quarta-feira, 2 de novembro de 2011

ENEM. Qual isonomia?

ENEM. Pode haver isonomia quando um vestibulando respondeu correta as 13 perguntas eliminadas e outros, que erraram, foram favorecidos?.

O ministro candidato, já começou errando no seu primeiro teste de campanha. Mas quando penso na Martha como "perfeita" "refeita" de São Paulo, me poupem de novo.

Veja materia do Diário do Pará. 

A expressão da estudante do terceiro ano do ensino médio, Natália Eugênio, ao falar sobre a decisão da Justiça de anular em todo o Brasil 13 questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é de indignação. Cada vez que a vestibulanda se lembra que errou apenas uma das 13 questões invalidada na prova, sua voz se eleva e as mãos ficam inquietas. “Isso é um absurdo! Deixa qualquer pessoa indignada”.

Anunciada na noite da última segunda-feira, a decisão do juiz da 1ª Vara Federal, Luís Praxedes Vieira da Silva, de invalidar 13 questões da prova foi motivada pelo vazamento das perguntas para um colégio de Fortaleza antes da aplicação da prova. Apesar do pedido do Ministério Público Federal no Ceará de anulação total do exame e da sugestão do Ministério da Educação (MEC) de que apenas os 639 alunos da escola refizessem a prova, a Justiça definiu que as questões fossem anuladas em todo o Brasil.

Para quem se preparou o ano inteiro para o exame, a decisão não foi a mais justa. “Isso vai diminuir a minha pontuação”, acredita Natália. “É muito complicado porque o governo está prestando um serviço sem credibilidade nenhuma. Desde 2009 vem apresentando problemas, então você já espera os erros”.
A desmotivação presente na fala de Natália também é percebida em outros alunos pelo professor Júlio Reis. Desde que a decisão foi anunciada, vários deles o procuraram para saber sua opinião. “Como explicar para um aluno que não se pode colar se ele não tem referência nem do próprio MEC?”, questiona. “A educação é uma processo que possibilita a mudança da sociedade, mas como dizer para o aluno agüentar firme diante dessa situação?”.

Para ele, a discussão vai muito além da decisão emergencial de se anular algumas questões e passa pelo próprio processo de formação do aluno. “O que está em questão é a confiabilidade. Quando o aluno se depara com essas coisas, ele avalia e passa a perder o foco e interesse em fazer o Exame”, acredita. “Agora, o Enem não mais apenas avaliativo, é seletivo. O prejuízo é maior”.

UFPA
Preocupada com a contagem da pontuação da prova após a anulação das questões, a estudante Flávia Xavier também se pergunta se ainda pode haver mudanças. “Aqui (na escola onde estuda) nós já estamos focados no conteúdo de outras faculdades que é diferente. E se ainda for anulado? Como vamos ficar?”.

Apesar de ainda incerta, a possibilidade de mudanças sobre os rumos que o Enem 2011 deve tomar existe. No site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela organização da prova, uma nota informa que o MEC irá recorrer da decisão de anulação das questões no Brasil, por entenderem que resolução é desproporcional.
Independente da decisão definitiva, a também estudante Luiza Viana já se diz frustrada com a situação. “A essa altura, qualquer decisão é injusta. A anulação das questões em todo o Brasil favorece uma parte e prejudicam outras”, acredita.
Diante da atual situação do Enem, a Universidade Federal do Pará (UFPA) informou que pretende manter o Enem como a primeira fase de seu Processo Seletivo 2012. Este ano as notas do Enem, que equivalem à metade do valor total das notas dos candidatos, serão entregues já padronizadas pelo Inep à UFPA.

“Até aqui não há nada que possa comprometer, nem a manutenção do Enem como parte do processo seletivo da UFPA, nem a validade do Exame”, informou Marlene Freitas, pró-reitora de Ensino de Graduação. (Diário do Pará)

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