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domingo, 8 de julho de 2012

Ministério (MCTI) abasteceu esquema de fraudes

Governo dá R$ 24 mi a ONG investigada

Instituto Muito Especial, que firmou 32 convênios com Ministério de Ciência,  Tecnologia e Inovação, é suspeito de contratar empresas de fachad.


O Ministério da Ciência e Tecnologia abasteceu, via convênios com uma entidade beneficiada por R$ 24,7 milhões em recursos públicos, um esquema de fraudes praticado por empresas de fachada.

Favorecido por 32 contratos na gestão do PSB no ministério, o Instituto Muito Especial forjava cotações de preços e contratava para executar os serviços fornecedoras ligadas aos seus dirigentes e que existem apenas no papel. Cerca de 90% dos recursos que abasteceram o esquema vieram de emendas parlamentares. O relato das fraudes consta de documentos que o ministério mantém sob sigilo, aos quais o Estado teve acesso.

Com sede no Rio de Janeiro, o Instituto Muito Especial obteve, desde 2008, R$ 22,4 milhões em emendas individuais do primeiro-secretário da Câmara, Eduardo Gomes (PSDB-TO), de dez ex-parlamentares e da Comissão de Ciência e Tecnologia da Casa, a título de desenvolver ações de apoio a portadores deficiência em vários Estados.

Sempre as mesmas. De acordo com dados, sob investigação da Controladoria-Geral da União (CGU), apesar da abrangência de sua atuação, a entidade contratava sempre as mesmas cinco empresas para executar os convênios, muita vezes a preços superiores aos autorizados nos normativos do ministério. A pasta não fiscalizava as parcerias, o que abria caminho para as irregularidades.
Veja matéria completa no Estadão Clicando AQUI

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Economia florestal no Brasil ainda não atende às expectativas



O país da maior floresta tropical do mundo tem uma economia florestal pequena, disse o presidente do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) e representante do Fórum Brasileiro de ONGs (organizações não governamentais) e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente, Rubens Gomes. Ele defende a criação de uma política nacional para o uso e gestão de florestas.

Sem uma política nacional que seja cumprida à risca, o sistema florestal brasileiro ficou frágil, situação que contribui para que os investidos não realizem investimentos Floresta Amazônica brasileira, acrescentou Rubens Gomes.

A solução, segundo o presidente do GTA, é compensar o vazio legal por meio do fortalecimento do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), criado em 2006. Para Rubens Gomes, cinco anos depois da criação do órgão, o SFB ainda está longe de atender as expectativas depositadas pela sociedade brasileira em seu funcionamento.

Marcus Vinicius Alves, diretor de concessão florestal e monitoramento do SFB, reconheceu que os contratos de concessão vem apresentando “um incremento pequeno”. Disse, porém, que, embora modesto, esse crescimento vem sendo “gradual, constante e responsável”. Acrescentou que, desde as primeiras licitações, em 2008, até hoje, já foram concedidos 150 mil hectares em duas florestas públicas (Floresta Nacional do Jamari, em Rondônia, e Floresta Saraca-Taquera, no Pará).

“Há 20 dias lançamos mais dois editais de licitação para área remanescente de Saraca-Taquera e outro para Floresta Jacundá (Rondônia) e ainda vamos concluir outros três editais até julho. Se todos os contratos se concretizarem vamos ter, no final do ano, 1,3 milhão hectares de florestas contratadas”, explicou Marcus Vinicius.

Outra questão considerada crítica por Marcus Vinicius é a falta de instrumentos econômicos, como subsídios e incentivos financeiros para a atividade florestal. “Precisamos de uma série de incentivos que, junto com repressão à ilegalidade, produziriam um salto quantitativo e qualitativo nas concessões”, disse. (Fonte: Carolina Gonçalves / Agência Brasil)

domingo, 29 de abril de 2012

Conservação Internacional Brasil. Contra polarização do discurso ambiental


ONG contra polarização do discurso ambiental



A dois meses da Rio+20, a conferência das Nações Unidas que trará, mais um vez para o País, a discussão sobre desenvolvimento e preservação, a pauta ambiental brasileira está em plena ebulição, aquecida pelas polêmicas em torno da construção de grandes hidrelétricas - a exemplo de Belo Monte, no Pará - e da recente votação final do Código Florestal, que entrou em pauta esta semana na Câmara. Discordantes sobre vários pontos, governo federal e ambientalistas construíram uma rotina de troca de críticas.

