O Instituto de Nutrição e Tecnologia de Alimentos (INTA), dependente da Universidade do Chile, detectou que milhos transgênicos contaminaram geneticamente plantações de milho convencional no Chile, em um estudo realizado no início do ano na região de O’Higgins. Na amostragem identificou-se que quatro das 30 propriedades estudadas, as que se encontram contíguas às produções de sementes de organismos geneticamente modificados (ogm), deram resultados positivos para contaminação transgênica, o que, a juízo de ecologistas, coloca em risco as exportações em agricultura orgânica e sementes convencionais das empresas dessa região.
A situação foi considerada como de “extrema gravidade” por Maria Isabel Manzur, membro da Fundação Sociedades Sustentáveis, já que “esses milhos contaminados são ilegais, pois não estão aprovados para consumo humano nem estão autorizados pelo sag para uso como semente”.
Manzur e a ecologista Sara Larraín solicitaram ao Ministério de Agricultura que realize estudos independentes para avaliar a extensão da contaminação dos cultivos e sementes no país, além de implementar medidas de controle da contaminação existente, a ratificação do Protocolo de Biossegurança e uma lei que proíba esses cultivos no país, por serem, a seu juízo, perigosos para o ambiente e para a saúde humana.
O Serviço Agrícola e Pecuário (SAG) autorizou em 2007 cerca de 25 mil hectares de ogm no território nacional, a maior parte de milho. Em paralelo, no Congresso se discute um projeto de lei, proveniente de senadores de diversos partidos políticos, que apóia a expansão dos cultivos transgênicos e não considera sua rotulagem.
http://www.cooperativa.cl/prontus_nots/
Amazônia, meio ambiente, ecologia, biodiversidade, desenvolvimento sustentável, ciência e tecnologia, incubadoras e parques tecnológicos, política nacional e internacional - Amazonia, the environment, ecology, biodiversity, sustainable development, science and technology, incubators and technology parks, national and international policy
segunda-feira, 13 de abril de 2009
AQUI EM BRASÍLIA - O que é fashion
A coleção de escândalos do Congresso Nacional na temporada verão-outono deste ano está mesmo de arrasar. Desafiando a crise mundial, nossos estilistas tropicais se mostram mais do que nunca arrojados ao lançar novas tendências de apropriação do bem comum e outras modas.
O saldão começou cedo. Servidores que recebem hora extra durante o recesso parlamentar; parlamentares que esquentam despesas inexistentes com notas das próprias empresas; diretores que procriam como coelhos pelo Senado (são 38? 181?); parlamentares "éticos" que pagam suas domésticas com verba pública; contas telefônicas de R$ 6 mil mensais, em média; um festival de livros autopromocionais impressos com o dinheiro do contribuinte na gráfica do Senado.
Funcionários fantasmas, nepotismo, compadrios -são pequenas peças a compor o figurino do patrimonialismo e o guarda-roupa da corrupção. A coleção de abusos tem a grife do PMDB, mas é confeccionada por todos os partidos. O tricô corporativo dispensa ideologia.
Fernando Collor, um velho estilista da modernidade de antigamente, tido como cafona e ultrapassado, voltou à cena fashion de Brasília. Agora divide o palco com o jaquetão de José Sarney e não chega a roubar o brilho de estrelas em ascensão no cerrado, como Gim Argelo. São todos gratos pelos serviços de alfaiataria de Renan Calheiros.
Falta à temporada de maracutaias prêt-à-porter, é verdade, o glamour de outros escândalos, como o do mensalão, que revelou ao país os segredos da alta costura do PT. Ou o dos sanguessugas, que fez sucesso no varejo do baixo clero, para não lembrar dos Anões do Orçamento, roubança de corte mais tradicional.
Nossos artistas parecem incomodados com a "perseguição" da imprensa. É preciso preservar a instituição, alertam, como se o clichê retórico pudesse legitimar ou redimir a cultura interna do descalabro.A preocupação que eles revelam com a democracia é menos autêntica do que o sorriso da modelo diante dos flashes na passarela.
FERNANDO DE BARROS E SILVA da Folha.
