sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA - Malware infecta 1 milhão de PCs em um dia - Daniela Moreira, de INFO Online

PLANTÃO INFO / 01/2009 / TI

O Brasil não só é um dos países que sufre os efeitos da crise econômica, também (como é obvio) depois da Chine é o país que mais sufre com os virus espalados pela internet. Todo cuidado é pouco. Não esqueça: gato escaldado morre de medo da agua fria.

Os virus entram no seu PC pelos e-mails de origem desconhecido e que sempre sugerem propostas tentadoras e ofertas imperdíveis ou aparecem como convocatorias para prestar declarações em órgãos públicos (receita federal, DETRAN, Secretaria do Trabalho, etc.). Se não conhece a fonte NÃO ENTRE.
Igual se ele é um arquivo dos chamados executáveis. Coisas já conhecidas pelos internautas e simples, mas, quase sempre esquecidas.


SÃO PAULO - Um astuto malware infectou mais de 1 milhão de computadores em 24 horas, reportou a F-Secure.

Na quarta-feira (14/01), o worm Downadup havia infectado mais de 3,5 milhões de PCs, um aumento de 1,1 milhão de vítimas em relação ao dia anterior.

O Brasil foi o segundo país mais infectado pelo código malicioso, com 34.814 endereços IP comprometidos, perdendo apenas para a China, com 38.277.

O Downadup – também conhecido como Conficker – explora uma falha no Windows Server Service, corrigida em outubro. Apesar disso, grande parte das vítimas são empresas, segundo o levantamento da F-Secure.

O malware usa um complicado algoritmo que muda diariamente, gerando diversos nomes de domínios diferentes a partir dos quais os códigos maliciosos podem ser baixados, segundo a F-Secure.

De acordo com a empresa de segurança, as máquinas infectadas podem formar uma grande rede maligna de computadores zumbi.

A correção para a vulnerabilidade que possibilita o ataque foi disponibilizada pela Microsoft em outubro.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A CRISE DAS MATERIAS PRIMAS E RECURSOS NATURAIS - DESDE CHILE (válido para a Amazônia)

La desaceleración del crecimiento de las exportaciones en los últimos meses y el enfriamiento del mercado inmobiliario, son algunos de los indicios que apuntan a un ritmo más lento de expansión de la economía mundial que se ralentizará en forma notoria durante 2009.

Se supone que esto dañaría las perspectivas del crecimiento chileno, como la demanda global por metales y materias primas al sector exportador nacional será afectado por la consecuencia de la crisis financiera mundial, en especial a los productos manufacturados que van a Estados Unidos y Europa, porque están restringiendo el consumo de productos que no son parte de la canasta básica de alimentos. Por miedo a la incertidumbre en el futuro, los ciudadanos de otros mercados prefieren no gastar para no endeudarse.

Se espera que los mercados asiáticos no entren en recesión, pues una situación de este tipo generará una crisis interna sin precedentes, afectando fuertemente la productividad y el empleo. Esto debido a que los consumidores, especialmente la clase media de China, Asia y la India en general, ya están sintiendo el efecto mundial. Por otro lado, y según la opinión de expertos, se anticipa que, al igual que otros países de la región, con economías basadas en commoditties, la baja en la demanda de nuestras exportaciones, y el desplome del precio del cobre, que se ha convertido en un verdadero “tobogán”, harán que nuestro país sienta una merma importante en la exportación de materias primas, en especial por la desaceleración de la economía mundial.

En relación a los grandes mercados como China e India, no sabemos si el boom de sus economía sobrevivirá a la crisis mundial, ya que sus habitantes aún consumen muy poco y no podrían absorber lo que dejarán de comprar los estadounidenses, canadienses, japoneses y europeos, que son los más afectados por esta crisis, lo que causa mucha preocupación en el país, porque gran parte de nuestras exportaciones se dirigen a esos países, por lo que se sentirán sus efectos en la economía real, empresas de exportación y pymes nacionales.

Tampoco se sabe si el boom económico de los países emergentes sobrevivirá a la crisis mundial, el problema principal ya no es el precio de los alimentos, la alta inflación, volatibilidad de los mercados, crisis inmobiliaria, el precio del petróleo y la energía, sino la caída de sus ingresos y el desempleo.

