O Pará segue sendo uma economia exportadora de matéria prima, assim tem sido desde o Século IX, nada mudou, só matéria prima sem valor agregado, sem internalizar os lucros das exportações dos recursos naturais.
Ainda se pensa que os recursos naturais são infinitos e não esgotáveis e que dependem do mercado, isso é economia neoclassica, que privelegia a análise de mercado no seu processo produtivo.
A pergunta é quem paga os efeitos e externalidades negativas da exploração dos recursos?.
Veja a matéria do Diário do Pará.
A produção mineral do Pará alcançou no ano passado o valor geral de comercialização de R$ 11,656 bilhões. Na comparação com o ano anterior, houve um ligeiro decréscimo, da ordem de 5,95%. Em 2008, o valor geral de comercialização alcançara a casa R$ 12,394 bilhões, de acordo com dados fornecidos pelo Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM), órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia.
Em 2008, ano da crise financeira global, as vendas não foram afetadas porque estavam em vigor os contratos de fornecimento firmados com antecedência. O efeito da crise se fez sentir no ano seguinte, com a queda observada no valor de comercialização das nossas commodities minerais. Esta é a explicação fornecida pelos técnicos do DNPM para o recuo de quase 6% observado no movimento financeiro de 2009.
Do total comercializado pelo Estado do Pará no ano passado, a maior parte – R$ 8,056 bilhões, o equivalente a 69% –, corresponde ao minério de ferro. Outros dois minerais com participação expressiva na receita do setor são a bauxita, com receita de R$ 1,361 bilhão (12% do total), e o cobre, cujo valor de comercialização alcançou R$ 1,069 (9%). O levantamento do DNPM mostra que os três produtos – ferro, bauxita e cobre – respondem, somados, por 90% do valor gerado pela comercialização de minérios em 2009.
De acordo com o economista André Luiz Santana, da Superintendência local do DNPM, o valor da produção mineral paraense quase que duplicou em apenas cinco anos, considerando-se o período de 2005 a 2009. Mantendo trajetória ascendente, ele saiu de R$ 6,553 bilhões em 2005 para R$ 7,724 bilhões em 2006 e chegou a R$ 8,301 bilhões em 2007. Em 2008, mesmo com a crise econômica mundial pelo meio, o valor da produção mineral do Pará alcançou o recorde histórico de R$ 12,394 bilhões.
Veja a matéria completa no Diário do Pará. AQUI
Gostaria que o nosso amigo andré fosse menos ufanista com relação à economia paraense. Ele precisa ler algo sobre a teoria da Maldição dos Recursos. Cómo transformar os Recursos Naturais em uma Bênção em vez de uma Maldição.
Recomendo!
Muitos países ricos em recursos naturais exploram e desperdiçam esses bens para enriquecer uma minoria enquanto a corrupção e o má administração empobrecem a maioria da população.
Romper este padrão é difícil. Devido à riqueza de recursos naturais, tais países não precisam tomar empréstimos de agências multilaterais, as quais insistem na transparência fiscal e em boas práticas orçamentárias.
As mais importantes democracias do mundo dependem da importação de petróleo, gás natural, ou minerais, e freqüentemente demonstram pouca disposição para utilizar pressões diplomáticas com o objetido de exigir melhores práticas fiscais dos países ricos em recursos naturais. Por sua vez, é pouco provável que as companhias de energia multinacionais, que dependem do bom relacionamento com os governos detentores de riquezas naturais para que possam continuar a extrair recursos, exijam desses governos uma boa gestão econômica.
2 comentários:
O Artigo ótimo. O Pará tem sido assim e nada foi feito, até agora para mudar essa situação.
O que sobra é corrupção nos nossos goernos.
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