O AUMENTO DAS DIMISSÕES, SEM EXISTIR UMA POLÍTICA PARA SUBSTITUIÇÃO DO MODELO BASEADO NA MICROELETRÔNICA PELA EXPLORAÇÃO DA BIODIVERSIDADE, TRARAM PARA O COMPLEXO DE MANAUS A MAIOR CRISE DESSE PARADIGMA.
O Estado do Amazonas, diferentemente do Pará, não conta com extensiva mineração e nem com uma ampla estrutura de agronegócios como a que existe no estado do Pará.
A crise financeira internacional já começa a refletir na geração de empregos no Polo Industrial de Manaus (PIM). No ano passado, o número de demissões foi 35% maior que em 2007. Segundo o sindicato local, mais de 4,5 mil postos de trabalho foram cortados oficialmente, além de outros 6 mil empregos de pessoas com menos de um ano de registro em carteira.
Segundo o superintendente em exercício da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Oldemar Ianck, algumas empresas já apresentam problemas. Em entrevista ao jornal Gazeta Mercantil, Ianck explica que as dificuldades começaram em dezembro, e que até novembro as empresas do polo acumularam uma receita 20% superior ao mesmo período de 2007, chegando a US$ 28,57 bilhões.
Ianck também lembra que é normal que o índice de demissões em novembro e dezembro seja alto no Polo Industrial de Manaus, já que outubro é o pico dessa indústria. Mas admite que a Suframa já detectou "cortes além da quantidade" no caso dos trabalhadores temporários, além de aumento das férias coletivas e negociações para redução de jornada.
Amazônia, meio ambiente, ecologia, biodiversidade, desenvolvimento sustentável, ciência e tecnologia, incubadoras e parques tecnológicos, política nacional e internacional - Amazonia, the environment, ecology, biodiversity, sustainable development, science and technology, incubators and technology parks, national and international policy
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
CRIME AMBIENTAL ( III ) FLORESTA DE PÉ, E PARA SEMPRE, ATRAI INVESTIDOR E TURISTA
Manter a floresta de pé tem o seu custo. É preciso cercar a área, mantê-la vigiada contra invasores e tomar medidas preventivas contra incêndios. Para fazer frente às despesas extras, os hotéis tendem a embutir os custos nas diárias.
Desde 1º de janeiro, o Refúgio Ecológico Caiman, no Pantanal, cobra uma taxa ambiental para os visitantes de R$ 30,00, por pacote. O dinheiro é destinado à manutenção de sua RPPN de 5,6 mil hectares. Se repetir a entrada de 3 mil turistas registradas no ano passado, será um reforço de R$ 90 mil no caixa. A aceitação dos hóspedes, segundo a empresa, tem sido boa.
O preço mais alto, aparentemente, não afugenta turistas. Uma pesquisa realizada no ano passado pela consultoria francesa TNS Sofres apontou que 69% dos 800 europeus entrevistados estão dispostos a pagar até 30% a mais em um pacote turístico desde que ele financie ações de preservação ambiental. No Equador, hóspedes de hotéis de selva recebem certificado de preservação de um determinado número de árvores , que varia dependendo do tempo de estadia.
Para que o número de reservas particulares ganhe escala, os especialistas defendem mais incentivos fiscais a quem manter a floresta. “A RPPN é uma ação voluntária. Se não tiver benefício, não tem escala”, diz Márcia Hirota, diretora de Gestão do Conhecimento da SOS Mata Atlântica. A única vantagem hoje é a isenção do Imposto Territorial Rural (ITR) da propriedade.
Fonte: Valor Econômico (Por Bettina Barros)
Desde 1º de janeiro, o Refúgio Ecológico Caiman, no Pantanal, cobra uma taxa ambiental para os visitantes de R$ 30,00, por pacote. O dinheiro é destinado à manutenção de sua RPPN de 5,6 mil hectares. Se repetir a entrada de 3 mil turistas registradas no ano passado, será um reforço de R$ 90 mil no caixa. A aceitação dos hóspedes, segundo a empresa, tem sido boa.
O preço mais alto, aparentemente, não afugenta turistas. Uma pesquisa realizada no ano passado pela consultoria francesa TNS Sofres apontou que 69% dos 800 europeus entrevistados estão dispostos a pagar até 30% a mais em um pacote turístico desde que ele financie ações de preservação ambiental. No Equador, hóspedes de hotéis de selva recebem certificado de preservação de um determinado número de árvores , que varia dependendo do tempo de estadia.
