terça-feira, 21 de abril de 2009

LITERATURA - NOVO LIVRO DE SARAMAGO SERÁ LANÇADO EM PORTUGAL

Caderno de Saramago: o livro do blogue

Há que ver as coisas em que se mete este Saramago: pois não é que nos vem agora, na sua idade, com essa cara de homem sério, duro, de pessoa que não está para brincadeiras, com um blogue diário? Será que este homem não tem cura e necessita estar todo o dia maquinando na sua máquina? Outro livro de Saramago? Mas se ainda há tão pouco tempo apareceu “a Viagem do Elefante”, vamos, há tão pouco que ainda anda por aí, inclusive caminha nesta mesma página, e o faz em diferentes idiomas, embora não pareça ter chegado a Viena, donde creio que o querem meter numa ópera, já veremos…

Ou seja, este Saramago não pára, escreve à velocidade que outros necessitam para ler, de modo que vamos encontrar-nos de novo, escritor e leitores, por agora em Portugal, a partir de 23 de Abril, Dia Mundial do Livro, em Maio em Espanha nas edições em catalão e castelhano, paulatinamente nos países americanos que se expressam em português e espanhol, e, para depois do Verão, primeiro em Itália, a seguir na Inglaterra e nos Estados Unidos, e logo em quantos idiomas ou países forem levantando a mão.
reportagem completa

DESMATAMENTO - Governo quer ampliar metas de redução de desmate para além da Amazônia

Medidas deverão ser incluídas na primeira revisão do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, em abril de 2010

Daniel Rittner escreve para o “Valor Econômico”
O governo pretende ampliar as metas de redução do desmatamento, hoje válidas apenas para a Amazônia, para biomas como o Cerrado e a Mata Atlântica. Essas metas deverão ser incluídas na primeira revisão do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, em abril de 2010.

Além de enfocar biomas que despertam tradicionalmente menos atenção do que a floresta amazônica, a extensão do plano aumentará a credibilidade do Brasil nas discussões internacionais sobre o aquecimento global, acredita o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc."A questão ambiental começa a entrar, lenta mas progressivamente, no coração das tomadas de decisão do governo", diz. A intenção é estabelecer também metas para o Pantanal, o Pampa e a Caatinga. Ainda não há definição sobre os números para a queda do desmatamento. No caso da Amazônia, o plano prevê reduzir em 70% a derrubada da floresta amazônica até 2017, em etapas graduais.

Uma das situações mais preocupantes é a do Cerrado, que preserva 60,4% de sua vegetação original, em diferentes graus de conservação. Mas o ritmo de desmatamento tem sido três vezes superior ao da Amazônia: em apenas seis anos, desde 2002, perdeu 10% de sua cobertura nativa - 1,5% ao ano.

Espalhado por 11 Estados e o Distrito Federal, o Cerrado tem sido ocupado pelo plantio de soja, algodão, milho e, mais recentemente, cana de açúcar. Também abriu espaço para a criação de gado e fornece parte do carvão vegetal de origem irregular para siderúrgicas.

Na semana passada, o Ministério do Meio Ambiente deu o primeiro passo. Dois satélites - o americano Landsat e o japonês Alos - serão usados para monitorar todos os biomas. Até março de 2010 estarão prontos os mapas das alterações antrópicas desde 2002 nas áreas remanescentes. "Ter monitoramento e ter série são pré-requisitos para estabelecermos metas de emissão. A Caatinga, o Cerrado, o Pantanal, o Pampa e a Mata Atlântica exigem o mesmo cuidado que a Amazônia", disse Minc.

Outra provável novidade nos próximos meses é uma atualização do inventário brasileiro de emissões de gases causadores do efeito estufa. O último, lançado em 2004, fazia um mapeamento que tinha como base o ano de 1994.Foi ali que surgiu um número frequentemente usado nos debates no Brasil sobre aquecimento global: o de que a mudança de uso do solo - basicamente a derrubada e queimadas nas florestas - representa em torno de 75% de todas as emissões brasileiras de gases estufa à atmosfera. O novo inventário se baseará nas emissões de 2004 e deverá ser divulgado até o fim do ano.
(Valor Econômico, 20/4)

SENADO - Senador faz farra com dinheiro público e quem denuncia (seu assessor por 19 anos) sofre "disturbios psiquátricos" :-)

Denúncias
Mesmo morando em apartamento próprio em Brasília, o senador Gerson Camata e a mulher dele, a deputada Rita Camata, ambos do PMDB do Espírito Santo, recebem auxílio-moradia do Senado e da Câmara. No total, são R$ 6.800 por mês para o casal.

