sexta-feira, 15 de abril de 2011

Código Florestal está no centro do debate de evento em Parintins

PARINTINS - O debate em torno do Código Florestal estava em primeiro plano na manifestação dos integrantes de movimentos sociais reunidos em Parintins, no Amazonas, para um grande encontro de pequenos produtores, extrativistas, ribeirinhos e índios com o governo.

A faixa de protesto, de 300 metros quadrados, foi estendida na arena mais famosa da Amazônia, o bumbódromo onde a festa dos bois Garantido e Caprichoso reúne milhares de turistas a cada mês de junho.

A manifestação “O Grito da Amazônia” foi o início de um encontro de dois dias dos movimentos sociais com o governo. A pauta, os gargalos do manejo florestal, o diagnóstico técnico que diz como os recursos da floresta podem ser aproveitados de modo sustentável.

O governo tem feito políticas públicas para impulsionar a exploração legal, mas a queixa é que as iniciativas não têm chegado às comunidades.

Esperam-se 600 pessoas para o "Grande Encontro Parintins" organizado pelo Fórum Amazônia Sustentável, entidade que reúne centenas de associações na Amazônia. Para a reunião é esperada a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

A foto do “Grito da Amazônia” conta outra história da região. A imagem, feita a partir do avião do Greenpeace foi enviada rapidamente à imprensa - Parintins, na divisa do Amazonas com o Pará, possui internet sem fio em toda parte, embora funcione de maneira instável.

Mas o avião da ONG não pode pousar em Parintins durante o dia, como pretendiam os ambientalistas porque a cidade tem um grave problema de lixo – e uma superpopulação de urubus.

O assunto é tão sério que os aviões só conseguem pousar depois das 18 horas. “Em Tefé é o mesmo problema. Tem wireless no meio da Amazônia, mas aviões não pousam” diz Paulo Adário, coordenador da campanha Amazônia do Greenpeace.
(Daniela Chiaretti | Valor)

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