Según observamos, a principios del 2009 se visualizarán las primeras señales de una desaceleración de las exportaciones de una canasta básica de materias primas.

domingo, 11 de enero de 2009
José Luis Gallego C.

PARA MELHOR ENTENDER A CRISE FINANCEIRA

FAÇA UM CLIC AQUI E PRESTE MUITA ATENÇÃO, É ÓTIMO!

DO SEQÜESTRO DA ECONOMIA A POSSÍVEIS PORTAS DE SAÍDA

Quando os apostadores tomam ciência do tombar da jogatina, suplicam à velha viúva, a quem antes acossavam, que lhes socorra com mais dinheiro, transferindo a riqueza socialmente construída aos mesmos que até aquele momento ganharam apenas especulando

Marcos Aurélio Souza
leia artigo enteiro no Le Mond Diplomatic, http://diplo.uol.com.br/)

É difícil antever com precisão aonde ainda nos levará a crise financeira iniciada a partir da débâcle do quimérico mercado hipotecário dos Estados Unidos. Um vendaval de proporções arrasadoras, cujo resultado simbólico mais significante, provavelmente, tenha sido o abalo sísmico provocado na fé de dois dos homens mais poderosos do mundo nos mecanismos de ajuste automático dos mercados para resolver suas irreprimíveis e destemidas estripolias.

A fim de estancar a sangria que ameaçava a própria estrutura do sistema capitalista, Paul Bernanke, presidente do FED, e Henry Paulson, lugar tenente do tesouro norte-americano, se viram forçados, e não hesitaram, em estatizar a Fannie Mae e Freddy Mac - gigantes do financiamento de crédito imobiliário do país, - além da AIG, a toda poderosa corporação mundial do ramo de seguros. Enquanto dirigiam em alta velocidade, assistiam pelo retrovisor ao rápido agonizar do Lehman Brothers, o quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos, que finalmente sucumbiria sem que os dois ex-talibãs, guiando pelos pulsos, orientassem as mãos invisíveis do mercado para também lhe prestar socorro.

AGUA - RECURSO ABUNDANTE NA AMAZÔNIA JÁ É ESCASSA EM OUTRAS REGIÕES DO TRÓPICO ÚMIDO

No México, a água se torna artigo raro


No minúsculo jardim florido de Irene Rodriguez, nas alturas de Sierra de Guadalupe, a roupa está pendurada sobre fios na ordem em que foi lavada: primeiro o branco, depois as roupas de cor clara, depois os jeans. Pois a água produzida na máquina de lavar deve ser utilizada várias vezes: para a higiene dos cinco filhos, e depois para as várias lavagens, antes de terminar no fundo do vaso sanitário.

"Aqui, faz oito anos que a água não sai mais da torneira, conta Irene Rodriguez, e que nós a recebemos duas vezes por semana por caminhão-pipa. Somos obrigados a reciclar".

Ao redor de sua choupana, como nos quintais de seus vizinhos, uma imensa quantidade de recipientes - baldes, barris, tanques de PVC - mostra a necessidade de estocar o precioso líquido.

Esse labirinto de construções anárquicas, cujas ladeiras vertiginosas foram pavimentadas com cimento pelos habitantes, se chama El Mirador. A vista sobre a capital seria imbatível se uma névoa poluída de reflexos sulfurosos não turvasse as perspectivas do vale do México. Os bairros chiques em torno do bosque de Chapultepec estão somente a uma hora de carro quando não há trânsito: villas equipadas com seis banheiros, grandes gramados, piscinas, garagens repletas de veículos que pelotões de empregados aspergem com uma mangueira. Um outro mundo.

As zonas residenciais não deveriam sofrer muito com os racionamentos que acaba de anunciar a Comissão Nacional de Água (Conagua). Por causa de chuvas insuficientes, o nível das barragens do centro do país baixou perigosamente no começo da estação seca: elas estão a 63% de sua capacidade, contra os 85% usuais. "Hoje nós temos um déficit de 170 milhões de metros cúbicos. Precisaremos reduzir pela metade, durante três dias nos fins de semana e até maio, as quantidades que forneceremos para a capital e para o Estado (limítrofe) do México, explica José Ramon Arvarin, diretor-geral adjunto da Conagua. Mas a repercussão desses cortes, suportáveis em si, será multiplicada pelas falhas da rede urbana".

