Ignácio Ramonet
O que é que agrava tão letalmente a velha decadência da imprensa escrita quotidiana? Um fator conjuntural: a crise econômica global que provoca a redução da publicidade e a restrição do crédito. E que, no momento mais inoportuno, se veio somar aos males estruturais do setor: a mercantilização da informação, o apego à publicidade, a perda de credibilidade, a queda de subscritores, a competência da imprensa gratuita, o envelhecimento dos leitores... Dezenas de diários estão em queda. Nos Estados Unidos já fecharam pelo menos cento e vinte. E o tsunami golpeia agora a Europa. O artigo é de Ignácio Ramonet.
O desastre é enorme. Dezenas de diários estão em queda. Nos Estados Unidos já fecharam pelo menos cento e vinte. E o tsunami golpeia agora a Europa. Nem sequer se salvam os outrora considerados "jornais de referência": El País em Espanha, Le Monde em França, The Times e The Independent no Reino Unido, Corriere della Sera e La Repubblica em Itália, etc.
Todos eles acumulam fortes perdas económicas, baixa da difusão e queda da publicidade (1).
(1) Inés Hayes, "En quiebra los principales diarios del mundo", América XXI, Caracas, Abril de 2009.
Veja a matéria na íntegra na carta maior Aqui
Amazônia, meio ambiente, ecologia, biodiversidade, desenvolvimento sustentável, ciência e tecnologia, incubadoras e parques tecnológicos, política nacional e internacional - Amazonia, the environment, ecology, biodiversity, sustainable development, science and technology, incubators and technology parks, national and international policy
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Círio de Nazaré - Largada para o Círio 2009
Amazônia Jornal
07/10/09
A Basílica Santuário de Nazaré foi palco, ontem à noite, da abertura oficial da Festividade de Nossa Senhora de Nazaré 2009. A programação itinerante começou com uma bênção na igreja, seguida de apresentação musical na Praça Santuário (CAN) e encerrada na Casa do Plácido, espaço que acolhe romeiros, devotos e turistas que vêm até Belém para a Festividade, com homenagens e premiações. Especialmente para esta abertura, que deveria acontecer na próxima quinta-feira, mas foi antecipada para ontem, houve a inauguração da iluminação da Basílica e dos dois arcos instalados às proximidades da igreja. A decoração das estruturas metálicas começou no mês de setembro e já é fixa nas esquinas da avenida Generalíssimo Deodoro e da travessa 14 de Março, há dois anos.
Segundo a Diretoria da Festa, a peça faz alusão ao cartaz do Círio 2009, que tem como tema 'Em Maria, a palavra se fez carne' e, ainda conta com algumas novidades técnicas. 'Como sempre, nós mudamos a plotagem de acordo com o novo tema. Mas este ano resolvemos deixar o arco mais transparente e utilizar uma iluminação in led, que fica mudando de cores a cada segundo', declarou Antônio Salame, diretor de patrimônio da Festa de Nazaré.
As luzes que ornamentam a Basílica também passaram por manutenção e foram reapresentadas aos fiéis em meio a um show pirotécnico. A governadora do Estado Ana Júlia Carepa e o prefeito do município Duciomar Costa estavam presentes, juntamente com outras autoridades de entidades públicas e privadas.
Além da iluminação, uma das novidades deste ano está na participação da Banda Sinfônica do Corpo de Fuzileiros Navais como parte integrante da programação católica. Composto por 110 músicos da Companhia de Bandas do Batalhão Naval do Rio de Janeiro, com 85 executantes e 25 vozes, dentre oficiais regentes, suboficiais e sargentos fuzileiros navais, o grupo já esteve na capital paraense em 2004, mas nunca com a formação oficial. A sinfonia interpretou várias canções católicas e sucessos da música clássica na Concha Acústica da Praça Santuário.
De acordo com monsenhor Raimundo Possidônio, administrador diocesano, a solenidade de abertura se contitui em um momento de oração, onde autoridades, entidades parceiras e cidadãos pedem proteção à padroeira da cidade, mas principalmente agradecem pela possibilidade de poder dar vida a uma das maiores manifestações religiosas da América Latina. 'Este é um momento em que as autoridades e nós devemos pedir luzes para essa mais nova caminhada que está se abrindo. E, para que a mesma possa envolver e emocionar muito mais pessoas. A abertura da Festa de Nossa Senhora é o início de toda a programação', explicou o administrador diocesano, que ministrou a bênção no interior da Basílica junto ao arcebispo emérito de Belém, dom Vicente Zico.
