sábado, 16 de junho de 2012

Espectáculo teremos, mas não do crescimento

Índice do BC reforça receio de crescimento pífio do PIB neste ano

A economia brasileira precisará ter um desempenho excepcional nos dois últimos trimestres do ano para que a expansão do Produto Interno Bruto (PIB (soma das riquezas produzidas no país) consiga chegar em 2012 pelo menos perto dos 4% esperados pelo governo. Ontem, o Banco Central divulgou a variação do IBC-Br de abril — um indicador que serve como uma espécie de antecipação do PIB. O crescimento foi somente de 0,22% em relação a março. Os economistas correram para fazer as contas e chegaram à conclusão que um resultado tão tímido aponta para uma expansão econômica de apenas 0,50% no segundo trimestre
e inferior a 2% no ano.

Pelo indicador do BC, em 12 meses a variação da atividade está em apenas 1,55%. No primeiro quadrimestre, a alta em relação ao mesmo período do ano passado foi de mero 0,35%. E em abril, com o enfraquecimento da atividade econômica, o IBC-Br teve uma contração de 0,02% na comparação com abril de 2011. Foi a primeira queda nessa base de comparação desde setembro de 2009, quando o banco de investimentos norte-americano Lehman Brothers quebrou, agravando a crise financeira global. Naquela ocasião, o IBC-Br recuou 1,79% em relação a setembro de 2008.

 Vânia Cristino
 

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