De PAUL SINGER - Tendências e debates, Folha de São Paulo.
Os governos reconhecem que esta crise não pode mais ser contida apenas pela redução de juros e apelam para o arsenal keynesiano
DESDE a inesquecível crise de 1929, a presente é a primeira a ser combatida com políticas retiradas do arsenal teórico keynesiano. Em 1929, quando o estouro da Bolsa de Wall Street deu início à mais longa e arrasadora crise da história do capitalismo, era consenso que os governos deveriam manter austeras suas políticas monetária e fiscal, por temor de uma possível inflação, induzida pela recuperação do consumo e da inversão.
O que houve, porém, foi uma deflação infindável que perpetuou a retração da demanda efetiva, o desemprego em massa e o empobrecimento da maioria da população. Diante do desastre, alguns governos (entre os quais o brasileiro e o sueco foram dos primeiros) jogaram o consenso conservador fora e passaram a usar o crédito e o orçamento público para fomentar diretamente o consumo, a inversão e a substituição de importações, tendo em vista incrementar a qualquer custo a atividade econômica nacional.
Essas políticas, movidas pela coragem do desespero, lograram fazer com que o mundo emergisse de uma crise que parecia não ter fim.
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http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1702200908.htm
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