De passagem por Brasília, o governador pernambucano Eduardo campos, presidente do PSB, disse meia dúzia de palavras sobre Ciro Gomes.
"Colocar candidatura ou tirar candidatura é uma tarefa da direção nacional do partido, ouvindo a sua base”, declarou.
“O presidente da República é, ao nosso ver, o coordenador do processo de sua sucessão, mas não cabe ao Lula decidir o que nós vamos fazer ou não com o Ciro”.
Eduardo Campos tem razão. Lula limitou-se a enrolar a corda no pescoço de Ciro. Deixou para o PSB a tarefa de chutar o banquinho.
Ciro Gomes tornou-se a principal preocupação de Lula e do comando petista da campanha de Dilma Rousseff.
O presidente e o petismo ruminam o receio de que, a exclusão de Ciro do tabuleiro presidencial, coisa dada como certa, produza barulho.
Dono de temperamento mercurial, Ciro digere seus rancores, por ora, em privado. Receia-se que, consumada a exclusão, ele se torne franco atirador.
Um detalhe tonificou o receio. Lula pediu a um auxiliar que tocasse o telefone para Ciro, para convidá-lo para uma conversa.- Até a noite passada, o ‘quase-ex-presidenciável’ não se dignara a responder aos telefonemas do Planalto. Também o PSB tenta administrar o desembarque.
O partido busca uma mágica: quer retirar Ciro do páreo sem grudar nele a pecha de derrotado.- Goverbador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos passou 48 horas em Brasília.
- O pretexto da viagem foi a festa de aniversário da Capital. Abaixo da linha d’água,
Campos reuniu-se com outros dirigentes da legenda. Acertou a realização de uma consulta aos diretórios estaduais. O resultado será levado à reunião da Executiva, marcada para a próxima terça (27). É nesse dia que o PSB pretende amarrar o guizo em Ciro.
O passo seguinte seria a adesão ao megaconsórcio partidário que se formou em torno de Dilma Rousseff.- No QG de Dilma, cogita-se convidar Ciro para assumir missões executivas na cruzada da candidata de Lula –a coordenação da campanha no Nordeste, por exemplo.
- Quem conhece Ciro descrê da possibilidade de que ele venha a aceitar uma tarefa que, longe de lhe servir de bâlsamo, acentuaria a humilhação.
Blog da Folha
Josias de Souza josias@uol.com.br
Essa intilegência privilegiada do Ciro não registrou esses "dados" da equação política brasileira. Pecou de in-gênuo, caiu no conto das falsas promessas de candidaturas inexistentes, irreais. Até trocou de domicílio eleitoral para ter na mão mais uma alternativa.
E agora, jósé Ciro Gomes? É tudo ou nada.
Josias de Souza josias@uol.com.br
Essa intilegência privilegiada do Ciro não registrou esses "dados" da equação política brasileira. Pecou de in-gênuo, caiu no conto das falsas promessas de candidaturas inexistentes, irreais. Até trocou de domicílio eleitoral para ter na mão mais uma alternativa.
E agora, jósé Ciro Gomes? É tudo ou nada.
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