Para que o número de reservas particulares ganhe escala, os especialistas defendem mais incentivos fiscais a quem manter a floresta. “A RPPN é uma ação voluntária. Se não tiver benefício, não tem escala”, diz Márcia Hirota, diretora de Gestão do Conhecimento da SOS Mata Atlântica. A única vantagem hoje é a isenção do Imposto Territorial Rural (ITR) da propriedade.
Fonte: Valor Econômico (Por Bettina Barros)
CRIME AMBIENTAL (II) FLORESTA DE PÉ, E PARA SEMPRE, ATRAI INVESTIDOR E TURISTA
O Governo do Estado poderia pensar em utilizar essa área para construir um complexo de reserva estratégica na região da PIERELLI. Pode ser um pequeno complexo verde para ser explorado sem destruição da floresta.
De olho nas novas tendências de mercado e no nicho promissor dos hotéis ambientalmente corretos, a Funcef, fundo de pensão da Caixa Econômica Federal, anunciou no fim de 2008 a criação de uma reserva florestal particular em seu Ecoresort de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Dona de um patrimônio imobiliário de R$ 2,1 bilhões, uma carteira hoteleira de três resorts e quatro hotéis econômicos, a Funcef agora quer agregar valor aos negócios via sustentabilidade.
Angra será a primeira experiência “verde”. A fazenda onde está localizado o ecoresort, composto por um hotel e dois condomínios, tem 180 hectares. Nada menos que 83,3% dessa área - 150 hectares - são de mata virgem, fragmentos da Mata Atlântica que sobreviveram à destruição do homem.
A Funcef ainda não tem as contas exatas, mas percebeu que a relação custo-benefício para manter a floresta em pé é interessante. Por um lado, o empreendimento está impedido por lei de derrubar árvores (o que sobrou da Mata Atlântica está protegido, sob pena de crime ambiental). Por outro, vê a procura crescente por hotéis “amigos da natureza” como oportunidade.
“O custo é pequeno para o valor agregado que teremos”, disse Jorge Luiz de Souza Arraes, diretor de participações societárias e imobiliária da Funcef. Em entrevista ao Valor, Arraes afirmou que deseja institucionalizar uma política para “que isso não seja pontual” nos negócios. “Quem não tiver esse tipo de postura vai ficar para trás”, diz.
O que diferencia esta iniciativa de outros ecoresorts no país é a sigla RPPN, de Reserva Particular para o Patrimônio Natural. Como o nome diz, trata-se de um instrumento jurídico destinado à preservação da floresta em propriedades particulares. É uma ferramenta ambiental extremamente rígida: uma vez criada a reserva - aprovada pelas autoridades ambientais e averbada em cartório - , a mata se torna intocável. Seus frutos ou sementes não podem ser comercializadas e as únicas atividades permitidas são as contemplativas (observação de pássaros e animais), de lazer (trilha e arvorismo) e pesquisa.
“É a garantia de preservação. A propriedade pode mudar de titularidade, mas a RPPN existirá sempre”, diz Carlos Alberto Mesquita, do Instituto BioAtlântica, no Rio.
Ao criar a RPPN em Angra, o fundo de pensão da Caixa aderiu a um restrito grupo de hotéis que optou pelo mesmo caminho. Além de algumas dezenas de pousadas, quatro grandes nomes figuram na lista: Sesc Pantanal e Refúgio Ecológico Caiman (de Roberto Klabin), no Pantanal, Costão de Santinho, na Mata Atlântica catarinense, e o Cristalino Lodge, na amazônia.
Em comum, esses empreendimentos enxergaram na RPPN uma forma de valorizar a imagem do hotel e o inserir num nicho de mercado ainda altamente inexplorado no país. Mas há também um forte componente emocional. Surgidas nos anos 90, as RPPNs em hotelaria resultam em muito da vocação de preservação florestal de seus proprietários.
“O ecoturismo não é o único propósito. Nosso principal objetivo é o de preservar a floresta e contribuir com os esforços de conservação da parte sul da amazônia que está passando por rápidas mudanças”, afirma Vitoria De Riva, diretora do Cristalino Lodge.
O sucesso desse tipo de atividade, no Brasil e no mundo, se explica pelos números. A Organização Mundial de Turismo calcula que em 2006, dado mais recente disponível, cerca de 42 milhões de pessoas se deslocaram de seus países de origem para fazer viagens motivadas pelo interesse na natureza.
