segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

G7 meeting in Rome - Japan's Minister of Finance Drunk?

Sem comentários.

ASIA, CHINA, PEQUIM, SEGREDO PARA O SUCESSO - 亚洲, ,北京,成功的秘诀 -Asien, China, Beijing, SECRET ZUM ERFOLG

De Raul Juste Lores Revista da Folha de domingo.

De milionárias recém-saídas das compras a migrantes rurais que nunca tiveram uma tevê na vida, centenas de pessoas se reúnem todas as noites para ver um espetáculo digital em Pequim. Um telão de 250 metros de comprimento por 30 de largura, suspenso a 25 metros de altura, é a maior atração do shopping The Place. O comprimento é mais que o triplo do vão do Masp e a tela tem 7.500 m2, 25 vezes maior que o telão que passava filmes há alguns anos no Jockey em São Paulo.


A atração de 250 milhões de yuans (R$ 83 milhões) foi inaugurada há pouco mais de um ano, mas o fenômeno que ela desencadeou continua a se repetir pela capital chinesa.

Em uma cidade que não tem a menor vocação para adotar uma campanha "Cidade Limpa", telões digitais estão se espalhando por todos os lados _ de elevadores de prédios residenciais até táxis e ônibus. Um dos motivos da popularização é que das telas que utilizam módulos LED (diodos que emitem luz) às planas de cristal líquido (LCD), tudo é produzido na China.

O barateamento da tecnologia facilitou a propagação.

A grande dificuldade que existe no Brasil para alcançar modelos que sejam exemplos a inovação tecnológica é que aqui se fala muito e se faz pouco. Na academia se publica sobre ciência, tecnologia e inovação e lá fora se aplicam as experiências bem sucedidas.

O telão do The Place virou símbolo da Pequim digital. Ele vai de uma rua a outra, ocupando um quarteirão inteiro e é cercado pelas duas metades do shopping-center de cinco andares. O melhor vídeo a passar no telão reproduz em computação gráfica a vida em Pequim no século 18, intercalado com cenas de filmes de época. Muita gente aplaude as projeções.
A idéia é que ele funcione como arena no ar _ ali são exibidos de peixinhos gigantes em aquários (peça obrigatória na decoração chinesa) a planetas, estrelas cadentes, flores. O criador do telão e de boa parte das animações é o designer Jeremy Railton, nascido no Zimbábue e radicado nos EUA. Para se ter uma idéia de seu estilo, ele foi responsável pelas imagens nos telões dos últimos shows de Barbra Streisand e Cher.

Ele criou o maior telão do mundo em Las Vegas, o único maior que o de Pequim. Railton até tentou levar a empresa que o desenvolveu para a China. Não deu. "Do prefeito ao dono da construtora, reparei que havia uma pressão enorme para que a tecnologia fosse desenvolvida na China. Tivemos que desenvolver tudo lá", diz, referindo-se à longa tela coberta de vidro e aos painéis LED. Cinco telas individuais formam o comprido telão, que podem mostrar de imagens de TV a games.

No elevador
Telas digitais LCD e luminosos estão por toda a parte e se espalham mais rapidamente que as luzinhas de Natal no Brasil produzidas na China. Em Xangai, 15 mil táxis têm essas telinhas. Outros 20 mil táxis em Pequim, Guanghzou e Shenzhen já têm a novidade.
"O passageiro está sozinho e fica em média 17 minutos de monotonia sentado no banco traseiro. Ele pode ficar teclando a tela, mudando de canais, descobrindo novos produtos", diz a gerente da Touchmedia, Tina Han. Na telinha, há um cardápio com nove opções, de músicas a campanhas filantrópicas, mas, em todas, 80% do tempo será com propaganda. Há um botão de "mudo" para silenciar tanta informação.

A publicidade chinesa não perdoa nem durante o calmo trajeto no elevador. A empresa Framedia instalou 300 mil telas em elevadores de edifícios residenciais e comerciais em 40 cidades chinesas. As telas passam anúncios continuamente.