07/10/09
A Basílica Santuário de Nazaré foi palco, ontem à noite, da abertura oficial da Festividade de Nossa Senhora de Nazaré 2009. A programação itinerante começou com uma bênção na igreja, seguida de apresentação musical na Praça Santuário (CAN) e encerrada na Casa do Plácido, espaço que acolhe romeiros, devotos e turistas que vêm até Belém para a Festividade, com homenagens e premiações. Especialmente para esta abertura, que deveria acontecer na próxima quinta-feira, mas foi antecipada para ontem, houve a inauguração da iluminação da Basílica e dos dois arcos instalados às proximidades da igreja. A decoração das estruturas metálicas começou no mês de setembro e já é fixa nas esquinas da avenida Generalíssimo Deodoro e da travessa 14 de Março, há dois anos.
Segundo a Diretoria da Festa, a peça faz alusão ao cartaz do Círio 2009, que tem como tema 'Em Maria, a palavra se fez carne' e, ainda conta com algumas novidades técnicas. 'Como sempre, nós mudamos a plotagem de acordo com o novo tema. Mas este ano resolvemos deixar o arco mais transparente e utilizar uma iluminação in led, que fica mudando de cores a cada segundo', declarou Antônio Salame, diretor de patrimônio da Festa de Nazaré.
As luzes que ornamentam a Basílica também passaram por manutenção e foram reapresentadas aos fiéis em meio a um show pirotécnico. A governadora do Estado Ana Júlia Carepa e o prefeito do município Duciomar Costa estavam presentes, juntamente com outras autoridades de entidades públicas e privadas.
Além da iluminação, uma das novidades deste ano está na participação da Banda Sinfônica do Corpo de Fuzileiros Navais como parte integrante da programação católica. Composto por 110 músicos da Companhia de Bandas do Batalhão Naval do Rio de Janeiro, com 85 executantes e 25 vozes, dentre oficiais regentes, suboficiais e sargentos fuzileiros navais, o grupo já esteve na capital paraense em 2004, mas nunca com a formação oficial. A sinfonia interpretou várias canções católicas e sucessos da música clássica na Concha Acústica da Praça Santuário.
De acordo com monsenhor Raimundo Possidônio, administrador diocesano, a solenidade de abertura se contitui em um momento de oração, onde autoridades, entidades parceiras e cidadãos pedem proteção à padroeira da cidade, mas principalmente agradecem pela possibilidade de poder dar vida a uma das maiores manifestações religiosas da América Latina. 'Este é um momento em que as autoridades e nós devemos pedir luzes para essa mais nova caminhada que está se abrindo. E, para que a mesma possa envolver e emocionar muito mais pessoas. A abertura da Festa de Nossa Senhora é o início de toda a programação', explicou o administrador diocesano, que ministrou a bênção no interior da Basílica junto ao arcebispo emérito de Belém, dom Vicente Zico.
Amazônia - Quatro frigoríficos gigantes aceitam ajudar no combate ao desmatamento na Amazônia
Alexei Barrionuevo
No Rio de Janeiro
Os grupos ambientais saudaram a decisão, nesta semana, de quatro dos maiores produtores de carne do mundo de proibir a compra de gado de áreas recém-desmatadas da Amazônia brasileira.
Em uma coletiva de imprensa na segunda-feira, em São Paulo, organizada pelo Greenpeace, os quatro frigoríficos - Bertin, JBS-Friboi, Marfrig e Minerva - concordaram em apoiar o pedido do Greenpeace para colocar um fim ao desmatamento.
O Brasil conta com o maior rebanho bovino do mundo e é o maior exportador de carne bovina do mundo, mas também é o quarto maior produtor de emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa. Estima-se que a destruição das florestas tropicais ao redor do mundo sejam responsáveis por cerca de 20% das emissões globais de gases do efeito estufa.
O Greenpeace argumenta que a indústria de carne bovina na Amazônia é a maior responsável pelo desmatamento global. Mas o governo brasileiro, ao mesmo tempo que busca metas ambiciosas para deter o desmatamento na Amazônia, também é um grande financiador e acionista das empresas de carne bovina e couro que lucram com o gado criado nas áreas da Amazônia que foram destruídas, frequentemente de forma ilegal, segundo o Greenpeace.