“Ser sustentável deixou de ser uma coisa que se pode ou não fazer. Para o mercado internacional, isso é um pré-requisito”, diz Patrícia Servilha, diretora no Brasil da Chias Marketing, empresa de planejamento estratégico de turismo com sede em Barcelona e escritórios no México, Argentina e Chile. A consultoria estima, a partir de dados da OMT, que esse viajante gaste, em média, US$ 103,59/ dia e permaneça 15 dias no destino.
Fonte: Valor Econômico (Por Bettina Barros)
De olho nas novas tendências de mercado e no nicho promissor dos hotéis ambientalmente corretos, a Funcef, fundo de pensão da Caixa Econômica Federal, anunciou no fim de 2008 a criação de uma reserva florestal particular em seu Ecoresort de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Dona de um patrimônio imobiliário de R$ 2,1 bilhões, uma carteira hoteleira de três resorts e quatro hotéis econômicos, a Funcef agora quer agregar valor aos negócios via sustentabilidade.
Angra será a primeira experiência “verde”. A fazenda onde está localizado o ecoresort, composto por um hotel e dois condomínios, tem 180 hectares. Nada menos que 83,3% dessa área - 150 hectares - são de mata virgem, fragmentos da Mata Atlântica que sobreviveram à destruição do homem.
A Funcef ainda não tem as contas exatas, mas percebeu que a relação custo-benefício para manter a floresta em pé é interessante. Por um lado, o empreendimento está impedido por lei de derrubar árvores (o que sobrou da Mata Atlântica está protegido, sob pena de crime ambiental). Por outro, vê a procura crescente por hotéis “amigos da natureza” como oportunidade.
“O custo é pequeno para o valor agregado que teremos”, disse Jorge Luiz de Souza Arraes, diretor de participações societárias e imobiliária da Funcef. Em entrevista ao Valor, Arraes afirmou que deseja institucionalizar uma política para “que isso não seja pontual” nos negócios. “Quem não tiver esse tipo de postura vai ficar para trás”, diz.
O que diferencia esta iniciativa de outros ecoresorts no país é a sigla RPPN, de Reserva Particular para o Patrimônio Natural. Como o nome diz, trata-se de um instrumento jurídico destinado à preservação da floresta em propriedades particulares. É uma ferramenta ambiental extremamente rígida: uma vez criada a reserva - aprovada pelas autoridades ambientais e averbada em cartório - , a mata se torna intocável. Seus frutos ou sementes não podem ser comercializadas e as únicas atividades permitidas são as contemplativas (observação de pássaros e animais), de lazer (trilha e arvorismo) e pesquisa.
“É a garantia de preservação. A propriedade pode mudar de titularidade, mas a RPPN existirá sempre”, diz Carlos Alberto Mesquita, do Instituto BioAtlântica, no Rio.
Ao criar a RPPN em Angra, o fundo de pensão da Caixa aderiu a um restrito grupo de hotéis que optou pelo mesmo caminho. Além de algumas dezenas de pousadas, quatro grandes nomes figuram na lista: Sesc Pantanal e Refúgio Ecológico Caiman (de Roberto Klabin), no Pantanal, Costão de Santinho, na Mata Atlântica catarinense, e o Cristalino Lodge, na amazônia.
Em comum, esses empreendimentos enxergaram na RPPN uma forma de valorizar a imagem do hotel e o inserir num nicho de mercado ainda altamente inexplorado no país. Mas há também um forte componente emocional. Surgidas nos anos 90, as RPPNs em hotelaria resultam em muito da vocação de preservação florestal de seus proprietários.
“O ecoturismo não é o único propósito. Nosso principal objetivo é o de preservar a floresta e contribuir com os esforços de conservação da parte sul da amazônia que está passando por rápidas mudanças”, afirma Vitoria De Riva, diretora do Cristalino Lodge.
O sucesso desse tipo de atividade, no Brasil e no mundo, se explica pelos números. A Organização Mundial de Turismo calcula que em 2006, dado mais recente disponível, cerca de 42 milhões de pessoas se deslocaram de seus países de origem para fazer viagens motivadas pelo interesse na natureza.
“Ser sustentável deixou de ser uma coisa que se pode ou não fazer. Para o mercado internacional, isso é um pré-requisito”, diz Patrícia Servilha, diretora no Brasil da Chias Marketing, empresa de planejamento estratégico de turismo com sede em Barcelona e escritórios no México, Argentina e Chile. A consultoria estima, a partir de dados da OMT, que esse viajante gaste, em média, US$ 103,59/ dia e permaneça 15 dias no destino.
