quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Educação - Calouros que fizeram o Enem serão dispensados de Enade



Instituições privadas reivindicavam a mudança na avaliação do ensino superior. Segundo Haddad, medida vale a partir deste ano

Os universitários recém-chegados ao ensino superior que forem convocados a participar do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) poderão ser dispensados de fazer a prova. A condição é ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O ministro da Educação, Fernando Haddad, informou nesta terça-feira (8/2) que a medida atende antiga reivindicação das instituições privadas de ensino superior e vale a partir deste ano.

Segundo Haddad, as opiniões das instituições são importantes para aprimorar os processos de avaliação. A mudança, nesse caso, reflete aperfeiçoamento na opinião do ministro. Haddad disse que as faculdades reclamavam que, com o atual desenho do Enade (que avalia estudantes no final do primeiro ano de curso e no último), o esforço feito por elas para nivelar o conhecimento dos calouros não era observado.

"A alteração foi feita no sistema a pedido das instituições. O esforço de nivelamento dos alunos feito por elas no primeiro ano das graduações não era medido", disse. De acordo com o ministro, isso altera o fator de ponderação que dá nota aos cursos de graduação e à própria instituição. Outras propostas apresentadas pelas instituições estão ainda em análise.

Enade

O exame é aplicado a alunos ingressantes e concluintes de cursos superiores com o objetivo de medir a qualidade do ensino oferecido pelas instituições brasileiras. Eles são escolhidos por amostragem, mas precisam fazer o exame para receber o diploma. Quem não pode comparecer à prova precisa justificar a ausência.

Cada graduação recebe uma nota em uma escala de 1 a 5, sendo que 1 e 2 são considerados desempenho insatisfatório; 3, razoável; e 4 e 5, bom. Cada curso passa pela avaliação de três em três anos. O Enade é um dos fatores utilizados para compor a avaliação dos cursos superiores e das instituições.

(Priscilla Borges)
(IG, 8/2)

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