Os quatro frigoríficos concordaram na segunda-feira em monitorar suas cadeias de fornecedores e estabelecer metas claras para o registro das fazendas que fornecem o gado, tanto direta quanto indiretamente. Eles também disseram que conceberão medidas para colocar um fim à compra de gado de áreas indígenas ou protegidas, e de fazendas que usam o trabalho escravo.
Grupos ambientais chamaram a decisão de um grande passo à frente para a proteção climática.
"Este acordo mostra que no mundo atual, alguém que deseja ser um agente global não pode ser associado ao desmatamento e ao trabalho escravo", disse Marcelo Furtado, diretor executivo do Greenpeace no Brasil.
O acordo ocorreu após a divulgação, em junho, de um relatório do Greenpeace, "A Farra do Boi na Amazônia", que detalhava a ligação entre a destruição da floresta e a expansão da criação de gado na Amazônia.
Leia a matéria na íntegra Aqui
No Rio de Janeiro
Os grupos ambientais saudaram a decisão, nesta semana, de quatro dos maiores produtores de carne do mundo de proibir a compra de gado de áreas recém-desmatadas da Amazônia brasileira.
Em uma coletiva de imprensa na segunda-feira, em São Paulo, organizada pelo Greenpeace, os quatro frigoríficos - Bertin, JBS-Friboi, Marfrig e Minerva - concordaram em apoiar o pedido do Greenpeace para colocar um fim ao desmatamento.
O Brasil conta com o maior rebanho bovino do mundo e é o maior exportador de carne bovina do mundo, mas também é o quarto maior produtor de emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa. Estima-se que a destruição das florestas tropicais ao redor do mundo sejam responsáveis por cerca de 20% das emissões globais de gases do efeito estufa.
O Greenpeace argumenta que a indústria de carne bovina na Amazônia é a maior responsável pelo desmatamento global. Mas o governo brasileiro, ao mesmo tempo que busca metas ambiciosas para deter o desmatamento na Amazônia, também é um grande financiador e acionista das empresas de carne bovina e couro que lucram com o gado criado nas áreas da Amazônia que foram destruídas, frequentemente de forma ilegal, segundo o Greenpeace.
Os quatro frigoríficos concordaram na segunda-feira em monitorar suas cadeias de fornecedores e estabelecer metas claras para o registro das fazendas que fornecem o gado, tanto direta quanto indiretamente. Eles também disseram que conceberão medidas para colocar um fim à compra de gado de áreas indígenas ou protegidas, e de fazendas que usam o trabalho escravo.
Grupos ambientais chamaram a decisão de um grande passo à frente para a proteção climática.
"Este acordo mostra que no mundo atual, alguém que deseja ser um agente global não pode ser associado ao desmatamento e ao trabalho escravo", disse Marcelo Furtado, diretor executivo do Greenpeace no Brasil.
O acordo ocorreu após a divulgação, em junho, de um relatório do Greenpeace, "A Farra do Boi na Amazônia", que detalhava a ligação entre a destruição da floresta e a expansão da criação de gado na Amazônia.
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Amazônia - Ruralistas acirram briga pelo novo Código Florestal
A bancada ruralista da Câmara decidiu "tratorar" a oposição de parlamentares ambientalistas na comissão especial de reforma do Código Florestal Brasileiro. Os ruralistas conseguiram apoio de Anselmo de Jesus (PT-RO) ao bloco que controlará a comissão.
Indicado pela maioria, o deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR) presidirá os trabalhos e, assim que assumir o cargo, deve nomear Aldo Rebelo (PCdoB-SP) como relator da comissão. O deputado Homero Pereira (PR-MT) cedeu a vaga de 1º vice-presidente a Anselmo. "É um absurdo querer mudar para pior o Código Florestal às vésperas da reunião de Copenhague", afirmou o deputado Sarney Filho (PV-MA), em referência à cúpula da ONU sobre mudanças climáticas, em dezembro, na Dinamarca.
Em clima de confronto aberto com ambientalistas e os líderes de PV e PSOL, os ruralistas apelaram ontem até ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), para que ele conduzisse pessoalmente a eleição dos membros da nova comissão. Convidado, Temer declinou, mas decidirá uma "questão de ordem" levantada pelo PV em plenário sobre os critérios para a composição da comissão especial.