Fonte: Valor Econômico (Por Bettina Barros)
UM CRIME AMBIENTAL ESTÁ PRESTES A ACONTECER EM BELÉM - SE TEM CORAGEM DENUNCIE
A área que pertenceu à Pirelli, onde existia a maior fazenda do grupo na região Norte e que agora é propriedade do governo do Estado, em Marituba, Região Metropolitana de Belém (RMB), está sob análise da Companhia de Habitação do Pará (Cohab).
Segundo o diretor-presidente do órgão, Geraldo Bitar, os estudos vão mostrar se há ou não perspectivas de expansão urbana na região. Ele desconversa, porém, e não confirma a construção de casas populares na área.
A fazenda Pirelli, que ocupa uma área de oito mil hectares, passou a ser propriedade do Estado há cerca de dez anos. O terreno é cercado de vegetação nativa e serve de depósito para madeira ilegal apreendida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Segundo Geraldo Bitar, os estudos na área foram iniciados em meados do ano passado e não têm prazo para terminar.
'A área precisa ser preservada. Os estudos são preliminares. Examinamos a possibilidade de executar projetos, mas não é possível afirmar de que natureza', diz.
Sobre a construção de cerca de nove mil casas populares pelo governo do Estado, como parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Bitar afirma que não tem conhecimento sobre o assunto. 'Sei apenas dos estudos que vêm sendo feitos na área. Sendo órgão máximo de assuntos sobre habitação no Estado, a Cohab não tem conhecimento de um projeto para a construção de casas na área da Fazenda Pirelli', reforça.
Se esse funcionário desconhece o que pode ser feito nessa área preservada de floresta ainda nativa, que não a destine a habitações populares. Todo Belém que pensa o futuro da cidade, menos o Geraldo Bitar, sabe que essa área poderia ser destinada a um parque ambiental de biodiversidade que o Governo passado também não teve a visão estratégica de implantar. Essa área é um recurso estratégico que pode também ser utilizada para gerar recursos econômicos pelo seu não uso. Entendeu Sr. Bitar, ou ainda não sabe de que se fala?.
De ser construído um conjunto habitacional, será um verdadeiro crime ambiental. Existem outros lugares para construir conjuntos habitacionais para a população, com melhor infra-estrutura e acesso aos recursos e serviços necessários mínimos.
Segundo o diretor-presidente do órgão, Geraldo Bitar, os estudos vão mostrar se há ou não perspectivas de expansão urbana na região. Ele desconversa, porém, e não confirma a construção de casas populares na área.
A fazenda Pirelli, que ocupa uma área de oito mil hectares, passou a ser propriedade do Estado há cerca de dez anos. O terreno é cercado de vegetação nativa e serve de depósito para madeira ilegal apreendida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Segundo Geraldo Bitar, os estudos na área foram iniciados em meados do ano passado e não têm prazo para terminar.
'A área precisa ser preservada. Os estudos são preliminares. Examinamos a possibilidade de executar projetos, mas não é possível afirmar de que natureza', diz.
Sobre a construção de cerca de nove mil casas populares pelo governo do Estado, como parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Bitar afirma que não tem conhecimento sobre o assunto. 'Sei apenas dos estudos que vêm sendo feitos na área. Sendo órgão máximo de assuntos sobre habitação no Estado, a Cohab não tem conhecimento de um projeto para a construção de casas na área da Fazenda Pirelli', reforça.
Se esse funcionário desconhece o que pode ser feito nessa área preservada de floresta ainda nativa, que não a destine a habitações populares. Todo Belém que pensa o futuro da cidade, menos o Geraldo Bitar, sabe que essa área poderia ser destinada a um parque ambiental de biodiversidade que o Governo passado também não teve a visão estratégica de implantar. Essa área é um recurso estratégico que pode também ser utilizada para gerar recursos econômicos pelo seu não uso. Entendeu Sr. Bitar, ou ainda não sabe de que se fala?.
De ser construído um conjunto habitacional, será um verdadeiro crime ambiental. Existem outros lugares para construir conjuntos habitacionais para a população, com melhor infra-estrutura e acesso aos recursos e serviços necessários mínimos.
DE QUE MODELO PARA A AMAZÔNIA ESTAMOS FALANDO? (III)
O potencial para o descobrimento de novos princípios ativos para remédios, produtos alimentícios, cosméticos, óleos naturais e essenciais, fitoterápicos e controles biológicos para patógenos agrícolas é ilimitado e só o céu é o limite se são aproveitados adequadamente os novos recursos da ciência, tecnologia e inovação, que estão ao alcance das universidades da Amazônia.
Entretanto o setor não tem dado respostas a uma demanda do mercado internacional, cada vez mais amplo.
