quarta-feira, 4 de março de 2009

FMI: Crise está atingindo países pobres - Crisis is reaching poor countries

O diretor-geral do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, alertou que os países mais pobres do mundo estão começando a sentir o impacto da crise econômica global.

Strauss-Kahn descreveu o fenômeno, que teria se iniciado no início deste ano, como uma "terceira onda" da crise.

"Depois de atingir primeiramente as economias avançadas e depois as emergentes, uma terceira onda da crise financeira global está atingindo os países mais pobres e mais vulneráveis", disse ele em um comunicado divulgado na terça-feira. De acordo com o FMI, esses países sentirão o impacto da crise principalmente através de uma retração no comércio e em quedas no investimento estrangeiros e nas remessas de dinheiro enviadas pelos cidadãos que moram e trabalham fora de seus países de origem. O FMI indica que cerca de 20 países pobres estariam especialmente vulneráveis aos efeitos da crise, metade deles na África subsaariana.

Além disso, o FMI alerta que "o número de países vulneráveis pode dobrar se as condições de crescimento global e financiamento continuarem a piorar". Strauss-Kahn afirmou que os países pobres precisarão de cerca de US$ 25 bilhões (R$60 bi) em empréstimos de emergência neste ano e pediu que os países mais ricos não cortem a ajuda em doações. Segundo ele, a continuidade do fluxo de ajuda financeira pode prevenir o que chamou de uma "crise humanitária" nos países mais pobres.

BRASIL - PEDOFILIA – Abusos a crianças durante o Carnaval

O senador Magno Malta, do Estado do Parná (PR) vai solicitar que as secretarias de segurança do País façam levantamento sobre o número de crianças vítimas de abusos durante o Carnaval.

“ Tenho informações de que o quadro é assustador, e as crianças sofrem abusos, sejam eles sexuais ou agressão física’’ aponta.

Considera ainda que a festa carnavalesca sempre deixa um saldo ruim de violência, crimes e acidentes. E que os pobres seguem aliados, pois não têm acesso aos camarotes e abadas dos blocos.

À frente da CPI da pedofilia, Malta destaca que ainda nesta semana vai a Catanduva, interior de São Paulo, onde há denúncias de mais de 50 crianças pobres violentadas por pessoas influentes.

Consumismo - Mudando de hábitos de consumo....

Não apenas os americanos estão mudando de hábitos de consumo. A raíz da crise todo mundo está consumiendo menos ou deveria de, só que a prática consumista que nasceu na economia Americana se propagou como um vírus.......


Crime globalizado - Brasil, Bolívia, Paraguay e Portugal - globalized crime

As organizações criminosas brasileiras PCC (Primeiro Comando da Capital), de São Paulo, e Comando Vermelho, do Rio de Janeiro, aumentaram sua presença internacional, atuando em países como Bolívia, Paraguai e, "possivelmente", Portugal. A afirmação é do relatório anual do Departamento de Estado dos EUA que traça um painel da situação das drogas no mundo.
Segundo o texto, divulgado na sexta-feira (27), crescem também as ligações do PCC e do CV com traficantes colombianos e mexicanos. A renda da colaboração no exterior os ajudaria a comprar armas e a manter o controle de favelas em cidades como Rio e São Paulo. A conclusão vem a público num momento em que Portugal especula sobre a presença de dois supostos membros do PCC no país e a criação de uma facção local.

O relatório, que refere-se a 2008, é elaborado por ordem do Congresso dos EUA e foi feito ainda sob o governo do republicano George W. Bush. Autoridades brasileiras que investigam a internacionalização do PCC são céticas sobre a presença dos criminosos em Portugal.
O texto cita a imprensa portuguesa sobre o surgimento do que batizaram de "PCP (Primeiro Comando de Portugal)" --seria formado por imigrantes brasileiros e atuaria principalmente na Margem Sul do Tejo, na Grande Lisboa. Os jornais "Diário de Notícias" e "Correio da Manhã" citam fontes policiais para apontar a ligação de dois brasileiros ao "PCP".