É a primeira vez que as autoridades federais são levadas a tomar tais medidas desde a instalação, 30 anos atrás, do "sistema de Cutzamala", que coleta as reservas de sete represas e as encaminha por um aqueduto de 110 quilômetros em direção à zona urbana onde vivem 20 milhões de habitantes. Mas essa contribuição só cobre um quarto das necessidades de uma das megalópoles mais sedentas do mundo: "O México consome quase 300 litros por dia e por habitante, o dobro das grandes capitais europeias", ressalta Ramon Aguirre, diretor da rede canalização de água da capital.

O racionamento só revela antigos problemas, resultado de uma negligência dos poderes públicos e de dificuldades geológicas, em especial, graves deslizamentos de terra. As perdas decorrentes tanto dos vazamentos domésticos como nas falhas da rede atingem 38% (contra 26% em média no resto do país). As águas de chuva vão direto para o esgoto, e somente 6% das águas usadas são tratados. Uma enorme unidade de saneamento está sendo projetada no Estado de Hidalgo, ao nordeste do México.

Alguns esperam que o racionamento vá marcar o início de uma conscientização. "É preciso melhorar as canalizações, mas também diminuir a demanda ao modificar a estrutura das tarifas, afirma Ramon Aguirre. Devemos mudar os hábitos de consumo excessivo. Barcelona se sai bem com 114 litros por dia e por habitante".

Joëlle Stolz
Correspondente no México

OS ESCANDALOS DE POLÍTICOS PARAENSES - ALGUNS AINDA GUARDAM CERTOS VALORES ÉTICOS, A MAIORIA É LIXO

Do BLOG DO BARATA

ESCÂNDALO – CPI ouve o bispo do Marajó

Tráfico de drogas, particularmente em Portel, exploração da prostituição infantil, turismo sexual com menores e tráfico de mulheres. Esses são os ingredientes que condimentam as denúncias de dom Luiz Azcona, sobre a exploração sexual de menores e mulheres no Marajó, do qual o religioso é bispo.
Dom Luiz Azcona foi o primeiro depoente ouvido pela CPI, a Comissão Parlamentar de Inquérito instalada na Alepa, a Assembléia Legislativa do Pará, para apurar as denúncias de exploração sexual de menores e mulheres no Marajó, feitas pelo bispo, desde então sob ameaça de morte. Criada por proposta do deputado petista Carlos Bordalo, a CPI tem como presidente o deputado Bira Barbosa (PSDB) e relator o deputado Arnaldo Jordy (PPS).

ESCÂNDALO – A indiferença dos poderes legais

O assustador é que nenhuma das denúncias oferecidas pelo bispo do Marajó à CPI nesta quarta-feira, 14, no auditório João Batista, acrescentou alguma nova informação ao que dom Luiz Azcona já havia tornado do domínio público há pelo menos dois anos atrás. A despeito disso, como acentuou o próprio bispo, as aberrações relatadas perduram, sob a indiferença dos poderes constituídos – Executivo, Legislativo e Judiciário – e dos seus órgãos auxiliares, como o Ministério Público.

O mais irônico é que a criação da CPI agora instalada foi proposta, ainda em 2006, pela então deputada Araceli Lemos, na época no PT e hoje no PSol, sem mandato, após tentar sem sucesso a eleição para a Câmara Federal, pela sua nova legenda. Na ocasião, a proposta de criação da CPI foi abortada pela bancada de sustentação do governo do tucano Simão Robison Jatene, ironicamente comandada pelo deputado Bira Barbosa, a quem agora cabe presidir a comissão que no passado recente ajudou a inviabilizar.


ESCÂNDALO – Deputadas cobram rigor na apuração

Na sessão da CPI realizada nesta quarta-feira, 14, as deputadas Josefina Carmo (PMDB), Regina Barata (PT) e Simone Morgado (PMDB) cobraram rigor na apuração das denúncias feitas à comissão. A propósito, Simone Morgado recordou que, quando vereadora em Bragança, denunciou o envolvimento com pedofilia de dois vereadores do município. Segundo a deputada do PMDB, a acusação foi formalizada perante o Judiciário, em ação que ainda aguarda a manifestação do TJ do Pará, o Tribunal de Justiça do Estado, onde supostamente dormita o processo, segundo a presunção verbalizada pela parlamentar.

