segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Aécio busca Marina e homenageia Campos


Otimismo de Aécio: o candidato à Presidência pelo PSDB acena logo depois de votar, ontem, em Belo Horizonte; agora sua prioridade é buscar o apoio de Marina Silva para o segundo turno





O senador e candidato presidencial pelo PSDB, Aécio Neves, confirmou a virada sobre Marina Silva (PSB), que as pesquisas já vinham apontando, e disputará com a presidente Dilma Rousseff (PT) o segundo turno das eleições. Ele surpreendeu na votação ontem e ficou apenas oito pontos percentuais atrás de Dilma.

Aécio teve uma vantagem de 4 milhões de votos sobre a presidente Dilma em São Paulo, no maior colégio eleitoral do país.

O tucano terá como tarefa imediata tentar atrair o apoio de Marina Silva, o que tornaria mais fácil a migração de eleitores marinistas para ele no segundo turno. O PT também brigará por uma costura eleitoral com Marina.

Ontem à noite, ao comentar os resultados da eleição, ele lembrou Eduardo Campos, candidato do PSB morto no início da campanha num acidente aéreo. Foi uma reverência a um amigo, mas também um claro aceno para cativar Marina e alas do partido ligadas ao antigo líder.

"Quero aqui, desde já, deixar uma palavra de homenagem muito pessoal a um amigo, a um homem público honrado, digno, que foi abatido por uma tragédia no meio dessa campanha: o governador Eduardo Campos. A ele, aos seus ideais e aos seus sonhos também, a minha reverência. Nós saberemos juntos transformá-los em realidade", disse Aécio.

"É hora de unirmos as forças. A minha candidatura não é mais a candidatura de um partido político ou de um conjunto de alianças", afirmou, em entrevista coletiva no comitê da campanha tucana em Belo Horizonte.

Um interlocutor de Aécio disse ao Valor, no sábado, já ter tido duas conversas por telefone na semana passada com um dos políticos próximos a Marina. "Foi o começo de um ensaio de diálogo."

O grupo de Aécio dá um senso de urgência a essa aproximação. O ideal, segundo duas pessoas do círculo de Aécio, é que a abordagem seja rápida e que no máximo até o fim da semana a união entre os candidatos esteja sacramentada. O segundo turno está marcados para o dia 26.

Aécio disse ontem que não havia tido ainda nenhum contato com o campo de Marina e afirmou ter "enorme respeito pessoal" por ela.

O tucano, no entanto, fez um convite: "Nosso projeto é um projeto generoso. Não é o projeto de um partido é um projeto da sociedade brasileira e todos aqueles que quiserem se somar a ele e tiverem contribuições a dar a essas mudanças serão muito bem vindos".

Ex-integrante do PT por mais de 20 anos e ex-ministra do Meio Ambiente do governo Lula, Marina será também cortejada pelos petistas - se não para aderir a Dilma, ao menos para se manter neutra, como fez em 2010. O presidente do PSB, Roberto Amaral, é próximo de Lula. Lideranças petistas afirmam que uma fatia importante dos eleitores de Marina tende a apoiar mais facilmente a candidata do PT.

No caso do PSDB, ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é visto pelo grupo de Marina como a pessoa com quem ela fará a ponte para um início de conversa com Aécio Neves.

Na corte de Aécio a Marina, além do ex-presidente, outra pessoa terá importância: a viúva de Eduardo Campos, Renata Campos. "Sem dúvida ela será uma conselheira importante. Marina ouve a Renata e tem uma ligação pessoal e política muito sólida", disse o interlocutor da candidata ouvido pela reportagem

Aécio disse que não tinha ainda nenhuma conversa agendada com ela e que é "muito cauteloso com relação a essas questões".

No lado dos tucanos, a avaliação é que, além de FHC, outros nomes serão importantes na tentativa de costura com Marina. Entre eles, estão Márcio França (PSB), que se elegeu vice-governador de São Paulo na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB); o candidato a vice de Marina, Beto Albuquerque (PSB), o presidente do PPS, Roberto Freire.

Mas a conversa com a Marina terá de ser com o Aécio, acrescenta um parlamentar tucano, dizendo que essa não é uma discussão que possa ser "terceirizada".

Marina chegou a ter 34% das intenções de voto, encostando em Dilma, que tinha 35%, na pesquisa do Datafolha feita entre 1 e 3 de setembro. Aécio apareceu com 14%. Para recuperar o segundo lugar nas pesquisas, a campanha tucana começou a criticar Marina, dizendo que ela não tinha experiência de gestão, que suas opiniões oscilavam em função de conveniências e que não era, de fato, oposição ao governo atual, já que esteve por mais de 20 anos no PT.