Em discurso no plenário da Câmara, o líder "verde" Edson Duarte (BA) questionou a distribuição dos cargos em "desacordo" com o regimento interno da Câmara. Segundo ele, o grupo deveria ser composto por metade de parlamentares titulares das oito comissões permanentes pelas quais a reforma do Código Florestal teria que passar em situações normais. "Pelo menos quatro comissões não estão aqui representadas", protestou.
Pelo regimento, Michel Temer terá que responder ao questionamento. Nos bastidores, informa-se que Temer rejeitará a questão de ordem e abrirá caminho para a eleição imediata dos dirigentes da nova comissão. "Se não tem acordo, vamos para o voto. É ruim esse clima de divisão antes mesmo das discussões de mérito, mas não há outra solução", disse o deputado Waldemir Moka (PMDB-MS).
A instalação da comissão especial, na semana passada, serviu de palco para acusações, xingamentos e ameaças dos dois grupos parlamentares. Os ruralistas queriam emplacar Homero Pereira na relatoria, mas os ambientalistas protestaram. Em seguida, tentou-se um acordo para garantir Aldo Rebelo no cargo, mas os ambientalistas novamente rejeitaram o acordo, acusando Rebelo de estar mais próximo das teses ruralistas. "Agora, eles vão ter que aceitar a derrota", disse o deputado Abelardo Lupion (DEM-PR), que contabilizava ontem "ao menos" 12 votos para os ruralistas.
A comissão condensará quase 400 projetos de lei em tramitação na Câmara para tentar proposta única para as leis ambientais. A questão virou bandeira eleitoral porque um decreto presidencial fixou o dia 11 de dezembro como prazo final para adequação de todas as 5,17 milhões de propriedades rurais do país ao atual código.
Os ruralistas querem regras mais brandas, como delegar as leis ambientais aos Estados, liberar áreas de preservação permanente (APPs) em topos de morro e várzeas ao plantio, isentar áreas da obrigação de manter reserva legal, permitir a compensação florestal em regiões fora da bacia hidrográfica, além de perdoar multas por irregularidades passadas.
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Indicado pela maioria, o deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR) presidirá os trabalhos e, assim que assumir o cargo, deve nomear Aldo Rebelo (PCdoB-SP) como relator da comissão. O deputado Homero Pereira (PR-MT) cedeu a vaga de 1º vice-presidente a Anselmo. "É um absurdo querer mudar para pior o Código Florestal às vésperas da reunião de Copenhague", afirmou o deputado Sarney Filho (PV-MA), em referência à cúpula da ONU sobre mudanças climáticas, em dezembro, na Dinamarca.
Em clima de confronto aberto com ambientalistas e os líderes de PV e PSOL, os ruralistas apelaram ontem até ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), para que ele conduzisse pessoalmente a eleição dos membros da nova comissão. Convidado, Temer declinou, mas decidirá uma "questão de ordem" levantada pelo PV em plenário sobre os critérios para a composição da comissão especial.
Em discurso no plenário da Câmara, o líder "verde" Edson Duarte (BA) questionou a distribuição dos cargos em "desacordo" com o regimento interno da Câmara. Segundo ele, o grupo deveria ser composto por metade de parlamentares titulares das oito comissões permanentes pelas quais a reforma do Código Florestal teria que passar em situações normais. "Pelo menos quatro comissões não estão aqui representadas", protestou.
Pelo regimento, Michel Temer terá que responder ao questionamento. Nos bastidores, informa-se que Temer rejeitará a questão de ordem e abrirá caminho para a eleição imediata dos dirigentes da nova comissão. "Se não tem acordo, vamos para o voto. É ruim esse clima de divisão antes mesmo das discussões de mérito, mas não há outra solução", disse o deputado Waldemir Moka (PMDB-MS).
A instalação da comissão especial, na semana passada, serviu de palco para acusações, xingamentos e ameaças dos dois grupos parlamentares. Os ruralistas queriam emplacar Homero Pereira na relatoria, mas os ambientalistas protestaram. Em seguida, tentou-se um acordo para garantir Aldo Rebelo no cargo, mas os ambientalistas novamente rejeitaram o acordo, acusando Rebelo de estar mais próximo das teses ruralistas. "Agora, eles vão ter que aceitar a derrota", disse o deputado Abelardo Lupion (DEM-PR), que contabilizava ontem "ao menos" 12 votos para os ruralistas.