Existe o sério perigo que a biodiversidade siga o caminho de outros produtos diferenciados da floresta, tais como a borracha, os óleos de dendê e outros produtos pouco explorados na região e hoje fortemente difundidos na Ásia e em outras latitudes.
Será que o Brasil estará sempre fadado a chegar tarde para explorar suas riquezas estratégicas.
Por enquanto o valor da biodiversidade é praticamente nulo se a sociedade não percebe também a importância da sua conservação e não aloca recursos para protegê-la, por enquanto, de forma paralela, se difunda a inovação tecnológica e a ciência, para agregar valor aos produtos.
Para perceber esse valor é necessário que existam regras bem claras no que diz respeito à questão fundiária e ao uso da terra, para impedir que ela seja utilizada livremente como parte de um recurso da natureza sem valor. Nas comunidades extrativistas foi constatado que a natureza é percebida como um fator de produção, diferentemente do que se pensava no passado.
Entretanto a percepção oficial e a economia de mercado consideram o uso da terra na Amazônia apenas pelo seu valor do solo, sem considerar todos os valores de usos que nela existem.
As condições atuais da economia apontam para a possibilidade de que a Amazônia e os produtos da biodiversidade ocupem um espaço diferente no mercado global, comparativamente ao que ocuparam em fases econômicas passadas, fornecendo apenas recursos naturais e não produtos da natureza, com valor agregado, como acontece atualmente.
Neste terceiro milênio, a Amazônia apresenta também uma característica ímpar, porque já tem uma população urbana consolidada, com demandas e procura de soluções para os problemas socioeconômicos, que o modelo de desenvolvimento econômico vigente não resolveu. Esse modelo, que não é apenas nacional, está esgotado e suas conseqüências têm levado a uma crise da sociedade moderna, transformando-a em uma verdadeira “sociedade de risco”.
Entretanto o setor não tem dado respostas a uma demanda do mercado internacional, cada vez mais amplo.
Existe o sério perigo que a biodiversidade siga o caminho de outros produtos diferenciados da floresta, tais como a borracha, os óleos de dendê e outros produtos pouco explorados na região e hoje fortemente difundidos na Ásia e em outras latitudes.
Será que o Brasil estará sempre fadado a chegar tarde para explorar suas riquezas estratégicas.
Por enquanto o valor da biodiversidade é praticamente nulo se a sociedade não percebe também a importância da sua conservação e não aloca recursos para protegê-la, por enquanto, de forma paralela, se difunda a inovação tecnológica e a ciência, para agregar valor aos produtos.
Para perceber esse valor é necessário que existam regras bem claras no que diz respeito à questão fundiária e ao uso da terra, para impedir que ela seja utilizada livremente como parte de um recurso da natureza sem valor. Nas comunidades extrativistas foi constatado que a natureza é percebida como um fator de produção, diferentemente do que se pensava no passado.
Entretanto a percepção oficial e a economia de mercado consideram o uso da terra na Amazônia apenas pelo seu valor do solo, sem considerar todos os valores de usos que nela existem.
As condições atuais da economia apontam para a possibilidade de que a Amazônia e os produtos da biodiversidade ocupem um espaço diferente no mercado global, comparativamente ao que ocuparam em fases econômicas passadas, fornecendo apenas recursos naturais e não produtos da natureza, com valor agregado, como acontece atualmente.
Neste terceiro milênio, a Amazônia apresenta também uma característica ímpar, porque já tem uma população urbana consolidada, com demandas e procura de soluções para os problemas socioeconômicos, que o modelo de desenvolvimento econômico vigente não resolveu. Esse modelo, que não é apenas nacional, está esgotado e suas conseqüências têm levado a uma crise da sociedade moderna, transformando-a em uma verdadeira “sociedade de risco”.
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
CUIDADO COM OS VIRUS - UM DELES ANDA POR AÍ
DO BLOG DO - HÉLIO'S BLOG - Divulgação Científica
http://helioaraujosilva.spaces.live.com/
Fiquem atentos nos próximos dias!
Não abram nenhuma mensagem com um arquivo chamado ' C(convite), Independente de quem a enviou. É um vírus que 'abre' uma tocha olímpica que 'queima' todo o Disco
rígido do computador.
Este vírus virá de uma pessoa conhecida que tem seu nome em sua Lista de endereços, por isso você deve enviar esta mensagem a todos Os seus contactos.
É preferível receber 25 vezes esta mensagem, do que receber o vírus e abrí-lo..·
Se receber a mensagem chamada 'Invitation' não a abra e apague do seu computador imediatamente!·
É o pior vírus Anunciado pela CNN e classificado pela Microsoft Como o mais destrutivo que já existiu .
