governo, Loterpa, Ioepa, Prodepa, Banpará.
Desenvolvimento Econômico: Sagri, Sepaq, Adepará, Jucepa, Emater, Ceasa, Paratur.
Infraestrutura e Logística: Setran, Seir, Seop, Sema, Sedect, Iterpa, Ideflor, Arcon, Cosanpa, Cohab.
Promoção Social: Seduc, Secult, Seel, Uepa, IAP, Centur, Carlos Gomes, Curro Velho, Fapesp.
Proteção Social: Sespa, Sedes, Seter, Sejudh, Defensoria Pública, Inmetro, Hospital Ofir Loyola, Santa Casa, Hemopa, Hospital das Clinicas e Funcap.
Redação Portal ORM com informações da Agência Pará
Fazem parte da composição do governo as secretarias de Gestão; Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção; Infraestrutura e Logística para o Desenvolvimento Sustentável; Proteção Social; e Promoção Social.
A estratégia adotada pelo governador tem como principal objetivo facilitar a integração e articulação dos órgãos do governo, além de reduzir os custos. 'As secretarias especiais vão garantir uma maior articulação entre os órgãos do governo, além de discutirem políticas públicas que trarão melhor efeito para o governo e consequentemente um menor custo', avalia.
Durante a reunião também foi anunciada a extinção de outras duas secretarias serão extintas, a de Governo (Segov) e a de Projetos Estratégicos (Sepe). A extinção das secretarias partiu de uma constatação do próprio governador e os titulares destas secretarias, Sergio Leão e Sidney Rosa, poderão assumir as novas secretárias especiais. 'Percebi que as questões do governo e dos projetos estratégicos devem ser tratadas diretamente com o governador', considera Jatene.
O projeto de lei criando as novas pastas deverá ser encaminhado ainda este mês para aprovação na Assembleia Legislativa. A estratégia adotada pelo governador tem como principal objetivo facilitar a integração e articulação dos órgãos do governo, além de reduzir os custos.
O chefe do Executivo afirmou que encaminhará, também este mês, para a AL, o projeto de lei que determina que 80% dos cargos comissionados dos assessores especiais deverão ser lotados nos órgãos do governo e não no gabinete do governador.
Durante a reunião com os secretários, o governador afirmou que até julho de 2012 o governo pretende entregar a Santa Casa reformada e o Hospital Oncológico Infantil. Jatene falou ainda sobre a viabilização das novas entradas da cidade de Belém. 'Essa reunião de hoje (11) é uma oportunidade para que façamos o detalhamento e a execução de tudo que está na Agenda Mínima. Vamos aproveitar também para definir melhor o papel das novas secretarias criadas e as excluídas', convocou.
As Secretarias Especiais estarão vinculadas os seguintes órgãos: Gestão: Sead, Sefa, Seplan, Igeprev, Iasep, Idesp, Escola de Governo, Loterpa, Ioepa, Prodepa, Banpará.
Desenvolvimento Econômico: Sagri, Sepaq, Adepará, Jucepa, Emater, Ceasa, Paratur.
Infraestrutura e Logística: Setran, Seir, Seop, Sema, Sedect, Iterpa, Ideflor, Arcon, Cosanpa, Cohab.
Promoção Social: Seduc, Secult, Seel, Uepa, IAP, Centur, Carlos Gomes, Curro Velho, Fapesp.
Proteção Social: Sespa, Sedes, Seter, Sejudh, Defensoria Pública, Inmetro, Hospital Ofir Loyola, Santa Casa, Hemopa, Hospital das Clinicas e Funcap.