Aécio procurou, no entanto, misturar as críticas palavras positivas e de respeito sobre a adversária.

No sábado, o interlocutor de Aécio disse à reportagem que, na semana passada, teve duas conversas longas com uma pessoa da confiança de Marina e que os contatos serviram de "sinalização", de "abertura das conversas" sobre um apoio de Marina a Aécio - ou de Aécio a Marina.

As últimas pesquisas mostraram uma ascensão de Aécio proporcional à contínua queda de Marina. O tucano recuperou votos em Minas, sua base eleitoral e Estado que ele governou entre 2003 e 2010. Mas, ainda assim, teve menos votos do que Dilma entre os mineiros.

Sua campanha na TV foi marcada por exemplos de políticas bem sucedidas que ele adotou quando governador e que ganhariam escala caso fosse eleito presidente.

Mas Aécio terá dificuldades de continuar a exibir Minas como sua vitrine no segundo turno. Não apenas ele teve menos votos do que Dilma no Estado, como o candidato a governador apoiado por ele, o tucano Pimenta da Veiga, foi batido no primeiro turno por Fernando Pimentel, do PT, depois de três gestões seguidas do PSDB.

Aécio disse ontem que a oposição a Dilma já foi vitoriosa porque teve a maioria dos votos no primeiro turno. "Eu me sinto extremamente honrado em ser o representante desse sentimento."

Ele prometeu intensificar as ações de campanha já a partir de amanhã. O tucano estará em São Paulo hoje para definir com coordenadores da campanha suas próximas viagens pelo país.

Ainda sobre as futuras conversas entre tucanos e marinistas, os dois lados usam o mesmo termo quando se referem à forma a conversa entre Marina e Aécio terá de se dar: em bases programáticas. Quem convive com Marina acredita que ela começará a conversa com base nos compromissos que a candidatura de Aécio assumirá e no interesse dele em absorver algumas bandeiras que ela considere mais importantes.

É a mesma postura que ela teve em 2010, quando ficou em terceiro lugar nas eleições presidenciais, atrás de José Serra (PSDB) e Dilma. Naquele ano, ela acabou não apoiando nenhum dos dois no segundo turno.

Para o parlamentar tucano, a "discussão programática" não será dificuldade. Ele lembra que conselheiros econômicos de Marina, Eduardo Gianetti da Fonseca e André Lara Resende, defendem posições muito semelhantes à da campanha do PSDB.

Uma das poucas diferenças que apareceram na campanha diz respeito ao Banco Central. Marina passou a defender que é necessário que instituição seja independente do Poder Executivo. Aécio, não.

Nas políticas sociais, ainda conforme o parlamentar tucano, não há diferenças entre os dois lados. As únicas arestas seriam quanto à questão ambiental e ao agronegócio, temas em que Marina já defendeu posições mais restritivas e críticas do que Aécio.

Por Marcos de Moura e Souza | De Belo Horizonte

sábado, 4 de outubro de 2014

Discurso Marina Silva - São Paulo - SP - 30/09/2014

Dilma só cumpriu uma entre dez grandes metas


Metas como criação do ProUni do ensino médio e fixação do piso nacional do magistério, exploradas na campanha de 2010, ficaram no discurso. Campanha petista diz que cumprimento das propostas “persistirá no segundo mandato”





Tai Nalon, especial para o Congresso em Foco


No cada vez mais consolidado quadro de polarização entre Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB), a candidata à reeleição tem sido cobrada a apresentar propostas claras para um eventual segundo mandato presidencial. Mas, diferentemente de Marina, que já apresentou seu programa de governo, a petista está diante de um dado que reporta à eleição de 2010: entre os dez principais temas abordados pela candidata naquele pleito, pode-se dizer que apenas um prosperou. Todos os assuntos pautaram o noticiário àquela época e, no transcorrer da campanha, foram incorporados ao rol de promessas da petista.

Veja o que foi e o que não foi cumprido das promessas de Dilma

A única promessa elencada por Dilma em 2010 e cumprida integralmente, sem relativismos, foi a inclusão de medicamentos para hipertensão e diabetes na lista de remédios grátis. Hoje, segundo dados oficiais, o programa Aqui Tem Farmácia Popular atende a mais de 6,8 milhões de pessoas ao mês. Compromissos de campanha como a construção de seis mil creches e a inclusão de 100% dos pobres na classe média, tidas como duas das principais propostas incorporadas ao programa petista, ficaram no discurso.

