segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Escândalo da Petrobras pautam confrontos entre candidatos



O escândalo da Petrobras e as votações de Marina Silva (PSB) sobre a CPMF (contribuição sobre transações bancárias) pautaram os confrontos entre os principais candidatos à Presidência da República em debate realizado na noite deste domingo (28) pela TV Record.
Ao longo do debate, Dilma Rousseff (PT), Marina e Aécio Neves (PSDB) buscaram o confronto direto. A petista afirmou que, ao contrário do que Marina disse em debate na TV Bandeirantes em agosto, ela nunca votou a favor da criação da CPMF, repetindo a tática usada pela propaganda petista, em inserções na televisão. Dilma também acusou Marina de mudar de partido e de posição repetidas vezes.


Na resposta, Marina disse que mudou de partido "para não mudar de ideias e princípios" e afirmou que votou sim favoravelmente à criação da CPFM.

"A CPMF é um processo que começou em 93, com várias etapas. Nessas várias etapas, no momento em que foi a votação do fundo de combate à pobreza, que aliás foi uma iniciativa do senador Antônio Carlos Magalhães, a composição do fundo seria de recursos da CPMF e dos impostos sobre cigarro. Naquela oportunidade, tanto na comissão, quanto no plenário, votei favorável, sim. Eu e o senador Eduardo Suplicy, mesmo com a oposição séria de várias lideranças do PT, que a época diziam que eu estava favorecendo um senador de direita", disse Marina.

Na réplica, Dilma afirmou não entender como Marina "pode esquecer que votou quatro vezes contra a criação da CPMF". Marina respondeu a Dilma que não tem a "lógica da oposição pela oposição e da situação raivosa". "Nem da situação cega, que só vê qualidades quando há problemas. Eu tenho posição sim, eu votei a CPMF para o combate a pobreza."
Marina usa etanol para criticar Dilma

Quando foi sua vez de perguntar, Marina escolheu o etanol como assunto para criticar o governo federal.

"O setor de álcool combustível tem pago um alto preço no atual governo. Cerca de 70 usinas fechadas, 40 em recuperação judicial, perda de emprego, cerca de 60 mil empregos perdidos, mesmo depois do presidente Lula ter estimulado o setor. O que aconteceu para que você mudasse o rumo da política, causando tanto prejuízo econômico e desemprego no nosso país?", perguntou Marina.


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