Recém-empossado diretor-executivo da Conservação Internacional Brasil, uma das ONGs ambientalistas mais tradicionais do mundo, André Guimarães engrossou esse caldo das críticas ao governo, que, segundo ele, tem dado pouca relevância à pauta ambiental - já que essa seria vista por setores do executivo federal como obstáculo ao desenvolvimento do País. Nesta entrevista cedida ao DIÁRIO dias antes da votação do Código Florestal, Guimarães comentou a tramitação código - que segundo ele foi conduzida com total irresponsabilidade pelo governo e pelo Congresso. Porém, o diretor-executivo da Conservação Internacional Brasil elogia os governos da Amazônia. Segundo avalia, eles têm feito o dever de casa em relação à preservação ambiental. Confira:

P: Que avaliação o senhor faz da política ambiental do governo da presidente Dilma Rousseff?

R: 
No geral, a política tem sido de retrocesso. Em 2011, pela primeira vez em 20 anos, nenhum hectare de área protegida foi criado no País. Esse é um indicador muito importante. Mas a gente precisa analisar a questão de maneira mais ampla. Não se criou área protegida. Pelo contrário, as áreas protegidas foram reduzidas em termos absolutos e nitidamente não há uma priorização da pauta ambiental nas discussões do governo e do Congresso. O código florestal é um exemplo, Houve um desleixo do governo em relação à discussão do código. A própria postura da presidente Dilma em relação à questão dos licenciamentos é sintomática. Ela tem por hábito tratar as questões ambientais muito mais como obstáculo ao desenvolvimento do que como um elemento a mais que precisa ser tratado no processo.

P: O grande embate atual entre o governo e os ambientalistas está em torno da matriz energética. É um conflito impossível de ser resolvido no Brasil hoje?

R:
 Em minha opinião, de forma nenhuma. E por uma razão simples e prosaica: a base da geração de energia no Brasil é a hidrelétrica. Quem conserva a água que gera energia são as florestas. Ou seja, não há incompatibilidade. Pelo contrário, essas duas coisas deveriam andar juntas. O planejamento energético do País, fundamentado em hidráulica como a presidente Dilma preconiza, deve supor que, antes de desenvolver a parte de engenharia dos projetos de geração, devemos cuidar do recurso principal que é a água e cuidar de água significa preservar florestas.

P: Na prática, contudo, o que a gente tem visto é um grande embate entre ambientalistas e defensores das hidrelétricas...

R: 
É importante deixar claro que ninguém discute a necessidade de energia para o País. Hidrelétrica também não se discute. É importante que tenhamos as hidrelétricas na nossa matriz energética. Mas há dois aspectos que precisam ser analisados. Primeiro, o governo priorizou quase exclusivamente hidrelétricas, em detrimento de uma matriz energética diversificada. Outro problema foi o atropelo no processo de licenciamento dessas hidrelétricas. Tivemos processos mal conduzidos, projetos mal desenhados, ações públicas e privadas, muitas vezes, contrárias aos interesses de comunidades locais, que não foram ouvidas. Tanto do ponto de vista de priorização quanto do processo, fomos equivocados, e a consequência são conflitos como estamos vendo todos os dias em relação a essas obras.

P: A presidente Dilma declarou recentemente que as pessoas contrárias às hidrelétricas no Brasil vivem uma fantasia... Há preconceito do atual governo em relação às demandas dos ambientalistas?

