O Crescimento verde de Delfim Neto.
Não há possibilidade de exigir a redução do consumo e do crescimento de países ainda em desenvolvimento, assim como o mundo que tem uma população de 7 bilhões de habitantes não terá recursos suficientes para que todos tenham o padrão de consumo dos Estados Unidos, avaliou nesta quarta-feira o economista e ex-ministro da Fazenda Antonio Delfim Netto.
“Precisaríamos importar duas terras. Todos os países que são desenvolvidos hoje foram grandes poluidores no passado. O problema é que todos querem crescimento do PIB, e para produzir uma unidade de produto há sempre associado também emissão de CO2”, afirmou.
A alternativa, afirmou Delfim Netto durante debate sobre economia verde realizado pelo 23º Congresso Brasileiro do Aço, é criar mecanismos de incentivo para inovações tecnológicas que permitam redução da emissão de gases de efeito estufa para cada unidade de crescimento de um país.
“Precisamos de tecnologias que reduzam emissão de CO2 por unidade do PIB, mas não adianta pedir para que Índia e Brasil parem porque o resto do mundo chegou na frente. Ninguém vai convencer nenhuma sociedade a isso”, afirmou.
Esse estímulo, diz Delfim, já está ganhando força nos Estados Unidos, que deve sair da atual crise com um modelo de capitalismo mais voltado para tecnologias que diminuam as emissões. No Brasil, afirma, o estímulo, nesse caso, tem que ser genérico, por meio de proteções mais rigorosas às patentes de indivíduos e incentivos tributários no caso das empresas.
No mesmo sentido, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, defendeu que nas negociações internacionais seja dada mais ênfase aos incentivos do que às punições. Ela mencionou, por exemplo, o caso do biocombustível brasileiro, que não é reconhecido como um esforço brasileiro para diminuir emissões pelo Protocolo de Kyoto. “As discussões precisam ter equilíbrio e levar em conta o esforço de uma sociedade em avançar. Mas em geral prefere-se taxar quem emite mais do que privilegiar quem emite menos. Vamos dar competitividade em quem investe para ser sustentável ou condenar quem quer ficar onde está?”, questionou a ministra durante o debate.
VALOR ECONÔMICO
Não há possibilidade de exigir a redução do consumo e do crescimento de países ainda em desenvolvimento, assim como o mundo que tem uma população de 7 bilhões de habitantes não terá recursos suficientes para que todos tenham o padrão de consumo dos Estados Unidos, avaliou nesta quarta-feira o economista e ex-ministro da Fazenda Antonio Delfim Netto.
“Precisaríamos importar duas terras. Todos os países que são desenvolvidos hoje foram grandes poluidores no passado. O problema é que todos querem crescimento do PIB, e para produzir uma unidade de produto há sempre associado também emissão de CO2”, afirmou.
A alternativa, afirmou Delfim Netto durante debate sobre economia verde realizado pelo 23º Congresso Brasileiro do Aço, é criar mecanismos de incentivo para inovações tecnológicas que permitam redução da emissão de gases de efeito estufa para cada unidade de crescimento de um país.
“Precisamos de tecnologias que reduzam emissão de CO2 por unidade do PIB, mas não adianta pedir para que Índia e Brasil parem porque o resto do mundo chegou na frente. Ninguém vai convencer nenhuma sociedade a isso”, afirmou.
Esse estímulo, diz Delfim, já está ganhando força nos Estados Unidos, que deve sair da atual crise com um modelo de capitalismo mais voltado para tecnologias que diminuam as emissões. No Brasil, afirma, o estímulo, nesse caso, tem que ser genérico, por meio de proteções mais rigorosas às patentes de indivíduos e incentivos tributários no caso das empresas.
No mesmo sentido, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, defendeu que nas negociações internacionais seja dada mais ênfase aos incentivos do que às punições. Ela mencionou, por exemplo, o caso do biocombustível brasileiro, que não é reconhecido como um esforço brasileiro para diminuir emissões pelo Protocolo de Kyoto. “As discussões precisam ter equilíbrio e levar em conta o esforço de uma sociedade em avançar. Mas em geral prefere-se taxar quem emite mais do que privilegiar quem emite menos. Vamos dar competitividade em quem investe para ser sustentável ou condenar quem quer ficar onde está?”, questionou a ministra durante o debate.
VALOR ECONÔMICO
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