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sábado, 31 de janeiro de 2009
DAVOS - A CRISE ACENDE O DEBATE PELO PROTECIONISMO ECONÔMICO
El crack financiero internacional y la necesidad de disciplinar a los mercados pusieron sobre el tapete una vieja discusión, en torno del proteccionismo económico. El debate entre potencias, entre sí, y con los países en vías de desarrollo, recrudece frente a la crisis.
¿Cuál es la mejor receta para afrontar la crisis? ¿Cerrarse al mundo para ordenarse en las cuestiones domésticas? ¿Hasta dónde? ¿Hasta cuándo? ¿Cómo será el nuevo capitalismo que emerja de esta debacle?
Los interrogantes están abiertos y admiten diferentes respuestas alrededor del mundo.
Algunos, ya tejen estrategias. El presidente norteamericano, Barack Obama, incluyó en su paquete de medidas económicas una cláusula conocida como "Buy American" (Compre productos estadounidenses) para la adquisición de acero, incluida en el proyecto de estímulo de 825.000 millones de dólares, lo que irritó a algunos socios comerciales de Washington. La Cámara de Representantes aprobó la medida esta semana.
Artigo completo aqui ftp://www.lanacion.com.ar/nota.asp?nota_id=1095079
INTERNACIONAL - A PRESIDENTA CHILENA MICHELLE BACHELET FOI CONVIDADA A ESTADOS UNIDOS POR BARACK OBAMA

La evolución de la crisis económica internacional, en particular los alcances que tendrá ésta para el continente, y la importancia de la Cumbre de las Américas que se llevará a cabo en abril, fueron los temas que se abordaron en la conversación.
Durante el diálogo, Obama valoró muy positivamente los avances alcanzados por Chile en materias sociales.
Asimismo, Bachelet conversó con la nueva secretaria de Estado Hillary Clinton, en la que la Mandataria chilena felicitó a la ex primera dama por su designación en el gabinete del primer afroamericano que gobierna Estados Unidos, según se informa desde la Presidencia de la República.
Durante su discurso de investidura el pasado 20 de enero, Obama se refirió a la futura relación de la principal potencia del mundo con América Latina, situación que se abordaría en la eventual reunión bilateral que sostendrán ambos presidentes.
FÓRUM SOCIAL MUNDIAL - UM OUTRO MUNDO, APENAS UM MUNDO MELHOR do Deputado Fernando Gabeira
Hoje em Belém do Pará, Amazônia, Brasil, a consigna do dia, que estava em todas as declarações e discuros era "um outro mundo é possível"!
Aí está Gabeira, líder do Partido Verde, que não perdoa deslize, com um dos seus artigos que faz sentido para o momento.
FERNANDO GABEIRA (da Folha de São Paulo)
Outro mundo
RIO DE JANEIRO - Quando estava preso, Affonso Romano me visitou e disse que achava que nossa visão revolucionária tinha muito de religioso. Naquele momento, estranhei. Mais tarde, lendo a conferência de George Steiner, "Os Sonhadores do Absoluto", percebi que havia afinidades. Sobretudo nessa certeza em determinar o sentido do homem, em sonhar com um mundo completamente novo, inclusive com um homem novo.No meio da década de 60, no bar Degrau, disse para Bolívar Lamounier que, como Sartre, achava o marxismo o horizonte intelectual insuperável de nosso século. "Bobagem do Sartre", respondeu diante do copo de chope. Também estranhei. Sartre era o filósofo.Tinha muitas reações de estranheza diante dos livros de Isaiah Berlin. Ele escreveu numa revista "Encounter" financiada pelo governo americano. Era considerado da CIA. A qualidade de sua obra me conquistou. Além de entender a Revolução Russa, achou bem no romantismo alemão as raízes revolucionárias.
Homem novo? Sentido da história? Todas essas grandes ideias passam por sua análise fria, liquidificadora.Leio agora sobre a Europa. Deu um grande salto no pós-Guerra. Um a um, os partidos social-democratas se livraram das certezas da história, contentando-se com o aumento do poder de consumo, a maior liberdade das pessoas, uma estabilidade democrática.
Vista retrospectivamente, foi uma extraordinária conquista.Nesse momento de crise, em vez de outro mundo, peço um mundo melhor. É o caminho para abordar a economia e a degradação ambiental. Uma vez foi tentada uma conferência entre os dois fóruns, Davos e Porto Alegre. Um caos. Cada um falava a sua língua. Não conseguiram se entender. Se houver outro mundo, ou, mais modestamente, um mundo melhor, dependerá mesmo de fóruns como esses?