O temor de que a CPI acabe em pizza, manifestado pelo próprio bispo do Marajó, mereceu uma enfática observação da deputada Regina Barata, do PT. A parlamentar petista sublinhou que dedicará às denúncias eventualmente feitas, desde que comprovadas, o mesmo zelo que dedica aos seus próprios filhos. “No que de mim depender, cortaremos a própria carne, se necessário for”, salientou Regina Barata.


ESCÂNDALO – O recado para Sefer

A advertência feita pela deputada petista Regina Barata, ao acentuar a obrigação da CPI de cortar a própria carne, se assim for necessário, foi uma clara alusão ao deputado Luiz Afonso Sefer, do DEM. Sefer é acusado de molestar sexualmente uma menina, dos 9 aos 12 anos, período no qual a garota trabalhou e morou na casa do parlamentar.

Segundo revelou o jornalista Cláudio Humberto na sua coluna - de circulação nacional -, além da acusação de pedofilia, que aguarda um parecer do Ministério Público do Pará, o deputado do DEM é também réu em ação no Tribunal de Justiça da Paraíba sobre reconhecimento de paternidade. O processo, que teve início em meados de 2005, tramita em segredo de Justiça e nenhuma audiência foi realizada até agora. Quando a criança nasceu, a mãe teria apenas 15 anos de idade.
Diante da suspeita de pedofilia, Sefer, recorde-se, foi afastado da liderança do DEM na Alepa e excluído da CPI da Pedofilia no Estado, na qual figurava como suplente, por indicação do Democratas. Apesar disso, existem fortes indícios de que esteja em curso uma operação abafa, para poupar Sefer, patrocinada pelo governo Ana Júlia Carepa.

INGLATERRA COMEMORA 200 ANOS DE DARWIN

As teorias de Charles Darwin revolucionaram nosso conhecimento do mundo e suas ideias assentaram as bases da sociedade e da ciência modernas, pois nos ajudaram a compreender melhor nosso lugar no meio natural. São palavras do presidente do Museu de História Natural de Londres, Oliver Stocken, que explicam por que 2009 será um ano carregado de eventos, especialmente no Reino Unido, para comemorar o 200º aniversário de nascimento de Darwin e os 150 anos da publicação de "A Origem das Espécies", cujo autor é considerado, ao lado de Newton, o cientista britânico mais importante de todos os tempos.

Com mais de 15 mil visitantes no primeiro mês de funcionamento, muito além das melhores previsões, "Darwin, a Grande Ideia" - a maior exposição organizada em torno da vida e do legado do cientista -, no museu citado, é uma das melhores cartas de apresentação do que será 2009.

Talvez porque a grande comemoração estivesse planejada antes que a crise econômica começasse, talvez porque não há discussão sobre a importância mundial da figura de Darwin, não se pouparam meios nem há organizações entre o longo elenco de instituições britânicas de reconhecido prestígio científico que ficaram à margem.

A Royal Society organizará pelo menos dois congressos científicos; a Universidade de Cambridge reúne em uma página da Internet (http://darwin-online.org.uk/) quase toda a abundante bibliografia do autor, e também organiza um festival em julho (informações em www.darwin2009.cam.ac.uk) para divulgar a importância passada e futura da obra de Darwin. A Sociedade Lineana celebrará o aniversário da leitura da Teoria da Evolução pela Seleção Natural, que completou 150 anos em 2007, entregando as medalhas Darwin/Wallace em 12 de fevereiro, dia do aniversário de Darwin, em vez do 1º de julho habitual, e fazendo que o prêmio passe a ser entregue anualmente e não a cada 50 anos.

Down House, a casa na região de Kent onde Darwin viveu e desenvolveu muitas de suas teorias, as estufas em que cultivou orquídeas, os jardins por onde passeou durante os 20 anos em que se questionou se deveria publicar uma ideia que certamente escandalizaria a sociedade, estarão abertos ao público a partir de 3 de fevereiro. Nesse cenário, que espera ser declarado Patrimônio da Humanidade depois de uma longa reabilitação, poderão se realizar alguns dos experimentos que o cientista criou para provar sua teoria.

