Iolando Lourenço
O presidente da Câmara,
deputado Marco Maia (PT-RS), reafirmou que a votação do Código Florestal
está mantida para os dias 3 e 4 de maio, mas admitiu que a data pode
ser alterada mais uma vez, caso haja acordo das lideranças partidárias.
“Estamos com a data marcada. Mas, se houver um consenso, um acordo
entre as lideranças para mudar a data, não será a presidência da Câmara
que irá se opor a esta mudança”, disse Maia.
Na tarde de hoje, a
presidenta da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC),
Helena Nader, e representantes da comunidade científica se reuniram com
Marco Maia para pedir o adiamento da votação. Eles querem que o texto
possa ser votado levando em conta o pensamento da comunidade científica.
Marco
Maia informou que recebeu "com atenção" a proposta da SBPC e disse aos
representantes da comunidade científica que eles precisam conversar com o
governo e com os deputados para apresentar suas propostas. Segundo
Maia, a mudança da data de votação do código depende das lideranças e
bancadas da Câmara.
Marco Maia anunciou que, amanhã (26), os
ministros da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário, do Meio Ambiente e
das Relações Institucionais vão estar na Câmara, às 15 horas, para uma
reunião com os líderes partidários, quando apresentarão os pontos
defendidos pelo governo e conversarão sobre a votação do código. “O
importante é que o governo já unificou uma posição e os ministérios têm
uma opinião comum sobre o Código Florestal”, disse.
Marco Maia
também se reuniu com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para
acertar o calendário de votações do Congresso Nacional para o mês de
maio. No dia 3, será votado o projeto da representação brasileira no
Parlamento do Mercosul e, no dia 11, a ideia é pôr em pauta os cerca de
1,4 mil vetos presidenciais que tramitam no Congresso Nacional.
Os
dois presidentes também falaram sobre a reforma política. “Uma coisa
ficou certa, nós estamos determinados a ir em frente na reforma
política, com todas as dificuldades que poderemos encontrar, mas a
determinação nossa é a de, realmente, concluir a votação da reforma
política”, disse Sarney após o encontro.
Segundo ele, mesmo se
não houver consenso para a votação, o projeto irá a plenário, “onde a
maioria vai escolher qual o modelo que o Brasil deve seguir”.
Edição: Vinicius Doria
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