De olho na China
Vítima
da recessão global e da desaceleração brusca no setor imobiliário no
curto prazo, a economia chinesa será freada em 2012 – ano em que os
investimentos serão menores e as exportações também. A avaliação é do
Departamento Econômico do Itaú Unibanco, que compilou uma série de
respostas a questões levantadas por investidores ao longo do tempo. O
economista-chefe da instituição, Ilan Goldfajn, divulgou no fim de
dezembro um documento reunindo projeções sobre atividade, inflação,
sistema financeiro e estatísticas econômicas do país.
O consumo, que está avançando a uma taxa de 9,3% neste ano, deve manter o mesmo ritmo em 2012, enquanto os investimentos em setores controlados pelo governo já mostram desaceleração.
Nos demais setores, esclarece o economista, os investimentos são compatíveis com a expansão da renda e da competitividade. Especificamente sobre o setor imobiliário, o Itaú Unibanco prevê desaceleração, em movimento induzido pelo governo.
Em 2012, a inflação chinesa deve preocupar menos, em função da estagnação das commodities e da desaceleração da atividade doméstica.
Ao esclarecer dúvidas sobre o sistema financeiro na China, o Itaú Unibanco lembra que a última reforma que aconteceu por lá (1998-2008) envolveu compra de carteiras de crédito inadimplentes, capitalização dos bancos pelo governo e abertura de capital das instituições que devem enfrentar aumento de inadimplência nos próximos anos. Esse aumento decorrerá de empréstimos aos governos locais. Mas os bancos comerciais têm capacidade de absorver as perdas.
Quanto às estatísticas chinesas, o Itaú Unibanco comenta
que são confiáveis, mas alerta que possuem falhas. “Permitem avaliar a
evolução da atividade e da inflação”, conclui Passos.
Valor Econômico.
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