
Amazônia, meio ambiente, ecologia, biodiversidade, desenvolvimento sustentável, ciência e tecnologia, incubadoras e parques tecnológicos, política nacional e internacional - Amazonia, the environment, ecology, biodiversity, sustainable development, science and technology, incubators and technology parks, national and international policy
Mostrando postagens com marcador Literatura. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Literatura. Mostrar todas as postagens
domingo, 25 de março de 2012
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Alegorias de uma cubana no exílio Para ler fim de semana.
Zoé: "O Todo Cotidiano" se baseia em experiências vividas na Cuba natal, em Miami e Paris |
Essa seria uma das partes autobiográficas das histórias contadas por Zoé, convidada a vir ao Brasil para a próxima edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). Em recente entrevista publicada na internet, ela contemporiza: "O livro é bastante autobiográfico, o personagem tem muito de mim, mas é um romance". De acordo com a autora, a primeira parte tem a ver com um período precário que viveu em Cuba entre 1993 e 1994. A segunda mescla a sua vivência fora do país à de outras pessoas que conheceu.
Na ilha caribenha, Pátria se sente oprimida e sem liberdade. Ela muda de nome e passa a se chamar Yocastra - um híbrido de Jocasta com Cassandra - porque o primeiro homem por quem se apaixona não queria fazer amor com a Pátria. Ele é mais velho, tem pinta de intelectual e escritor de caráter duvidoso. Os dois vivem vários anos juntos e se casam em uma manobra manipulada - até ela descobrir que o marido é uma farsa, um opressor. Adulta, a personagem incorre no mesmo erro em Paris, com consequências ainda mais nefastas.
Tentando fazer uma alegoria com a história que relata, Zoé nomeia esse primeiro marido como Traidor. A maioria dos personagens traz no nome uma carga embutida: a amiga Gusano (verme, na tradução exata; delator, na linguagem figurada em Cuba), o amigo Lince, o amante Niilista, o Inseto Cubano. Aída, a mãe, é reconhecida como "a ida", em razão de um período em que entra em um estado emocional letárgico e sem memória.
Em Paris, reflete o sofrimento que sulca o coração, a psique e as emoções dos exilados. O romance ganha ritmo acelerado, de suspense e surpresas definidoras. Ali Yocastra vive os melhores e últimos anos de sua mãe. Faz amigos e se casa pela segunda vez com um cubano que, mais tarde, surpreenderá para o mal. Infeliz, sonha com a chegada de seu verdadeiro amor, o Niilista, preso político.
"O Todo Cotidiano"
Zoé Valdés Trad.: Ari Roitman e Paulina Wacht Benvirá, 320 págs., R$ 34,90 / BB+
Assinar:
Postagens (Atom)