Redação Portal ORM com informações da Agência Pará
" Não sei se vai ser a Idelizinha paz e amor "
Ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) sobre seu papel na articulação política
Do blog do Planalto:
AGRESSIVA E INTOLERANTE
Por Carlos Chagas
A se confirmar a nomeação de Ideli Salvatti para o
ministério da Coordenação Política, surge uma pergunta inteiramente
inócua, antes das questões fundamentais: quem irá para o ministério da
Pesca? Tanto faz, já que a Pesca e o governo ainda não foram
apresentados. E não é por culpa da ministra Ideli, senão pelo total
desprezo que o Brasil vem dando à atividade pesqueira, faz séculos. O
peixe não precisa de pasto, nem de ser alimentado e vacinado, muito
menos necessita passar por estações de engorda, mas custa mais caro do
que o boi. Quem sabe, desta vez, a presidente Dilma venha a nomear um
pescador para gerir o ministério? Ou uma pescadora, de acordo com os
ventos que sopram no Planalto.
Quanto à Coordenação Política, a ex-senadora vai montar num rabo de foguete. Sem apoio no PMDB e no PT, ficará difícil até mesmo anotar os pedidos da base parlamentar oficial. Acresce que deixou cicatrizes no Senado, onde durante oito anos demonstrou-se agressiva e intolerante. Essas características até que fazem parte da arte de governar nos tempos atuais, mas são incompatíveis com o desempenho das relações institucionais. Não se coordenará com elas conjuntos tão díspares e conflitantes quando os dois principais partidos que apóiam o governo, ou deveriam apoiar. Basta ver as reações registradas nos últimos dois dias entre os companheiros e os peemedebistas.
De qualquer forma, a presidente Dilma terá tido motivos para escolher Ideli Salvatti, se não tiver voltado atrás.
Quanto à Coordenação Política, a ex-senadora vai montar num rabo de foguete. Sem apoio no PMDB e no PT, ficará difícil até mesmo anotar os pedidos da base parlamentar oficial. Acresce que deixou cicatrizes no Senado, onde durante oito anos demonstrou-se agressiva e intolerante. Essas características até que fazem parte da arte de governar nos tempos atuais, mas são incompatíveis com o desempenho das relações institucionais. Não se coordenará com elas conjuntos tão díspares e conflitantes quando os dois principais partidos que apóiam o governo, ou deveriam apoiar. Basta ver as reações registradas nos últimos dois dias entre os companheiros e os peemedebistas.
De qualquer forma, a presidente Dilma terá tido motivos para escolher Ideli Salvatti, se não tiver voltado atrás.
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Palocci diz que deixa governo por causa de ambiente político. Sai para escapar
SÃO PAULO - De saída do governo, o ex-ministro
da Casa Civil Antonio Palocci afirmou hoje que decidiu deixar o governo
porque seu trabalho estava sendo comprometido pelo ambiente político.
Segundo Palocci, manifestação da procuradoria-geral da República, que negou a abertura de uma investigação por causa da evolução do seu patrimônio, confirmou que ele trabalhou dentro da legalidade, respeitando os padrões éticos.
“O mundo jurídico é diferente do mundo político, que não permitiu que eu trabalhasse normalmente. Minhas atividades foram sendo progressivamente comprometidas pelo ambiente político. Se eu vim para ampliar o diálogo, saio agora para promovê-lo”, declarou.
Em um plenário lotado, Palocci arrancou aplausos de pé da plateia que acompanhava a cerimônia de transição na Casa Civil. O ex-ministro, no entanto, procurou demonstrar tranqüilidade com a saída do governo.
“Nao quero fazer deste ato um momento triste. A vida é uma luta permanente e não costumo me abater pelas pedras no caminho. Até porque fomos avisados. Havia e haverá sempre pedras na nossa caminhada. A políttica é naturalmente conflituosa e, por isso, é reservado aos librianos e, somente aos librianos, a tarefa de construir pontes”, argumentou.
Palocci ainda desejou sorte para sua sucessora, Gleisi Hoffmann, ressaltando que teve a oportunidade de trabalhar com ela na equipe de transição de governo, em 2002. Por fim, disse que sai do governo de cabeça erguida.
(Fernando Taquari | Valor)
Segundo Palocci, manifestação da procuradoria-geral da República, que negou a abertura de uma investigação por causa da evolução do seu patrimônio, confirmou que ele trabalhou dentro da legalidade, respeitando os padrões éticos.