Ele chorou no plenário ontem, ao discursar sobre o assunto, e negou as denúncias publicadas no final de semana pelo jornal "O Globo", com base no depoimento de Marcos Vinícius Andrade, que trabalhou 19 anos com o senador.

Andrade acusou Camata de apresentar à Justiça Eleitoral recibos falsos para esquentar sobras de dinheiro da campanha de 2002, de ter recebido propina da construtora Odebrecht e de usar de forma irregular verbas do Senado.Camata disse que o ex-assessor sofre de "distúrbios psiquiátricos" e que as denúncias são uma "falácia, calúnia".

Camata, que é suplente da Mesa, pediu para ser investigado pelo Conselho de Ética e pela corregedoria e disse que quando os dois órgãos se reunirem irá se afastar. Na prática, porém, ele já não participa mais do conselho, pois os mandatos dos atuais membros foram encerrados em março.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

JUDICIÁRIO - A indústria do golpismo A justiça eleitoral está patrocinando a reciclagem da política dos coronéis. FERNANDO DE BARROS E SILVA - Folha

SÃO PAULO - Ninguém pode, de boa-fé, ser contrário à punição daqueles governantes que corrompem o processo eleitoral. Compra de votos, uso indevido da máquina pública, abuso do poder econômico -são todos comportamentos passíveis de sanções, até mesmo da cassação do mandato, medida que se banalizou, mas de trivial não tem nada. Este é o primeiro ponto.

Segundo: ninguém compromissado com a democracia pode aceitar que a cassação de alguém tenha como consequência a sua substituição por quem foi vencido nas urnas. O segundo colocado não é o próximo da fila, mas o que foi rejeitado pelo voto popular. Não é o reserva do time, é o adversário derrotado.

É preciso desvincular o castigo ao corrupto do prêmio ao perdedor.Não tem sido essa, porém, a interpretação da justiça eleitoral. Suas decisões recentes parecem dar curso a uma nova indústria do golpismo no país, agora com amparo legal. Ainda mal começamos a perceber as consequências políticas desse protagonismo.

Há dois meses, José Maranhão (PMDB), derrotado em 2006 por Cássio Cunha Lima (PSDB), assumiu o governo da Paraíba. Agora, Roseana Sarney (PMDB) vem ocupar o cargo de Jackson Lago (PDT) no Maranhão. Falta a esses dois governantes o oxigênio da democracia: legitimidade popular.Há outros seis governadores na mira do TSE. Se a moda pega, corremos o risco de regredir para um quadro realmente sinistro: quase um terço das unidades da Federação nas mãos de quem foi derrotado nas urnas em 2006.

Não por acaso os governantes sub judice vêm de Estados periféricos, onde a disputa pelo poder se trava muitas vezes entre famílias rivais e o aparelho burocrático vive refém do arbítrio, sujeitado ao pessoalismo mais brutal.

O caso do Maranhão, a capitania hereditária dos Sarney e seus agregados, é exemplar e joga luz sobre um problema que o ultrapassa.

POLÍTICA - Roseana divide a oposição para governar o Maranhão

Três dias depois de assumir o Estado do Maranhão, a ex-senadora Roseana Sarney (PMDB) inicia nesta segunda-feira (19/04) seu governo investindo no racha dos partidos de oposição e disposta a trazer para seu lado antigos aliados que romperam com a família Sarney. É o caso do ex-prefeito de São Luís, Tadeu Palácio, do PDT do governador cassado Jackson Lago, que vai assumir a secretaria de Turismo do Estado. Roseana Sarney também dividiu o PT e dará a secretaria de Trabalho para a chamada ala "sarneísta" do partido.

Ao mesmo tempo em que trabalha pelo racha na oposição e pela ampliação de sua base de apoio na Assembleia Legislativa, a nova governadora tenta dissociar sua imagem de seu pai, o senador José Sarney (PMDB-AP).

Empossada na última sexta-feira no cargo, Roseana afirma, sem modéstia, que ganhou o governo do Maranhão no primeiro turno das eleições de 2006, quando obteve 49% dos votos válidos - na realidade, no primeiro turno, ela obteve 47,2% dos votos válidos contra 34,3% dados ao ex-governador Jackson Lago (PDT).

"Ficou claro que houve corrupção na eleição. Eu ganhei no primeiro turno com ampla maioria. Tive uma ampla maioria em cima do segundo colocado, que foi o Jackson. Era meu esse governo. Eu ganhei as eleições", disse Roseana. Com 20 meses pela frente de governo, Roseana Sarney se afastará temporariamente do comando do Estado, no fim de maio, quando se submeterá à 21ª cirurgia de sua vida, desta vez para a retirada de um aneurisma.

