France Presse
Rawalpindi -
Osama Bin Laden, senil e afastado da Al-Qaeda, foi entregue aos
americanos por uma de suas primeiras esposas, que sentia ciúmes de uma
rival mais jovem na casa em que viviam, segundo a tese elaborada por um
general paquistanês depois de uma longa investigação. Dez meses mais
tarde, a incursão de um comando de elite americano que matou o chefe da
Al-Qaeda em seu tranquilo refúgio na cidade paquistanesa de Abbottabad
continua sendo um mistério que alimenta inúmeras teorias, inclusive a
traição por ciúmes.
Shaukat Qadir, um general de brigada reformado, investigou o episódio durante oito meses. Graças a suas relações com o alto escalão das Forças Armadas, pôde visitar a casa que Bin Laden ocupou e falar com os agentes que interrogaram as esposas do terrorista, presas depois da operação. Segundo Qadir, Bin Laden foi vítima de um complô da Al-Qaeda, que utilizou uma de suas esposas para colocar os americanos em seu rastro.
De acordo com Qadir, Bin Laden começou em 2001 a sofrer com uma deficiência mental, que progressivamente levou seu braço direito, o egípcio Ayman Al Zawahiri, a decidir eliminá-lo. Depois de vários anos de fuga no noroeste paquistanês, a Al-Qaeda decidiu escondê-lo em Abbottabad, onde mandou construir quase uma mansão.
Shaukat Qadir, um general de brigada reformado, investigou o episódio durante oito meses. Graças a suas relações com o alto escalão das Forças Armadas, pôde visitar a casa que Bin Laden ocupou e falar com os agentes que interrogaram as esposas do terrorista, presas depois da operação. Segundo Qadir, Bin Laden foi vítima de um complô da Al-Qaeda, que utilizou uma de suas esposas para colocar os americanos em seu rastro.
De acordo com Qadir, Bin Laden começou em 2001 a sofrer com uma deficiência mental, que progressivamente levou seu braço direito, o egípcio Ayman Al Zawahiri, a decidir eliminá-lo. Depois de vários anos de fuga no noroeste paquistanês, a Al-Qaeda decidiu escondê-lo em Abbottabad, onde mandou construir quase uma mansão.
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Refugiada (e vigiada) numa casa no Irã até o fim de 2010, Jairia passou, segundo o general Qadir, vários meses num campo da Al-Qaeda no Afeganistão antes de chegar a Abbottabad em março de 2011, menos de dois meses antes do ataque americano. Qadir não tem dúvidas de que foi Jairia quem traiu Bin Laden. "É o que Amal também acha e disse aos investigadores", explicou.
Ao chegar à casa, Jairia, já conhecida por seus ciúmes doentios, se instalou no primeiro andar e logo levantou suspeitas, em particular por parte de Khalid. Mencionando um depoimento de Amal a seus interrogadores, Qadir relatou que "Khalid não parava de perguntar a Jairia por que havia ido para Abbottabad e o que queria com Bin Laden". "Tenho que fazer uma última coisa por meu marido", teria respondido ela.
Sempre de acordo com o general Qadir, "Khalid, preocupado, levou ao conhecimento de seu pai os temores de uma traição". Mas Bin Laden, fatalista, teria se limitado a comentar: 'O que tiver de acontecer acontecerá".
Estaria o chefe da Al-Qaeda sentindo a aproximação da morte? De acordo com Amal, "Bin Laden tentou convencer suas outras duas mulheres a deixar a casa e fugir, mas elas quiseram ficar com ele", contou Qadir. Para o general, a Al-Qaeda e Al-Zawahiri guiaram Jairia para que orientasse os americanos a chegar à casa em Abbottabad. A interceptação, por parte dos americanos, de uma comunicação telefônica de Jairia contribuiu para convencê-los de que Bin Laden efetivamente se encontrava naquela casa.
O governo de Washington descartou qualquer complô e assegurou ter chegado até Bin Laden por seus próprios meios. O Exército do Paquistão insiste que ignorava a presença do terrorista em Abbottabad. Segundo Qadir, o Exército paquistanês também descobriu a presença de Bin Laden, mas já muito tardiamente, no final de abril, e foi surpreendido pelo ataque americano.
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