Um seria Edivaldo Rodrigues, preso em 2008, acusado de ter matado um ourives em Setúbal, ao sul de Lisboa. O outro seria o foragido Moisés Teixeira da Silva, que segundo a Polícia Federal brasileira participou do furto de R$ 164,7 milhões do Banco Central de Fortaleza, em 2005. Autoridades portuguesas não comentam a existência do "PCP" nem a ligação dos suspeitos.
No relatório da chancelaria norte-americana, Portugal é apontado como o porto de entrada para a Europa da cocaína traficada de países andinos via Brasil e Venezuela, com primeira escala em países do oeste da África.
Leia Reportagem completa: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u528750.shtml

Energia do futuro já nasceu com sua própria crise - ऊर्जा के भविष्य के अपने स्वयं के संकट से पैदा हुई थी

Índia redireciona biodiesel para o mercado interno

Produtores de biodiesel da Índia estão abandonando o status de "apenas para exportação" e se voltando para vendas locais, além de estarem cortando a produção e engavetando projetos de expansão devido a preocupações com perspectivas ruins para o mercado. As perspectivas para vendas externas e internas estão sendo arruinadas pelo colapso nos preços de diesel convencional, que agora estão mais baratos que o do biodiesel. "Atualmente não há apetite por parte dos investidores, teremos que esperar o mercado se estabilizar", afirmou C.S. Bhaskar, diretor-executivo da Natural BioEnergy, que teve que fechar sua fábrica no sul da Índia em outubro por não conseguir mais ter lucro nas exportações para a União Europeia.

A fábrica tinha capacidade anual de produção de 100 mil toneladas. "Teremos a opção de exportar sempre que o mercado se abrir", ponderou. "Os preços do biodiesel dependem do preço do diesel convencional. Se o petróleo subir acima de US$ 60 o barril, teremos novamente um mercado", disse Sanjiv Gupta, diretor gerente da Universal Biofuels. As informações são da Dow Jones. (Fonte: Estadão Online)

segunda-feira, 2 de março de 2009

CANADA, TORONTO - REPENSANDO A INDÚSTRIA EXTRATIVA - Rethinking Extractive Industry: Regulation, Dispossession and Emerging Claims



Professora da UFPA, Maria Amélia Enríquez, participa na Conferência Internacional sobre Mineração: Maria Amélia R da S Enríquez, Economics Department, University Federal of Pará (UFPA) & University of Amazonia (UNAMA), Brazil Curse or blessing? The sustainable development dilemma of the mining regions in Brazil

Acesse a programação completa aqui: http://www.yorku.ca/cerlac/ei-organizers.html

A HORA DA LEITURA - DE ISABEL ALLENDE: Do "O SEXO E EU"


De El sexo y yo

Mi vida sexual comenzó temprano, más o menos a los cinco años, en el kindergarten de las monjas ursulinas, en Santiago de Chile. Supongo que hasta entonces había permanecido en el limbo de la inocencia, pero no tengo recuerdos de aquella prístina edad anterior al sexo. Mi primera experiencia consistió en tragarme casualmente una pequeña muñeca de plástico. -Te crecerá adentro, te pondrás redonda y después te nacerá un bebé -me explicó mi mejor amiga, que acababa de tener un hermanito. ¡Un hijo! Era lo último que deseaba. Siguieron días terribles, me dio fiebre, perdí el apetito, vomitaba. Mi amiga confirmó que los síntomas, eran iguales a los de su mamá. Por fin una monja me obligó a confesar la verdad.
-Estoy embarazada -admití hipando.
Me vi cogida de un brazo y llevada por el aire hasta la oficina de la Madre Superiora. Así comenzó mi horror por las muñecas Y mi curiosidad por ese asunto misterioso cuyo solo nombre era impronunciable: sexo. Las niñas de mi generación carecíamos de instinto sexual, eso lo inventaron Master y Johnson mucho después. Sólo los varones padecían de ese mal que podía conducirlos al infierno y que hacía de ellos unos faunos en potencia durante todas sus vidas. Cuando una hacía alguna pregunta escabrosa, había dos tipos de respuesta, según la madre que nos tocara en suerte. La explicación tradicional era la cigüeña que venía de París y la moderna era sobre flores y abejas. Mi madre era moderna, pero la relación entre el polen y la muñeca en mi barriga me resultaba poco clara.