Antes da operação, a governadora quer construir um amplo leque de alianças partidárias que permitirá cacifar sua candidatura à reeleição do governo, nas eleições de 2010. Mal assumiu o governo, Roseana já controla 28 das 42 cadeiras da Assembleia Legislativa do Maranhão.
Correio Braziliense

POLÍTICOS - Empresários cobram dos políticos pelo uso do dinheiro - só que o próprio presidente da CNI também fez farra com dinheiro público

O Presidente da CNI Armando Monteiro Neto emitiu bilhetes para a mulher, a filha e o filho para lugares distintos: Santiago, Madri e Buenos Aires.

A crise de credibilidade do Congresso foi alvo de cobrança de empresários presentes a um encontro em Comandatuba (BA) ontem. Diante do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), e de outros políticos, uma representante do setor produtivo brasileiro questionou o suposto mau uso do dinheiro público.Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza, foi a porta-voz de cerca de 300 executivos.

Cobrou mudanças e respostas.Os políticos pediram que não houvesse generalização. "Os desacertos de membros do Legislativo não contaminam a instituição. Sem ela, não há democracia", disse Temer. "Jesus escolheu 12 [apóstolos] e um deles era ladrão [traidor]. Nem por isso deixamos de segui-lo", afirmou o ministro José Múcio (Relações Institucionais)."Você não vê dizer que todos nós demos passagens para a [apresentadora Adriane] Galisteu.

Não é que eu não gostaria...", brincou o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), em referência a uma viagem paga pela cota do deputado Fábio Faria, ex-namorado de Galisteu.

Fortes declarou que também não se pode generalizar, por exemplo, ao dizer que os empresários não pagam impostos. "Da mesma maneira que há maus empresários, há bons." Luiza Trajano disse que todos os empresários que não pagam impostos devem ser punidos.
UOL.

POLÍTICOS - As regras para a distribuição das passagens não estavam claras. SIM, ME APLICA!

É DINHEIRO PÚBLICO GASTO EM LAZERES PRIVADOS, MAIS CLARO QUE ISSSO? SÓ ÁGUA!!!!!

Essa última dos congressista foi demais. Até analfabeto -muitos deles são analfabetos funcionais-, sabem que os recursos de passagens que recebem é dinheiro público e não pode ser confuso isso de usar dinheiro público para custear passagens de parentes e namoradas o namorados de parentes para festas internacionais.

Alguns vão mais longe, fazem gracinha e se mofam da população que os assiste indignada. O caso mais emblemático é o do Senador Heráclito Fortes (PMDB-DEM,PI), que falou na última sessão do Senado que amante de deputado podia receber passagens de graça, desde que fosse bonita. Pode uma coisa dessas!.

Alguns dos Deputados, aqueles que conseguiram criar vergonha e as quantias não são muito altas, vão devolver o dinheiro. Ver para crer disse o Santo.

POLÍTICOS - Por fim alguém que fala sério sobre a substituição da democracia dos votos pela máquina do Tribunal Superior Eleitoral

A relação de Tarso Genro com José Sarney, que já eram ruim, não vão melhorar com a mais recente declaração do ministro da Justiça, que criticou a "judicialização da política" no dia em que Roseana (PMDB) tomou posse no Maranhão. Sarney, como se sabe, não descansou até que o TSE tirasse Jackson Lago (PDT) do cargo.

O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou hoje que o Brasil assiste a uma espécie de "judicialização" da política, com a Justiça Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal (STF) regulando o sistema partidário e eleitoral. Para ele, a inércia do Legislativo está abrindo espaço cada vez maior para a regulação do Judiciário, o que ameaça o equilíbrio entre os Poderes. "Há hoje no Brasil uma radicalização da estatização da política em função dos poderes que o Judiciário tem avocado para si. E essa é a mais complexa e difícil questão de ser resolvida. Por uma questão muito simples: quando o Poder Judiciário resolve, não tem instância para recorrer."

"Podemos estar perante um fenômeno novo no processo político brasileiro: uma hiperconcentração de poder e legitimidade no Judiciário e um esvaziamento dos demais Poderes, que pode ser absolutamente problemático", afirmou Tarso, durante um seminário sobre reforma política na Universidade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro. O ministro citou como exemplos a definição pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), confirmada pelo STF em 2008, de que os mandatos são dos partidos e a submissão à Justiça de centenas de processos de parlamentares que trocaram de partido.