“O mundo jurídico é diferente do mundo político, que não permitiu que eu trabalhasse normalmente. Minhas atividades foram sendo progressivamente comprometidas pelo ambiente político. Se eu vim para ampliar o diálogo, saio agora para promovê-lo”, declarou.
Em um plenário lotado, Palocci arrancou aplausos de pé da plateia que acompanhava a cerimônia de transição na Casa Civil. O ex-ministro, no entanto, procurou demonstrar tranqüilidade com a saída do governo.
“Nao quero fazer deste ato um momento triste. A vida é uma luta permanente e não costumo me abater pelas pedras no caminho. Até porque fomos avisados. Havia e haverá sempre pedras na nossa caminhada. A políttica é naturalmente conflituosa e, por isso, é reservado aos librianos e, somente aos librianos, a tarefa de construir pontes”, argumentou.
Palocci ainda desejou sorte para sua sucessora, Gleisi Hoffmann, ressaltando que teve a oportunidade de trabalhar com ela na equipe de transição de governo, em 2002. Por fim, disse que sai do governo de cabeça erguida.
(Fernando Taquari | Valor)
terça-feira, 7 de junho de 2011
Da própria base aliada. É fogo amigo
Paulinho pede afastamento imedidato de Palocci
SÃO PAULO - O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, pediu, por meio de nota, nesta segunda-feira o “imediato afastamento” do cargo de ministro-chefe da Casa Civil a Antonio Palocci.Deputado federal eleito pelo PDT, partido da base aliada do governo, Paulinho afirma que as explicações dadas por Palocci sobre o seu enriquecimento por meio da prestação de serviços de consultoria não foram suficientes.
“O imediato afastamento do ministro só trará benefícios para o País, que vive um bom momento econômico, com pleno emprego e sinais de controle inflacionário, mas começa a sentir a paralisia política do governo devido às incertezas que cercam o atual ocupante da Casa Civil do Palácio do Planalto”, diz Paulinho na nota divulgada pela Força Sindical.
Segundo o dirigente sindical, Palocci “ainda deve explicações ao povo brasileiro, visto que, sendo servidor público de alto escalão, deve servir de exemplo e ser pautado pela ética, pela transparência e pela moralidade pública”. Na nota, Paulinho diz ainda que o “povo brasileiro” “anseia por uma resposta convincente e verdadeira” por parte do ministro.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Explicação necessária e com números
Foam extremamente frágies as explicações dadas pelo chefe da Casa Civil e Deputado Federal Palocci, empresário do ramo sanitarista, sobre seu rápido enriquecimento, quando foi deputado por São Paulo.
Seria correto que sua explicação se fundamenta-se em números e não com respostas genericas sobre as consultorias.
As pessoas gostariam saber por exemplo, que tipo de consultorias foram feitas. As dúvidas são crescentes. Não utilizou informação previlegiada já que tinha sido ministro da fazenda e ainda mantinha seus contatos no ministério? quem era o profissionalo que realizava os estudos. Na empresa só consta ele e mais outra pessoa que nem economista era.
Quem assinava os pareceres das consultorias?
Bastava ele mostrar uma tabela como a que aparece embaixo, com números e fluxo de caixa básico, sem comprometer a ninguém, mas mostrando quantos contratos administrava, quanto era o lucro por contrato. De que área eram as empresas em que realizava as consultorias, de qual estado da federação.
As consultorias eram sobre finanças, economia, indústria, medicina.
Se a pessoa estivesse, realmente, interessada em explicar seu enriquecimento "inexplicável" apresentaria, na entrevista, documentos, mesmo genêricos, sobre seus contratos, com números e evolução do lucro.
O Ministro optou por acreditar que os brasileiros ficaremos satisfeitos com a conversa geral que ele jogou para o jornalista de globo. Logo todo se esquece...
investimentos
|
receitas
|
%
|
%
|
%
|
%
|
Lucro
|
20 milhões
|
quinta-feira, 2 de junho de 2011
“Metade equívoco, metade invenção” Deu no BLOG CAPITAL DIGITAL
Foi como reagiu ontem no Twitter o ministro das Comunicações @Paulo_Bernardo, às reportagens publicadas pelo portal Convergência Digital, além de outros veículos especializados no setor de TI e Telecomunicações, sobre a já encomendada exoneração de Rogério Santanna da presidência da Telebrás e a ida de Cezar Alvarez para o cargo na estatal.