CAPA DE ALGUNS PRINCIPAIS JORNAIS E RÁDIOS DO BRASIL
BandNews
Reajuste do funcionalismo público pode ser revisto
Segundo a rádio BandNews, o Ministério do Planejamento anunciou que, em caso de agravamento da crise financeira mundial, os reajustes concedidos a servidores públicos podem ser revistos.
CBN
Celso Amorim critica protecionismo norte-americano
Jovem Pan
Abimaq faz acordo com CUT para garantir empregos
JORNAIS
Folha de S. Paulo
Governo quer comprar e revender casa popular
Por meio de licitação, o governo quer comprar casas de construtoras para refinanciá-las pela Caixa Econômica Federal. A medida é parte de pacote que deve ser fechado na semana que vem. Os financiamentos beneficiariam quem tem renda mensal entre R$ 1.200 e R$ 2.200. O governo quer a construção de 1 milhão de moradias até 2010 em todo o pacote habitacional.
O Globo
BNDES dará socorro direto a montadoras
Jornal do Brasil
Juros do BC devem cair a 9% este ano
TELEJORNAIS
Rede Globo- Jornal Nacional
Presidente Lula critica protecionismo ao aço americano
Para Lula, a proposta do presidente Barack Obama de só utilizar aço produzido nos Estados Unidos nas obras financiadas pelo governo americano é prejudicial para o comércio entre os países.
Rede Record- Jornal da Record
Salário mínimo passa a valer R$ 465 a partir de domingo
TV Brasil - Repórter Brasil Noite
Apoio do PSDB à candidatura de Tião Viana tumultua as eleições no Congresso
COMO DISSE UM GRANDE ECONOMISTA: A ECONOMIA É BURRA, CRESCEU ESTÁ ÓTIMO, NÃO CRESCEU ESTÁ RUIM
Todo início de ano o governo, e as instituições econômicas, fazem as suas projeções de crescimento.
Abaixo estão as 10 projeções mais confiáveis para o crescimento da economia brasileira em 2009:
01. Governo - 4%
02. Banco Central - 3,2%
03. Banco Mundial - 2,9%
04. UNCTAD - 2,9%
05. BIS - 2,8%
06. CNI - 2,3%
07. Boletim Focus - 2%
08. Cepal - 2,1%
09. FMI - 1,8%
10. Banco Morgan Stanley - 0%
O governo pode ter exagerado, mas, o Morgan Stanley, com certeza, aloprou.
Não obstante, segundo os feiticeiros, entre o 0% e o 4% estão em jogo 5 milhões de empregos.
Portanto, mesmo dando coluna do meio, não há como o país não ficar preocupado com a retração dos postos de trabalho causada por uma taxa de crescimento que se apure menor que a projeção do Banco Central.
Olha que as previsões para o crescimento da América Latina são de 0,5%.
Fonte: http://www.parsifal.org/
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Floresta Amazônica está cada vez mais devastada (do Le Monde) Estes dados não contam nos arquivos do IMAZON?.
Recentemente, como foi comentado neste blog, a ONG IMAZON divulgou a queda do desmatamento da Amazônia em mais de 80%. No artigo abaixo do Jornal Le Monde a versão que se da é diferente. Confira.

Melhor que qualquer discurso, um número resume a dimensão do choque ao qual se submete a Amazônia: 17% da floresta foi destruída em cinco anos, entre 2000 e 2005. É o que afirma o Programa das Nações Unidas pelo Meio Ambiente (PNUMA), no relatório sobre o "Meio ambiente na Amazônia", que será publicado e que provavelmente constitui o trabalho mais completo sobre o assunto em dez anos.
Essa cifra mostra a dimensão, no nível dos oito países que dividem a maior massa florestal do planeta (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela), de uma desordem que na maior parte do tempo só é percebida através do prisma do gigante brasileiro. No decorrer desse período, 857 mil quilômetros quadrados de árvores - o equivalente à superfície da Venezuela - viraram fumaça ou foram cortadas sobre uma área de 5.148 quilômetros quadrados que correspondem à definição mais rígida da Amazônia. Aquela que, segundo os especialistas, atendem aos critérios hidrográfico, ecológico e político.
