sábado, 11 de julho de 2009

Amazônia - Extrativismo não é solução para a Amazônia, diz pesquisador da Embrapa (Homma) - Claro ele é economista neoclássico

A OPINIÃO DO ALFREDO HOMMA NÃO PODIA SE DIFERENTE.
Quem interpreta de forma errada as propostas para a sustentabilidade da Amazônia deve com certeza chegar a soluções erradas. Assim tem sido o histórico debate com a economia neoclássica.

Com todo respeito que merece o pesquisador Homma pela sua experiência e seriedade com que debate o modelo para a sustentabilidade da amazônia, seu erro está na idéia de pensar que existiria "a proposta" de que o extrativismo seria "a solução" para a a sustentabilidade da Amazônia e não apenas UMA das soluções.

Por outro lado, a economia neoclássica pensa que a exploração extrativista deve ser necessáriamente regida pelas regras do mercado e que a natureza pode ser explorada a vontade, já que é um recurso que não teria valor comercial, é de graça. Esse é outro erro gritante da economia tradicional.

Veja aqui o debate de Homma sobre o tema e depois continue a leitura sobre as soluções para a sustentabilidade da amazônia, do BLOG.

A retirada de produtos da floresta, como a seiva da seringueira e a castanha-do-pará, não são economicamente viáveis a longo prazo. Essa é a opinião do engenheiro agrônomo da Embrapa Alfredo Homma, que há mais de 30 anos estuda a economia rural na Amazônia.

Segundo o pesquisador, os produtos extrativistas (retirados da natureza) tendem a ser “domesticados” em plantações quando a procura por eles é muito forte. “Na natureza há um determinado número de seringueiras, castanheiras. Para um seringueiro cortar (retirar seiva de) 450 árvores, precisa trabalhar em um espaço de 300 a 500 hectares. Essa mesma quantidade de seringueiras você pode plantar em um campo de futebol”, explica.

O extrativismo tem sido uma das principais apostas dos governos para proteger a Amazônia. No Brasil, há 49 reservas extrativistas e 65 florestas nacionais federais. Esses lugares foram criados especialmente para a retirada controlada de produtos da floresta, preservando a mata.

Aqui a matéria na íntegra

OS COMENTÁRIOS DO BLOG:

As modalidades de reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável não podem ser vistas como empreendimentos rentáveis que vão solucionar por si só a vida das comunidades. A análise econômica neoclássica, que se utiliza de instrumentos da economia tradicional para analisar a trajetória do extrativismo, não é instrumento que contribua positivamente, de forma decisiva, para avaliar as comunidades da floresta amazônica, já que estas são mais complexas e não dependem, exclusivamente, dos mecanismos de mercado para se desenvolver. Dessa forma, nas comunidades pesquisadas foi constatado que não podem ser apenas as regras do mercado as que dinamizem as economias locais. É necessária a intervenção do Estado, para fortalecer as cadeias produtivas, melhorar a competitividade, por meio de assistência técnica, capacitação tecnológica, educação e gestão, ao longo da cadeia produtiva.

Veja mais aqui sobre o tema

E aqui uma pesquisa mais ampla sobre o modelo de sustentabilidade da Amazônia

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