R: 
Não sei se a palavra é preconceito. O que há é uma pouca relevância, pouca consideração dada à questão. Essa visão, de que a pauta ambiental é um obstáculo ao desenvolvimento, é que gera esse tipo de conflito. Na realidade essa frase da presidente Dilma está criando uma polarização. Ou se está a favor, ou contra. E o desafio da pauta ambiental é integrar. Estamos falando de gerar energia elétrica, a partir de água que precisa de floresta para ser conservada. Para que essa equação possa ser devidamente entendida pela sociedade, um líder como a presidente deve buscar entendimento e não segregar. Essa declaração dela foi infeliz.

P: Em encontro feito recentemente em Belém os governadores da Amazônia declaram que têm feito o dever de casa quanto à questão ambiental. O senhor concorda?

R: 
Concordo. Acho que houve um esforço, em diferentes níveis. Não vou nominar este ou aquele que foi mais importante no processo, mas o conjunto dos amazônidas deu resposta ao Brasil, sim.

P: Os governadores agora reivindicam compensações por esse esforço...

R: 
Também concordo. Entretanto temos que considerar o fato de que é muito difícil definir como fazer isso de forma justa. Vamos compensá-los como? Transferindo impostos do Sul do Brasil para cá? Cobrando pelos produtos gerados aqui o que pode, inclusive, acabar sendo prejudicial para a produção local? Transferindo renda de outras regiões do Brasil e do mundo para cá? Há uma série de perguntas, de mecanismos financeiros e legais que precisam ser criados, antes podermos responder a essa pergunta. Tendo sido feito o dever de casa, o próximo passo é criar mecanismos de compensação, mas hoje em dia ainda não temos clareza de qual seriam esses mecanismos de justa remuneração pelos serviços ambientais que Amazônia presta para o planeta.

P: A Amazônia tem alguns dos piores índices de qualidade de vida do mundo. É preciso preservar e ao mesmo melhorar esses índices. Como é possível?

R:
 Essa é a pergunta de um milhão de dólares. Infelizmente ainda há uma percepção da sociedade de que há correlação entre preservação e pobreza. O paradigma novo é como conseguir nos desenvolver preservando o ambiente. Até porque, do contrário, qualquer desenvolvimento vai ser efêmero. Dura pouco. Sustentabilidade significa desenvolvimento, qualidade de vida para esta e paras as próximas gerações. Precisamos ter certeza de que o capital natural, a água, a floresta, o solo, estarão preservados. Essa é a questão de toda a sociedade global. Daí as conferências, daí a Rio + 20, as políticas e todo o debate em torno do tema ambiental.

P: O novo Código Florestal é realmente um desastre para o ambiente, como ambientalistas têm afirmado?

R:
 Desastre é uma palavra forte, mas a discussão sobre a alteração do Código Florestal Brasileiro tem um erro de origem. Começou mal fundamentada cientificamente. Essa é uma discussão diferente daquela que envolve, por exemplo, uma medida provisória que vai alterar alíquotas de imposto, e que pode ser alterada novamente daqui a seis meses. Estamos falando de um conjunto de leis que vai afetar a mim, a você aos nossos filhos, netos e bisnetos, provavelmente. É uma legislação extremante complexa, que está afetando as pessoas que estão aqui nesse País hoje e as que estarão no futuro. Essa discussão deveria ter sido feita de uma forma mais responsável e houve irresponsabilidade do Congresso nacional e do governo federal. Houve ausência de fundamentação científica. O perdão das multas por desmatamentos passados, por exemplo, é um problema. Se você tem a oportunidade de ser perdoado de uma dívida, terá dois ganhos pessoais: primeiro deixar de pagar e segundo cria uma expectativa de que sempre que fizer uma coisa errada vai ser perdoado no futuro.

P: Alguns dizem que para os pequenos produtores fica muito pesado manter uma área preservada de 80%. Deve haver tratamento diferenciado entre pequenos e grandes proprietários?

