Uma fonte da imprensa paraense informa que as obras siderúrgica Aços Laminados do Pará (Alpa) estava suspensa, sem prazo para reinício das obras.
Logo mais embaixo, outra fonte as declarações do Presidente da VALE são diferentes, oposta. A implantação da ALPA está dentro das ações estratégicas da VALE e as obras vão continuar, inclusive anuincia investimentos para 2012. Esta última informação, em visita ao Governador Simão Jatene. A anterior, em visita ao Diretor dono do Jornal O Liberal.
Siderurgia
A
possibilidade mais palpável de verticalização da produção mineral no
Estado do Pará está suspensa por tempo indeterminado. Anunciada em 2010
pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela então governadora
Ana Júlia Carepa, a siderúrgica Aços Laminados do Pará (Alpa) estava
prevista para iniciar as operações já em 2013, mas a retirada dos
recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) para a hidrovia
Araguaia-Tocatins fez a Vale recuar e também suspender os recursos para o
empreendimento, segundo o presidente da mineradora, Murilo Ferreira,
que visitou, ontem, o presidente-executivo nas Organizações Romulo
Maiorana (ORM), Romulo Maiorana Júnior.
Murilo
Ferreira conversou sobre a siderúrgica com o governador Simão Jatene,
com quem também esteve em audiência ontem. Segundo o executivo da Vale,
não há mais previsão para continuar os investimentos na Alpa devido à
falta de garantia do governo federal sobre a obra da hidrovia. Com os
rios Tocantins e Araguaia sem navegabilidade, a chegada de carvão para
abastecer os fornos fica inviabilizado, tampouco será possível manter a
produção das lâminas de aço. 'Não depende de nós (Vale) que a obra
continue. O governo federal precisa dar garantias de que haverá o
investimento necessário para a logística. Não temos como estipular um
prazo para entregar a siderúgica', explicou.
CARGA TRIBUTÁRIA
O
número um da segunda maior mineradora do mundo também comentou sobre a
proposta de Jatene em taxar a exportação de minério no Pará como forma
de compensação ao Estado pela atividade beneficiada com a desoneração de
impostos concedida com a Lei Kandir, a Lei Complementar nº 87, de 1996.
'Vemos com muita preocupação, porque a indústria da mineração no Brasil
já é excessivamente taxada com impostos', argumenta Murilo.
O presidente da Vale, Murilo Pinto de
Oliveira Ferreira, confirmou ontem, em Belém, que a construção da
siderúrgica Aços Laminados do Pará (Alpa), no município de Marabá, é uma
decisão irreversível no planejamento da empresa. A implantação da
siderúrgica, segundo ele, nunca esteve condicionada a conveniências de
governos ou de partidos políticos. “Entendemos que esta é uma demanda da
sociedade paraense, e por isso estamos fortemente comprometidos com
esse empreendimento”, acrescentou.
Murilo Ferreira admitiu, ao mesmo tempo,
que a Vale poderá utilizar a logística ferroviária para viabilizar o
complexo siderúrgico. O transporte ferroviário, já em estudos técnicos,
passou a ser considerado como alternativa à hidrovia, em face da
indefinição, na área governamental, em torno do projeto de derrocamento
dos pedrais do rio Tocantins entre Marabá e Tucuruí. O presidente da
Vale lembrou que a empresa já tem uma ferrovia pronta, e que chega
praticamente a Marabá. “Nós só teríamos que fazer uma pêra ferroviária”.
Acrescentou que a Vale pretende investir
cerca de US$ 21,4 bilhões no ano que vem, mas fez questão de esclarecer
que esse valor, ao contrário do que tem sido divulgado, não representa
uma redução dos investimentos da empresa. Destacou que a Vale investiu
US$ 9 bilhões em 2009, chegou à casa de US$ 13 bilhões em 2010, e deverá
fechar o ano de 2011 em torno de US$ 18 bilhões. O que aconteceu,
conforme frisou, é que na previsão feita no ano passado para 2011 se
falava em investimentos de US$ 24 bilhões, valor que acabou reduzido.
Explicou o presidente da Vale que esse
descompasso se deveu ao fato de que nas previsões se incluíam projetos
que ainda não estavam aprovados pelo Conselho de Administração da
empresa e que nem mesmo tinham ainda o licenciamento ambiental. Para
evitar isso, destacou que a Vale decidiu fazer o seu orçamento somente
com os eventos já autorizados pelo Conselho e com licença ambiental na
mão. “Então, o valor parece menor que a previsão. Mas, em relação ao
dispêndio, ao investimento realizado este ano, ele vai ser superior”,
esclareceu.
INVESTIMENTOS
Murilo Ferreira reafirmou também que a Vale mantém inalterados os investimentos previstos para a área de ferro. No último sábado, coincidindo com a estada dele em Carajás, a mina pioneira de Parauapebas atingiu a marca histórica de 100 milhões de toneladas/ano. A partir de 2016, com a ampliação de Carajás e a abertura de duas novas minas – a de Serra Leste, em Curionópolis, e a S11D, em Canaã dos Carajás –, ele disse que a Vale espera elevar a sua produção no Pará para 230 milhões de toneladas. Só a mina S11D, com entrada em operação prevista para 2016, vai produzir cerca de 90 milhões de toneladas por ano.
Murilo Ferreira reafirmou também que a Vale mantém inalterados os investimentos previstos para a área de ferro. No último sábado, coincidindo com a estada dele em Carajás, a mina pioneira de Parauapebas atingiu a marca histórica de 100 milhões de toneladas/ano. A partir de 2016, com a ampliação de Carajás e a abertura de duas novas minas – a de Serra Leste, em Curionópolis, e a S11D, em Canaã dos Carajás –, ele disse que a Vale espera elevar a sua produção no Pará para 230 milhões de toneladas. Só a mina S11D, com entrada em operação prevista para 2016, vai produzir cerca de 90 milhões de toneladas por ano.
Na área do cobre, Murilo Ferreira
confirmou para o segundo trimestre do ano que vem a entrada em operação,
no município de Marabá, do Projeto Salobo, cujo cronograma sofreu um
ligeiro atraso provocado por problemas – já superados, diz o presidente
da Vale – com uma das empresas construtoras. O empreendimento entrará na
segunda fase em 2013. A partir do ano que vem, com dois projetos em
produção – o Salobo e mais a mina do Sossego, inaugurada em 2004 no
município de Canaã dos Carajás, a Vale vai produzir 220 mil
toneladas/ano de concentrado de cobre.
Resumo
Acompanharam Murilo Ferreira durante a visita o presidente da Alpa, José Carlos Soares, o diretor global de energia, João Pinto Coral Neto, o gerente geral de relações com as comunidades norte e nordeste, Paulo Ivan Campos, e o gerente de relacionamento institucional da empresa no Pará, José Fernando Gomes Júnior. Eles foram recebidos pelos jornalistas Jader Barbalho Filho, presidente do DIÁRIO DO PARÁ, e Camilo Centeno, diretor geral do Grupo RBA. (Diário do Pará)
Acompanharam Murilo Ferreira durante a visita o presidente da Alpa, José Carlos Soares, o diretor global de energia, João Pinto Coral Neto, o gerente geral de relações com as comunidades norte e nordeste, Paulo Ivan Campos, e o gerente de relacionamento institucional da empresa no Pará, José Fernando Gomes Júnior. Eles foram recebidos pelos jornalistas Jader Barbalho Filho, presidente do DIÁRIO DO PARÁ, e Camilo Centeno, diretor geral do Grupo RBA. (Diário do Pará)
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