sábado, 17 de outubro de 2009

Prêmio Nobel - É preciso pensar longe



A Nobel de Economia Elinor Ostrom diz que a gestão dos recursos naturais não pode ser tocada com uma visão de curto prazo.

Numa bem-humorada entrevista coletiva concedida na segunda-feira (12/10), dia em que se tornou a primeira mulher a ganhar o Nobel de Economia, a cientista política norte-americana, Elinor Ostrom, de 76 anos, disse que foi acordada às 6h30 daquela manhã por um telefonema. Era o pessoal da Real Academia de Ciências da Suécia com a notícia de que tinha sido agraciada com o inédito prêmio por seus trabalhos na área de governança econômica (e dividiria a láurea com o compatriota Oliver Williamson, de 77 anos, professor de economia e direito aposentado da Universidade da Califórnia, em Berkeley). Assim que a chamada terminou, a pesquisadora da Universidade de Indiana, em Bloomington, despertou o marido, Vincent Ostrom, de 90 anos, também pesquisador da universidade, com uma frase direta ― "acorde" ― e inteirou-o da novidade.

Elinor falou de forma decidida sobre sua trajetória e seu campo de estudos. Comentou rapidamente as dificuldade de se tornar uma mulher da ciência nos anos 1960 nos Estados Unidos. Fez um breve histórico do início dos seus trabalhos, quando ainda morava na Califórnia, seu estado natal, sobre como as populações locais podem ser tão ou mais competentes que o Estado ou a iniciativa privada em administrar os recursos naturais de sua própria região. E criticou a visão imediatista que domina as decisões humanas a respeito da gestão dos recursos naturais: "Estamos pensando apenas no curto prazo, e não no longo prazo". Disse ainda que foi "uma honra ser a primeira mulher (a ganhar o Nobel de Economia), mas que não será a última".

Veja video em entrevista à ganhadora do Nobel Aqui

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