Para a disputa deste ano, entretanto, o PT ainda recorre a uma série de projetos que constavam do discurso de Dilma em 2010, quando concorria pela primeira vez ao Palácio do Planalto sob as bênçãos do antecessor, o ex-presidente Lula. É o que mostra o programa de governo da chapa governista protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para os próximos quatro anos (confira as linhas gerais do programa petista).

Ainda que seja uma espécie de rascunho de um plano de governo real, o texto repete grande parte dos pontos defendidos em 2010, planejados durante os quatro anos do mandato, mas incompletos até o momento. Trata-se, entretanto, de uma estratégia calculada pela campanha: relativizar números e mudar o discurso. O mote é “ampliar conquistas”, mesmo que em quatro anos não tenham sido completadas. Oficialmente, a ordem no PT é propagar a ideia de que metas começaram a ser atingidas no primeiro mandato e que serão concluídas na segunda gestão Dilma.

“Busca ativa”

Principal proposta de campanha de Dilma em 2010, a erradicação da extrema pobreza também é apontada por integrantes do governo como um dos grandes trunfos para 2014. Desde o ano passado, o Planalto diz ter zerado a miséria, uma vez que todas as famílias de seu cadastro oficial recebem benefício para superar os R$ 77 per capita da linha extrema pobreza.

O próprio governo ressalva, porém, que ainda existem cerca de 300 mil famílias sem acesso a condições básicas de vida. “Persistiremos, no segundo mandato da presidenta Dilma, guiando nossas ações pelo compromisso de que ‘o fim da miséria é só um começo’”, diz a campanha. A ideia é “ampliar o conceito de ‘busca ativa’”, isto é, o mecanismo de rastreamento de pessoas miseráveis.

Para bater outras metas, o governo mudou ao longo dos últimos três anos e meio o discurso de outras grandes vitrines. Por exemplo, o programa Minha Casa, Minha Vida; o projeto de construir 6.000 creches; e a meta de entregar 10 mil quadras cobertas a comunidades espalhadas pelo país.

Enquanto o anúncio, em 2010, do número de casas, creches ou quadras a ser alcançado vinha acompanhado pelos verbos “construir”, “criar” ou “abrir”, hoje a campanha petista prefere empregar os termos “contratar” ou “autorizar” para dizer que alcançou as metas. Conforme números mais recentes, foram “contratadas” 10.330 obras para construção de quadras e “autorizados” 6.036 projetos para creches. Já sobre o Minha Casa, Minha Vida 2, Dilma tem dito que o programa deverá chegar, para bater a meta, a 2 milhões de contratos até o fim do ano.

ProUni e magistério

Outras promessas que foram exploradas em 2010, mas que não foram levadas a termo neste mandato, são a criação do ProUni do ensino médio e o cumprimento do piso nacional do magistério. O primeiro, idealizado como réplica do ProUni, que oferece bolsas de ensino superior a alunos de baixa renda, foi esquecido. O sucesso do programa universitário é celebrado pela campanha do PT, mas criar uma nova versão está fora dos planos.

Já o cumprimento do piso nacional do magistério – classificado pela então candidata, em 2010, como algo a ser “perseguido” – fracassou. Apontada à época como meta ambiciosa, já que a esfera federal não pode obrigar estados e municípios a pagarem os R$ 1.697 do piso atual, a promessa é tratada como assunto delicado no governo.

O Ministério da Educação tem dito que a pasta “não tem nenhuma responsabilidade legal” nem “possui atribuições legais para fiscalizar e, muito menos, exigir o cumprimento” da lei. Afirma, contudo, que sua equipe “tem contribuído financeiramente na complementação do piso de acordo com legislação, com transferência de recursos para estados e municípios que recebem complementação do Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica]”.

O Congresso em Foco procurou a assessoria da campanha de Dilma para ouvir a candidata à reeleição sobre o assunto. Até o momento não houve resposta. Mas os esclarecimentos serão publicados assim que forem enviados à redação.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Pânico pre-eleitoral da candidatura do Helder Barbalho

Eleições correm perigo afirma Diário do Pará 






Petistas do Rio jogam a Toalha, segundo afirma o Painel Político do Diário do Pará. 

PMDB de São Paulo cobra petistas pela derrota. Cadê o piso de 20% que ofereceu o PT?  




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Diário do Pará

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Governo de Dilma embarcou em “farra de gastos”, diz "Economist”



SÃO PAULO - A revista britânica “The Economist” destacou em sua última edição, divulgada nesta quinta-feira, o aumento das despesas do governo de Dilma Rousseff, candidata do Partido dos Trabalhadores (PT) à reeleição, na reta final da disputa pela presidência. Segundo a reportagem, a administração de Rousseff embarcou em uma “farra de gastos”, que tornou-se evidente depois que o Tesouro divulgou suas contas de agosto.