A comissão condensará quase 400 projetos de lei em tramitação na Câmara para tentar proposta única para as leis ambientais. A questão virou bandeira eleitoral porque um decreto presidencial fixou o dia 11 de dezembro como prazo final para adequação de todas as 5,17 milhões de propriedades rurais do país ao atual código.
Os ruralistas querem regras mais brandas, como delegar as leis ambientais aos Estados, liberar áreas de preservação permanente (APPs) em topos de morro e várzeas ao plantio, isentar áreas da obrigação de manter reserva legal, permitir a compensação florestal em regiões fora da bacia hidrográfica, além de perdoar multas por irregularidades passadas.
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Economia - Brasil cansou de ser emergente
O Brasil irá organizar a Copa do Mundo de futebol em 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Muitos analistas, ao comentar as votações dos membros do Comitê Olímpico Internacional em Copenhague, na sexta-feira passada, destacaram que, mais que as características técnicas do projeto olímpico do Rio de Janeiro, se premiou a situação geoestratégica brasileira (serão jogos de todo um continente, a América Latina) e a pujança econômica ascendente desse gigantesco país cada vez mais emergente e menos terceiro-mundista.
Se isso fosse assim, tratar-se-ia de uma manifestação muito plástica do deslocamento do poder no mundo dos Estados Unidos, da Europa e do Japão para as novas realidades emergentes. Apenas dois dias antes, o G-20, reunido em Pittsburgh, havia enterrado o clube dos oito países mais ricos do mundo (G-8) e o substituiu por outro em que estão presentes os principais países em decolagem, Brasil, Rússia, Índia e China (BRIC). No ponto 18 da Declaração de Pittsburgh se diz: “Designamos o G-20 para ser o principal fórum da nossa cooperação econômica internacional. Estabelecemos o Fórum de Estabilidade Financeira para incluir assim as principais economias emergentes e dar as boas-vindas aos esforços para coordenar e supervisionar programas de fortalecimento da regulação financeira”.
Conscientes de seu novo papel no mundo, faz apenas três meses que os países BRIC se constituíram em um novo fórum de defesa de seus interesses. Os dirigentes dos quatro países citados se reuniram em Ekaterimburgo (Rússia) e colocaram sobre a mesa seu formidável potencial: representam quase a metade da população mundial, um quarto do PIB mundial, 40% de toda a superfície, e 65% de todo o crescimento destes anos. O disímil destas porcentagens manifesta a desigualdade no mundo, que os emergentes denunciam com a sua simples presença. Os BRIC querem ter representação na direção do Fundo Monetário Internacional (sempre europeia) ou do Banco Mundial (sempre norte-americana), pretendem mudar o funcionamento do Conselho de Segurança da ONU, e inclusive fazem tentativas para o que seria uma verdadeira revolução monetária no mundo, da qual se fala cada vez mais: a substituição do dólar como moeda de reserva mundial e sua substituição por uma cesta de moedas, mais além da divisa norte-americana e do euro.
Mas Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, quer ir mais longe. Quando foi eleito para um segundo e último mandato (por enquanto suportou melhor que outros presidentes latino-americanos a tendência irresistível de mudar a Constituição para poder ser reeleito ao menos mais uma vez), declarou: “Estamos cansados de ser uma potência emergente”. Ou seja, quer que o Brasil passe à categoria de país desenvolvido, sem retroceder. Esta ambição o fará passar à história. Nos sete anos que está na presidência, Lula fez avançar muito o seu país: sairá da recessão no pelotão de frente (no segundo trimestre de 2009, o PIB já cresceu); suas porcentagens de crescimento ao longo do período foram muito superiores aos das duas décadas anteriores; a pobreza extrema foi reduzida de 35% em 2001 para 24,1% em 2008; quatro milhões de cidadãos deixaram a linha da pobreza e se incorporaram a classes médias que já superam 50% da população total… O lado obscuro desses mesmos números indica tudo o que ainda resta por fazer em matéria de desigualdade, pobreza, insegurança cidadã, poluição ambiental, corrupção e, como refletia nestas mesmas páginas o pesquisador Clóvis Brigagao, “uma baixa institucionalidade política”.
