terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Programa Antartico Brasileiro comprometido - Matérias sobre ciência, tecnologia e inovação



Programa antártico brasileiro fica comprometido, diz pesquisador

     O incêndio deste sábado (25), na Estação Antártica Comandante Ferraz, na Ilha Rei George, afetou não só as pesquisas, mas também todo o programa na plataforma continental. A avaliação é do diretor do Centro Polar e Climático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Jefferson Simões.


     Ele, que já esteve cinco vezes na Estação Comandante Ferraz, acredita que 40% do programa foi perdido. “Foram afetadas principalmente as áreas de biociência, algumas pesquisas sobre química atmosférica, de monitoramento ambiental, principalmente sobre o impacto da atividade humana naquela região do planeta”, disse. “Infelizmente, isso também representou uma perda enorme em termos de equipamentos. Ainda não podemos estimar, mas ultrapassa a casa da dezena de milhões de dólares”, afirma.


     Apesar de as chamas terem destruído os galpões da Estação, Simões explica que o programa antártico continuará funcionando. Ela não era a única estação científica brasileira. Pelo menos metade dos pesquisadores trabalha em navios de pesquisa ou em acampamentos isolados na Antártica.

     Em janeiro deste ano, foi inaugurado um módulo de pesquisa no continente gelado, chamado de Criosfera 1. Localizado a 2,5 mil quilômetros ao sul da Comandante Ferraz, o local concentra importantes pesquisas brasileiras. “É um módulo totalmente automatizado, que coleta dados meteorológicos, de química atmosférica e outros estudos”, lembra.

     Devido às condições geográficas da ilha onde a Estação Almirante Ferraz está instalada, Simões crê que a reconstrução demore, pelo menos, dois anos.


     Ministro promete empenho
     No dia do incidente, o MCTI publicou em seu portal uma carta lamentando o ocorrido. O ministro Marco Antonio Raupp se solidarizou com os trabalhadores da Estação Comandante Ferraz e com os cientistas de todo o país. Ele aproveitou para reafirmar o empenho da pasta em manter a parceria com a Marinha e auxiliar na reconstrução do local.

     (Com informações da Agência Brasil) 



 
Definidas as regras para construção de satélite geoestacionário brasileiro

     Na próxima semana, o Ministério das Comunicações enviará à Casa Civil o texto de dois decretos que tratam da construção do primeiro satélite geoestacionário brasileiro. O equipamento servirá para a ampliação da oferta de banda larga em áreas remotas do país e também para fins militares.


     A definição dos detalhes aconteceu na sexta-feira (24), em uma reunião entre os ministros das Comunicações, Paulo Bernardo, da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, da Defesa, Celso Amorim e o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams.

     Um dos decretos estabelece o modelo de gestão da empresa integradora para a construção e operação do satélite. A Embraer terá 51% da joint venture e a Telebras, 49%. Também foi formado um comitê para monitorar o andamento da construção do equipamento e um escritório de projetos.


     A Telebras vai utilizá-lo para ampliar o Plano Nacional de Banda Larga que prevê a massificação da internet de alta velocidade. O segundo decreto estabelece que não haverá necessidade de licitação para que a empresa compre e contrate a capacidade do satélite.

     O governo não definiu o percentual de tecnologia nacional no projeto de construção do equipamento, cujo valor estimado é de R$ 716 milhões. O ministro Paulo Bernando ressaltou que como a expectativa é colocar o satélite em órbita em 2014, é possível que haja um índice pequeno de componentes desenvolvidos no país. Porém, informou que haverá o estímulo para que empresas brasileiras realizem essa produção na construção de futuros satélites. 


     (Com informações da Agência Brasil) 




 
Governo cria centro para tecnologia voltada a pessoas com deficiência

     A acessibilidade de pessoas com deficiência ganhou um importante aliado na sexta-feira (24). O governo federal publicou no Diário Oficial da União a portaria que criou o Centro Nacional de Referência em Tecnologia Assistiva (CNRTA).


     O centro funcionará em forma de rede cooperativa de pesquisa, desenvolvimento e inovação, vinculado ao Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), localizado em Campinas (SP). O CTI, vinculado ao MCTI, tem a autorização de celebrar convênios, acordos de cooperação, ajustes ou instrumentos congêneres com órgãos e entidades públicas e privadas. 


     O objetivo do CNRTA é contribuir para a elaboração e implementação da Política Nacional de Tecnologia Assistiva e para a execução do Plano Viver sem Limite apresentado no fim do ano passado. Espera-se que as metodologias e tecnologias de inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho sejam impulsionadas.


     O CNRTA terá como órgão consultivo superior e de orientação técnica o Conselho Técnico de Inovação Social (CTIS). Ele será composto por um representante do MCTI e dos ministérios da Saúde, Educação, Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; e da Finep.

     Confira a íntegra da portaria neste link. 

     (Com informações do MCTI)

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