Em 1724 academias de ginástica chinesas, há telas espalhadas. "As telas se aproveitam dos momentos de solidão e tédio de muitas pessoas em elevadores ou no táxi, mas há risco de se criar uma exaustão total do receptor", diz o publicitário Jeremy Sy, da agência Leo Burnett. A prefeitura de Xangai estuda a regulamentação dos painéis. Há clientes reclamando que eles são irritantes.

Nos últimos meses, várias ruas dos bairros de Chaoyang e Sanlitun estão ganhando telões do tamanho de um ponto de ônibus, à altura do pedestre, que exibem propagandas. À noite, no frio de alguns graus negativos do inverno pequinês, pode-se se escutar os telões ecoando sozinhos enquanto ninguém se atrave a caminhar.

Os primeiros outdoors em Pequim que não tinham obrigação de passar mensagens comunistas de união proletária ou de ódio à burguesia só apareceram nos anos 80, após a abertura econômica da China. Até meados dos anos 90, boa parte das ruas e avenidas da cidade ficavam às escuras após às 22h por racionamento.

BRASIL, AMAZÔNIA, PARÁ - Empresa da Indonésia quer produzir biodiesel no Pará - Perusahaan Indonesia atau produksi biodiesel di Pará


A governadora Ana Júlia Carepa recebeu nesta quarta-feira 11, o embaixador da Indonésia no Brasil, Bali Moniaga que estava acompanhado do cônsul da Indonésia em São Paulo, Paulo Camiz de Fonseca e do diretor do Salim Group, Ossy Tirta, que anunciou o interesse do grupo empresarial, o maior da Indonésia na produção de alimentos, de investir no plantio e beneficiamento da palma (dendê) por meio da subsidiária Indofood Agri Resource Ltda.

A escolha do Pará, segundo a comitiva, é por sua localização estratégica e proximidade com a Linha do Equador, assim como a Indonésia, que junto com a Malásia são os maiores produtores de palma do mundo. Moniaga disse que seu país quer ampliar a produção de óleo de palmas, tanto para a indústria de alimentos como para o biodiesel, por isso escolheu o Pará pela semelhança com a Indonésia, sobretudo de clima. A idéia é instalar uma refinaria para a produção de alimentos, como margarina e outros derivados da palma.

Embora em valores totais a Indonésia tenha quase o tamanho do Brasil, com uma população de 240 milhões de habitantes, o país possui pouco mais de 25% de terras contínuas. O país possui 17 mil ilhas, daí a dificuldade de expandir a produção da palma.

De acordo com Ossy Tirta, o projeto pretendido pela Indo Agri, apenas para a produção de palma é de 500 mil hectares. A idéia é iniciar o investimento com o plantio de 200 mil hectares e investimentos de U$ 1 bilhão em um período de cinco anos, quando a palmácea começa a produzir.
Geração de empregos - A governadora explicou que a legislação brasileira não permite a concentração de um volume de terras como este nas mãos de uma única pessoa ou empresa, e sugeriu que seja adotado o modelo de produção em parceria com agricultores de pequeno porte.

O embaixador disse que seu país já adota esse sistema, beneficiando 50 mil pequenas propriedades, e que a idéia e utilizá-lo também no Brasil. Segundo ele, uma das principais vantagens dessa parceria é a geração de centenas de empregos.
O investidor se compromete a pagar ao produtor envolvido todos os custos de manutenção da lavoura até o início da produção, que se dá a partir do quinto ano.
A governadora deixou claro que nenhum investidor pode derrubar floresta para produzir palma, mas apontou que o Pará possui inúmeras áreas degradadas, concentradas na borda leste do estado, indicadas para esse tipo de investimento. Ela citou o programa Um Bilhão de Árvores para a Amazônia, que fomenta a restauração florestal com viés econômico, com o plantio de floresta para geração de energia, celulose, biodiesel, alimento e outros.