Em termos de progresso e bem-estar não há dúvida de que Lula e seu predecessor, Fernando Henrique Cardoso, foram muito positivos para o Brasil, cuja economia é a 9ª maior do mundo (maior que a espanhola), mas cujo potencial de crescimento - ajudado pelo maná das gigantescas reservas de petróleo submarinas, recentemente descobertas - pode ajudá-la a escalar, no prazo de uma década, à quinta ou sexta posição do planeta.
O futuro do Brasil, com suas luzes e sombras, determinará sem dúvida o futuro da América Latina, já que sua economia é nada menos que a metade da região.
* A reportagem é de Joaquín Estefanía e está publicada no jornal El País, 5-10-2009. A tradução é do Cepat.
Fonte: IHU On-line
Envolverde
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Esporte - Antes de destruir definitivamente a seleção argentina Maradona da um fora!!!
O técnico da seleção argentina de futebol, Diego Maradona, disse nesta terça-feira que pode deixar o cargo. Se não deixar esse cargo absurdo, ele destruirá a seleção. Podem registrar, a seleção dificilmente ganhará de Uruguai (comentários do blog).
As declarações de Maradona foram feitas diante das câmeras de televisão, numa entrevista após o treino da seleção argentina.
"Vou avaliar se vou continuar", afirmou Maradona, sugerindo que sua saída poderia ocorrer após a partida contra o Uruguai, marcada para a semana que vem.
O ex-craque argentino não deu detalhes ou mais informações sobre o que teria gerado sua insatisfação.
Bilardo
A Argentina joga neste sábado, em Buenos Aires, contra a seleção peruana. A seleção, dirigida por Maradona, ainda não foi classificada para a Copa de 2010, na África do Sul, e depende das duas partidas - contra Peru e Uruguai.
Na semana passada, Maradona negou informações da imprensa argentina de que sua relação com o auxiliar técnico da seleção e ex-técnico da mesma azul e branco, Carlos Bilardo, não estavam bem.
"Aqui sou eu quem decide. Se a seleção for bem, a responsabilidade é minha. E se for mal, é minha também", disse ele.
Recentemente, o time argentino perdeu para o Brasil e para o Paraguai.
Logo depois, Maradona embarcou para uns dias de folga em um spa italiano, onde a polícia fiscal da Itália determinou o confisco de seus brincos de diamante, como informaram as TVs argentinas, devido a uma antiga dívida com o fisco local.
A dívida teria sido feita nos tempos em que Maradona foi jogador na Itália.
Leia mais no UOL NOTÍCIAS aqui
As declarações de Maradona foram feitas diante das câmeras de televisão, numa entrevista após o treino da seleção argentina.
"Vou avaliar se vou continuar", afirmou Maradona, sugerindo que sua saída poderia ocorrer após a partida contra o Uruguai, marcada para a semana que vem.
"Meu compromisso é com os jogadores (Nem com eles). Mas existem coisas que não me agradam. Tenho tudo (anotado) no computador para falar e para decidir se sigo ou não com minhas condições", afirmou. Ainda quer mais, teve todas as condições possíveis para treinar e preparar um time competitivo e nada fez só lari,lari e na hora de jogar, apanhou até por baixo da lingua.
Ele disse que ao assumir a cadeira de técnico "era o homem mais feliz do mundo", mas depois, ressaltou, as "coisas mudaram".O ex-craque argentino não deu detalhes ou mais informações sobre o que teria gerado sua insatisfação.
Bilardo
A Argentina joga neste sábado, em Buenos Aires, contra a seleção peruana. A seleção, dirigida por Maradona, ainda não foi classificada para a Copa de 2010, na África do Sul, e depende das duas partidas - contra Peru e Uruguai.
Na semana passada, Maradona negou informações da imprensa argentina de que sua relação com o auxiliar técnico da seleção e ex-técnico da mesma azul e branco, Carlos Bilardo, não estavam bem.
"Aqui sou eu quem decide. Se a seleção for bem, a responsabilidade é minha. E se for mal, é minha também", disse ele.
Recentemente, o time argentino perdeu para o Brasil e para o Paraguai.
Logo depois, Maradona embarcou para uns dias de folga em um spa italiano, onde a polícia fiscal da Itália determinou o confisco de seus brincos de diamante, como informaram as TVs argentinas, devido a uma antiga dívida com o fisco local.