O saldão começou cedo. Servidores que recebem hora extra durante o recesso parlamentar; parlamentares que esquentam despesas inexistentes com notas das próprias empresas; diretores que procriam como coelhos pelo Senado (são 38? 181?); parlamentares "éticos" que pagam suas domésticas com verba pública; contas telefônicas de R$ 6 mil mensais, em média; um festival de livros autopromocionais impressos com o dinheiro do contribuinte na gráfica do Senado.
Funcionários fantasmas, nepotismo, compadrios -são pequenas peças a compor o figurino do patrimonialismo e o guarda-roupa da corrupção. A coleção de abusos tem a grife do PMDB, mas é confeccionada por todos os partidos. O tricô corporativo dispensa ideologia.
Fernando Collor, um velho estilista da modernidade de antigamente, tido como cafona e ultrapassado, voltou à cena fashion de Brasília. Agora divide o palco com o jaquetão de José Sarney e não chega a roubar o brilho de estrelas em ascensão no cerrado, como Gim Argelo. São todos gratos pelos serviços de alfaiataria de Renan Calheiros.
Falta à temporada de maracutaias prêt-à-porter, é verdade, o glamour de outros escândalos, como o do mensalão, que revelou ao país os segredos da alta costura do PT. Ou o dos sanguessugas, que fez sucesso no varejo do baixo clero, para não lembrar dos Anões do Orçamento, roubança de corte mais tradicional.
Nossos artistas parecem incomodados com a "perseguição" da imprensa. É preciso preservar a instituição, alertam, como se o clichê retórico pudesse legitimar ou redimir a cultura interna do descalabro.A preocupação que eles revelam com a democracia é menos autêntica do que o sorriso da modelo diante dos flashes na passarela.
FERNANDO DE BARROS E SILVA da Folha.
ECONOMIA - Iniciativa da VALE incentiva apoio às pequenas empresas
Fórum Inove reúne parceiros da Vale
Após várias rodadas de discussão nos estados onde a Vale tem suas principais operações, aconteceu no Rio de Janeiro o primeiro fórum do programa Inove, voltado para a capacitação e a qualificação das pequenas e médias empresas das regiões em que a empresa atua. Uma das metas do programa é injetar R$ 120 milhões nas economias locais, através de convênios com bancos para o financiamento aos fornecedores.
O evento, que aconteceu nos dia 7 e 8 de abril, reuniu 60 pessoas que discutiram iniciativas para fortalecer o relacionamento da empresa com seus fornecedores. Estiveram presentes empresários, representantes de entidades de classe, órgãos do governo, instituições financeiras e educacionais de Pará, Maranhão, Minas Gerais e Espírito Santo.
O coordenador técnico da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), Evandro Diniz, destacou que o Inove também propiciará o fortalecimento do PDF nos estados. 'Investir no relacionamento com os fornecedores locais não é fator de competitividade apenas para a empresa lá instalada. É também uma iniciativa estratégica de responsabilidade social, e fortíssima. É assim que se gera empregos e renda localmente. E digo que o Inove é importante inclusive para a própria Vale, porque vai despertar seus empregados para a importância de solidificar a parceria com as empresas da cadeia', afirmou Diniz.
O representante da Fiepa citou como exemplo da importância do investimento nos parceiros locais uma empresa paraense, a Oyamota, que após anos de serviços prestados na região à Vale, chegou a um nível de especialização que passou a exportar seus serviços para o Sudeste.
José Vieira, representante do Instituo Euvaldo Lodi do Espírito Santo, lembrou que o grande desafio do fórum e do Inove é 'conseguir fazer com que todos enxerguem além do que é feito hoje, busquem outras formas de desenvolvimento da cadeia, e que sejam propostas e implementadas ações para buscar melhorias. O Inove é bom para a Vale e é bom para os fornecedores'.
Para Vieira, 'haverá um democratização das ações de desenvolvimento e essas ações serão realizadas segundo a realidade de cada região do País, pois o Brasil é muito grande e as realidades, muito distintas. É fundamental entender que os esforços devem vir dos dois lados: Vale e federações. Assim, as ações serão mais abrangentes e os resultados devem perdurar', concluiu.