R: 
Não arriscaria dizer que deva ter política diferenciada para pequenos, médios ou grandes. O que a gente defende é que deveria haver fundamentação técnica e científica na decisão sobre o que deve ser preservado e o que deve ser disponibilizado para a produção. A questão não é se fica 80% [da propriedade preservada] na pequena, na média ou na grande. A questão é quanto nós devemos preservar de um determinado bioma, de um determinado ecossistema para assegurar que aquele capital natural esteja preservado para o futuro. E isso pode significar 1% de uma propriedade ou 99% de outra. A resposta a essa perguntas não deve ser política, mas científica.

P: O zoneamento econômico, ecológico não responde a essa questão?

R: 
Ele é uma ferramenta. Esse é um conjunto de informações que deveria ter sido levado em conta para uma proposta de novo código florestal. Mas aí teremos uma série de problemas. O Pará fez [o zoneamento], mas quantos Estados fizeram? O Congresso Nacional conhece o que foi feito no Pará, Rio de Janeiro, Espírito Santos, Minas Gerais? Tenho certeza de que não. O esforço que alguns Estados fizeram sequer foi levado em consideração.

P: Quais são as novas metas da Conservação Internacional a partir de agora?

R: 
Estamos diante de uma nova realidade. Estamos focando nossa atuação no País em direção da economia verde. Depois da luta para criação das áreas de preservação, temos o desafio de tornar essas conquistas conhecidas para que a sociedade veja nessas áreas um valor. A preservação de um parque, por exemplo, que preserve nascente de rios que abastecem cidades deve ser valorizada. Na primeira fase da nossa atuação, ajudamos a criar o parque, a partir de agora temos que mostrar para a sociedade que e preciso valorizar esse parque. A sociedade brasileira é muito sensível à questão ambiental. E não é por outra razão que o código [florestal] vai e vem [no Congresso]. A sociedade está incomodada. Precisa apenas ser corretamente informada. Durante 25 anos nossa missão foi a preservação das espécies, preservação ambiental, criação de áreas protegidas. Agora recebemos novas palavras que são “para benefício do homem e bem-estar da humanidade”. Trabalhamos para conservação da natureza, mas voltados para o bem-estar humano. (Diário do Pará)

quarta-feira, 18 de março de 2009

BRASIL, AMAZÔNIA BIOPIRATARIA - Governo age para barrar ONGs estrangeiras na Amazônia, diz Tuma Jr

O governo brasileiro está se preparando para expulsar entidades não-governamentais internacionais que sejam consideradas uma ameaça à segurança nacional e vai restringir o acesso de estrangeiros a propriedades na Amazônia, disse em entrevista à Reuters o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior.

ONGs estrangeiras tiveram que fornecer ao governo, até o início de fevereiro, detalhes de suas operações e efetuar seus registros junto a autoridades, incluindo a Polícia Federal. Apenas 90 entre centenas de entidades estrangeiras cumpriram as exigências.

"Estamos planejando uma atuação da Polícia Federal, fiscalizando estas organizações que não se cadastraram para ver se elas já estão saindo ou se permanecem na clandestinidade, e aí vão ser fechadas", disse o secretário de Justiça em entrevista na segunda-feira (9).O governo acusa alguns grupos de espionagem industrial, de prejudicar a cultura dos índios nativos e de biopirataria - roubo de plantas medicinais para uso farmacêutico.O secretário afirmou que a Polícia Federal tem provas de que ONGs estrangeiras desrespeitara a lei, mas não deu nenhum detalhe.

No passado, muitas já foram expulsas do país sem julgamento adequado, segundo ele.Para os que que criticam a medida, a ação do governo contra os estrangeiros seria uma reação à crescente pressão internacional para que o país reduza o desmatamento na Amazônia."A gente quer parcerias, quer sócios. Não queremos que alguém suponha que a terra não é nossa. Às vezes, nesses discursos, há pessoas que passam da conta - 'A Amazônia é do mundo, não é do Brasil não'", afirmou Tuma Júnior. "A Amazônia é do Brasil, a Amazônia é nossa.

"No ano passado, o comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno, afirmou que as fronteiras do país eram vulneráveis devido às demarcações de terras indígenas na região, onde muitas ONGs estrangeiras estão presentes.
Reuters