Belo Monte, um empreendimento hidrelétrico que consumirá mais de R$
20 bilhões para sua construção, poderá no mais drástico dos cenários de
alterações climáticas perder mais de 80% de sua receita anual até 2050,
como resultado de uma diminuição da vazão do Rio Xingu.
Isso é o
que apontam dados preliminares de um estudo em desenvolvimento pelo
WWF-Brasil no âmbito da parceria HSBC Climate Partnership por
consultores especializados em hidrologia e mudanças climáticas. O
estudo analisa a vulnerabilidade climática da produção de
hidroeletricidade na região Norte do país com enfoque em alguns grandes
empreendimentos como a usina hidrelétrica de Belo Monte.
"As
prováveis mudanças na vazão do rio Xingu, provocadas pelas alterações
climáticas, colocarão em risco a viabilidade da usina de Belo Monte",
afirmou Carlos Rittl, coordenador do Programa de Mudanças Climáticas e
Energia do WWF-Brasil. "Belo Monte pode gerar muito menos energia do
que o previsto e muito menos receitas do que o esperado, tornando-se um
fracasso financeiro", acrescentou. "Os altos custos sociais e
ambientais, aliados aos riscos financeiros, deveriam levar o Governo
Brasileiro a uma ampla reflexão sobre a viabilidade da obra", concluiu
Rittl.
O estudo, a ser lançado ainda este ano, considerou 4
cenários de emissões futuras estabelecidos pelo IPCC - A1, A2, B1 e B2 -
cada qual descrevendo um futuro possível para a humanidade e a curva de
emissões globais resultantes. A aplicação de modelos climáticos dentre
os mais robustos existentes, como o HadCM3 do Hadley Centre (Reino
Unido) ou o ECHam4 do Max-Planck-Institute für Meteorologie (Alemanha),
aos quatro cenários permite identificar a possibilidade de uma
diminuição significativa na vazão da bacia do rio Xingu até 2050.
Apesar
de certa variabilidade nos resultados - alguns poucos mostram ganhos de
receita que chegam a 4% até 2050, enquanto outros mostram uma queda
bruta na receita chegando a quase 90% -, uma forte tendência é evidente:
as perdas podem variar entre 4 e 10% da receita anual da usina até
2050.
Leia na Íntegra na Amazônia.org
AquiMPF processa bancos por financiarem o desmatamento na Amazônia
Local: Brasília - DF
Fonte: MPF - Ministério Público Federal
Leia na íntegra aqui
Link: http://www.mpf.gov.br
O Ministério Público Federal no Pará ajuizou hoje (31/03) ações civis
públicas contra o Banco do Brasil e o Banco da Amazônia por terem
concedido financiamentos com dinheiro público a fazendas com
irregularidades ambientais e trabalhistas no Estado. O Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) também é réu nos dois
processos pela total ineficiência em fazer o controle e o cadastramento
dos imóveis rurais na região.
Os empréstimos detectados pelo MPF
descumpriram a Constituição, leis ambientais e regulamentos do Banco
Central e do Conselho Monetário Nacional, além de acordos internacionais
dos quais o Brasil é signatário. O MPF demonstra nos processos que o
dinheiro público – de vários Fundos Constitucionais - vem financiando
diretamente o desmatamento na região amazônica por causa do descontrole
do Incra e das instituições financeiras.
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