A los siete años me prepararon para la Primera Comunión. Antes de recibir la hostia había que confesarse. Me llevaron a la iglesia, me arrodillé detrás de una cortina de felpa negra y traté de recordar mi lista de pecados, pero se me olvidaron todos. En medio de la oscuridad y el olor a incienso escuché una voz con acento de Galicia.
-¿Te has tocado el cuerpo con las manos?
-Sí, padre.
¿A menudo, hija?
-Todos los días...
-¡Todos los días! ¡Esa es una ofensa gravísima a los ojos de Dios, la pureza es la mayor virtud de una niña, debes prometer que no lo harás más!

Prometí, claro, aunque no imaginaba cómo podría lavarme la cara o cepillarme los dientes sin tocarme el cuerpo con las manos. (Este traumático episodio me sirvió para "Eva Luna", treinta y tantos años más tarde. Una nunca sabe para qué se está entrenando).

Nací al sur del mundo, durante la Segunda Guerra Mundial en el seno de una familia emancipada e intelectual en algunos aspectos y casi paleolítica en otros. Me crié en el hogar de mis abuelos, una casa estrafalaria donde deambulaban los fantasmas invocados por mi abuela con su mesa de tres patas. Vivían allí dos tíos solteros, un poco excéntricos, como casi todos los miembros de mi familia. Uno de ellos había viajado a la India y le quedó el gusto por los asuntos de los fakires, andaba apenas cubierto por un taparrabos recitando los 999 nombres de Dios en sánscrito.

El otro era un personaje adorable, peinado como Carlos Gardel y amante apasionado de la lectura. (Ambos sirvieron de modelos -algo exagerados, lo admito- para Jaime y Nicolás en "La casa de los espíritus"). La casa estaba llena de libros, se amontonaban por todas partes, crecían como una flora indomable, se reproducían ante nuestros ojos. Nadie censuraba o guiaba mis lecturas y así leí al Marqués de Sade, pero creo que era un texto muy avanzado para mi edad, el autor daba por sabidas cosas que yo ignoraba por completo, me faltaban referencias elementales. El único hombre que había visto desnudo era mi tío, el fakir, sentado en el patio contemplando la luna y me sentí algo defraudada por ese pequeño apéndice que cabía holgadamente en mi estuche de lápices de colores. ¿Tanto alboroto por eso?

Brasil, Amazônia - Pagamentos por serviços ambientais na Amazônia - Payments for environmental services in Amazonia

O Ministério do Meio Ambiente lança no dia 3 de março livro sobre "Pagamentos por serviços ambientais - perspectivas para a Amazônia Legal". O evento será aberto pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, às 8h30, no auditório do edifício Marie Prendi Cruz, na 505 Norte, Lote 2, Bloco B. A iniciativa é do Departamento de Articulação de Ações da Amazônia - DAAM/Secex, com apoio da Agência de Cooperação Técnica Alemã (GTZ).

Veja livro na integra aqui: http://www.amazonia.org.br/arquivos/302089.pdf

Na solenidade, serão realizadas apresentações e debates sobre a temática do livro com a presença dos autores Sven Wunder e Jan Boner. O gerente de projeto do MMA, Shigeo Shiki, do Departamento de Economia e Meio Ambiente (Dema), irá apresentar os principais pontos da proposta do MMA que embasou o substitutivo do deputado federal Jorge Khoury (DEM/BA), que institui a Política Nacional de Serviços Ambientais e cria o Programa Nacional de Pagamentos por Serviços Ambientais.

O substitutivo estabelece como serviços ambientais "as funções imprescindíveis exercidas pelos ecossistemas naturais, propiciadas pela atuação humana, para a manutenção, a recuperação ou a melhoria das condições ambientais adequadas à vida, incluindo a humana". Altera vários projetos de lei que dispõem sobre serviços ambientais, dentre os quais o de nº 792/2007, do deputado Anselmo de Jesus (PT/RO), e o de nº 1.190/2007, de autoria de Antonio Palocci (PT/SP).

