quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Política - Onda conservadora no Chile e Estados Unidos

Apesar dos bons resultados da política Obama e da excelente aprovação do Governo Bachelet, no Chile, no mundo se espalha uma onda neo-conservadora, ninguém remove essa idéia porque existem fatos históricos e realidades recentes que apontam nessa direção. O pendulo na história se confirma.

No Caso do Chile a história não é recente. Em certa medida tem sido nessa região onde as experiências políticas preanunciam algumas tendências na história da América Latina. Na década dos 1930-40, com os governos progressistas e soacialdemócratas de Pedro Aguirre Cerda e as ideias de esquerda difundidas pelo primeiro partido comunista da América Latina, criado pelo amigo do Lenin, Luis Emílio Recabarren, seu fundador.

Depois as ideias da teoria da dependência que floreceram no Chile e o governo Socialista, como uma experiência de construção de um socialismo sem revolução violente e o golpe de estado do Pinochet que deu passo à maior experiência neoliberal da América Latina. E por aí siguem outros exemplos.

Veja aqui a matéria do jornalista Antonio Caño no jornal Espanhol “El País”, sobre essa onda conservadora nos Estados Unidos

Ao se completar um ano da presidência Obama, a excitação se diluiu e prevalece um sentimento de oportunidade perdida. Mas o saldo de sua gestão é favorável: os EUA estão em melhor situação hoje do que em janeiro de 2009, e o novo governo recuperou prestígio e autoridade

Toda explosão de paixão, individual ou coletiva, termina na saudade, frequentemente na decepção e, tudo o mais, na calma.

O caso de Barack Obama não é diferente. Sua vitória eleitoral provocou uma maré de entusiasmo poucas vezes vista. Depositaram-se nele expectativas sobre-humanas, impossíveis de satisfazer. Consideraram-no capaz de uma mudança, como quer que cada um a entenda, que equivaleria ao renascimento de nossa sociedade hipócrita e desmoralizada. Atribuíram-lhe poderes especiais e esperava-se que de sua poltrona no Salão Oval emitisse o sinal de que a humanidade precisava para a salvação. Este país religioso, que em cada presidente acredita ver a chegada do Messias, alcançou o paroxismo com Obama, e o mundo, ansioso por liderança e farto de George Bush, se contaminou sem reservas.


Passado o tempo, ao completar-se um ano de sua posse como presidente dos EUA, essa excitação se esfumou e o sentimento que hoje prevalece é o de uma oportunidade perdida.

A direita recuperou a iniciativa política, os conservadores voltam a ser o grupo ideológico majoritário no país e o Partido Republicano é o favorito para conseguir a maioria parlamentar nas próximas eleições. A tentativa de bipartidarismo naufragou diante da primeira onda, o clima político continua sendo dolorosamente áspero e os cidadãos mais uma vez refletem majoritariamente nas pesquisas seu pessimismo sobre o rumo em que caminha o país.

Leia a matéria completa aqui no artigo do jornal El País publicado no UOL

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