RIO - Após meses lutando contra um câncer na garganta, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia aos poucos a retomada de sua vida pública. O palco escolhido para seu retorno foi o Rio de Janeiro, onde participou, nesta sexta-feira, do segundo evento público, depois do fim tratamento.
Ontem, o ex-presidente participou de seminário promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que tinha a África como tema. Hoje, no Teatro João Caetano, no centro do Rio, Lula recebeu títulos de Doutor Honoris Causa de cinco universidades com sede no Estado do Rio: Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
Nos dois eventos, Lula contou com a presença do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), alvo de acusações, desde a semana passada, de manter relações antiéticas com empresários. No evento de hoje, Lula subiu ao palco do teatro acompanhado de Cabral, e ambos foram saudados entusiasticamente pela plateia. Entre os convidados na cerimônia, estavam a presidente Dilma Rousseff; do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB); além de reitores das universidades que homenagearam Lula e integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE). Cabral sentou-se do lado esquerdo do ex-presidente, também era ladeado pela presidente Dilma.
Embora Dilma tenha sido saudada aos gritos de “Olê, olê, olê olá/Dilma/Dilma”, Lula foi a grande estrela e foi o mais aplaudido entre os citados no evento.
A bengala, usada como apoio no evento de ontem no BNDES, foi deixada de lado. Hoje, o ex-presidente contou com o apoio de braços, nas duas vezes em que transitou pelo palco do Teatro. A atriz Camila Pitanga foi a mestre de cerimônias do evento e quebrou o protocolo ao pedir à Dilma o veto ao Código Florestal.
Apenas Lula discursou no evento de hoje. Após vestir samarra e capelo vermelhos, cor símbolo das Ciências Humanas, pediu desculpas por não improvisar e leu sua fala de um papel, bebendo água várias vezes para molhar a garganta.
Com voz fraca, que pouco lembra o tom rouco característico dos dias pré-câncer, agradeceu a homenagem e exaltou o Rio, em discurso de de cerca de vinte minutos, com duas interrupções.
“O Rio de Janeiro passa por um grande momento, que há muito não tínhamos, com programas de segurança e infraestrutura. O Estado passa por uma revolução econômica e social”, disse.
O ex-presidente também dirigiu elogios aos avanços do Brasil na última década. “Não há município brasileiro onde o governo federal não venha fazendo investimentos no ensino básico. Entre 2001 e 2010, a desigualdade atingiu o seu menor nível” afirmou.
Lembrou ainda do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), elogiou Dilma e o sistema de cotas aprovado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), acrescentando que a decisão “vai melhorar a qualidade do ensino” no país.
(Diogo Martins/Valor)
Ontem, o ex-presidente participou de seminário promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que tinha a África como tema. Hoje, no Teatro João Caetano, no centro do Rio, Lula recebeu títulos de Doutor Honoris Causa de cinco universidades com sede no Estado do Rio: Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
Nos dois eventos, Lula contou com a presença do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), alvo de acusações, desde a semana passada, de manter relações antiéticas com empresários. No evento de hoje, Lula subiu ao palco do teatro acompanhado de Cabral, e ambos foram saudados entusiasticamente pela plateia. Entre os convidados na cerimônia, estavam a presidente Dilma Rousseff; do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB); além de reitores das universidades que homenagearam Lula e integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE). Cabral sentou-se do lado esquerdo do ex-presidente, também era ladeado pela presidente Dilma.
Embora Dilma tenha sido saudada aos gritos de “Olê, olê, olê olá/Dilma/Dilma”, Lula foi a grande estrela e foi o mais aplaudido entre os citados no evento.
A bengala, usada como apoio no evento de ontem no BNDES, foi deixada de lado. Hoje, o ex-presidente contou com o apoio de braços, nas duas vezes em que transitou pelo palco do Teatro. A atriz Camila Pitanga foi a mestre de cerimônias do evento e quebrou o protocolo ao pedir à Dilma o veto ao Código Florestal.
Apenas Lula discursou no evento de hoje. Após vestir samarra e capelo vermelhos, cor símbolo das Ciências Humanas, pediu desculpas por não improvisar e leu sua fala de um papel, bebendo água várias vezes para molhar a garganta.
Com voz fraca, que pouco lembra o tom rouco característico dos dias pré-câncer, agradeceu a homenagem e exaltou o Rio, em discurso de de cerca de vinte minutos, com duas interrupções.
“O Rio de Janeiro passa por um grande momento, que há muito não tínhamos, com programas de segurança e infraestrutura. O Estado passa por uma revolução econômica e social”, disse.
O ex-presidente também dirigiu elogios aos avanços do Brasil na última década. “Não há município brasileiro onde o governo federal não venha fazendo investimentos no ensino básico. Entre 2001 e 2010, a desigualdade atingiu o seu menor nível” afirmou.
Lembrou ainda do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), elogiou Dilma e o sistema de cotas aprovado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), acrescentando que a decisão “vai melhorar a qualidade do ensino” no país.
(Diogo Martins/Valor)
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