Veja reportagem completa: http://www.orm.com.br/oliberal/
Após várias rodadas de discussão nos estados onde a Vale tem suas principais operações, aconteceu no Rio de Janeiro o primeiro fórum do programa Inove, voltado para a capacitação e a qualificação das pequenas e médias empresas das regiões em que a empresa atua. Uma das metas do programa é injetar R$ 120 milhões nas economias locais, através de convênios com bancos para o financiamento aos fornecedores.
O evento, que aconteceu nos dia 7 e 8 de abril, reuniu 60 pessoas que discutiram iniciativas para fortalecer o relacionamento da empresa com seus fornecedores. Estiveram presentes empresários, representantes de entidades de classe, órgãos do governo, instituições financeiras e educacionais de Pará, Maranhão, Minas Gerais e Espírito Santo.
O coordenador técnico da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), Evandro Diniz, destacou que o Inove também propiciará o fortalecimento do PDF nos estados. 'Investir no relacionamento com os fornecedores locais não é fator de competitividade apenas para a empresa lá instalada. É também uma iniciativa estratégica de responsabilidade social, e fortíssima. É assim que se gera empregos e renda localmente. E digo que o Inove é importante inclusive para a própria Vale, porque vai despertar seus empregados para a importância de solidificar a parceria com as empresas da cadeia', afirmou Diniz.
O representante da Fiepa citou como exemplo da importância do investimento nos parceiros locais uma empresa paraense, a Oyamota, que após anos de serviços prestados na região à Vale, chegou a um nível de especialização que passou a exportar seus serviços para o Sudeste.
José Vieira, representante do Instituo Euvaldo Lodi do Espírito Santo, lembrou que o grande desafio do fórum e do Inove é 'conseguir fazer com que todos enxerguem além do que é feito hoje, busquem outras formas de desenvolvimento da cadeia, e que sejam propostas e implementadas ações para buscar melhorias. O Inove é bom para a Vale e é bom para os fornecedores'.
Para Vieira, 'haverá um democratização das ações de desenvolvimento e essas ações serão realizadas segundo a realidade de cada região do País, pois o Brasil é muito grande e as realidades, muito distintas. É fundamental entender que os esforços devem vir dos dois lados: Vale e federações. Assim, as ações serão mais abrangentes e os resultados devem perdurar', concluiu.
Veja reportagem completa: http://www.orm.com.br/oliberal/
POLÍTICA INTERNACIONAL - O começo do fim do embargo a Cuba - Blog de Luis Nassif - The beginning of the end of the embargo on Cuba
Por paulo frança
Isso é História!
Obama suspende restrições sobre viagens e remessas a Cuba
13 de abril de 2009 • 11h40 • atualizado às 12h55 (faltou o link)
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decidiu nesta segunda-feira suspender as restrições às viagens e aos envios de remessas a Cuba, declarou um alto funcionário do governo. Obama deu ordens aos Departamentos de Estado, do Tesouro e do Comércio para que comecem a eliminar estas restrições e facilitar as comunicações com a ilha.
As medidas foram acompanhadas por um apelo ao governo de Cuba para que não interfira nas remessas de dinheiro e produtos. Segundo o funcionário, o objetivo da iniciativa tomada hoje é “apoiar o desejo do povo cubano de determinar seu próprio destino”. A partir de agora, as pessoas que quiserem poderão enviar remessas e ajuda humanitária à ilha. Também foi suspenso o veto a produtos como sementes e artigos para pesca.
As remessas poderão ter como destinatário qualquer cidadão de Cuba, com exceção de funcionários do regime. A medida já tinha sido prevista, após a visita de parlamentares americanos a Cuba. Ainda que, antes mesmo da decisão oficial, republicanos tenham criticado a postura do presidente e dos deputados democratas. “Eu e muitos outros estamos desapontados com membros do Congresso que viajaram até um país totalitário”, disse o republicano Chris Smith ao USA Today.
