quinta-feira, 7 de março de 2013

O Pará que fornece energia para o Brasil, está sem energia, acredite


Apagão deixa nordeste do Pará sem energia elétrica


Segundo Celpa, falha ocorreu entre estações de Castanhal e Santa Maria.
Não há previsão para normalização do fornecimento


Parte do nordeste do Pará está sem eletricidade desde as 10h45 desta quinta-feira (7). Segundo a Celpa, concessionária de energia responsável pelo fornecimento de eletricidade para o estado do Pará, o apagão aconteceu após uma falha do sistema de transmissão administrado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) entre as subestações de Castanhal e Santa Maria.

A Celpa informou em nota que aguarda relatório sobre as causas do desligamento, e que, embora a maior parte da cidade de Castanhal já tenha tido fornecimento de energia normalizado, não há previsão para o reestabelecimento da eletricidade nas demais regiões.

G1

Não é bem assim, mas interessante ler


Para onde vamos?


- Nicias Ribeiro
- Engenheiro eletrônico
-nicias@uol.com.br

No inicio do ano passado o Ministro Guido Mantega, da Fazenda, anunciou que a economia brasileira teria, em 2012, um crescimento entre 4% e 4,5%. Passados alguns meses, S. Exa. mudou o discurso e disse que o crescimento da nossa economia ficaria entre 3% e 4%. Em meados de 2.012, novamente mudou o discurso e anunciou que, devido a crise na União Européia, o Brasil teria um crescimento em torno de 2,5%. Em setembro, reduziu o seu prognostico para mais ou menos 2%. Agora, na ultima quinta-feira, o IBGE anunciou que, em 2012, o crescimento da nossa economia foi de apenas 0,9%.

Como o Ministro da Fazenda poderá explicar à nossa “Presidenta” e à Nação esse pífio desempenho da nossa economia, considerando, principalmente, a diminuição dos juros pelo Banco Central e a redução do IPI na compra de veículos, fogões, geladeiras e outros produtos, como formula de estimular, mais ainda, o consumo? Como justificar esse baixo crescimento do PIB (produto interno bruto) e uma inflação de quase 6%, portanto, acima da meta?

Sinceramente espero que o Ministro Mantega não diga que esse “pibinho”, como disse a presidente Dilma, seja em razão da crise europeia, uma vez que será difícil explicar o fato do PIB do México, cuja economia é industrializada e não ser grande exportador de commodities, ter crescido 3,9% com uma inflação de 3,2%. E o Perú, cujo PIB cresceu 6,5% com uma inflação de 2,7%? O Chile que cresceu 5,6% com uma inflação de 1,8%? E a Colômbia, que cresceu 3,4% com uma inflação de 2%? Isto sem falar na Venezuela que teve um crescimento maior que o Brasil, apesar de estar com uma altíssima inflação e até sem governo.

O que houve com o Brasil em 2012? Será que a revista inglesa The Economist estava certa em sugerir a demissão do ministro Mantega? Ou será que a culpa é do conjunto do governo que, em vez de investir maciçamente na produção, optou erroneamente em incentivar, mais uma vez, o aumento do consumo da população?

Não sou economista. Contudo, acredito que a maior lição para o enfrentamento de crises foi dada pelo saudoso presidente Franklin Delano Roosevelt, dos EUA, quando enfrentou a grande depressão econômica de 1929. E o caminho trilhado por aquele estadista, foi investir maciçamente com recursos públicos na produção, obviamente, que em projetos de alta rotatividade e de rápido retorno.

Infelizmente o Brasil seguiu o caminho inverso. Em vez de apressar, por exemplo, a conclusão das obras de pavimentação de rodovias como a Cuiabá - Santarém (BR – 163) e Transamazônica (BR-230) que, aliás, integram o PAC I, estimulou novamente o consumo, como se as necessidades básicas de consumo da população não tivesse sido exauridas em 2008/2009, quando se utilizou dessa estratégia para enfrentar aquela crise de liquidez, que teve origem nos EUA.