Ele foi descoberto ontem à tarde pela McAfee e não existe Anti-vírus para ele.·
O vírus destrói o Sector Zero do Disco Rígido, onde as informações Vitais de seu funcionamento são guardadas.·
ENVIE ESTA MENSAGEM A TODOS QUE VOCÊ CONHECE
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NIVELANDO INFORMAÇÕES II- DE QUE MODELO PARA A AMAZÔNIA ESTAMOS FALANDO?
O que a maioria dos responsáveis das políticas públicas na Amazônia ainda não compreendem, ou não estão interessados em compreender (por já ter assumido compromissos com as elites locais) é que o extrativismo e outras formas de produção, tradicionalmente praticadas na região, que integram as comunidades locais, apesar de ainda insuficientes, contribuem para a manutenção da floresta em pé, condição essencial para a sustentabilidade da Amazônia e para a geração de um novo modelo de sustentabilidade.
Com a intensidade das discussões sobre globalização e suas conseqüências no agravamento dos problemas ambientais no planeta, os recursos naturais se destacam hoje como um dos bens mais cobiçados para a sobrevivência da humanidade. Sendo assim, são diversos os interesses nacionais e internacionais que coexistem e se digladiam nesse campo, desde ambientalistas, que defendem o espaço geográfico e seus recursos naturais e ambientais, até fortes grupos econômicos, que consomem a natureza como simples matéria-prima para sustentar o crescimento econômico.
Acrescente-se, entre outros, o próprio Estado brasileiro, que, por intermédio das políticas públicas, expressa seu poder sobre o uso e a ocupação do território e seus recursos estratégicos como se eles fossem ilimitados. Os planos governamentais se sucedem, sobretudo a partir da década de 1970, na ocupação e desenvolvimento da Amazônia sem levar em consideração suas especificidades e riquezas naturais.
São muitas as correntes de opinião e os autores que convergem para o senso comum de que na Amazônia deve-se aproveitar a biodiversidade de forma sustentável, e que qualquer forma de exploração que não mantenha a floresta em pé terminará por destruir um bioma de riqueza imensurável, essencial para a sobrevivência da humanidade.
Entretanto, essa riqueza fantástica atribuída à Amazônia é, ainda, potencial. É preciso transformar esse potencial em insumos e produtos para os segmentos da indústria que apresentam uma demanda crescente de material de origem genético. Um dos melhores exemplos dessa demanda está nas indústrias de cosméticos (dermocosméticos), fitoterápica e farmacêutica, além da própria agricultura.
Como é de reconhecimento público e notório, a rica biodiversidade da Amazônia vem sendo subaproveitada e depredada ao longo dos tempos. Especialistas concordam que o momento atual é particularmente favorável para o aproveitamento dessa riqueza, em bases ambientalmente sustentáveis, economicamente dinâmicas e socialmente justas.
Um elemento central de diferenciação da biodiversidade, e que tem acirrado o debate sobre suas potencialidades, é o consenso entre os pesquisadores de todas as áreas de que a biodiversidade tem um substancial valor econômico e que está se tornando o principal recurso estratégico dos países de grande biodiversidade (megadiversos).
Com a intensidade das discussões sobre globalização e suas conseqüências no agravamento dos problemas ambientais no planeta, os recursos naturais se destacam hoje como um dos bens mais cobiçados para a sobrevivência da humanidade. Sendo assim, são diversos os interesses nacionais e internacionais que coexistem e se digladiam nesse campo, desde ambientalistas, que defendem o espaço geográfico e seus recursos naturais e ambientais, até fortes grupos econômicos, que consomem a natureza como simples matéria-prima para sustentar o crescimento econômico.
Acrescente-se, entre outros, o próprio Estado brasileiro, que, por intermédio das políticas públicas, expressa seu poder sobre o uso e a ocupação do território e seus recursos estratégicos como se eles fossem ilimitados. Os planos governamentais se sucedem, sobretudo a partir da década de 1970, na ocupação e desenvolvimento da Amazônia sem levar em consideração suas especificidades e riquezas naturais.
São muitas as correntes de opinião e os autores que convergem para o senso comum de que na Amazônia deve-se aproveitar a biodiversidade de forma sustentável, e que qualquer forma de exploração que não mantenha a floresta em pé terminará por destruir um bioma de riqueza imensurável, essencial para a sobrevivência da humanidade.