A democrata Barbara Lee, uma das que visitaram Cuba, chegou a fazer elogios a Fidel Castro. “Ele é um homem muito esperto, muito amável”. Já o democrata Bobby Rush disse que ouvir Fidel falando é “quase como ouvir um velho amigo”. Jaime Suchlicki, diretor do Instituto para Estudos Cubanos e Cubano-Americanos, da Universidade de Miami, disse que ele está chocado com tais declarações vindas de parlamentares. “É uma desgraça”, declarou ao USA Today.
Isso é História!
Obama suspende restrições sobre viagens e remessas a Cuba
13 de abril de 2009 • 11h40 • atualizado às 12h55 (faltou o link)
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decidiu nesta segunda-feira suspender as restrições às viagens e aos envios de remessas a Cuba, declarou um alto funcionário do governo. Obama deu ordens aos Departamentos de Estado, do Tesouro e do Comércio para que comecem a eliminar estas restrições e facilitar as comunicações com a ilha.
As medidas foram acompanhadas por um apelo ao governo de Cuba para que não interfira nas remessas de dinheiro e produtos. Segundo o funcionário, o objetivo da iniciativa tomada hoje é “apoiar o desejo do povo cubano de determinar seu próprio destino”. A partir de agora, as pessoas que quiserem poderão enviar remessas e ajuda humanitária à ilha. Também foi suspenso o veto a produtos como sementes e artigos para pesca.
As remessas poderão ter como destinatário qualquer cidadão de Cuba, com exceção de funcionários do regime. A medida já tinha sido prevista, após a visita de parlamentares americanos a Cuba. Ainda que, antes mesmo da decisão oficial, republicanos tenham criticado a postura do presidente e dos deputados democratas. “Eu e muitos outros estamos desapontados com membros do Congresso que viajaram até um país totalitário”, disse o republicano Chris Smith ao USA Today.
A democrata Barbara Lee, uma das que visitaram Cuba, chegou a fazer elogios a Fidel Castro. “Ele é um homem muito esperto, muito amável”. Já o democrata Bobby Rush disse que ouvir Fidel falando é “quase como ouvir um velho amigo”. Jaime Suchlicki, diretor do Instituto para Estudos Cubanos e Cubano-Americanos, da Universidade de Miami, disse que ele está chocado com tais declarações vindas de parlamentares. “É uma desgraça”, declarou ao USA Today.
ECONOMIA INTERNACIONAL - China e os Investimentos em tempo de crise - 中国投资和在发生危机的时候
No atual cenário de crise econômica mundial, os analistas vem a china como um país que terá um papel relevante em diversos âmbitos. Espera-se que o gigante asiático não apenas atue realizando empréstimos de dinheiro, bem como saindo a investir cada vez com mais força.
Em chino a palavra crise significa ao mesmo tempo perigo e oportunidade. Uma ideia que tem bem clara o gerente geral de investimento da empresa chilena Jesa, Saro Capozzoli, cuja casa matriz está no gigante asiático. Para Capozzoli a atual crise internacional transformará a China em um grande inversionista e não apenas em um prestamista de recursos. Esta crise para China é um evento importante porque hoje o mundo está olhando para China nesse sentido.
"É evidente que China sempre é importante pelo tamanho do seu mercado interno". Por esta mesma razão, Capozzoli recomenda ás empresas deixar de ver a China como um país para produzir bens baratos, e ver também o país como uma boa plataforma para realizar negócios.
Em chino a palavra crise significa ao mesmo tempo perigo e oportunidade. Uma ideia que tem bem clara o gerente geral de investimento da empresa chilena Jesa, Saro Capozzoli, cuja casa matriz está no gigante asiático. Para Capozzoli a atual crise internacional transformará a China em um grande inversionista e não apenas em um prestamista de recursos. Esta crise para China é um evento importante porque hoje o mundo está olhando para China nesse sentido.
"É evidente que China sempre é importante pelo tamanho do seu mercado interno". Por esta mesma razão, Capozzoli recomenda ás empresas deixar de ver a China como um país para produzir bens baratos, e ver também o país como uma boa plataforma para realizar negócios.
