segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Do PIB da campanha Dilma ao PIB da realidade do Brasil


Mercado reduz novamente previsão para o PIB, aponta Focus


SÃO PAULO - Os analistas de mercado reduziram, pela quarta semana consecutiva, a estimativa para o crescimento da economia brasileira neste ano, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central. Eles também cortaram, pela terceira vez seguida, a projeção para 2015. As apostas para juros e inflação deste e do próximo ano ficaram inalteradas.
A mediana das estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2014 caiu de 0,18% para 0,16%. Também nesta segunda-feira, o Banco Central informou que seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) caiu 0,26% em outubro ante setembro, feito o ajuste sazonal e, com isso, o acumulado no ano marca recuo de 0,12% na atividade. O IBC-Br serve como um indicador antecedente do PIB. Para 2015, o Focus mostra que a mediana das projeções caiu de 0,73% para 0,69%.

Quanto à produção industrial, a estimativa seguiu em queda de 2,50% neste ano, mas para 2015 houve ajuste para baixo, de alta de 1,23% para crescimento de apenas 1,13%.

Inflação e juros

Os analistas consultados pelo Focus mantiveram a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 6,38% em 2014 e em 6,50% em 2015 e não alteraram a projeção para a Selic ao fim de 2015, que ficou em 12,50%.

Os analistas Top 5, os que mais acertam as previsões, que estimavam o juro em 12% no fim do ano que vem elevaram a projeção para 12,50%. Atualmente, a taxa básica de juros da economia está em 11,75%. Para a inflação, as apostas do Top 5 foram mantidas em 6,28% e em 6,20% em 2014 e 2015, respectivamente.

A projeção do mercado para a inflação em 12 meses teve leve desaceleração, de 6,63% para 6,62% e, para este mês de dezembro, seguiram em 0,75%. Embora não tenham alterado a projeção do IPCA no ano, os analistas ajustaram suas estimativas para os preços administrados e o dólar, duas importantes fontes de pressão inflacionária.

A mediana dos administrados neste ano subiu de 5,30% para 5,40% e no próximo saiu de 7,20% para 7,48%. Também o dólar saiu de R$ 2,55 para R$ 2,60 ao fim de 2014 e de R$ 2,70 para R$ 2,72 em 2015.

(Ana Conceição | Valor)

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

A herança dos Sarney na era Lula Dilma, aliados no fracasso do desenvolvimento



A 'herança' de Roseana

Estado com mais miseráveisAssim como todo o país, o Maranhão reduziu o número de pessoas miseráveis desde 2004. Mesmo assim, segundo o Ipea, em 2013 eram 1.174.693 pessoas que viviam abaixo da linha da pobreza no Estado, ou 17,3% da população. A média é a maior entre os Estados e três vezes a nacional, de 5,2%


Violência explodeNos últimos anos, o Maranhão viveu uma explosão de violência. Entre 2002 e 2012, a taxa de homicídios cresceu 162%, chegando a 26 por cada 100 mil habitantes --ainda menor que a média nacional, que é de 29 por 100 mil--, segundo dados do Mapa da Violência 2014. Nessa década, o Maranhão foi o terceiro Estado com maior crescimento período, atrás apenas de Rio Grande do Norte e Bahia


Caos prisionalNo inicio de 2014, o mundo conheceu a barbárie no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís. Em 2013, foram 60 mortes, algumas com decapitações. Nenhum Estado teve tantas mortes como somente registrou Pedrinhas. Neste ano, já foram 19 assassinatos dentro do complexo


Líder em mortalidade infantilNa última década, o Maranhão ultrapassou Alagoas na "disputa" pela lanterna em relação à mortalidade infantil. O Estado, segundo o estudo Tábua da Vida do IBGE, teve a maior taxa em 2013: 24,7 por mil nascidos vivos. A mortalidade na infância também é maior no Maranhão: 28,2 por mil

Maior deficit habitacionalO Maranhão tem o maior deficit habitacional do país entre todos os Estados. Em 2008, quando Roseana assumiu pela segunda vez o mandato de governadora, após a cassação de Jackson Lago (1934-2011), taxa de pessoas sem moradia era de 25,2% em relação a todos os domicílios. Em 2012?dado mais recente-- essa taxa caiu para 21,2%

