quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Política Internacional – A política externa do bem e opção do Brasil pela América Latina

No dia 13 de outubro, no âmbito do III Seminário sobre Desenvolvimento Econômico, Realizado pela Fundação Alexandre de Gusmão, do Ministério das Relações Exteriores, no Palácio Itamaraty em Brasília, o Ministro Marco Aurélio de Almeida Garcia, Assessor de Relações internacionais do Presidente da República, Fez uma palestra muito aplaudida pelos alunos das diversas instituições do governo e da academia. A palestra era muito esperada pela importância que a política internacional do Governo está despertando, principalmente a raíz dos últimos acontecimentos de Honduras.
Muitos dos críticos da política externa brasileira gostariam retornar aos velhos tempos quando Brasil era chamado do país sub-imperialista, com relação aos seus vizinhos da América Latina. Quando os presos políticos dos países vizinhos eram torturados em portugués, como era o caso dos presos da ditadura do Pinochet.
Eles diretamente ou indiretamente aplaudiam as “operações condor” e as “escolas de formação militar” para combater a "subversão comunista" e hoje acham que a bandeira do Brasil está sendo desrespeitada com o ingresso do Zelaya na embaixada, que optou pela proteção diplomática do Brasil.
O que eles esperavam, o que queria Micheletti? Que o Presidente legitimo de Honduras fosse entregue aos golpistas?. Queriam que Zelaya se abrigasse na embaixada de Cuba, da Venezuela ou na embaixada de Bolívia?. Só se for idiota, ou não tivesse um pingo de cabeça para retomar o lugar que lhe foi usurpado pela ditadura hondurenha.
A palestra do Ministro Marco Aurélio Garcia, não se deteve em detalhes sobre os fatos atuais, sua palestra foi profunda e mais ampla e fez uma ampla e detalhada análise da política internacional do Brasil.
Ele foi extremamente feliz quando explicou as razões pelas quais a diplomacia brasileira optou pelas ações de cooperação com os países do continente. Muito longe da distorcida “interpretação” que uma parte da imprensa faz da postura do Brasil, o ministro conseguiu explicar e fundamentar muito bem a postura do Brasil.
A pergunta importante foi se em um novo cenário internacional a opção pela América Latina foi uma correta escolha do Brasil?.
Em uma avaliação dos recursos existentes no continente. As enormes quantidades de matérias primas, recursos naturais, a biodiversidade, a existência das maiores bacias de reservas de petróleo, gás e energia hidráulica, a quantidade de água. A população com as potencialidades do consumo crescentes, com as novas condições sociais econômicas, que favorecem o mercado interno da região, foram algumas das justificativas para essa opção do Brasil.
Os desafios do Brasil podem ir mais longe se pensamos nas enormes possibilidades de uma nova articulação econômica e institucional, pelas novas condições políticas e de economias mais diversificadas e complexas que se configuram no continente.
Daí que o Brasil não pode ficar ausente e er omisso frente a esse novo contexto.
Esses grandes desafios do Brasil estão determinados por ampliar as ações já realizadas pelo Governo com países vizinhos, tais como melhorar os mecanismos de transporte, ferrovias, estradas, procurando uma melhor e rápida saída parao Pacífico, região que cobra uma importância vital em uma nova fase da economia internacional. Nesse sentido apontam a construção de estradas e pontes (inauguradas recentemente pelo Presidente Lula) que melhoram a comunicação interoceânica.

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