Também não ficará atrás sua cidade de origem, já que o Festival Shrewsbury Darwin voltará a trazer as ideias de Darwin para a cidade onde ele nasceu e cresceu. Este ano os eventos e as palestras têm a finalidade de divulgar entre o grande público a importância de suas teorias, e para isso reuniram prestigiosos e conhecidos cientistas.

E para completar o panorama, algo que coloca o acontecimento no alto da agenda social britânica: um documentário e séries especiais da BBC, incluindo uma de lorde Richard Attenborough. Definitivamente, haverá um bocado de Darwin este ano.

"Estamos orgulhosos de que Darwin comunicasse pela primeira vez sua teoria sobre a seleção natural na Sociedade Lineana. Suas idéias têm uma grande clareza e uma incrível atualidade e continuam inspirando pesquisadores e membros de nossa sociedade", declarou seu presidente, David Cutler.

A exposição "Darwin, a Grande Ideia" pretende dar uma visão que une a vida de Darwin como cientista com suas inquietações como ser humano. Por isso, o relato da viagem no navio Beagle durante mais de cinco anos e a exposição de algumas das coleções trazidas somam-se à ambientação perfeita da sala onde ele criou suas teorias e coordenou suas obras, e também seus escritos pessoais. Neles se discute o momento do casamento e a conveniência do mesmo, e mais tarde se vê claramente a preocupação de sua mulher, Emma, porque o trabalho científico de Darwin e suas crenças o afastaram das ideias católicas, o que para ela significava que não poderiam compartilhar a eternidade depois da morte. Ciência e vida que caminham de mãos dadas, porque em poucos casos como este as teorias de um cientista serviram para mudar tanto o conceito do mundo.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

CULTURA PERIFÉRICA - O gozo de Gaza


A periferia debaixo de tiros, a Palestina debaixo de bombas. Mera coincidência, ou são sempre os mesmos que sangram nas calçadas, quer seja na faixa de Gaza brasileira ou na Faixa de Gaza Palestina? Estou cansado deste mundo de muitos na faixa de gaza e poucos na faixa do gozo


Sérgio Vaz

Manifesto da Antropofagia Periférica
Sérgio Vaz

(17/10/2007)

A Periferia nos une pelo amor, pela dor e pela cor. Dos becos e vielas há de vir a voz que grita contra o silêncio que nos pune. Eis que surge das ladeiras um povo lindo e inteligente galopando contra o passado. A favor de um futuro limpo, para todos os brasileiros.

A favor de um subúrbio que clama por arte e cultura, e universidade para a diversidade. Agogôs e tamborins acompanhados de violinos, só depois da aula. Contra a arte patrocinada pelos que corrompem a liberdade de opção. Contra a arte fabricada para destruir o senso crítico, a emoção e a sensibilidade que nasce da múltipla escolha.

A Arte que liberta não pode vir da mão que escraviza.

A favor do batuque da cozinha que nasce na cozinha e sinhá não quer. Da poesia periférica que brota na porta do bar.

Do teatro que não vem do "ter ou não ter...". Do cinema real que transmite ilusão.

Das Artes Plásticas, que, de concreto, querem substituir os barracos de madeira.

Da Dança que desafoga no lago dos cisnes. Da Música que não embala os adormecidos.

Da Literatura das ruas despertando nas calçadas.

A Periferia unida, no centro de todas as coisas.

Contra o racismo, a intolerância e as injustiças sociais das quais a arte vigente não fala.

Contra o artista surdo-mudo e a letra que não fala.

É preciso sugar da arte um novo tipo de artista: o artista-cidadão. Aquele que na sua arte não revoluciona o mundo, mas também não compactua com a mediocridade que imbeciliza um povo desprovido de oportunidades. Um artista a serviço da comunidade, do país. Que, armado da verdade, por si só exercita a revolução.

Contra a arte domingueira que defeca em nossa sala e nos hipnotiza no colo da poltrona.

Contra a barbárie que é a falta de bibliotecas, cinemas, museus, teatros e espaços para o acesso à produção cultural.

Contra reis e rainhas do castelo globalizado e quadril avantajado.