A maior parte do arroteamento foi feito no Brasil, mas os outros países, com exceção do Peru e da Venezuela, também se depararam com um rápido desaparecimento da cobertura vegetal. "O avanço das frentes pioneiras na Amazônia e das transformações que elas introduzem é tão grande, que o movimento de ocupação dessas últimas 'fronteiras do planeta' parece irreversível", constatam os autores.
Por trás do desflorestamento, acontece uma grande corrida para a apropriação das gigantescas reservas de terra e matérias-primas da região. "A dinâmica econômica, em resposta à demanda dos mercados estrangeiros, alimenta uma forte pressão sobre os recursos naturais. O modelo de produção dominante, que não leva em conta nenhum critério de desenvolvimento sustentável, leva à fragmentação dos ecossistemas e à erosão da biodiversidade", eles lamentam, denunciando um sistema predatório. A exploração florestal, muitas vezes ilegal, conquista novas terras para a pecuária ou para as culturas voltadas à exportação como a soja, extração mineral e petroleira, construção de estradas e infraestruturas....
A colonização da Amazônia é acompanhada por uma multiplicação dos conflitos com as populações locais dentro de um contexto em que os direitos de propriedade continuam indefinidos. O PNUMA não condena a exploração da Amazônia somente pelo desastre ecológico ao qual ela conduz. Ele também estigmatiza um modelo de desenvolvimento deplorável do ponto de vista social, uma vez que a população - concentrada nas cidades - ultrapassa os 33 milhões de habitantes, contra 5 milhões nos anos 1970 e que aumenta mais rápido que no resto dos países da zona. "A renda per capita mostrada por certas localidades não deve mascarar uma situação geral de grande pobreza. A riqueza extraída da exploração dos recursos naturais, na maioria das vezes, não é reinvestida no local", adverte o relatório. No Equador, nas cidades petroleiras de Orellana e Sucumbíos, a renda per capita ultrapassa US$ 25 mil por ano, oito vezes mais que a média nacional, mas os indicadores de desenvolvimento humano continuam piores do que em outros lugares. O relatório também destaca o impacto da degradação do ambiente, da poluição das águas sobre o crescimento das carências alimentares ou a propagação de certas doenças como a dengue ou a malária. O desaparecimento de certas espécies, que funcionam como predadores naturais dos agentes de transmissão dessas doenças, facilita a propagação das epidemias.
Diante desse quadro devastador, existem iniciativas para introduzir um desenvolvimento mais sustentável. Mas elas permanecem em segundo plano. Os planos de desenvolvimento sustentável adotados pela maior parte do país e a classificação como zonas protegidas de cerca de 15% do território amazônico também não parecem, aos olhos do PNUMA, razões suficientes para se tranquilizar quanto ao futuro. Um futuro para o qual a instituição da ONU enxerga quatro cenários possíveis. De uma exploração controlada até o desaparecimento do paraíso verde: todas as opções são consideradas, exceto aquela que consistiria em transformar a Amazônia em uma gigantesca reserva natural.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Desmate cresce 52% em 14 cidades das líderes de lista
Em janeiro de 2008, o governo suspendera as licenças para desmatamento no grupo de municípios --a maioria no Pará e em Mato Grosso.
Em Nova Ubiratã (MT), o total de áreas abertas subiu de 19,7 km2 entre agosto de 2006 e julho de 2007, para 143,2 km2 no período posterior, um aumento de 624%. Em Marcelândia (MT), campeã de desmate segundo o Ministério do Meio Ambiente, o aumento foi de 132%.
Nos outros 22 municípios, a redução média foi de 32%, com destaque para Porto Velho (RO), que registrou a maior redução em termos de área, e Brasil Novo (PA), com maior redução proporcional.
Considerando apenas os 36 municípios da lista, as derrubadas caíram de 5.246 km2 para 4.897 km2.
da Agência Folha,
em Campo Grande,
Belém e SP
Aquecimento global pode ser irreversível, diz estudo
Segundo os pesquisadores, se o nível de CO2 na atmosfera continuar a subir, vai chover menos em áreas que já são secas no sul da Europa, na América do Norte e em partes da Ásia e da Austrália. Eles também afirmam que, atualmente, os oceanos estão desacelerando o aquecimento global ao absorver calor, mas que em algum momento vão liberar este calor de volta à atmosfera.
