quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Cientistas criticam novo corte no orçamento de áreas estratégicas para o desenvolvimento do País




Cientistas se mostram preocupados com o impacto negativo que o corte de mais de 22% no orçamento do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT&I) pode provocar no desenvolvimento nacional em médio prazo, justamente em um momento em que o Brasil conquista status de sexta economia do mundo. 

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A presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, criticou o governo federal pelo corte de investimentos em áreas consideradas estratégicas para o desenvolvimento do País, como ciência, tecnologia e inovação. Apesar de o ministério ter incorporado "inovação" ao nome no ano passado, Helena lembrou isso não se refletiu em reforço orçamentário.

"Quando se corta na cadeia de produção que envolve educação, ciência, tecnologia e finalmente a inovação demora-se um tempo para ver efeito nocivo do que foi esse corte", analisa Helena. "Essas são áreas estratégias para o Brasil ser um país de primeiro mundo", complementa.

Ao se mostrar "chocada" com o novo bloqueio de investimentos para tais áreas, Helena observa que essa decisão segue na contramão da tendência de países desenvolvidos. "Fico muito preocupada. Quero imaginar que talvez a presidente Dilma não tenha visto quão nocivo é o corte para a nação brasileira", complementa.

Encolhimento do orçamento - Com o novo contingenciamento, em dois anos o orçamento do MCTI encolheu de R$ 7,8 bilhões, em 2010, para R$ 5,2 bilhões em 2012. Apenas este ano perderá 23% dos R$ 6,7 bilhões que estavam previsto na Lei Orçamentária Anual.

Helena também criticou o corte de R$ 1,9 bilhão no orçamento da Educação, anunciado na semana passada. Justificando a decisão do governo federal, o Ministério da Fazenda disse que a intenção é fazer frente ao cumprimento da meta cheia do superávit primário de R$ 140 bilhões este ano.

A presidente da SBPC teme que o corte prejudique programas importantes, como o Ciência sem Fronteiras, por exemplo, que prevê até 2014 a concessão de 100 mil bolsas para formação no exterior.

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