Pior acesso à JustiçaOs moradores do Maranhão têm o pior acesso do país à Justiça, de acordo com estudo divulgado pelo Ministério da Justiça no final do ano passado. O índice leva em conta o número de profissionais, como advogados, defesa pública e juízes. Também se leva em conta o IDH. Boa parte disso se deve à falta de defensores públicos, que só atuam em uma a cada quatro municípios do Estado


Menor expectativa de vidaO Maranhão também é o local onde se vive menos no Brasil. O Estado é o único em que a expectativa de vida não chega aos 70 anos e ficou, em 2013, em 69,7 anos. No Brasil, essa taxa, em 2013, era de 74,9 anos. Entre os homens, a expectativa era ainda menor no Maranhão: 66 anos. Já entre as mulheres, essa esperança chega a 73,7 anos

Renda é menos de 40% da média brasileiraOs maranhenses têm a pior rendimento entre os Estados, conforme indica o IDH Renda. O Estado também é o segundo pior PIB (Produto Interno Bruto) per capita do país, segundo dados das Contas Regionais, do IBGE. Os maranhenses, em 2012, tinham PIB per capita de R$ 8.760,34, à frente apenas do Piauí (R$ 8.137,51). No Brasil, a renda per capita é quase três vezes maior que a maranhense: R$ 22.645,86

Menos médicos no paísSem conseguir atrair ou forma mais profissionais, dados do CFM (Conselho Federal de Medicina) mostram que o Maranhão é o Estado brasileiro com o maior índice de habitantes por médico - com 5.390 profissionais para 6.794.301 habitantes. A média é de um médico para cada 1.260 pessoas --mínimo recomendado pela ONU é de pelo menos um para cada 1.000 pessoas


Educação ainda engatinhaA PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2013, do IBGE, apontou que o Maranhão é o segundo Estado com o maior número proporcional de analfabetos, com 19,9% do total da população sem saber ler ou escrever. O Estado estava à frente apenas de Alagoas (que teve taxa de 21,7%)
UOL

Enrique Iglesias, Juan Luis Guerra - Cuando Me Enamoro

Enrique Iglesias - Bailando (Lyric Video) ft. Mickael Carreira

Enrique Iglesias - Bailando ft. Mickael Carreira

domingo, 7 de dezembro de 2014

Quem é quem na corrupção da Petrobrás



Tese do ‘eu não sabia’ perdeu prazo de validade



Entre as várias más notícias que o Datafolha traz para Dilma Rousseff, uma é especialmente devastadora: 68% dos brasileiros responsabilizam a presidente pela corrupção. Sete de cada dez brasileiros acham que ela tem alguma responsabilidade na petrorroubalheira.

A doutora ainda não se deu conta, mas o lero-lero do ‘eu não sabia’ é pomada vencida. Perdeu o prazo de validade. Ou Dilma muda a prescrição ou logo passará a ser vista como uma criança ingênua e inconsequente. Dessas que brincam no barro depois de tomar banho. O papel de gestora incapaz talvez seja menos pior que o de cúmplice.

Quando assumiu a Presidência pela primeira vez, em janeiro de 2011, Dilma infundia confiança na alma nacional. Questionados pelo Datafolha na ocasião, 73% dos brasileiros manifestaram a crença de que a pupila de Lula, vendida por ele como uma supergerente, faria um bom governo.

De volta às ruas na semana passada, o Datafolha repetiu a pergunta. Descobriu que Dilma prejudicou muito a imagem de sua sucessora. Hoje, 50% dos entrevistados apostam no êxito de Dilma 2ª. Decorridos quatro anos, o índice de otimismo emagreceu 23 pontos percentuais.

A 24 dias do fim, o primeiro reinado de Dilma é considerado ótimo ou bom por 42% dos brasileiros. É a mesma taxa de aprovação captada numa pesquisa feita em 21 de outubro, às vésperas do segundo turno da eleição presidencial. A novidade está na taxa de desaprovação, que subiu quatro pontos, de 20% para 24%. A conjuntura indica que o ruim pode ficar bem pior.

Maus dias estão por vir. Farão de 2015 um ano duro de roer. Na economia, o arrocho de Joaquim Levy, o ortodoxo que Dilma 2ª colocou na pasta da Fazenda para tentar consertar os erros que Dilma 1ª cometeu.