MAIO AMBIENTE - O Carbono do desmatamento colocaria o Brasil entre os maiores poluidores do mundo

As emissões de carbono provenientes do desmatamento são significativas e colocariam o Brasil, caso fossem contabilizadas, na quarta ou quinta posição entre os maiories emissores de carbono do Mundo.
Por causa disso, segundo o presidente da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Carbono (Abemc), Flávio Gazani, os países industrializados deverão exercer forte pressão para incluir os projetos de conservação florestal no novo acordo que deverá substituir o Protocolo de Quioto, a partir de 2012. “Por isso, eu acho que o país vai sofrer uma pressão muito grande nas próximas negociações”, afirmou em entrevista à Agência Brasil.
Para o presidente da Abemc, as nações industrializadas procuram incluir esse tipo de projeto no protocolo “mais preocupadas com a nossa floresta, ainda com grandes áreas preservadas. Porque as suas [florestas] quase não existem atualmente”.
O governo brasileiro é contra a inclusão dos projetos de conservação florestal no acordo, por uma questão de soberania nacional, explicou Gazani. “A posição do Itamaraty tem sido historicamente contra a inclusão de projetos de desmatamento ou de conservação florestal. Até por receio de algum tipo de moção anti-desenvolvimentista, conservacionista, imposta ao nosso país”, afirmou.
Nenhum país pode, atualmente, incluir projetos de conservação florestal no Protocolo de Quioto como projetos de redução de emissões de gases poluentes, o chamado Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). O protocolo permite apenas duas modalidades de projetos de MDL na área florestal: reflorestamento de áreas degradadas ou aflorestamento, ou seja, o plantio em áreas que nunca tiveram árvores. “Conservação florestal, ou desmatamento evitável, não é elegível como projeto de MDL”, disse Flávio Gazani.
Os projetos que não são aceitos pelo Protocolo de Quioto são aceitos pelo mercado voluntário, que funciona em paralelo ao mercado regulado, e é movido pelas iniciativas de empresas que têm medidas voluntárias de redução de emissão.
Um exemplo é o projeto do governo do Amazonas que recebeu financiamento do Bradesco, por meio do programa Banco do Planeta. Foi criada a Fundação Amazonas Sustentável, considerada uma ferramenta fundamental na implementação da Política Estadual de Mudanças Climáticas no estado. Ela tem por objetivo combater o desmatamento, além de contribuir para a construção de uma relação harmônica entre o homem e a floresta, por meio da promoção de projetos de uso sustentável dos recursos florestais.
O novo tratado climático que substituirá o Protocolo de Quioto deve ser concluído até dezembro próximo, na reunião da Organização das Nações Unidas, programada para ocorrer em Copenhague, na Dinamarca.
Fonte: Agência Brasil.
domingo, 12 de abril de 2009
AMBIENTALISMO - DEBATE AQUECIDO
Ao ironizar a poluição causada por ONG ambiental, mídia ignora possibilidade de mudanças no planeta
Parte da mídia de massa, inicialmente cética sobre as advertências apocalípticas dos ambientalistas sobre o aquecimento global, hoje os ataca por continuar chamando a atenção para o problema. Sua estratégia é tão transparente quanto um truque de um mágico ruim.Sempre que um grupo verde organiza um protesto ou patrocina um evento para aumentar a consciência sobre a mudança climática, essa mídia se concentra nos gases do efeito estufa (GEE) emitidos por suas atividades para afirmar que ele faz parte do problema, não da solução.Essa estratégia foi usada por uma apresentadora do telejornal da TV Cultura e por uma reportagem do jornal "O Globo" para criticar um recente protesto do Greenpeace.
O foco das críticas foram as GEEs emitidas por um engarrafamento causado quando ativistas da ONG estenderam uma faixa enorme na ponte Rio-Niterói para fazer um alerta sobre o aquecimento global para os integrantes do G20.Efeito reversoEssa foi a estratégia usada por alguns grupos de mídia dos EUA para criticar a Hora da Terra, um evento ocorrido em 28 de março e patrocinado pelo Fundo Mundial pela Natureza.