A publicação afirma que o déficit primário (antes do pagamento de juros) do país alcançou 14,4 bilhões de reais (US$ 5,9 bilhões) em agosto. “O superávit primário consolidado nos oito primeiros meses do ano até agosto ficaram em apenas 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB). E grande parte do superávit veio dos Estados. O governo federal foi responsável por apenas 1,5 bilhão de reais, ou 0,05% do PIB, o pior resultado para o período desde 1998. O déficit orçamentário total subiu para 4% da produção, nível mais alto desde que o antecessor e mentor de Roussef, Luiz Inácio Lula da Silva, implementou grande pacote de estímulos em 2009, no auge na crise financeira mundial”, disse o texto.

De acordo com a revista, parte da deterioração fiscal não é totalmente ruim, além de ser uma tendência. “O governo pelo menos decidiu parar de ‘pedalar’, forma como os críticos ironicamente chamam o processo duvidoso de adiar pagamentos aos bancos estatais encarregados de distribuir os benefícios como o seguro-desemprego e os auxílios em dinheiro para a população mais pobre, ampliados por Dilma há três meses”.

A “Economist”, porém, ressalta que se a administração do PT quiser cumprir sua meta de superávit primário de 1,9% do PIB em 2014, todas as esferas do governo devem economizar 22,2 bilhões de reais até o fim do ano, “uma meta impossível”. O leilão decepcionante de banda larga 4G realizado nesta semana, ajuda a piorar esse espectro. A reportagem lembra que o governo esperava arrecadar 8 bilhões de reais e conseguiu apenas 5 bilhões de reais.

Na avaliação da revista, se o Brasil mantiver a grade de investimento, o próximo governo precisará reverter essa tendência. “Na teoria, Marina Silva, candidata do Partido Socialista Brasileiro (PSB), prometeu ampliar a política de responsabilidade fiscal. Aécio Neves, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), também foi na mesma linha. No entanto, se as pesquisas estiverem certas, nenhum dos dois terão a chance de instituir um novo curso. Os últimos levantamentos mostram que Rousseff tem vantagem confortável em relação à Marina e a Aécio e deve vencer mesmo se houver segundo turno”.

Entretanto, a publicação ressalta que os mercados não estão satisfeitos com a reeleição da presidente e se “desesperam” com essa possibilidade. “Na última segunda-feira, o mercado de ações teve sua pior sessão em três anos e o Ibovespa registrou queda de 4,5%. As ações da Petrobras, a gigante estatal do petróleo que foi muito mal administrada por Rousseff, caiu 11%. O real também teve forte desvalorização em relação ao dólar e em setembro caiu 11% na comparação com a moeda americana”, disse a “Economist”.

Ao citar entrevista feita com Mauro Leos, analista sênior da Moody´s responsável pelo rating dos países da América Latina, a revista aponta que ele reconhece que “o segundo mandato de Rousseff pode ser, na prática, um pouco diferente do de Marina Silva. A presidente não tem outra escolha a não ser cortar os gastos, enquanto Silva poderia enfrentar uma pressão social para voltar atrás em algumas contenções de gastos implícitas em seu programa de governo”.

A matéria, no entanto, ressalta que Silva deve contar com a ajuda dos investidores. Se ela ganhar, os mercados financeiros provavelmente vão se fortalecer. Em contraste, “Roussef tende a enfrentar um período bem adverso nos mercados, o que deve fazer com que as reformas fundamentais nas finanças públicas fiquem ainda mais difíceis”.

Agora, no último programa na TV, Marina decide fazer ataque frontal a Dilma

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Escândalo da Petrobras pautam confrontos entre candidatos



O escândalo da Petrobras e as votações de Marina Silva (PSB) sobre a CPMF (contribuição sobre transações bancárias) pautaram os confrontos entre os principais candidatos à Presidência da República em debate realizado na noite deste domingo (28) pela TV Record.
Ao longo do debate, Dilma Rousseff (PT), Marina e Aécio Neves (PSDB) buscaram o confronto direto. A petista afirmou que, ao contrário do que Marina disse em debate na TV Bandeirantes em agosto, ela nunca votou a favor da criação da CPMF, repetindo a tática usada pela propaganda petista, em inserções na televisão. Dilma também acusou Marina de mudar de partido e de posição repetidas vezes.


Na resposta, Marina disse que mudou de partido "para não mudar de ideias e princípios" e afirmou que votou sim favoravelmente à criação da CPFM.