A dívida teria sido feita nos tempos em que Maradona foi jogador na Itália.
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Eleições - A Marta não gostou do Ciro o PT terá candidato próprio em São Paulo
O PT paulista definiu ontem, depois de reunião, que vai iniciar a "construção" de um candidato próprio ao governo do Estado para a eleição de 2010.
A decisão tomada pela Executiva do partido contraria os interesses do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já manifestou o desejo de ver o deputado federal Ciro Gomes (PSB-SP) à frente de uma chapa, com o apoio do PT, na disputa pela sucessão do governador José Serra (PSDB).
"Há uma percepção [no partido] de que a candidatura Ciro não tem a ver com São Paulo", afirmou Marta Suplicy, ex-prefeita da capital paulista e ex-ministra do Turismo, ao deixar ontem a reunião da Executiva.
Ela lidera atualmente, com o apoio de duas correntes, o partido na capital e no interior.
Na sexta-feira passada, a pedido de Lula, Ciro transferiu seu domicílio eleitoral do Ceará para São Paulo.
"O PT é a favor de ter uma candidatura própria, isso é quase uma unanimidade. Ficou claríssimo nessa reunião", disse Marta, que declarou apoio ao deputado federal e ex-ministro petista Antonio Palocci, que participou da reunião.
"Por que nós vamos ficar aguardando o Ciro decidir se vai disputar a Presidência ou o governo do Estado?", questionou o prefeito de Osasco, Emidio de Souza, um dos pré-candidatos, junto de Palocci, ao Palácio dos Bandeirantes (veja quadro nesta página).
Na reunião, os deputados federais José Genoino e Candido Vaccarezza, líder do governo na Câmara, defenderam que o partido espere Ciro Gomes se decidir, mas também concordaram, ao final, que era preciso "construir uma candidatura", que será apresentada aos aliados entre o final deste ano e o início do próximo.
"Ciro mudou o domicílio eleitoral dele para São Paulo [conforme requer a lei caso ele queira disputar o governo], mas declara sistematicamente que quer ser candidato a presidente. Nós precisamos nos preparar e iniciar um processo de construção de uma candidatura para apresentá-la aos aliados", afirmou Ricardo Berzoini, presidente nacional da sigla.
Estratégia nacional
Duas teses predominaram na reunião de ontem. O grupo favorável à candidatura própria, majoritário, defendeu que, caso Ciro decida concorrer à Presidência, poderá ajudar a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata do PT e de Lula ao Planalto.
Lula, em conversas com o partido e aliados, tem repetido que gostaria de transformar o pleito de 2010 para presidente em um plebiscito entre os que desejam a continuidade de seu projeto e os que querem a volta do PSDB, com Serra ou Aécio Neves (governador de Minas).
Por esse raciocínio do presidente, Ciro, um aliado do Planalto, deveria ficar fora da corrida presidencial.
"Há muitas percepções diferentes, inclusive a de que uma eventual candidatura Ciro [a presidente] pode ajudar a ter segundo turno", disse Marta. Serra, segundo as pesquisas, lidera em todos os cenários.
Marta também criticou o partido de Ciro: "Não temos que fechar a porta, mas acho que o PSB nunca fez um caminho de flores para nós". Na Assembleia do Estado, o PSB compõe a base de Serra.
Os cotados até agora para concorrer ao Bandeirantes começarão a ser ouvidos pela direção petista já neste mês. A partir de 1º de novembro, cada corrente ou grupo de filiados poderá indicar um nome.
"É preciso ter unidade na construção da nossa estratégia. Mesmo o grupo pró-Ciro entendeu que nós devemos ter uma liderança", disse Edinho Silva, presidente do PT-SP.
Palocci não conversou com os jornalistas. Mas, internamente, reiterou estar disposto a "contribuir" com o partido.
Leia matéria na íntegra na Folha de S.Paulo Aqui
Mudança climática - Marina não perde oportunidade para falar do meio ambiente....
Financial Times
Jonathan Wheatley
Em São Paulo (Brasil)
Faltando pouco para a conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre alteração climática, em dezembro, a ex-ministra do Meio Ambiente do Brasil atacou as políticas governamentais brasileiras.
