Da Folha de S.Paulo, em Caracas
Defensor do "socialismo do século 21", o presidente Hugo Chávez provocou uma febre de consumo digna do capitalismo mais selvagem ao se transformar em garoto-propaganda do primeiro celular fabricado na Venezuela. Lançado no fim de semana do Dia das Mães, o produto gerou filas de centenas de pessoas e se esgotou rapidamente nas lojas do país.
Anteontem, milhares de pessoas se aglomeraram diante das lojas atrás do celular, que dispõe de câmera fotográfica e capacidade de armazenar música e é vendido ao equivalente a só R$ 28. Mas logo pela manhã todos as 5.000 unidades colocadas à venda nas lojas da empresa de celular estatal Movilnet já haviam sumido das prateleiras.
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