O livro editado pelo MMA pretende ser mais uma contribuição para o debate do tema, oferecendo subsídios para a instituição e aprimoramento da Política Nacional de Serviços Ambientais. O evento de lançamento se destina aos segmentos sociais envolvidos nessa discussão incluindo parlamentares, assessores, técnicos, gestores, dirigentes de órgãos públicos da administração federal, órgãos estaduais de meio ambiente e representantes de organizações da sociedade civil.

Meio Ambiente - Indústria de eletrônicos altera o clima com novo gás poluente -



Esforço para tornar indústria de semicondutores mais amistosa ao meio ambiente pode resultar em sérias mudanças climáticas.

As emissões de um gás do efeito estufa, com capacidade 17 mil vezes superior ao dióxido de carbono em aquecer o planeta, estão pelo menos quatro vezes mais elevadas que o estimado. O trifluoreto de nitrogênio (NF3) é usado principalmente pela indústria de semicondutores para limpar as câmaras em que se são produzidos os chips de silício. No passado, a indústria estimava que a maior parte do gás era utilizada durante o processo de limpeza e somente cerca de 2% escapavam para o ar. Mas as primeiras medidas feitas dos níveis de NF3 na atmosfera, publicadas recentemente no Geophysical Research Letters, mostram que as emissões chegam a 16%.

Esses resultados podem não ter repercussões imediatas ─ atualmente, o NF3 contribui com 0,04% para o efeito do aquecimento global gerado pelo dióxido de carbono emitido por fontes como termelétricas à base de carvão e veículos.

Entretanto, à medida que aparelhos de TVs LCD se tornam mais comuns em todo o mundo e a emergente indústria de células solares fotovoltaicas se desenvolve, quantidade cada vez maiores desse gás são geradas, pois o NF3 é utilizado na limpeza dos dois produtos. A produção praticamente dobra a cada ano, observa Michael Prather, químico atmosférico da University of California, em Irvine, que previu, no começo deste ano, que as emissões provavelmente ultrapassariam a quantidade estimada pela indústria, de que somente 2% do gás são liberados para a atmosfera.

Apesar dos efeitos potenciais o gás não é controlado e não se exige das empresas de eletrônicos a manutenção de um histórico da quantidade utilizada ou emitida. “Ninguém realmente sabe quanto NF3 é utilizado, e não sabemos que quantidade está sendo produzida, nem se a taxa de emissão está correta,” argumenta Ray Weiss, geoquímico do Instituto Scripps de Oceanografia, da University of California, em San Diego, que conduz o novo trabalho.

Chamando o Tio Sam - da para acreditar? - Calling Uncle Sam - to believe in?


Thomas L. Friedman
Em Seul (Coreia do Sul)
Nos dias de hoje é muito útil vir à Ásia para ser lembrado da posição ocupada pelos Estados Unidos. Apesar de toda a conversa nos últimos anos a respeito do declínio inevitável dos Estados Unidos, os olhos não estão voltados neste momento para Tóquio, Pequim, Bruxelas ou Moscou - e tampouco para quaisquer dos pretendentes à coroa de peso pesado mundial.

Todos os olhos andam fixados em Washington, esperando que os norte-americanos tirem o mundo desta queda econômica em parafuso. Em nenhum momento nos últimos 50 anos nós nos sentimos mais fracos. E em momento algum nos últimos 50 anos o mundo nos considerou mais importantes do que agora.

Embora seja verdade que desde o fim da Guerra Fria os líderes e intelectuais globais reclamam com frequência de um mundo com um excesso de poder norte-americano, atualmente não se ouve muito essa reclamação, já que a maioria das pessoas reconhece que somente um Estados Unidos economicamente revitalizado tem o poder necessário para impedir que a economia mundial entre em uma depressão global. Sempre foi fácil reclamar de um mundo com excesso de poder norte-americano, contanto que não se tivesse que viver em um mundo com poder norte-americano insuficiente. E, neste momento, o perigo é esse: um mundo com insuficiente poder norte-americano.