Contra o capital que ignora o interior a favor do exterior. Miami pra eles? "Me ame pra nós!".

Contra os carrascos e as vítimas do sistema.

Contra os covardes e eruditos de aquário.

Contra o artista serviçal escravo da vaidade.

Contra os vampiros das verbas públicas e arte privada.

A Arte que liberta não pode vir da mão que escraviza.

Por uma Periferia que nos une pelo amor, pela dor e pela cor.

É TUDO NOSSO!

DA PALESTINA - Urda Alice Klueger

PALESTINA
O Gueto de Gaza
O que o governo de Israel faz com o Gueto de Gaza sob os olhos de todo o mundo. Ah! Palestina, ah! Palestina, como me dóis cá dentro do meu peito que parece estraçalhado... Ah! Palestina, ah! Palestina, que me resta fazer além de chorar angustiadamente, como estou a fazê-lo agora?

Do Portugal de volta o 'caso Maddie' - Procuradoria lusa só reabre 'caso Maddie' com fatos novos

Lisboa, 14 jan (Lusa) - A Procuradoria-Geral da República (PGR) portuguesa afirmou nesta quarta-feira que o processo relativo ao desaparecimento no Algarve de Madeleine McCann só será reaberto se surgirem "fatos novos, credíveis e relevantes", numa reação a declarações do pai da criança.

O pai de Madeleine McCann manifestou terça-feira a intenção de cooperar com as autoridades portuguesas no processo de procura da filha, desaparecida no Algarve em maio de 2007, acreditando que há passos que ainda podem ser dados na investigação.

"Achamos que há muito boas hipóteses de a Maddie ainda poder ser encontrada viva e de boa saúde e, por isso, queremos que a busca continue. Queremos salientar o nosso desejo de trabalhar com as autoridades tanto quanto for possível", afirmou à Agência Lusa Gerry McCann, que chegou terça-feira a Portugal para uma visita de apenas dois dias.

Solicitada hoje pela Lusa a comentar estas declarações de Gerry McCann, a PGR respondeu por escrito afirmando que "o processo só poderá ser reaberto se forem apresentados fatos novos, credíveis e relevantes", sem adiantar mais qualquer observação.

Em entrevista à Lusa, o pai de Madeleine McCann disse ter regressado agora a Portugal, pela primeira vez desde setembro de 2007, para discutir com o seu advogado, Rogério Alves, a melhor forma de colaborar com as autoridades portuguesas no sentido de "explorar passos que ainda não foram dados e que poderão fazer a diferença".

Para isso, adiantou, é importante analisar o processo e toda a investigação desenvolvida até agora "para não duplicar passos que já tenham sido dados" e também "para não desperdiçar recursos".

Madeleine McCann, então com três anos de idade, desapareceu em 3 de maio de 2007 do quarto onde dormia junto com os dois irmãos gémeos, mais novos, num apartamento do complexo turístico "Ocean Club", na Praia da Luz, no Algarve, sul do país.

Os pais, ambos médicos (o pai é cardiologista, a mãe médica de clínica geral), jantavam naquele momento com um grupo de amigos ingleses num restaurante do hotel, a cerca de 50 metros do apartamento.

Em 14 de maio de 2007, o luso-britânico Robert Murat foi apontado suspeito no processo do desaparecimento da menina, após ser interrogado no Departamento de Investigação Criminal (DIC) da Polícia Judiciária (PJ), em Portimão.

Em 7 de setembro do mesmo ano, a mãe da criança, Kate, e o pai, Gerry McCann, foram também apontados suspeitos, após mais um interrogatório no DIC.

A Polícia Judiciária (equivalente à Polícia Federal) inicialmente apontou para a hipótese de seqüestro, mas mais tarde admitiu a morte da criança, mas as autoridades nunca conseguiram apurar o que realmente aconteceu a Madeleine McCann.

Em 21 de julho de 2008, a Procuradoria-Geral da República anunciou oficialmente o encerramento da investigação e o arquivamento das suspeitas contra Gerry e Kate McCann e Robert Murat.

O mistério do desaparecimento da criança e a aparente falta de pistas sólidas para explicar o ocorrido contribuíram para transformar este caso num dos processos mais midiáticos de todos os tempos.