Manobra que transforma definitivamente o PNBL no já chamado: “PNBTeles”.
O ministro tem todo o direito de responder e negar qualquer informação, assim como tudo o que saiu ontem na imprensa especializada pode conter uma série de “equívocos”. Jornalismo não é ciência exata, está sujeita à tudo. Inclusive a erros.
Mas “Invenção” como ele mesmo afirmou no Twitter, isso não.
Veículos especializados de TI e Telecom – ou de qualquer outro setor econômico – diferem da imprensa convencional, porque seu público alvo é altamente instruído. Não toleraria e nem perdoaria qualquer leviandade cometida, seja por conta de qualquer interesse político ou econômico. Portanto, a sobrevivência desses veículos está intimamente ligada à credibilidade. Se perdem, não recuperam mais perante o seu público leitor.
Mas o ministro tem o direito de achar o que quiser. Entretanto, se a imprensa ‘inventou’ algo comprometedor que esteja ocorrendo nos porões do Ministério das Comunicações, então Paulo Bernardo tem de vir à público hoje e desmentir categoricamente todos os veículos que deram a informação.
Tem de prestar contas à sociedade em geral e não apenas à “militância 2.0″, sobre todos os investimentos (dinheiro do contribuinte) feitos para o governo dispor de uma rede nacional de banda larga, que agora supostamente pretende limitá-la ao papel de mero fornecedor de rede no atacado para empresas privadas, que em última instância irão transformar um projeto social num bom negócio: Venda casada de Internet com telefone e TV por assinatura.
Tem de informar se o governo abandonou ou não os objetivos preceituados no inciso IV do Artigo 4º do Decreto nº 7.175/2010 – que definiu pelo menos uma das competências da Telebrás diante do Plano Nacional de Banda Larga e que não era somente a oferta de infraestrutura de rede no atacado:
IV – prestar serviço de conexão à Internet em banda larga para usuários finais, apenas e tão somente em localidades onde inexista oferta adequada daqueles serviços.
Quero deixar claro que não sou contra as empresas de telefonia serem parceiras do governo no PNBL. Aplaudi a decisão da GVT e TIM/Intelig, de fazerem um acordo com a Telebrás no sentido de compartilharem redes e evitar gastos desnecessários para prestar o mesmo serviço numa mesma localidade. Se as empresas tivessem um mínimo de bom senso, lá atrás teriam fechado esse acordo com o governo, no qual um grande backbone federal lhes possibilitaria chegar aonde sempre disseram que era muito caro chegar: aos mais pobres.
Ao contrário, o que fizeram foi resistir ao PNBL. Criaram um plano paralelo – com apoio do ex-ministro Hélio Costa – que custaria R$ 75 bilhões ao país. Cujo único objetivo evidente, na época, seria o de impedir o governo da sua missão social de integrar todo o Brasil com Internet. Em suma, não queriam que governo comprovasse que existe um monopólio privado no Brasil, onde por falta de concorrência o preço da Internet não cai.
A sua versão de PNBL ministro, está bem longe dos objetivos iniciais do governo. Resta saber por que o senhor ou o governo mudaram o discurso.
Caro ministro @Paulo_Bernardo, justificar os seus atos pelo Twitter à “militância 2.0″ é lícito e louvável, mas não passa de um privilégio que o senhor concede a apenas uma pequena parcela da população brasileira: A bem vestida e nutrida.
Só não diga que os seus atos expostos pela imprensa especializada foram ”invenções”, porque qualquer pessoa esclarecida e com um mínimo de bom senso sabe que o seu discurso difere daquilo que se almejou no PNBL original.
Muito menos reflete o pensamento de um ex-presidente que sempre pensou no país do ponto de vista dos mais pobres.
