quinta-feira, 22 de abril de 2010

Sucessão - Quem pariu Mateus que o embale


  1. De passagem por Brasília, o governador pernambucano Eduardo campos, presidente do PSB, disse meia dúzia de palavras sobre Ciro Gomes.

  2. "Colocar candidatura ou tirar candidatura é uma tarefa da direção nacional do partido, ouvindo a sua base”, declarou.

  3. “O presidente da República é, ao nosso ver, o coordenador do processo de sua sucessão, mas não cabe ao Lula decidir o que nós vamos fazer ou não com o Ciro”.

  4. Eduardo Campos tem razão. Lula limitou-se a enrolar a corda no pescoço de Ciro. Deixou para o PSB a tarefa de chutar o banquinho.

  5.  Ciro Gomes tornou-se a principal preocupação de Lula e do comando petista da campanha de Dilma Rousseff.

  6. O presidente e o petismo ruminam o receio de que, a exclusão de Ciro do tabuleiro presidencial, coisa dada como certa, produza barulho.

  7.  Dono de temperamento mercurial, Ciro digere seus rancores, por ora, em privado. Receia-se que, consumada a exclusão, ele se torne franco atirador.

  8.  Um detalhe tonificou o receio. Lula pediu a um auxiliar que tocasse o telefone para Ciro, para convidá-lo para uma conversa.
  9. Até a noite passada, o ‘quase-ex-presidenciável’ não se dignara a responder aos telefonemas do Planalto. Também o PSB tenta administrar o desembarque.

  10.  O partido busca uma mágica: quer retirar Ciro do páreo sem grudar nele a pecha de derrotado.
  11.  Goverbador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos passou 48 horas em Brasília.
  12.  O pretexto da viagem foi a festa de aniversário da Capital. Abaixo da linha d’água,

  13.  Campos reuniu-se com outros dirigentes da legenda. Acertou a realização de uma consulta aos diretórios estaduais. O resultado será levado à reunião da Executiva, marcada para a próxima terça (27). É nesse dia que o PSB pretende amarrar o guizo em Ciro.

  14. O passo seguinte seria a adesão ao megaconsórcio partidário que se formou em torno de Dilma Rousseff.
  15. No QG de Dilma, cogita-se convidar Ciro para assumir missões executivas na cruzada da candidata de Lula –a coordenação da campanha no Nordeste, por exemplo.
  16. Quem conhece Ciro descrê da possibilidade de que ele venha a aceitar uma tarefa que, longe de lhe servir de bâlsamo, acentuaria a humilhação.
Blog da Folha
Josias de Souza josias@uol.com.br

Essa intilegência privilegiada do Ciro não registrou esses "dados" da equação política brasileira. Pecou de in-gênuo, caiu no conto das falsas promessas de candidaturas inexistentes, irreais. Até trocou de domicílio eleitoral para ter na mão mais uma alternativa.

E agora, jósé Ciro Gomes? É tudo ou nada.

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