Para ele, na prática o Judiciário pode julgar até a subjetividade dos políticos, ao analisar os motivos que os levam a trocar de sigla. "E se o Tribunal entender que vai decidir também se uma pessoa tem condição ideológica para entrar num partido? Quem julga se pode sair pode (querer) julgar também se pode entrar", disse Tarso, alertando para o perigo do que comparou à "instauração de um jacobinismo do Poder Judiciário atípico". Ele também citou a regulação do uso de algemas pelo STF no ano passado.
Agência Estadoe Folha

domingo, 19 de abril de 2009

POLÍTICOS - Deu no Painel da Folha

Ciranda.
Mauro Fecury (PMDB-MA), que assumirá a vaga de Roseana Sarney (PMDB-MA) no Senado, é um dos donos da Unieuro, universidade que tem como reitor Luiz Curi, por sua vez marido de Emília Ribeiro, indicada por José Sarney (PMDB-AP) para a diretoria da Anatel.

A bordo.
Fecury, historicamente ligado a Sarney, é também dono de um jato em que o presidente do Senado e a nova governadora do Maranhão costumam voar. O aparelho está à venda. Será trocado por modelo mais recente.

POLÍTICOS - "Farra de passagens" atinge líderes da Câmara - farra of tickets with public money for Brazilian politicians

No País não existe limite para a corrupção. Até o Presidente dos empresários (CNI) usa o dinheiro público para a farra das passagens.

E no Pará o Deputado Peres Franco, Vic, embarcou em viagens internacionais até seu futuro genro, namorado da filha. É uma festa que não acaba. Por enquanto os paraenses pobres votavam nos supostos deputados e políticos paladinos da ética.

Muitos não gostam do Jornal Folha de São Paulo, porque acham ele um jornal de oposição radical contra o Governo e até gostariam que fosse extinto. entretanto se não fosse pela Folha não contaríamos com a informação completa, como esta da farra dos passagens. Muitos jornais calaram a notícia, assim aconteceu no Pará.

Registros de companhias de aviação obtidos pela Folha revelam que caciques da Câmara dos Deputados, como dirigentes e líderes partidários, financiaram dezenas de viagens ao exterior de familiares e amigos.Entre os quais, os presidentes nacionais do PT, Ricardo Berzoini (SP), e do DEM, Rodrigo Maia (RJ).

Constam da lista também nomes como Ciro Gomes (PSB-CE), ex-candidato ao Planalto; José Genoino (PT-SP), ex-presidente do PT; Armando Monteiro Neto (PTB-PE), presidente da Confederação Nacional da Indústria; Eunício Oliveira (PMDB-CE), ex-ministro das Comunicações; e Vic Pires (DEM-PA), ex-candidato a corregedor da Câmara.


A maioria dos deputados ouvidos pela reportagem justificou os bilhetes aéreos para os parentes alegando que o regimento interno da Casa não proíbe a prática. Os destinos mais recorrentes são cidades badaladas do turismo internacional, como Nova York, Paris, Madri, Miami, Frankfurt, Buenos Aires e Santiago.

O presidente do PT, por exemplo, emitiu em dezembro de 2007 um bilhete para a capital argentina para sua filha Natasja Berzoini. Procurado pela reportagem, não ligou de volta.Já Rodrigo Maia, além de ter levado a mulher e a filha para Nova York (EUA), bancou também uma passagem aérea para sua prima Anita para o mesmo destino. "Ela foi resolver um problema particular de saúde", disse o presidente do DEM.

Maia reconheceu que a viagem a Nova York foi a turismo. Ele levou a mulher também a Paris, mas disse que foi em missão oficial a Londres, com escala na capital francesa.Genoino, que deixou a presidência do PT na esteira do escândalo do mensalão, em 2005, usou passagens para ele, a mulher e o filho para Madri.

Ciro Gomes emitiu duas passagens para Nova York, uma em dezembro de 2007 e a outra em abril do ano passado, para sua mãe, Maria José Gomes. Procurado pela reportagem, Ciro não
ligou de volta.

Vic Pires, por sua vez, não se limitou a usar a cota aérea apenas para familiares, tendo agraciado até o namorado de sua filha com uma viagem a Miami (27 passagens ao todo).

Monteiro Neto emitiu bilhetes para a mulher, a filha e o filho para lugares distintos: Santiago, Madri e Buenos Aires.

São muitos mais, é uma lista que não acaba, dos mais honestos até os declarados corruptos estão aqui.
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LEONARDO SOUZA, ADRIANO CEOLIN, EDUARDO SCOLESEDA - Folha, SUCURSAL DE BRASÍLIA.