* E não usava Twitter para conversar com o povo brasileiro.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Médico sanitarista convocado a depor no Senado
A oposição conseguiu driblar o governo e aprovou, após duas semanas de
tentativas, um requerimento convocando o ministro Antonio Palocci Filho
(Casa Civil) para depor sobre seu enriquecimento como consultor.
A aprovação ocorreu na manhã desta quarta-feira na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, quando os governistas estavam concentrados em outras comissões da Casa. O governo agora corre para tentar convencer o presidente da comissão, Lira Maia (DEM-PA), a reverter a decisão ou transformá-la em convite --para o qual não é obrigatória a presença.
A reunião da comissão foi suspensa até as 13 horas e, neste momento, líderes da base e da oposição estão trancados tentando chegar a um acordo. " O entendimento do DEM é que a matéria está vencida, agora respeitamos a autonomia do presidente da comissão", disse o líder do DEM, ACM Neto (BA).
A convocação ocorre na véspera de a Procuradoria Geral da República se pronunciar sobre as explicações enviadas por Palocci.
A base já informou que apresentará uma questão de ordem ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT- RS), questionando o método de votação feito por Lira Maia. Eles querem que a votação seja refeita. Apesar de o presidente ser do Dem, a maioria dos deputados na Comissão de Agricultura é da base.
No dia 15 passado, a Folha revelou que o ministro tinha comprado um apartamento de R$ 6,6 milhões, numa evolução patrimonial declarada de 20 vezes desde 2006. O governo entrou em crise política e paralisia, já que Palocci é o seu ministro mais forte.
Ele justificou a evolução por seu trabalho de consultoria. A Folha então revelou que, só no ano passado, ele ganhou R$ 20 milhões com os trabalhos para clientes que não revelou. Metade disso foi ganha quando Palocci coordenava o grupo de transição do governo e tinha acesso a dados sigilosos.
PATRIMÔNIO
Entre 2006 e 2010, o patrimônio de Palocci passou de R$ 375 mil para cerca de R$ 7,5 milhões.
Depois disso, a liderança do PSDB na Câmara levantou suspeitas de que pagamentos feitos pela Receita Federal à incorporadora WTorre, no valor de R$ 9,2 milhões, durante as eleições do ano passado, estejam relacionados ao trabalho de Palocci, e a doações para a campanha presidencial de Dilma Rousseff.
O deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) apresentou à imprensa registros públicos do Siafi (o sistema de acompanhamento de gastos da União) e da Receita Federal que indicariam uma relação entre pagamentos feitos pela Receita à WTorre Properties, um braço do grupo WTorre, e o trabalho do ministro na incorporadora.
No dia 24 de agosto, a WTorre protocolou na Receita um pedido de restituição de Imposto de Renda de pessoa jurídica relativo ao ano de 2008. Na mesma data, a incorporadora fez uma doação de R$ 1 milhão para a campanha presidencial de Dilma --outra parcela de R$ 1 milhão foi depositada à campanha no mês de setembro.
A restituição da Receita ocorreu apenas 44 dias depois do protocolo, no valor de R$ 6,25 milhões. Segundo Francischini, o prazo da devolução é recorde.
Segundo reportagem da Folha, a WTorre foi uma das clientes da empresa do ministro, a Projeto Consultoria Financeira, que teve um faturamento de R$ 20 milhões somente no ano passado.
FUNDAÇÃO
De acordo com levantamento feito pelo PPS na Câmara dos Deputados, a Fundação Feira do Livro de Ribeirão Preto, entidade que tem como vice-presidente uma cunhada de Palocci, recebeu, entre 2008 e 2010, R$ 1 milhão do governo federal.
O PPS anunciou ontem que vai pedir cópia de toda a documentação dos convênios firmados entre os ministérios do Turismo e da Cultura e a Fundação Feira do Livro de Ribeirão Preto.
A entidade tem como vice-presidente Heliana da Silva Palocci. Ela é mulher de um irmão de Palocci.