A governadora relacionou ainda os incentivos financeiros e fiscais destinados aos investidores, mediante critérios como a preservação ambiental, geração de emprego, inovação tecnológica e fortalecimento da economia local.

A comitiva se reuniu ainda com representantes das secretarias de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Meio Ambiente, Agricultura e Instituto de Terra do Pará. O grupo empresarial pretende iniciar nos próximos dias pesquisas de solo e clima em algumas áreas possíveis para receber o investimento.

BRASIL, POLÍTICA - Em resposta a Jarbas, PMDB nada responde...

do Blog do Noblat
Nota oficial que acaba de ser distribuída pela Comissão Executiva Nacional do PMDB:
"Em face da entrevista do senador Jarbas Vasconcelos, a Comissão Executiva Nacional do PMDB declara que não dará maior atenção a ela em razão da generalidade das alegações. Não aponta nenhum fato concreto que fundamente suas declarações. Ademais, lança a pecha de corrupção a todo sistema partidário quando diz “a corrupção está impregnada em todos os partidos”. Trata-se de um desabafo ao qual a Executiva Nacional do Partido não dará maior relevo."

Veja entrevista dia 14.04.2009, neste mesmo blog.
http://blogdoenriquez.blogspot.com/search?updated-max=2009-02-15T00%3A39%3A00-03%3A00&max-results=8

UM MODELO DE PESQUISA QUE NÃO COLOQUE COMO FOCO A BIODIVERSIDADE DA AMAZÔNIA E SUAS POTENCIALIDADES NÃO SERÁ UM MODELO SUSTENTÁVEL

Gonzalo ENRÍQUEZ
A Amazônia talvez seja uma das regiões do planeta mais cobiçada, menos conhecida, e muito mal explorada, sujeita a muita especulação e seriamente ameaçada. No entanto, é praticamente consensual que os diversos ciclos de uso e exploração de seus recursos naturais e ambientais pouco contribuíram para a construção de uma sociedade justa, economicamente dinâmica e ambientalmente sustentável.

Tradicionalmente, as atividades relacionadas ao aproveitamento da biodiversidade estão ligadas à exploração dos recursos naturais, apenas como matéria-prima e com pouca contribuição para a manutenção da floresta e para o dinamismo econômico da região.

Durante anos, na tentativa de elevar a produtividade regional, as instituições de fomento estimularam atividades ambientalmente predatórias – como a pecuária, a indústria madeireira e a soja- que embora tenham, de certa forma, elevado a renda regional, todavia, não promoveram a eqüidade social desejada e desvirtuaram a idéia da construção de um modelo de sustentabilidade para a Amazônia e harmonize o crescimento econômico com o a sustentabilidade da região.

Da mesma forma, outras atividades de grande vulto – como a mineração e os empreendimentos hidrelétricos – tem contribuído muito mais com os indicadores econômicos nacionais e internacionais do que para a solução dos sérios problemas da pobreza e exclusão da sociedade local.

Assim a rica biodiversidade amazônica vem sendo espoliada e subaproveitada, ao longo dos tempos. Especialistas concordam que o momento atual é especialmente favorável para o seu aproveitamento comercial em bases eqüitativas, ambientalmente sustentáveis e economicamente dinâmicas.

A maioria dos estudos ressalta o papel estratégico que deverá desempenhar a biodiversidade na construção de um novo modelo de sustentabilidade para a Região Amazônica. Destaca-se também, a importância do debate teórico sobre um novo modelo de sustentabilidade, bem como, a realização de pesquisas sobre o uso comercial da biodiversidade e seus diversos usos no processo de adensamento da bioindústria.

Desde o ponto de vista social, as pesquisas já conhecidas apontam que na Amazônia, vivem mais de 25 milhões de brasileiros e a região não pode seguir sendo considerada apenas uma fonte de trabalho barata, a Amazônia deve ser pensada, no bom sentido, como uma fábrica de engenho e de inovação que qualifique a maioria trabalhadora e empreendedora dos trabalhadores e comunidades que estão havidas de serem parte da construção do novo modelo de sustentabilidade dessa Região.