Em todo o mundo, luzes e aparelhos elétricos não-essenciais foram desligados em residências e em pontos marcantes, entre 20h30 e 21h30, para aumentar a consciência sobre como o uso da eletricidade alimenta o aquecimento global.Alguns jornais disseram que o planejamento da Hora da Terra aumentou as emissões de GEE mais do que elas foram reduzidas por apagar as luzes.Do mesmo modo, o canal de notícias Fox News chamou a atenção para as altas contas de eletricidade e as extensas viagens de avião do ativista contra o aquecimento global Al Gore.
Se Gore acreditasse em sua causa, afirmou a rede, usaria lâmpadas e aparelhos que poupam energia e voaria menos.Algumas reportagens adotaram uma posição semelhante ao notar que os participantes de conferências internacionais sobre mudança climática aumentam as emissões de GEE ao viajarem de avião.Lógica estranhaUsando essa lógica, todo ativismo ligado à mudança climática deveria acabar porque aumenta as emissões de GEE.
Por essa lógica, todos os ativistas ambientais são poluidores irresponsáveis.Se isso fosse verdade, por que as ONGs que participam de conferências ambientais compram créditos de carbono -por exemplo, investindo em projetos de redução de GEE- para neutralizar as emissões lançadas pela ida a esses eventos?ONGs como o Greenpeace também fizeram da redução do desflorestamento da Amazônia uma campanha central porque, se incluirmos as emissões de CO2 do desmatamento, o Brasil é o quarto maior emissor de GEEs do mundo, depois de China, EUA e Indonésia.Em 2007, o Greenpeace e oito outras ONGs pressionaram o governo para adotar seu Pacto de Desmatamento Zero, um plano para conter a destruição da Amazônia até 2015.
O governo o recusou por causa dos custos e de suas metas antidesmatamento, mas em dezembro de 2008 lançou seu próprio Plano Nacional de Mudança Climática, com metas mais modestas.Bomba-relógioParte da grande mídia ignora esses esforços da mesma maneira que tende a não divulgar indústrias poluentes que se recusam a mudar para processos de produção menos poluentes e produtos de maior eficiência energética.São essas indústrias e países, como os EUA e a Austrália, que se recusaram a assinar o Protocolo de Kyoto, e não os grupos verdes, os culpados pelo aumento das emissões de GEE.
Muitas reportagens não nos lembram que, embora as ameaças de recessão global ou de uma bomba terrorista sejam mais imediatas que as representadas pelo aquecimento global, ele também é uma bomba-relógio com consequências muito mais devastadoras.A reportagem de "O Globo" também não nos contou que a Polícia Rodoviária, que bloqueou a ponte Rio-Niterói para deter os manifestantes, foi a principal causa do engarrafamento de 18 quilômetros.Por isso, se você foi um dos motoristas irritados que empacaram na ponte durante o protesto, seria mais produtivo se concentrar em sua mensagem -de que nosso tempo está acabando- do que em seu mensageiro inconveniente.
Parte da mídia de massa, inicialmente cética sobre as advertências apocalípticas dos ambientalistas sobre o aquecimento global, hoje os ataca por continuar chamando a atenção para o problema. Sua estratégia é tão transparente quanto um truque de um mágico ruim.Sempre que um grupo verde organiza um protesto ou patrocina um evento para aumentar a consciência sobre a mudança climática, essa mídia se concentra nos gases do efeito estufa (GEE) emitidos por suas atividades para afirmar que ele faz parte do problema, não da solução.Essa estratégia foi usada por uma apresentadora do telejornal da TV Cultura e por uma reportagem do jornal "O Globo" para criticar um recente protesto do Greenpeace.
O foco das críticas foram as GEEs emitidas por um engarrafamento causado quando ativistas da ONG estenderam uma faixa enorme na ponte Rio-Niterói para fazer um alerta sobre o aquecimento global para os integrantes do G20.Efeito reversoEssa foi a estratégia usada por alguns grupos de mídia dos EUA para criticar a Hora da Terra, um evento ocorrido em 28 de março e patrocinado pelo Fundo Mundial pela Natureza.