Mudanças nos EUAA divulgação das conclusões dos ambientalistas coincide com o pedido feito pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para que a Agência Americana de Proteção Ambiental reveja as regras de emissão de gás carbônico por veículos de passageiros. Vários Estados americanos, liderados pela Califórnia, querem introduzir leis para obrigar as montadoras a melhorar drasticamente a eficiência do uso de combustíveis. A medida encontrou oposição de vários setores, que argumentam que essa decisão poderia derrubar a demanda por novos carros neste período de recessão. Os cientistas envolvidos na nova pesquisa dizem que políticos precisam agir imediatamente para contrabalançar os danos já provocados ao meio ambiente.
Em Belém, os antiglobalistas se reorganizam em torno do combate ecológico
Onde foram parar os antiglobalistas? Apesar de a crise financeira ter abalado as certezas dos liberais mais fervorosos, aqueles que há quase dez anos se impunham como uma força ascendente de oposição à globalização liberal, no estardalhaço do primeiro fracasso da OMC em Seattle (EUA), estão ausentes dos debates sobre a reforma do capitalismo, que faz parte da agenda das grandes potências e principalmente do Fórum de Davos, que acontece esta semana.
Oito anos após sua primeira edição em Porto Alegre, o Fórum Social Mundial (FSM) foi aberto na terça-feira (27 de janeiro) para cinco dias em Belém, às portas da Amazônia, voltando para o Brasil após desvios pela Ásia e pela África e um ano "em branco" em 2008, durante o qual o Fórum deu lugar a uma jornada de ação mundial que passou praticamente despercebida. Quase 100 mil pessoas são esperadas na capital do Estado do Pará, sinal da atração que esse espaço único de encontros e debates continua a exercer sobre os movimentos da sociedade civil.
Os antiglobalistas ficaram de fora? "
O Fórum Social Mundial é movimentado por uma renovação permanente de organizações que querem se juntar novamente ao processo", garante Catherine Gaudard, do Comitê Católico contra a Fome e pelo Desenvolvimento (CCFD), ao mesmo tempo em que reconhece que o movimento perdeu visibilidade.Nem todos compartilham desse otimismo.
"O movimento se difundiu na América Latina, pois coincidiu ali com uma onda progressista; na Europa, ele logo perdeu o fôlego, e em outros lugares ele não pegou", considera Gustavo Marin, da Fundação para o Progresso Humano, que além disso julga severamente a "produção" do FSM: "Na prática, ela se resume a três documentos""."Os mais pobres são as primeiras vítimas do desajuste climático"De fato, para que a reunião não se limitasse a um grande grito de protesto, em 2005 foram redigidos cadernos de propostas. Mas a iniciativa não foi em frente. "Não haverá uma única voz antiglobalização que nos dê um novo modelo ideal de sociedade. A crise atual nos faz ver com mais clareza o absurdo de certos mecanismos perversos do capitalismo. Mas o outro mundo no qual acreditamos se construirá na diversidade", explica o brasileiro Chico Whitaker, um dos fundadores do Fórum.
Ele lembra que a regulamentação mais rígida dos mercados e o controle dos paraísos fiscais são ideias que foram trazidas pelos antiglobalistas.Se a crise financeira está no centro dos debates, o Fórum 2009 assume, entretanto, uma coloração nova, com a posição concedida à mudança climática e à crise ecológica. "Esse sinal é muito importante. A mudança climática não é simplesmente uma questão ambiental, é com urgência que os movimentos sociais devem tomar conta dela.
As populações mais pobres serão as primeiras vítimas do desajuste climático", explica Kátia Maia, da Oxfam International, que vê ali uma oportunidade de reforçar os laços entre ONG de proteção ambiental e movimentos sociais.É o que também espera Cândido Grzybowski, diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase): "Aqueles que quiserem preservar o ambiente deverão levar em conta o destino das populações". Luta contra o aquecimento, agrocombustíveis e segurança alimentar, acesso aos recursos naturais, dívida ecológica... Não faltam assuntos onde se cruzam o meio ambiente e as lutas sociais. A Amazônia é o melhor símbolo disso, e o Fórum realmente espera ter um peso no debate internacional.Belém também será a ocasião para se fazerem ouvir milhares de indígenas, representantes desses povos nativos tão pouco considerados nas discussões internacionais. A sobrevivência deles depende de decisões que os Estados tomarão ou não para preservar os grandes ecossistemas planetários.
Laurence Caramel
Enviado especial a Belém
Le Monde