CATIA SEABRADE BRASÍLIA
Num momento em que a condução da política econômica divide o governo, o PT divulgou uma resolução em que afirma que o controle da inflação não pode impor sacrifício ao desenvolvimento social do país.
Aprovado ontem pelo Diretório Nacional do partido, o documento diz que os riscos de uma escalada inflacionária são "mais propagandísticos que reais".
O partido cita a fórmula aplicada pelo governo para contenção da inflação: o casamento de variação da taxa de juros com as medidas de contenção ao crédito.
"O combate à inflação, porém, não implica sacrificar as políticas de desenvolvimento social do governo, que requerem um crescimento do PIB entre 4% e 4,5% este ano", diz a resolução, cujo esqueleto foi elaborado pelo presidente do PT, Rui Falcão.
Na resolução, o PT diz considerar "correta a orientação geral que o governo vem imprimindo, sobretudo sua decisão de manter as políticas de geração de empregos e distribuição de renda".
KASSAB
Destinado à análise de
conjuntura política, o texto
de Falcão sofreu uma supressão, excluindo uma ironia ao
PSD, partido recém-criado
pelo prefeito de São Paulo,
Gilberto Kassab (ex-DEM).O texto original lembrava que Kassab se referiu ao partido como "nem de centro, nem de direita, nem de esquerda". Segundo a sigla, a exclusão foi para evitar a "paulistanização" do debate. Foi retirado também elogio à troca de comando da Vale.
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