Em todo o mundo, luzes e aparelhos elétricos não-essenciais foram desligados em residências e em pontos marcantes, entre 20h30 e 21h30, para aumentar a consciência sobre como o uso da eletricidade alimenta o aquecimento global.Alguns jornais disseram que o planejamento da Hora da Terra aumentou as emissões de GEE mais do que elas foram reduzidas por apagar as luzes.Do mesmo modo, o canal de notícias Fox News chamou a atenção para as altas contas de eletricidade e as extensas viagens de avião do ativista contra o aquecimento global Al Gore.
Se Gore acreditasse em sua causa, afirmou a rede, usaria lâmpadas e aparelhos que poupam energia e voaria menos.Algumas reportagens adotaram uma posição semelhante ao notar que os participantes de conferências internacionais sobre mudança climática aumentam as emissões de GEE ao viajarem de avião.Lógica estranhaUsando essa lógica, todo ativismo ligado à mudança climática deveria acabar porque aumenta as emissões de GEE.
Por essa lógica, todos os ativistas ambientais são poluidores irresponsáveis.Se isso fosse verdade, por que as ONGs que participam de conferências ambientais compram créditos de carbono -por exemplo, investindo em projetos de redução de GEE- para neutralizar as emissões lançadas pela ida a esses eventos?ONGs como o Greenpeace também fizeram da redução do desflorestamento da Amazônia uma campanha central porque, se incluirmos as emissões de CO2 do desmatamento, o Brasil é o quarto maior emissor de GEEs do mundo, depois de China, EUA e Indonésia.Em 2007, o Greenpeace e oito outras ONGs pressionaram o governo para adotar seu Pacto de Desmatamento Zero, um plano para conter a destruição da Amazônia até 2015.
O governo o recusou por causa dos custos e de suas metas antidesmatamento, mas em dezembro de 2008 lançou seu próprio Plano Nacional de Mudança Climática, com metas mais modestas.Bomba-relógioParte da grande mídia ignora esses esforços da mesma maneira que tende a não divulgar indústrias poluentes que se recusam a mudar para processos de produção menos poluentes e produtos de maior eficiência energética.São essas indústrias e países, como os EUA e a Austrália, que se recusaram a assinar o Protocolo de Kyoto, e não os grupos verdes, os culpados pelo aumento das emissões de GEE.
Muitas reportagens não nos lembram que, embora as ameaças de recessão global ou de uma bomba terrorista sejam mais imediatas que as representadas pelo aquecimento global, ele também é uma bomba-relógio com consequências muito mais devastadoras.A reportagem de "O Globo" também não nos contou que a Polícia Rodoviária, que bloqueou a ponte Rio-Niterói para deter os manifestantes, foi a principal causa do engarrafamento de 18 quilômetros.Por isso, se você foi um dos motoristas irritados que empacaram na ponte durante o protesto, seria mais produtivo se concentrar em sua mensagem -de que nosso tempo está acabando- do que em seu mensageiro inconveniente.
MICHAEL KEPPCOLUNISTA DA FOLHA
ECONOMIA INTERNACIONAL - México um Estado falido? visita de OBAMA gera expectativas
Visita ao México acontece em meio a tensão bilateral.
Relações se deterioraram devido ao narcotráfico na fronteira entre os dois países Pentágono apontou risco de vizinho latino se tornar "Estado falido"; visita é a primeira de um presidente americano desde 1996.
Em janeiro, um estudo do Pentágono afirmou que o México poderia se tornar um "Estado falido". A declaração repercutiu e acendeu um rastilho de pólvora que custou a Obama o envio de vários membros de seu ministério ao país para apagar, entre eles a secretária de Estado, Hillary Clinton, que foi adiante e disse que a política antidrogas dos EUA "falhou".
A declaração causou espécie em Washington -não é comum que o ocupante do posto diplomático mais alto do país fale mal das políticas locais no exterior-, mas há a percepção na Casa Branca de que também é preciso "zerar" as relações com o parceiro do sul.Além disso, a ex-primeira-dama não está totalmente errada. A Iniciativa Mérida -plano de combate às drogas no México e na América Central aprovado há três anos pelo Congresso dos EUA e que segue os moldes do Plano Colômbia- custa a sair do papel. Segundo o "Washington Post", do US$ 1,4 bilhão aprovado, apenas US$ 7 milhões foram gastos.Para César Duarte, presidente da Câmara dos Deputados mexicana, a iniciativa é símbolo das relações desiguais com os EUA. "O plano teve muita publicidade, mas pouco efeito real nos problemas que enfrentamos."