Brasil, Amazônia, Pará - Rede de Pesquisa do Pará vai impulsionar projetos em cinco áreas estratégicas - Network Research Pará will boost projects in

Forám cinco as áreas estratégicas selecionadas para a realização de projetos de pesquisa que serão financiadas pelo Governo do Pará:
A Secretaria de Desenvolvimento Ciência e Tecnologia (Sedect) apresentou nesta quarta-feira, 11, no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, as linhas de pesquisa que estão contempladas no programa Rede de Pesquisa Induzida do governo do Pará.
As contempladas: Áreas de pesca e aqüicultura; tecnologia da informação e comunicação; engenharia biológica; energias renováveis; eficiência energética e biomassa florestal.
Pouco se sabe quais forram os critérios para essa escolha das áreas e ainda a divisão de duas áreas que poderiam ser uma só (energias renováveis e eficiência energética) e ter deixado de fora uma das áreas mais importantes da Amazônia, como é a BIODIVERSIDADE. O aproveitamento econômico e social da biodiversidade está sendo uma das preocupações do PAS e de outros projetos estratégicos do governo Federal.
Ao todo estão sendo investidos R$10 milhões em projetos científicos, tecnológicos e de inovação que contribuam para o desenvolvimento econômico e social do Estado.Nesta primeira fase, a Rede de Pesquisa está estruturada a partir de cinco áreas consideradas estratégicas: pesca e aqüicultura; tecnologia da informação e comunicação; engenharia biológica; energias renováveis; eficiência energética e biomassa florestal.
Os projetos são resultado de articulações entre o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará (Fapespa) e da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa).
Durante o encontro, foram expostos, pelos coordenadores de cada projeto, os resumos das cinco redes de pesquisa. Além de informações sobre a execução de cada projeto, recursos, além de informações do repasse de bolsas aos pesquisadores.
"Estas pesquisas irão contribuir decisivamente para dinamizar a economia do Estado, diminuído a dependência do extrativismo e agregando valor aos produtos através de investimentos em tecnologia. Além disso, a Rede de Pesquisa será fundamental para elaboração de políticas públicas que visem não só o aspecto econômico, mas social, da população", explicou o gerente da Diretoria Científica e Tecnológica da Sedect, Cláudio Conde.
Um exemplo disso são as pesquisas desenvolvidas, dentro da rede de Tecnologia da Informação e Comunicação, que vai produzir alternativas para ampliar o alcance do programa Navegapará para os municípios mais afastados do Estado. Ou ainda, os investimentos em pesquisas sobre novas fontes bioenergéticas, ou o estudo sobre a fusariose que afeta a produção de pimenta do reino.
De acordo com o secretário-adjunto da Sedect, João Weyl, as linhas de pesquisas foram definidas a partir das prioridades levantadas pelos mais diversos órgãos no Estado. E os projetos serão articulados ao trabalho já desenvolvido nos parques tecnológicos que estão sendo implantados no Pará."Investir em pesquisa é uma ação fundamental para consolidação do Sistema Paraense de Inovação, que ao lado dos parques tecnológicos, vai criar a condição e a infra-estrutura necessária para promover o desenvolvimento do Estado", afirmou.
Mais de 270 pesquisadores e profissionais integram a Rede de Pesquisa, financiada pelo governo do Estado, por meio do edital nº 014/2008 - Seleção Pública de Redes Cooperativas de Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação em Áreas de Interesse do SIPI, cujo prazo inicial termina em 2011. As redes serão coordenadas por Comitê Gestor que além de avaliar o desempenho dos trabalhos, vai acompanhar os indicadores de qualidade."Este modelo de inovação que está sendo implantado pela Sedect está permitindo o desenvolvimento tecnológico e de biotecnologia como nunca se viu neste Estado", afirmou o professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Artur Silva.
(Assessoria de Comunicação da Sedect/PA).