"A CPMF é um processo que começou em 93, com várias etapas. Nessas várias etapas, no momento em que foi a votação do fundo de combate à pobreza, que aliás foi uma iniciativa do senador Antônio Carlos Magalhães, a composição do fundo seria de recursos da CPMF e dos impostos sobre cigarro. Naquela oportunidade, tanto na comissão, quanto no plenário, votei favorável, sim. Eu e o senador Eduardo Suplicy, mesmo com a oposição séria de várias lideranças do PT, que a época diziam que eu estava favorecendo um senador de direita", disse Marina.

Na réplica, Dilma afirmou não entender como Marina "pode esquecer que votou quatro vezes contra a criação da CPMF". Marina respondeu a Dilma que não tem a "lógica da oposição pela oposição e da situação raivosa". "Nem da situação cega, que só vê qualidades quando há problemas. Eu tenho posição sim, eu votei a CPMF para o combate a pobreza."
Marina usa etanol para criticar Dilma

Quando foi sua vez de perguntar, Marina escolheu o etanol como assunto para criticar o governo federal.

"O setor de álcool combustível tem pago um alto preço no atual governo. Cerca de 70 usinas fechadas, 40 em recuperação judicial, perda de emprego, cerca de 60 mil empregos perdidos, mesmo depois do presidente Lula ter estimulado o setor. O que aconteceu para que você mudasse o rumo da política, causando tanto prejuízo econômico e desemprego no nosso país?", perguntou Marina.


domingo, 28 de setembro de 2014

Á TRAJETÓRIA




Parece claro que Marina quer deixar uma marca com a campanha eleitoral deste ano. Há alguns dias, ouviu do ex-deputado Maurício Rands, um dos coordenadores de seu programa de governo, o prognóstico de uma possível vitória eleitoral. "Você tem ideia de que será a primeira mulher negra eleita presidente do Brasil?", perguntou o colaborador. Marina corrigiu: "Negra e seringueira".


TRAJETÓRIA


Nome completo: Maria Osmarina Marina Silva Vaz de Lima


Nascimento: 8 de fevereiro de 1958, no seringal Bagaço, a 70 km de Rio Branco (AC)


ANOS 1960 Vive com a família num seringal e tem o sangue contaminado por mercúrio por causa de medicamento usado para tratar uma leishmaniose. Também contrai malária e hepatite


ANOS 1970 Fixa-se, em 1974, em Rio Branco para tratar da saúde e tentar ser freira. Trabalha como empregada doméstica e se alfabetiza pelo Mobral. Em 1976, conhece Chico Mendes


ANOS 1980 Após os supletivos de 1º e 2º graus, passa no vestibular para o curso de história na Universidade Federal do Acre. Filia-se ao PT e, em 1988, é eleita vereadora em Rio Branco


ANOS 1990 Em 1990, é eleita deputada estadual no Acre. Em 1994, conquista vaga no Senado Federal. Em 1997, troca o catolicismo pela Assembleia de Deus


ANOS 2000 Em 2002, é reeleita senadora. Em 2003, torna-se ministra do Meio Ambiente do governo Lula. Tem embates com a ministra Dilma Rousseff. Em 2009, deixa o PT


ANOS 2010 Concorre à Presidência pelo PV em 2010. Em 2013, tenta criar a Rede Sustentabilidade. Com a morte do aliado Eduardo Campos, encabeça chapa do PSB ao Planalto


AÇÚCAR


Marina perdeu 3 kg desde que assumiu a cabeça da chapa à Presidência. Alérgica a diversos alimentos, encontra o prazer do açúcar no biju, biscoito feito sem manteiga que devora em velocidade assustadora


FONO


Com agenda intensa, Marina ficou afônica e foi aconselhada por assessores a diminuir seu ritmo. Recusou-se. No lugar, pediu a ajuda de uma fonoaudióloga para exercitar as cordas vocais


MEDO


Desde a morte de Eduardo Campos, amigos repetem para Marina teses sobre a baixa probabilidade de um avião cair. Um assessor deu de presente à candidata um livro sobre estatísticas que ela carrega em todos os voos


BETERRABA


Marina encontrou uma linha importada de produtos de beleza que supre suas necessidades de pele sensível. Apenas o batom não foi compatível devido às suas alergias. Ela mesma inventou uma essência de beterraba que utiliza nos lábios


REVELAÇÃO


Uma católica que quase se tornou freira, Marina diz ter tido a epifania que a levaria a se tornar evangélica após um sofrer um problema de saúde, em 1997

Programa Eleitoral Marina Silva e Beto Albuquerque - tarde - 27/09/2014

Programa Eleitoral Marina Silva e Beto Albuquerque - noite - 27/09/2014