Na política, o escândalo do petrolão. Já está claro que a Petrobras virou a maior produtora de lama do país. E logo se verificará que o Congresso ganhou contornos de uma delegacia de polícia hipertrofiada. Quando seus aliados forem acomodados na fila da degola, Dilma terá de explicar por que ajudou a privatizar a Petrobras na bacia das almas dos partidos.


Josias de Souza



quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Novembro Azul, de olho no câncer de próstata

Dr Ronaldo Hueb Baroni
Para contribuir com as informações sobre os cuidados e tratamento de possíveis doenças da próstata, o Blog traz uma entrevista sobre o processo e a importância do diagnóstico e estadiamento do câncer de próstata por meio de exames de imagem. 

 Para falar sobre o assunto, reproduzimos entrevista com o Dr Ronaldo Hueb Baroni, médico radiologista formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com doutorado na mesma instituição, e especialização em Ressonância Magnética abdominal no Beth Israel Deaconess Hospital da Harvard Medical School.

Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2014 teremos 68.800 novos casos de câncer de próstata. No Brasil, este é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. No entanto, o aumento nas taxas de incidência pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos de diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação e pelo aumento na expectativa de vida.

Segundo o Baroni, “O exame de Ressonância Magnética (RM) é atualmente uma importante ferramenta para o diagnóstico do câncer de próstata, porém não substitui os métodos tradicionais empregados no rastreamento do câncer de próstata (dosagem de PSA- Antígeno Prostático Específico no sangue e toque retal) nem na sua confirmação diagnóstica (biópsia guiada por ultrassonografia transretal).

O papel da RM no rastreamento tumoral é o de identificar nos pacientes com suspeita clínica baseada em alteração do PSA e/ou do toque retal, as áreas de maior suspeita para tumores clinicamente significantes. Elas poderão ser submetidas a biópsias dirigidas com obtenção de fragmentos adicionais, aumentando a eficácia da biópsia na confirmação diagnóstica”.

A RM, assim como outros métodos não invasivos, tem dificuldade em diagnosticar tumores pequenos e bem diferenciados (não significantes), e apresenta melhores resultados nos casos com maior significância clínica. Isso é benéfico na decisão do tratamento mais apropriado para cada caso, principalmente quando houver indicação de Vigilância Ativa. Em resumo, quanto mais avançado o tumor, mais facilmente ele é identificado e caracterizado pela RM.

O exame tem duração aproximada de 30 minutos e durante esse tempo o paciente deve permanecer imóvel. “Atualmente dispomos de aparelhos de RM com ´túnel´ mais amplo e curto, o que proporciona maior conforto e reduz a ocorrência de claustrofobia. O paciente é orientado a tomar um laxante oral na véspera e no dia do exame, Além disso, duas medicações endovenosas são administradas no momento do estudo: um antiespasmódico para reduzir o peristaltismo intestinal e o contraste a base de gadolínio para aumentar a eficácia do diagnóstico de tumores”, explica Baroni.

RM multiparamétrica

A identificação de áreas suspeitas para tumores na RM é feita com base nas suas características de imagem nos diversos parâmetros da RM (baixo sinal em T2, restrição à difusao das moléculas de água e hipervascularização pós-contraste), daí o nome de RM multiparamétrica da próstata. “Quando elaboramos o laudo, usamos uma escala de suspeição para tumores que vai de 1 a 5, sendo 1 muito baixa suspeita para tumores clinicamente significantes, e 5 muito alta suspeita para tumores clinicamente significantes”, complementa o médico.

Segundo Baroni, o exame de RM multiparamétrica da próstata só deve ser feito quando solicitado pelo urologista, que é capaz de determinar se o paciente irá se beneficiar do método ou não. Uma vez realizada a RM e com base no seu resultado, o urologista irá avaliar a necessidade ou não de dar continuidade à investigação por meio de biópsia. Se houver a necessidade de biópsia, a mesma deve ser feita idealmente através da fusão das imagens da RM com as imagens da ultrassonografia transretal realizada durante o procedimento.