Moral da crise - do Rubens Ricupero

Interessantes reflexões do artigo de Rubens ricupero

AS ANÁLISES da crise financeira falam de tudo, menos de moral e de política. Dão a impressão de que o problema se limita a aspectos técnicos, sem vinculação com os valores éticos e independentes das relações de poder.

Joseph Stiglitz foi o único a observar que a crise teria sobre o fundamentalismo de mercado o mesmo efeito que teve a queda do Muro de Berlim sobre o comunismo. Poderia ter acrescentado que a ligação dos dois eventos não é só comparativa. O fim do socialismo foi um maremoto político. O vácuo ideológico e o desequilíbrio de forças conseqüentes tornaram possível aquilo que era antes inconcebível: a absoluta hegemonia dos mercados financeiros e os excessos responsáveis pelo colapso atual.
Nos Estados Unidos, o setor financeiro saltou de 10% do total dos lucros corporativos em 1980 para 40% em 2006, apesar de gerar apenas 5% dos empregos! Não se avança sobre quase metade dos lucros da economia sem contar com a cumplicidade do sistema político. A mudança de poder que abriu o caminho à hegemonia financeira foi, nesse período, a "revolução" neoconservadora de Reagan e de Thatcher, consolidada por Clinton e pela "terceira via" de Blair. Sua ideologia era a mistura de globalização com liberalização. Globalização entendida como unificação em escala planetária dos mercados, sobretudo para as finanças. Liberalização no sentido de eliminar tudo que pudesse limitar as oportunidades de negócios. A fiscalização ficaria por conta da suposta capacidade auto-regulatória dos mercados.
Nesse clima, poucos ganharam muito, mas a desigualdade explodiu, o emprego se tornou precário, o salário real estagnou, multiplicaram-se as fusões
com cortes de milhares de vagas, os melhores empregos industriais foram terceirizados para países de baixos salários.
O apodrecimento moral desse fim de reino era já perceptível em 2002, durante os escândalos da Enron, da WorldCom e de outras empresas que ocasionaram ao índice Nasdaq a perda de três quartos do seu valor, cerca de US$ 5 trilhões! Na época, o banqueiro Felix Rohatyn escreveu que o dano causado ao capitalismo norte-americano era de tal gravidade que nem Lênin teria feito melhor!
Exagero, pois tudo se esqueceu: o papel dos bancos de investimento como o Goldman Sachs e o Merrill Lynch, a desmoralização das agências de avaliação de risco e de auditoria, todos novamente co-autores do desastre de agora. A lei Sarbanes-Oxley, as normas mais rigorosas de transparência contábil, nada foi capaz de evitar a repetição da catástrofe em dimensão maior. Alegava-se que o sacrifício dos seres humanos e da moral era o preço a pagar pela eficiência e pela racionalidade impostas pela globalização. Contudo, longe de ganhar vigor e competitividade, o setor produtivo norte-americano parece um campo de ruínas.
A autodestruição econômica a que assistimos foi prevista por Emmanuel Mounier, meio século atrás: "Por mais racional que seja, uma estrutura econômica baseada no desprezo das exigências das pessoas contém os germes de sua própria condenação".
Da mesma forma que no New Deal dos anos 1930, só uma nova correlação de forças políticas que devolva sentido moral à economia e a recoloque a serviço do interesse do maior número salvará o modelo norte-americano de recaídas periódicas e de inelutável declínio em competitividade produtiva e adesão dos cidadãos.

Crise de vento em popa; governos a remo Crisis of wind in poop, government at rowing

Nesta crise, os governos parecem estar sempre atrás da curva. Enquanto ela já virou a esquina e desceu a ladeira, os formadores de políticas estão amarrando os cadarços ou escolhendo o tênis mais apropriado para tentar alcançá-la.