Entretanto, essa riqueza fantástica atribuída à Amazônia é, ainda, potencial. É preciso transformar esse potencial em insumos e produtos para os segmentos da indústria que apresentam uma demanda crescente de material de origem genético. Um dos melhores exemplos dessa demanda está nas indústrias de cosméticos (dermocosméticos), fitoterápica e farmacêutica, além da própria agricultura.
Como é de reconhecimento público e notório, a rica biodiversidade da Amazônia vem sendo subaproveitada e depredada ao longo dos tempos. Especialistas concordam que o momento atual é particularmente favorável para o aproveitamento dessa riqueza, em bases ambientalmente sustentáveis, economicamente dinâmicas e socialmente justas.
Um elemento central de diferenciação da biodiversidade, e que tem acirrado o debate sobre suas potencialidades, é o consenso entre os pesquisadores de todas as áreas de que a biodiversidade tem um substancial valor econômico e que está se tornando o principal recurso estratégico dos países de grande biodiversidade (megadiversos).
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
NIVELANDO INFORMAÇÕES - DE QUE MODELO PARA A AMAZÔNIA ESTAMOS FALANDO?
A Amazônia representa uma das maiores fontes de recursos naturais, além de ser um dos três patrimônios naturais mais importantes do planeta. Os outros são os mares profundos, sem uma governança ainda definida, e o território antártico, compartilhado entre diversas nações. Assim, a Amazônia é a única grande reserva da natureza que pertence, em sua maior parte, a um único país – o Brasil.
Como se isso não fosse suficiente, a Amazônia talvez seja uma das regiões mais cobiçadas no mundo, menos conhecida, pouco explorada, sujeita a muitas especulações e seriamente ameaçada. É praticamente consensual que os diversos ciclos de uso e exploração de seus recursos naturais e ambientais pouco contribuíram para a construção de uma sociedade justa, economicamente dinâmica e ambientalmente sustentável.
O modelo econômico vigente não tem contribuído para o dinamismo econômico sustentável e nem para uma melhor distribuição de renda, a partir do benefício econômico gerado.
Durante décadas foram promovidas atividades ambientalmente predatórias, como a pecuária e a indústria madeireira e, recentemente, a propagação da soja, que tem ampliado de forma extrema a fronteira agrícola. Embora tais atividades tenham, de certa forma, elevado a renda regional, e em alguns dos casos a renda per capita, elas não promoveram a eqüidade social desejada e têm acarretado o desmatamento e a destruição da floresta.
Da mesma forma, outras atividades de grande vulto – como a mineração e os empreendimentos hidrelétricos – têm contribuído muito mais como indicadores econômicos nacionais e internacionais do que para a solução dos sérios problemas da sociedade local: a pobreza e a exclusão.
Como se isso não fosse suficiente, a Amazônia talvez seja uma das regiões mais cobiçadas no mundo, menos conhecida, pouco explorada, sujeita a muitas especulações e seriamente ameaçada. É praticamente consensual que os diversos ciclos de uso e exploração de seus recursos naturais e ambientais pouco contribuíram para a construção de uma sociedade justa, economicamente dinâmica e ambientalmente sustentável.
O modelo econômico vigente não tem contribuído para o dinamismo econômico sustentável e nem para uma melhor distribuição de renda, a partir do benefício econômico gerado.
Durante décadas foram promovidas atividades ambientalmente predatórias, como a pecuária e a indústria madeireira e, recentemente, a propagação da soja, que tem ampliado de forma extrema a fronteira agrícola. Embora tais atividades tenham, de certa forma, elevado a renda regional, e em alguns dos casos a renda per capita, elas não promoveram a eqüidade social desejada e têm acarretado o desmatamento e a destruição da floresta.
Da mesma forma, outras atividades de grande vulto – como a mineração e os empreendimentos hidrelétricos – têm contribuído muito mais como indicadores econômicos nacionais e internacionais do que para a solução dos sérios problemas da sociedade local: a pobreza e a exclusão.
AMAZÔNIA, REGIÃO QUE CONTA COM A BIODIVERSIDADE MAIS RICA DO MUNDO E PRATICAMENTE NÃO EXPLORA SEU POTENCIAL
Na amazônia conta com a maior biodiversidade do mundo. 20% das aguas que desaguam no mar nascem na Amazônia, 2/3 partes de todos os seres vivos animais e plantas também são da Amazônia. Em contraste, aqui não se geram os principais negócios a partir de biodiversidade, que poderiam resultar em recursos e renda para as comunidades da Amazônia.
