O forte terremoto que atingiu a região de Maule, no Chile, em 2010, pode ter afundado o solo marinho em determinadas áreas e causado o desaparecimento de habitats naturais, segundo estudo publicado na “PLoS ONE”.
A pesquisa, divulgada nesta semana foi realizada por cientistas de universidades do Chile, Estados Unidos e Alemanha.
Eles apontaram casos de subsidência (deslocamento de superfícies terrestres para baixo) encontrados em algumas praias, o que modificou a altura de alcance das marés, por exemplo.
Tais fenômenos foram detectados em praias de Maule e Boyeruca, por exemplo. O estudo aponta ainda houve uma redução na quantidade de espécies e habitats naturais nessas áreas.
Em algumas praias de areia brancas, por exemplo, não há mais presença de alguns tipos de vegetais marinhos.
Impacto positivo -Já em localidades onde existiam barreiras construídas pelo homem (conhecidas como quebra-mar), agora é possível verificar a presença de invertebrados nos costões rochosos.
Segundo a pesquisa, já há indícios de colonização de invertebrados nessas áreas, que antes eram excluídos devido às barreiras impostas.
Esses animais teriam sido “afastados” dessas áreas devido às construções e agora “retomam” a região como consequência da catástrofe.
Em 27 de fevereiro de 2010 um terremoto de magnitude 8,8 atingiu o Chile e durou cerca de três minutos. O tremor causou um tsunami de 2,6 metros na região de Valparaíso e foram confirmadas 723 mortes. Porém, o governo chileno trabalha com um grande número de desaparecidos. (Fonte: Globo Natureza)
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