(SÉRGIO DÁVILA, UOL)
Relações se deterioraram devido ao narcotráfico na fronteira entre os dois países Pentágono apontou risco de vizinho latino se tornar "Estado falido"; visita é a primeira de um presidente americano desde 1996.
Em janeiro, um estudo do Pentágono afirmou que o México poderia se tornar um "Estado falido". A declaração repercutiu e acendeu um rastilho de pólvora que custou a Obama o envio de vários membros de seu ministério ao país para apagar, entre eles a secretária de Estado, Hillary Clinton, que foi adiante e disse que a política antidrogas dos EUA "falhou".
A declaração causou espécie em Washington -não é comum que o ocupante do posto diplomático mais alto do país fale mal das políticas locais no exterior-, mas há a percepção na Casa Branca de que também é preciso "zerar" as relações com o parceiro do sul.Além disso, a ex-primeira-dama não está totalmente errada. A Iniciativa Mérida -plano de combate às drogas no México e na América Central aprovado há três anos pelo Congresso dos EUA e que segue os moldes do Plano Colômbia- custa a sair do papel. Segundo o "Washington Post", do US$ 1,4 bilhão aprovado, apenas US$ 7 milhões foram gastos.Para César Duarte, presidente da Câmara dos Deputados mexicana, a iniciativa é símbolo das relações desiguais com os EUA. "O plano teve muita publicidade, mas pouco efeito real nos problemas que enfrentamos."
(SÉRGIO DÁVILA, UOL)
AMAZÔNIA - O Estado do Amazonas lança Rede de Malária
Serão destinados R$ 15 milhões para as pesquisas da Rede de Malária, lançada esta semana pelo governo do Amazonas. Esse valor será aplicado nas pesquisas durante 36 meses, que podem ser prorrogados por mais 36. A doença exige monitoramento e controle constantes na região, onde a ocorrência é grande.
Participam da rede o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) – na formação de recursos humanos, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (SECT), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), UEA e o Ministério da Saúde (MS).
A Rede é liderada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), que conta com o apoio de Fundações dos Estados do Pará, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Maranhão e Mato Grosso.
Durante o lançamento o diretor presidente da Fapeam, Odenildo Sena, destacou a ação da rede que vai avançar a pesquisa em relação à malária. “Nesse sentido, há dois pontos”, disse, “o primeiro, conseguirmos reunir recursos federais e estaduais e, segundo, somar esforços intelectuais e competências”.
O programa está estruturado para cinco anos, sendo que os recursos para os três primeiros, já estão assegurados. Ainda este ano um edital deve ser lançado nos mesmos moldes que a Rede de Malária, para aprofundar os estudos em relação à dengue.
Com informações da Ascom.
Participam da rede o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) – na formação de recursos humanos, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (SECT), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), UEA e o Ministério da Saúde (MS).
A Rede é liderada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), que conta com o apoio de Fundações dos Estados do Pará, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Maranhão e Mato Grosso.
Durante o lançamento o diretor presidente da Fapeam, Odenildo Sena, destacou a ação da rede que vai avançar a pesquisa em relação à malária. “Nesse sentido, há dois pontos”, disse, “o primeiro, conseguirmos reunir recursos federais e estaduais e, segundo, somar esforços intelectuais e competências”.
O programa está estruturado para cinco anos, sendo que os recursos para os três primeiros, já estão assegurados. Ainda este ano um edital deve ser lançado nos mesmos moldes que a Rede de Malária, para aprofundar os estudos em relação à dengue.
Com informações da Ascom.
AMAZÔNIA - SBPC - Últimos dias para apresentar resumos de trabalhos
Amanhã se esgota o prazo para o envio de resumos de trabalhos para participar da 61ª reunião de SBPC- Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Acesse o site da SBPC e confira detalhes do Evento.

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