Um dos maiores pontos fracos das políticas públicas da Amazônia estão na sua falta de interação das universidades que contam com as pesquisas e conhecimento da biodiversidade e o setor produtivo.
Existem recursos, existe interesse de órgãos nacionais e internacionais para contribuir com a exploração sustentável da biodiversidade. O que falta é um gestão de política pública que aproveite as potencialidades d região.
O Brasil é segundo país do mundo com maior diversidade de aves. Com 1.822 espécies, fica atrás somente da Colômbia (1.865 espécies). Contudo, o turismo para observação desses animais, mais conhecido pelo termo em inglês "birdwatching", ainda é fraco por aqui.
Segundo Guto Carvalho, coordenador da Avistar (Encontro Brasileiro de Observação de Aves), o país recebe cerca de 2.000 observadores de aves por ano. Se forem consideradas as pessoas que vêm ao país a negócios e que aproveitam para praticar a avistagem, o número sobe para 5.000. É pouco para o potencial da biodiversidade brasileira. Folha de São Paulo 12/01/2009.
O terceiro país em diversidade de aves, o Peru (com 1.820 espécies), recebe em média 18 mil pessoas por ano, segundo Omar Barreda, da Comissão de Promoção do Peru para Exportação e Turismo. Hoje, a maioria dos turistas de observação de aves no Brasil é estrangeira.
"Cada turista fica em média de uma semana a dez dias. Nesse tempo, gasta cerca de US$ 2.000. Mais até, se incluirmos as passagens internacionais e guias. É difícil prever, mas a médio prazo esse mercado pode crescer de 300% a 500%. Assim, se continuar a incentivar esse tipo de turismo, o Brasil pode ganhar US$ 10 milhões por ano", afirma Carvalho.
Um dos maiores pontos fracos das políticas públicas da Amazônia estão na sua falta de interação das universidades que contam com as pesquisas e conhecimento da biodiversidade e o setor produtivo.
Existem recursos, existe interesse de órgãos nacionais e internacionais para contribuir com a exploração sustentável da biodiversidade. O que falta é um gestão de política pública que aproveite as potencialidades d região.
O Brasil é segundo país do mundo com maior diversidade de aves. Com 1.822 espécies, fica atrás somente da Colômbia (1.865 espécies). Contudo, o turismo para observação desses animais, mais conhecido pelo termo em inglês "birdwatching", ainda é fraco por aqui.
Segundo Guto Carvalho, coordenador da Avistar (Encontro Brasileiro de Observação de Aves), o país recebe cerca de 2.000 observadores de aves por ano. Se forem consideradas as pessoas que vêm ao país a negócios e que aproveitam para praticar a avistagem, o número sobe para 5.000. É pouco para o potencial da biodiversidade brasileira. Folha de São Paulo 12/01/2009.
O terceiro país em diversidade de aves, o Peru (com 1.820 espécies), recebe em média 18 mil pessoas por ano, segundo Omar Barreda, da Comissão de Promoção do Peru para Exportação e Turismo. Hoje, a maioria dos turistas de observação de aves no Brasil é estrangeira.
"Cada turista fica em média de uma semana a dez dias. Nesse tempo, gasta cerca de US$ 2.000. Mais até, se incluirmos as passagens internacionais e guias. É difícil prever, mas a médio prazo esse mercado pode crescer de 300% a 500%. Assim, se continuar a incentivar esse tipo de turismo, o Brasil pode ganhar US$ 10 milhões por ano", afirma Carvalho.
MASSACRE EM GAZA III
ANÁLISE DA NOTÍCIA
A semântica da guerra
A ofensiva de Israel em Gaza já trouxe uma peculiaridade para a linguagem jornalística que mostra algo sobe sua natureza. E essa marca jaz nos adjetivos. Duas das expressões mais utilizadas nos jornais são "carnage" (abate de animais para alimentação) e "onslaught", sinônimo de "furious attack" (ataque furioso). De novo, o termo vem da matança de animais (“slaughter”) e, no contexto bélico, se aplica a uma situação em que um dos contendores mata indiscriminadamente pessoas do outro lado.
A semântica da guerra
A ofensiva de Israel em Gaza já trouxe uma peculiaridade para a linguagem jornalística que mostra algo sobe sua natureza. E essa marca jaz nos adjetivos. Duas das expressões mais utilizadas nos jornais são "carnage" (abate de animais para alimentação) e "onslaught", sinônimo de "furious attack" (ataque furioso). De novo, o termo vem da matança de animais (“slaughter”) e, no contexto bélico, se aplica a uma situação em que um dos contendores mata indiscriminadamente pessoas do outro lado.
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