Estadiamento do câncer de próstata

Segundo Baroni, o estadiamento define a extensão de um tumor, tanto local quanto à distancia. A RM é considerada o método de escolha para estadiamento local de tumores prostáticos (pesquisa de extensão extracapsular e invasão de vesículas seminais), especialmente quando combinada aos chamados nomogramas clínicos, em casos selecionados. Porém, cada vez mais a RM vem ganhando destaque como método complementar no rastreamento de tumores iniciais sem perder o seu papel no estadiamento local.

Finalizando a entrevista, o médico alerta que “a RM multiparamétrica é um método complementar no diagnóstico e estadiamento dos tumores prostáticos, devendo sua utilização ser feita de forma criteriosa e sob recomendação do urologista ou médico responsável pelo paciente. Muitos trabalhos estão em curso no momento, inclusive no nosso serviço, para aprimorar ainda mais o método e aumentar o seu papel na avaliação das neoplasias e outras patologias da próstata”.

Ronaldo Hueb Baroni: Médico radiologista formado pela FMUSP, com doutorado na mesma instituição, e especialização em Ressonância Magnética abdominal no Beth Israel Deaconess Hospital da Harvard Medical School. Atualmente ocupa o cargo de chefe do Grupo de Radiologia Geniturinária do HC-FMUSP, e coordena o Setor de Ressonância Magnética e o Grupo de Imagem Abdominal do Hospital Israelita Albert Einstein.

Contato:

Telefones: (11) 21512452 / 21512487

Email: ronaldo.baroni@einstein.br

Equipe Urologia Vida

Tags:câncer de próstata, Ressonância Magnética, urologia, urologia vida

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Encarar os fatos




Estamos num momento muito importante. Ele definirá qual será nosso futuro nos próximos quatro anos e deixará marcas na nossa história até o fim dos tempos. As próximas gerações vão continuar a "ler" na evolução gráfica do nosso PIB os seus instantes de "avanços" e de "retrocessos". Todo o resto que hoje parece sólido, o tempo dissolverá: os erros e os acertos das políticas sociais e econômicas voluntaristas, os bônus ou os ônus externos, os exageros monetários, fiscais, salariais e cambiais, os argumentos falaciosos, a contabilidade "criativa", as tentativas de violações das identidades da contabilidade nacional e os desmandos administrativos praticados em gigantescas empresas estatais. Até os bons resultados e as críticas impertinentes serão esquecidos.

A grande certeza - comprovada por nosso passado - é que tudo será corrigido, com custos maiores ou menores, dependendo da inteligência e da aceitação da realidade por parte do renovado poder incumbente. No eletrocardiograma dos períodos de FHC, de Lula e de Dilma, só restará o crescimento do PIB e, talvez (apenas talvez), um registro mais leve dos avanços nas políticas que incentivaram o aumento da igualdade de oportunidade. O fato é que nem estas, nem o Brasil foram descobertos em 1994! A crueldade estatística é que as escaras produzidas no indicador do PIB, não importa se por má sorte ou pelas contradições entre a política social e a econômica, não desaparecerão. São perdas definitivas que atrasaram nosso avanço relativo na construção da sociedade civilizada. O governo Dilma Rousseff terá registro por muitos motivos, mas será lembrado, de 2018 em diante, pela marca que deixar no PIB. No período FHC, o PIB cresceu pouco: 2,3% ao ano. No período Lula, melhorou: 4,1% ao ano. No período 2011-2014, apenas 1,6% ao ano. A herança do primeiro mandato é pesada. Para repetir a pobre performance do PIB total de FHC, será preciso crescer pelo menos 12% no período 2015-2018, ou seja, 3% ao ano, em média, o que não parece tarefa trivial.

É tempo, portanto, de enfrentar fatos elementares incontornáveis:

Governo Dilma será lembrado pela marca que deixar no PIB


1) Que para a sociedade não existe nada que não consuma recursos. A passagem grátis de ônibus do Paulo nem é seu "direito", nem é "dever" do Estado: ela será, necessariamente, paga pelo Pedro. O Estado, que tem o monopólio da força, pode obrigar a transferência do custo cobrando imposto do Pedro e registrando o subsídio do Paulo no orçamento. Mas isso tem um limite na paciência do Pedro!

2) A sociedade não pode distribuir o que ainda não foi produzido, a não ser recebendo um presente externo (uma melhoria das relações de troca, que é sempre transitória como aconteceu em 2003-2010) ou tomando emprestado no exterior (que a nossa experiência mostra que sempre termina muito mal). Logo vamos ter de nos acomodar com nossos próprios recursos.

