SÃO PAULO - O Ministério do Planejamento não cumpriu o acordo de se reunir com o movimento grevista ontem e apresentar o escopo de um novo projeto de reestruturação da carreira dos professores das universidades federais. Por conta disso, a paralisação, que completou um mês no fim de semana e paralisa a atividade de 55 instituições, continua por tempo indeterminado, de acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes).
A presidente do Andes, Marina Barbosa, informou que o secretário Nacional de Relações Trabalhistas, Sérgio Mendonça, argumentou que em função da Rio+20 e do encontro do G-20 no México não foi possível elaborar um documento nem reunir representantes de diferentes áreas do governo federal, como o Ministério da Fazenda. Uma nova reunião será marcada na semana que vem, mas não especificou uma data, segundo confirmou a assessoria de imprensa da secretaria.
Marina disse que a atitude do governo pode gerar "reação negativa" na base da categoria. "Mais uma vez o governo não cumpre os prazos por ele mesmo anunciados, a reunião do Comando Nacional de Greve irá avaliar o quadro e definir seus passos nacionais. Aguardamos agora a convocação da próxima reunião. A responsabilidade está com o governo”, disse.
Na manhã de hoje, professores grevistas organizaram manifestação em frente à sede do Ministério do Planejamento, em Brasília.
Os professores federais reivindicam aprovação da reestruturação do plano de carreira da categoria e a melhoria das condições de trabalho nas novas universidades federais inauguradas durante o governo Lula.
(Luciano Máximo | Valor)
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