sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Meio Ambiente - Ignacy Sachs critica venda de créditos de carbono e defende dirigíveis


Desenvolver mantendo a floresta preservada. O desafio está sendo debatido desde ontem na Estação Gasômetro, no III Encontro Anual Fórum Amazônia Sustentável, que termina hoje. Durante o evento, foi assinada uma Carta Aberta ao Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, pedindo que ele e seus ministros conclamem os demais líderes mundiais à importância da elaboração de uma acordo 'ambicioso, justo e com força de Lei', em Copenhague. Estudiosos, organizações sociais, governos, empresários e Organizações não Governamentais (Ongs) participam do evento, último realizado no Brasil antes da Conferência do Clima, no mês de dezembro, em Copenhague, na Dinamarca.

Entre os convidados de ontem, um nome que virou referência no assunto, sendo considerado mundialmente como um dos maiores especialistas em desenvolvimento sustentável: professor Ignacy Sachs, da Escola de Altos Estudos Sociais de Paris. Na ocasião, Sachs falou da importância do zoneamento ecológico-econômico; da certificação de origem de produtos; da necessidade da melhoria das condições de transporte. Sachs também criticou a venda de créditos de carbono.

'Se o meu vizinho polui e eu começo a tossir, eu não vou parar de tossir quando ele comprar um pedaço da floresta e continuar poluindo. Nós temos que resolver esses problemas através de projetos e não de programas individuais de compra ou venda de carbono', disse Ignacy Sachs, durante a palestra de abertura.

O especialista acredita que um dos caminhos para tentar resolver o problema seria avançar na política de zoneamento ecológico-econômico. Mas ele lembra da necessidade de fiscalizar a área envolvida. 'Não é suficiente fazer apenas um documento. Vamos em seguida fazer um monitoramento da execução ou não execução da área zoneada. Poderia ser o caso de se instituir um certificado obrigatório', sugeriu.

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