3) Que essas duas restrições não são "ideológicas". São "físicas". Elas abrigam neoclássicos, marxianos, keynesianos, kaleckianos e até marcianos e impõem cuidadosa harmonia entre as políticas redistributivas e o nível de investimento que determina a taxa de crescimento do PIB. Sem crescimento, por motivo interno (investimento e exportação) ou externo ("bônus" ou "dívida"), a redistribuição continuada levará ao desastre. Isso nada tem a ver com a defesa do "capitalismo", considerado como um fenômeno "quase natural" e o "horizonte intransponível da sociedade civilizada", como querem alguns ingênuos "cientistas" que esquecem a história. Ele é um mero instante naquela construção, como mostraram Karl Marx (1818-1883), Max Weber (1864-1920), John Maynard Keynes (1883-1946), Joseph Schumpeter (1883-1850), Karl Polanyi (1886-1964), Fernand Braudel (1902-1985) e Albert Hirschman (1915-2012).

4) Que a política fiscal bem conduzida é a mãe de todas as políticas. É ela que: a) permite uma política de "meta de inflação" crível que quando; b) apoiada por uma política salarial que "acredita" na "meta", permite o aumento relativo do salário real e o controle da taxa de inflação com pequenas manobras sobre a taxa de juro real de longo prazo e c) deixa espaço para uma política cambial que estimula o nível interno de atividade.

5) A situação interna e a externa hoje não são nada favoráveis. Um programa crível, mas apoiado apenas num duro ajuste fiscal pontual e no aumento da taxa de juros real, poderá nos levar a uma recessão da qual não nos livraremos sem graves custos sociais, econômicos e políticos. Por outro lado, um programa de "pouco mais do mesmo" aprofundará o desânimo e continuará a piorar os indicadores sociais e econômicos até que ocorra uma crise.

Salta aos olhos que, em parte por conta da própria estagnação do PIB, a situação fiscal não é sustentável. Sua correção, entretanto, exige um programa transparente que a corrija em dois ou três anos, mas cuja credibilidade antecipe expectativas favoráveis aos investimentos e dê conforto aos trabalhadores no inevitável processo de ajuste. Não resta ao governo outra alternativa que não seja a de cooptar a confiança do setor privado para ajudar a realizá-lo.

Antonio Delfim Netto é professor emérito da FEA-USP, ex-ministro da Fazenda, Agricultura e Planejamento. Escreve às terças-feiras

E-mail: ideias.consult@uol.com.br

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Ex-ministro do Lula Márcio Thomaz Bastos morre aos 79 anos em SP



O ex-ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos morreu aos 79 anos na manhã desta quinta. A informação foi confirmada pela família.

Ele estava internado há alguns dias no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para tratamento de problemas no pulmão.

Desde o mês passado, o ex-ministro apresentava tosse e um pouco de fraqueza. Na semana passada, ele fez uma viagem de trabalho aos Estados Unidos e na volta apresentou um quadro de embolia, que chegou a afetar seu coração.

Thomaz Bastos é considerado um dos principais advogados criminalistas do país. Foi presidente da OAB-SP entre 1983 e 1985 e do Conselho Federal da OAB (1987 a 1989) antes de virar ministro da Justiça (2003 a 2007) no governo Lula.

No julgamento do mensalão, ele fez a defesa do ex-dirigente do Banco Rural José Roberto Salgado, condenado a uma pena de 14 anos e 4 meses de prisão por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e evasão de divisas.
No Pará, um dos principais clientes do advogado, foi o Deputado Seffer, envolvido no caso de pedofilia. Em São Paulo Defendeu o responsável da morte do aluno de medicina advogado em uma piscina, durante uma festa de calouros.

BOLETIM
Bastos foi internado há alguns dias por causa de uma embolia, definida no boletim médico como "descompensação de fibrose pulmonar".

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

A Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração (SEICOM) e Secretaria de Economia da Prefeitura lideram projeto Belém 400


A Secretaria de Estado de Indústria, Comercio e Mineração, Maria Amélia Enríquez, ressaltou e importância do empreendedorismo e da qualificação empresarial,  para que Belém Avance na sua economia. 


O Liberal.