Hoje, o Brasil convive com juros relativamente baixos, baixos índices de desemprego, reduziu-se os tributos de determinados bens de consumo e a nossa economia não deslanchou, o que prova o erro de estratégia. Agora a presidente Dilma anuncia, em Paris, a construção de 800 aeroportos, o que por si só é um absurdo e que bem demonstra o desespero do governo. Privatiza-se os aeroportos de Guarulhos, Campinas, Brasília, Galeão, Confins e outros. Edita-se Medida Provisória visando a modernização dos nossos portos, via privatização ou concessão. Anuncia-se novas regras de concessão ou de privatização de rodovias e ferrovias e assim por diante. Enquanto isso, apesar das Eclusas de Tucuruí terem sido inauguradas, ainda, no governo Lula, a hidrovia do Tocantins é subutilizada, porque, até agora, não foi feita a derrocagem do pedral do Lourenço, no município de Itupiranga. Isso tudo, sem falarmos na transposição das águas do rio S. Francisco para irrigar o semi-árido nordestino, cujas obras, aliás, se arrastam desde o ínicio do primeiro governo Lula. E a siderúrgica de Marabá. Vai ou não vai? E as refinarias de petróleo de Pernambuco e do Maranhão, que estão em obras desde o governo Lula e cuja demora obriga a Petrobrás a importar mais e mais óleo diesel, caríssimo, para alimentar as termoelétricas que geram energia elétrica no Brasil? Ai, perguntamos: O que queremos? Para onde vamos?...

quarta-feira, 6 de março de 2013

Política de cotas


Editorial da Folha de São Paulo



Como era previsível, são acalorados os debates acerca da adoção de uma política de cotas pela USP.



O modelo foi proposto pelas reitorias das três universidades estaduais de São Paulo (USP, Unicamp e Unesp) e tem o aval do governo do Estado, mas precisa ser aprovado até junho pelos respectivos conselhos universitários para ser posto em prática já a partir de 2014.



Tendo em vista as críticas que o projeto passou a sofrer, não é improvável que o debate se prolongue para além do prazo estipulado.



A proposta paulista de cotas tem, sobre a versão federal, a vantagem de não se limitar à simples reserva de vagas. Preocupa-se, também, em assegurar o preparo do aluno para acompanhar os cursos.



Até 2016, 20% das vagas seriam preenchidas por egressos de escolas públicas, que passariam antes por uma espécie de "college", um curso intermediário semipresencial de dois anos (ainda a ser criado). Outros 30% entrariam pelo vestibular, mas com bonificação para alunos da rede oficial; e 50% seguiriam o método clássico.



Lamentavelmente, no caso dos postos destinados a jovens vindos do ensino público, incluiu-se uma subcota racial de 35% (discriminação desnecessária, ainda que positiva, pois o critério social já permite a inclusão de não brancos).



Capacitar alunos desfavorecidos é importante, mas o modelo paulista termina por discriminar o jovem mais pobre. Afinal, determina que apenas ele passe pelo curso intermediário. Além disso, a reciclagem seria semipresencial -o estudante iria pouco ao campus, o que nada contribui para a inclusão.



Há críticas pertinentes, mas a janela é curta. Já tramitam na Assembleia Legislativa projetos de lei determinando que as universidades estaduais paulistas reservem 50% das vagas para cotistas, como nas congêneres federais.



Se as academias não alcançarem uma solução de consenso, são grandes as chances de que a controvérsia se encerre por força dos legisladores -a despeito do que pense a comunidade universitária.

sábado, 2 de março de 2013

Mantega. A piada sou eu.....

“É uma piada. Vai ser muito mais que isso!”


Guido Mantega: para Financial Times, otimismo do ministro não tem razão de ser (Lionel Bonaventure/AFP). 
 Para FT, Guido Mantega insiste em tocar 'disco quebrado'

Essa foi a resposta do Ministro Mantega às previsões do Credit Suisse, no início de 2012,  de um PIB de apenas 2%. Logo o banco baixou a sua projeção para 1,5%. O ministro ficou furioso. 

A Presidente Dilma havia inaugurado aquele ano prevendo uma expansão da economia de 4,5%, depois dos magros 2,7% de 2011. Ali pelo início do segundo trimestre, Mantega decidiu baixar 0,5 ponto e se contentou com 4%. 

No fim de junho, já não era tão preciso a respeito, mas uma coisa o homem assegurava: seria superior a 2011 — logo, rondando a casa dos 3%.

Essa do banco é uma piada, vamos crescer mais de 3%. O PIB foi de quase a metade disso.......

Culpa da crise internacional?, pode ter sido,  só em parte. Os  BRICS cresceram bem mais e nossos vizinhos,  sem contar Venezuela e Argentina,  acima dos 5%, dentre eles, Colômbia, Chile, Perú e México. 

Na realidade, é falta de uma verdadeira política industrial que gere competitividade da indústria. Mas principalmente, falta uma política de desenvolvimento econômico para o Brasil. Essa é a grande dívida dos governantes com o povo.  

Ruim.....