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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Marina acusa governo Dilma de conivência com desmatamento


Marina acusa governo Dilma de conivência com desmatamento


Rede Sustentabilidade, 14 de novembro de 2013

A ex-senadora Marina Silva acusou, nesta quarta-feira, 13, o governo Dilma Rousseff de ser conivente com o aumento do desmatamento no Brasil. Estimativas do próprio Ministério do Meio Ambiente apontam para um crescimento de 20% do problema, em 2013. “Mas Imazon [Instituto do Homem e do Meio Ambiente na Amazônia] está dizendo que é muito mais e dentro de terras públicas, que deveriam ser cuidadas pelo governo”, afirmou Marina, após conceder palestra na Universidade Presbiteriana Mackenzie, no campus de Campinas (SP).

Marina, que foi ministra do Meio Ambiente durante o governo do ex-presidente Lula, afirmou que o atual governo e o Legislativo são responsáveis pelo desmatamento, uma vez que, mesmo com alertas de ambientalistas, patrocinaram as mudanças no Código Florestal.

“Não é omissão. É conivência”, disse ela. “A grilagem voltou a acontecer pelo sinal trocado que foi dado pelo Congresso e o Executivo [na votação do projeto]. Não tinha aquele slogan ‘Planta que o João garante’? Então, agora é faça a invasão de terras que vão garantir a legalização dessas terras desmatadas ilegalmente”, declarou.

O novo Código Florestal, segundo Marina, representa mais “um dos retrocessos” da atual administração federal. Cotada como uma das presidenciáveis na eleição de 2014, a ex-senadora ironizou a declaração do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, que acusou seu grupo político de praticar um ambientalismo conservador.

O “ambientalismo progressista” do governo federal, disse ela, fez o Brasil andar para trás em algo que já era celebrado como um grande ganho. “Antes da aprovação do projeto [do Código Florestal], tivemos o menor desmatamento da Amazônia”, lembrou.

Crise civilizatória


Durante a palestra, para cerca de 150 pessoas, a maioria estudantes, Marina ressaltou que, a exemplo do que ocorreu com gregos e romanos no passado, o mundo passa novamente por uma “crise civilizatória”, que seria composta por problemas sociais, econômicos, políticos, ambientais e de valores. A saída para essa situação, de acordo com ela, está na união e no envolvimento de toda a população.

“A crise civilizatória sequer tem um acervo de experiências sobre como enfrentá-la. A vantagem que temos em relação aos gregos e romanos é que temos consciência disso”.

Na palestra, a ex-senadora concentrou o discurso em questões ambientais. Afirmou que o mundo clama por mudanças urgentes no modelo de desenvolvimento, já que o Planeta está com 50% da capacidade de regeneração comprometida.

Eduardo Campos


Sobre a união com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e sua filiação ao PSB, repetiu que o correligionário continua como o nome do partido para concorrer à Presidência na eleição de 2014. Frisou, no entanto, que o próprio Campos deixou a escolha do nome em aberto para anúncio no próximo ano. Especula-se a hipótese de Marina assumir a cabeça da chapa caso o governador não decole nas pesquisas de intenção de voto. Ela aparece à frente dele nos últimos levantamentos.

Marina também reafirmou que a filiação ao PSB é transitória na medida em que continua militante e principal porta-voz do Rede Sustentabilidade, que ainda não conseguiu o registro na Justiça Eleitoral.

“Estamos aprofundando essa aliança programática”, concluiu a ex-senadora, acrescentando que os dois partidos ainda farão mais quatro encontros regionais para afinar o discurso.


domingo, 17 de fevereiro de 2013

Rede Sustentabilidade estará "à frente" das outras legendas, diz Marina



Batizada como Rede Sustentabilidade, legenda estará 'à frente' das siglas tradicionais, afirma ex-senadora


Em encontro para aprovar estatuto da nova sigla, militantes lançam Marina para presidente em 2014DE BRASÍLIA


A ex-senadora Marina Silva afirmou ontem que o novo partido que está organizando não será de esquerda nem de direita, mas estará "à frente" das outras legendas.

"Nem direita, nem esquerda. Estamos à frente", afirmou Marina, em entrevista durante encontro de militantes que aprovou o estatuto do novo partido, em Brasília.

O nome da nova sigla foi definido ontem. Ela será registrada como Rede Sustentabilidade, mas os organizadores do evento preferiram apresentá-la como #rede.

Marina afirmou que seu objetivo não é apenas ter uma legenda para disputar as eleições de 2014, e disse que a Rede irá romper com a "lógica de partidos a serviço de pessoas" e "quebrar o monopólio dos partidos na política".

A ex-senadora deixou o PT em 2009 e concorreu à Presidência da República pelo PV nas eleições de 2010. Ela teve 20 milhões de votos e ficou em terceiro lugar, mas depois se desentendeu com a cúpula do PV e saiu do partido.

Em discurso para os militantes, Marina disse que o grupo também não se definirá por posições que assumir em relação ao governo Dilma Rousseff. "Nem oposição, nem situação. Precisamos de posição", afirmou. "Se Dilma estiver fazendo algo bom, vamos apoiar. Se não, não."

Três deputados federais foram apresentados como fundadores do novo partido de Marina, Domingos Dutra (PT-MA), Walter Feldman (PSDB-SP) e Alfredo Sirkis (PV-RJ).

A ex-senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), que rompeu com o PT no início do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disputou as eleições presidenciais de 2006, vai deixar o PSOL para ingressar na nova legenda.

Ao discursar no encontro de ontem, Heloísa Helena lançou o nome de Marina para a Presidência e puxou o coro dos militantes: "Brasil, urgente: Marina presidente".

Em entrevista, Marina disse que sua candidatura em 2014 é apenas uma "possibilidade" que ainda terá que ser debatida com seus aliados.

Para participar das eleições presidenciais de 2014, o novo partido de Marina precisa recolher 500 mil assinaturas em pelo menos nove Estados nos próximos meses e tem até outubro para obter o registro da Justiça Eleitoral.

Outros três deputados estudam a possibilidade de entrar no novo partido, Ricardo Tripoli (PSDB-SP), Reguffe (PDT-DF) e Alessandro Molon (PT-RJ), mas eles não participaram do encontro de ontem.

ESTATUTO

O estatuto do novo partido proíbe o recebimento de doações de fabricantes de bebidas alcóolicas, cigarros, armas e agrotóxicos e estabelece que a legenda imporá um teto às contribuições que seus candidatos poderão receber.

O estatuto também fixa um limite para os mandatos dos parlamentares que se elegerem pela Rede. Só será permitida uma reeleição. A ideia é estimular o aparecimento de novas lideranças, mas o estatuto permite que a regra seja revista por um plebiscito interno em casos excepcionais.

Folha.
(MÁRCIO FALCÃO E ERICH DECAT)