quarta-feira, 27 de junho de 2012

A mordida de Lula



A promessa de "morder a canela dos adversários" em defesa de Fernando Haddad, feita por Lula, é vista pelos tucanos como isca para levar José Serra a "nacionalizar" a eleição paulistana, alimentando a desconfiança de que pode deixar o cargo, caso eleito, para disputar a Presidência. Tal estratégia liberaria ainda o candidato petista dos ataques mais duros ao rival e facilitaria sua inserção entre os chamados "azuis" -eleitores do centro expandido da capital, mais conservador.

Efeito colateral Embora enxerguem potencial inflamável na provocação, correligionários de Serra acreditam que o tom mais beligerante do PT pode reacender sentimento anti-Lula adormecido em parcela do eleitorado de São Paulo após a aprovação recorde de seu mandato.

Tô fora FHC e Sérgio Guerra driblaram a polêmica acerca da chapa "puro-sangue" em São Paulo. Ao contrário dos dirigentes municipais e estaduais do PSDB, que advogam a vaga de vice para um tucano, ambos delegam a escolha a Serra.

Pró-forma Indiferente ao acordo com o PC do B que instalará hoje Nádia Campeão na chapa de Haddad, ala do PSB paulistano apresentará protocolarmente Keiko Ota como opção para vice. A ideia é dar uma satisfação para queixa interna de falta de espaço na coalizão.

Cereja O golpe final para distanciar Eduardo Campos do PT pode estar por vir: o governador negocia a adesão do PSDB ao chapão em apoio a seu candidato em Recife (PE), Geraldo Júlio.

Painel

VERA MAGALHÃES - painel@uol.com.br

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