Marina Silva, que renunciou ao ministério no ano passado por acreditar que outros ministros não levavam as questões ambientais a sério, disse que o governo de esquerda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria liderar, baseado no exemplo, durante a reunião de cúpula de Copenhague.
Ela acredita que o Brasil deveria adotar metas para a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa como parte de iniciativas globais para fazer pressões pela redução dos índices de desmatamento e pela diminuição das emissões industriais por parte dos países ricos.
"Nós precisamos garantir que o Brasil se comprometa com metas, mas estas metas têm que ser globais - elas não devem se restringir à redução do desmatamento, mas precisam cobrir também todos os setores que produzem emissões", disse a ex-ministra ao "Financial Times".
O Brasil deverá se comprometer a reduzir o índice atual de desmatamento em 80% até 2020, mas não se sabe se o país aceitará metas de redução de emissões de carbono.
Marina Silva, uma filha de seringueiro que se tornou uma das principais figuras do movimento ambientalista global, argumenta que as metas de redução das emissões de gases causadores do efeito estufa deveriam ser parte de um compromisso mais amplo de mudança do modelo econômico tanto nos países desenvolvidos como nos em desenvolvimento. Mas ela acredita que o governo carece da visão necessária para modificar a forma como aborda a questão do desenvolvimento.
"O Brasil e os outros países precisam tornar o meio ambiente e o desenvolvimento partes da mesma equação e não podem continuar pensando que esses dois conceitos são conflitantes", disse ela. "Não existe no mundo nenhum exemplo a ser seguido. O Brasil precisa liderar pelo exemplo."
Marina Silva, que cresceu em uma família de 11 filhos, se mudou para a cidade de Rio Branco aos 16 anos para tratar de uma hepatite. Ela frequentou a escola enquanto trabalhava como empregada doméstica e pretendia se tornar freira. Em vez disso, Marina acabou entrando para a política, tendo ajudado a fundar o Partido dos Trabalhadores (PT) do presidente Lula da Silva.
A sua dedicação às questões ambientais fizeram com que fosse reconhecida internacionalmente. Mas em agosto deste ano ela deixou o partido governista em protesto contra um dos vários escândalos de corrupção e entrou para o Partido Verde. Ela deverá ser a candidata verde nas eleições presidenciais do ano que vem.
As nações em desenvolvimento têm resistido às pressões para que se comprometam a reduzir emissões, argumentando que as nações ricas deveriam a liderança quanto a essa iniciativa. Mas o Brasil começou a aceitar a ideia de assumir tal compromisso, especialmente porque ele foi fundamental, quando Marina Silva era a ministra do Meio Ambiente, para persuadir outros países de que o combate ao desmatamento deveria ser considerado uma contribuição para a redução de emissões.
Leia a matéria na íntegra no UOL Aqui
Mudança climática - Lula pede à ONU levantamento sobre emissões de gás carbônico em todos os países
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta segunda-feira (5) que a ONU (Organização das Nações Unidas) faça um levantamento das emissões de gás carbônico em todos os países e que cada um assuma sua responsabilidade no aquecimento global. Ele falou ao chegar à capital sueca, onde participa amanhã (6) da reunião de cúpula entre o Brasil e a União Europeia.
Lula disse que, que a partir do levantamento ambiental, será possível saber quanto cada um vai ter que reflorestar, ou diminuir nas emissões de gases. Ele defendeu a criação de um fundo de compensação com essa finalidade. Para o presidente, não é justo que os países mais ricos continuem a consumir muito às custas da poluição do planeta.
O presidente defendeu também a democratização da ONU e insistiu em um assento permanente no Conselho de Segurança da organização para o Brasil. Lula disse que a proposta está madura e qie agora é uma questão de tempo para o Brasil ocupar uma vaga no conselho.
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Lula disse que, que a partir do levantamento ambiental, será possível saber quanto cada um vai ter que reflorestar, ou diminuir nas emissões de gases. Ele defendeu a criação de um fundo de compensação com essa finalidade. Para o presidente, não é justo que os países mais ricos continuem a consumir muito às custas da poluição do planeta.
O presidente defendeu também a democratização da ONU e insistiu em um assento permanente no Conselho de Segurança da organização para o Brasil. Lula disse que a proposta está madura e qie agora é uma questão de tempo para o Brasil ocupar uma vaga no conselho.
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segunda-feira, 5 de outubro de 2009
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