Até agora, nenhum país encontrou a solução mais adequada para o centro da crise: a falência do sistema de crédito e dos bancos. Embora não exista 'bala de prata' para matar esse lobisomem, tampouco as armas forjadas até aqui parecem minimamente eficientes.
Leia mais: http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/fernandocanzian/ult1470u504329.shtml

Economia do Japão recua para o pior nível em 35 anos - 日本の経済を35年で最悪のレベルに -Japan's economy back to the worst level in 35 years


O PIB (Produto Interno Bruto) do Japão recuou 12,7% entre outubro e dezembro de 2008 frente ao mesmo período do ano anterior, segundo anunciou o governo japonês nesta segunda-feira. A queda, a maior em 35 anos, é resultado da pior crise no país desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), disse o ministro da Economia do país, Kaoru Yosano.
A queda é a terceira redução trimestral consecutiva, o que coloca a segunda maior economia do mundo --atrás apenas dos Estados Unidos-- em um cenário de aprofundamento da recessão.
Entre abril e junho, o país registrara contração de 3% em seu PIB, enquanto de julho a setembro a economia havia recuado 0,4%. Em todo o ano 2008, a economia japonesa caiu 0,7%, pela primeira vez em nove anos.
Após a declaração sobre o PIB, o ministro defendeu a aprovação parlamentar da segunda ampliação orçamentária para as contas do anos fiscal 2008 que termina em abril.

Pacote
O Japão prepara um novo pacote de estímulo econômico para combater a profunda recessão que afeta o país. Alguns integrantes do governo defendem uma ajuda que poderia chegar a US$ 109 bilhões.
O primeiro-ministro, Taro Aso, encarregará nesta segunda-feira o Partido Liberal Democrata (LDP) a iniciar os trabalhos para apresentar em abril um orçamento adicional ao Parlamento, com o objetivo de financiar o terceiro plano de reaquecimento desde o fim de 2008, informaram o jornal "Yomiuri Shimbun" e o canal de TV público NHK.
O pacote definiria o financiamento de grandes projetos públicos, como a reconstrução de aeroportos e outras obras de infraestrutura, ao mesmo tempo que estimularia o desenvolvimento de empresas com projetos ecologicamente corretos.
Segundo pesquisa, a recuperação da economia japonesa só chegará no último trimestre de 2009, quando os analistas consultados estimam que crescerá 0,97% após seis trimestres consecutivos de contração.

A pior recessão no Japão durou 36 meses, no início dos anos 80, quando a economia do país foi atingida pelas consequências dos choques do petróleo.
da Folha Online

China: terremoto de Sichuan teria sido precipitado por uma represa 中国:在四川地震已沉淀大坝 -le tremblement de terre au Sichuan ont été précipités par un barrage


Teria uma grande obra-de-arte desencadeado um dos terremotos mais devastadores das últimas décadas? A pergunta é feita a sério há várias semanas por cientistas chineses e ocidentais, que apontam a responsabilidade de uma represa hidroelétrica no tremor de terra de Sichuan que provocou a morte de quase 88 mil pessoas em maio de 2008.
O suspeito, neste caso, é a barragem de Zipingpu. Ela está instalada a alguns quilômetros do epicentro do terremoto e a menos de um quilômetro da principal falha que o provocou. "O ponto crucial é que os inquéritos geológicos e as sondagens geofísicas mostram que todo um sistema de falhas - entre elas a de Beichuan e Yingxiu, ao longo da qual houve o terremoto de 12 de maio de 2008 -, bem como a falha Jiangyou-Guanxian e mais uma série de falhas menores se encontram sob o reservatório", escreve Fan Xiao, responsável pelas investigações geológicas do Serviço de Mineração e Geologia de Chengdu (Sichuan), em uma longa carta às autoridades divulgada no fim de janeiro, pela ONG Probe International.
Há muitos anos Xiao tenta chamar a atenção das autoridades para os riscos causados pelas construções de barragens sobre os rios dessa província junto ao Tibete. Em 2003, ele fazia parte de um grupo de trinta cientistas e intelectuais chineses que se mobilizaram, em vão, contra a construção da barragem de Zipingpu, em razão dos riscos geológicos e ambientais.

Leia mais: http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/lemonde/2009/02/13/ult580u3562.jhtm