Do total repassado, R$ 550 mil vieram de convênios cujos recursos foram garantidos por meio de duas emendas apresentadas pelo então deputado federal Antonio Palocci em 2008 e 2009.
A aprovação ocorreu na manhã desta quarta-feira na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, quando os governistas estavam concentrados em outras comissões da Casa. O governo agora corre para tentar convencer o presidente da comissão, Lira Maia (DEM-PA), a reverter a decisão ou transformá-la em convite --para o qual não é obrigatória a presença.
A reunião da comissão foi suspensa até as 13 horas e, neste momento, líderes da base e da oposição estão trancados tentando chegar a um acordo. " O entendimento do DEM é que a matéria está vencida, agora respeitamos a autonomia do presidente da comissão", disse o líder do DEM, ACM Neto (BA).
A convocação ocorre na véspera de a Procuradoria Geral da República se pronunciar sobre as explicações enviadas por Palocci.
A base já informou que apresentará uma questão de ordem ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT- RS), questionando o método de votação feito por Lira Maia. Eles querem que a votação seja refeita. Apesar de o presidente ser do Dem, a maioria dos deputados na Comissão de Agricultura é da base.
No dia 15 passado, a Folha revelou que o ministro tinha comprado um apartamento de R$ 6,6 milhões, numa evolução patrimonial declarada de 20 vezes desde 2006. O governo entrou em crise política e paralisia, já que Palocci é o seu ministro mais forte.
Ele justificou a evolução por seu trabalho de consultoria. A Folha então revelou que, só no ano passado, ele ganhou R$ 20 milhões com os trabalhos para clientes que não revelou. Metade disso foi ganha quando Palocci coordenava o grupo de transição do governo e tinha acesso a dados sigilosos.
PATRIMÔNIO
Entre 2006 e 2010, o patrimônio de Palocci passou de R$ 375 mil para cerca de R$ 7,5 milhões.
Depois disso, a liderança do PSDB na Câmara levantou suspeitas de que pagamentos feitos pela Receita Federal à incorporadora WTorre, no valor de R$ 9,2 milhões, durante as eleições do ano passado, estejam relacionados ao trabalho de Palocci, e a doações para a campanha presidencial de Dilma Rousseff.
O deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) apresentou à imprensa registros públicos do Siafi (o sistema de acompanhamento de gastos da União) e da Receita Federal que indicariam uma relação entre pagamentos feitos pela Receita à WTorre Properties, um braço do grupo WTorre, e o trabalho do ministro na incorporadora.
No dia 24 de agosto, a WTorre protocolou na Receita um pedido de restituição de Imposto de Renda de pessoa jurídica relativo ao ano de 2008. Na mesma data, a incorporadora fez uma doação de R$ 1 milhão para a campanha presidencial de Dilma --outra parcela de R$ 1 milhão foi depositada à campanha no mês de setembro.
A restituição da Receita ocorreu apenas 44 dias depois do protocolo, no valor de R$ 6,25 milhões. Segundo Francischini, o prazo da devolução é recorde.
Segundo reportagem da Folha, a WTorre foi uma das clientes da empresa do ministro, a Projeto Consultoria Financeira, que teve um faturamento de R$ 20 milhões somente no ano passado.
FUNDAÇÃO
De acordo com levantamento feito pelo PPS na Câmara dos Deputados, a Fundação Feira do Livro de Ribeirão Preto, entidade que tem como vice-presidente uma cunhada de Palocci, recebeu, entre 2008 e 2010, R$ 1 milhão do governo federal.
O PPS anunciou ontem que vai pedir cópia de toda a documentação dos convênios firmados entre os ministérios do Turismo e da Cultura e a Fundação Feira do Livro de Ribeirão Preto.
A entidade tem como vice-presidente Heliana da Silva Palocci. Ela é mulher de um irmão de Palocci.
Do total repassado, R$ 550 mil vieram de convênios cujos recursos foram garantidos por meio de duas emendas apresentadas pelo então deputado federal Antonio Palocci em 2008 e 2009.
Assinar:
Postagens (Atom)