segunda-feira, 16 de julho de 2018

Notícias CMA - FMI: Projeção de alta do PIB do Brasil em 2018 cai de 2,3% a 1,8%



São Paulo, 16 de julho de 2018 - 

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer 1,8% este ano, segundo o relatório trimestral de projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), uma forte revisão para baixo ante a expectativa divulgada em abril, que mostrava alta de 2,3%. Para o ano que vem, a projeção ficou inalterada em 2,5%. Em 2017, o crescimento havia sido de 1,0%. 

De acordo com o FMI, a perspectiva moderada reflete perspectivas mais difíceis devido a "efeitos persistentes de greves e incerteza política". Além disso, o real desvalorizou mais de 10% diante de uma recuperação econômica mais fraca do que o esperado e das incertezas políticas. Segundo o FMI, os preços mais altos das commodities continuam a dar suporte aos exportadores de commodities na América Latina. Porém, além das incertezas no Brasil, pesam contra o crescimento da região as condições financeiras mais apertadas e ajustes de política na Argentina e, no México, as tensões comerciais e incertezas prolongadas devido à renegociação do Tratado Norte-Americano de Livre-Comércio (Nafta, em inglês). 

Em coletiva de imprensa, o assessor econômico e diretor do departamento de pesquisa do FMI, Maurice Obstfeld, disse que alguns países da América Latina estão mais expostos que outros às atuais tensões comercias globais. No caso do Brasil, o impacto até agora foi amenizado pelas negociações com o governo dos Estados Unidos para pedir isenção das tarifas do aço e do alumínio. "Provavelmente o país mais exposto, por causa do Nafta, é o México. 

Não sabemos como essas negociações vão acabar", acrescentou. Para ele, se as renegociações derem errado e as cadeias de suprimentos forem quebradas, como no setor automotivo, isso pode ter efeito um mais grave. Ele também elogiou as declarações recentes do novo presidente eleito, Andrés Manuel López Obrador, de manter as políticas econômicas do país. Já as perspectivas para a Venezuela, que enfrenta um colapso dramático na atividade econômica e uma crise humanitária, foram revisadas para baixo, apesar da recuperação dos preços do petróleo, uma vez que a produção da commodity diminuiu drasticamente, diz o relatório do FMI. 

Obstfeld disse, na coletiva, que vê contração econômica de dois dígitos na Venezuela, além de uma hiperinflação. "É difícil definir a extensão do colapso da economia da Venezuela", disse ele, acrescentando que a qualidade dos dados econômicos publicados no país é duvidosa. Cristiana Euclydes / Agência CMA Edição: Pâmela Reis (pamela.reis@cma.com.br) Copyright 2018 - Grupo CMA

terça-feira, 29 de maio de 2018

StartOut Brasil - Ciclo Paris

domingo, 13 de maio de 2018

Feliz dia das mães

Nunca deixa de estar presente na minha vida, até os 13 anos quando nos deixou. Sempre segui seus maravilhosos conselhos e suas profundas ensinamentos  de que somente a educação fazia os homens verdadeiramente livres.

segunda-feira, 7 de maio de 2018

UNIVERSITEC recebeu visita da comitiva da embaixada da Bélgica no Brasil,

segunda-feira, 26 de março de 2018

¿Qué representa la figura de Miguel Henríquez?

domingo, 25 de fevereiro de 2018

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"Um ancião índio norte-americano, certa vez, descreveu seus conflitos internos da seguinte maneira:
- Dentro de mim há dois cachorros. Um deles é cruel e mau. O outro é muito bom, e eles estão sempre brigando.

Quando lhe perguntaram qual cachorro ganhava a briga, o ancião parou, refletiu e respondeu:
- Aquele que eu alimento mais frequentemente.

Paulo Coelho

Estado Islâmico. A história do 'hipster' que se juntou aos jihadistas da Síria 'por engano'


Albert Berisha tem 31 anos e há cinco foi para a Síria lutar na sangrenta e complexa guerra civil do país

Albert Berisha tem 31 anos e há cinco foi para Síria a lutar na complexa e sangrenta guerra civil do país. 

Mais de 300 pessoas do Kosovo se juntaram a grupos extremistas islâmicos lutando a "guerra santa" na Síria e no Iraque --a região tem o maior número per capita de combatentes em toda a Europa.

Mas nem todos eles correspondem à imagem estereotipada de um jihadista. Um homem de barba curta, sobretudo curto e expressão um tanto confusa acena para mim entre as mesas de um café moderno em Pristina, capital do Kosovo.

Ele toma um copo alto de café com bastante creme chantili em cima.

Albert Berisha tem 31 anos e há cinco foi para a Síria lutar na sangrenta e complexa guerra civil do país. "Sei que é difícil acreditar, mas aconteceu", diz Albert sobre os nove dias que passou com diferentes grupos extremistas.

Articulado e focado, ele diz que sua razão principal para ir para a Síria era fazer oposição ao presidente sírio Bashar Al-Assad.

De certo modo, Albert foi lutar "por engano" e acabou entrando e saindo de experiências desconfortáveis e assustadoras.

Durante o período que passou na Síria, ele diz que a Frente Al-Nusra --grupo que já foi afiliado à Al-Qaeda-- tentaram alistá-lo antes de liberá-lo.

Em seguida, ele foi ficar com um grupo de albaneses antes de descobrir que eles estavam tentando entrar no grupo autodenominado Estado Islâmico (EI), o que ele não queria.

Ideias românticas

Albert disse que escapou enquanto eles lutavam contra os curdos, e foi se juntar ao Ahrar Al-Sham, uma coalizão de grupos islâmicos e salafistas que não é classificada como organização terrorista.

Ele aprendeu como desmontar, limpar e montar novamente um fuzil Kalashnikov, mas afirma nunca ter participado realmente de um combate. Depois de cinco dias, ele percebeu que a vida na Síria não correspondia às ideias românticas que tinha de juntar-se a uma revolução para libertar os oprimidos.

"Seria mais fácil para mim mentir como muitos outros fizeram --dizendo que só queriam oferecer ajuda humanitária", diz.

"Eu realmente achei que terminaria o meu treinamento e seria incluído diretamente no campo de batalha. Mas eu nunca quis me tornar membro de um grupo terrorista."

Por ter crescido no Kosovo, que esteve em guerra com a Sérvia por dois anos durante a infância de Albert, pegar em armas por uma causa não lhe parecia uma ideia completamente estranha.

De acordo com a maneira como ele conta sua história, não se tratava tanto de radicalidade, mas de

ingenuidade. Antes de chegar ao país, ele diz que seu conhecimento sobre a Síria vinha quase que
completamente de vídeos a que assistia na internet.

"Eu imaginei que a oposição a Assad não teria pessoas com histórico de crimes em suas frentes de batalha.

Achei que só haveria pessoas de boa vontade que queriam ajudar a população."

25/02/2018 A história do 'hipster' que se juntou aos jihadistas da Síria 'por engano' - BBC - UOL Notícias

https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2018/02/25/a-historia-do-hispter-que-se-juntou-aos-jihadistas-da-siria-por-engano.htm 2/2

Ele afirma, no entanto, que encontrou rixas mesquinhas e brutais entre facções islâmicas diferentes, que faziam

mais mal do que bem aos civis sírios.

Depois de explicar ao comandante de sua unidade que havia deixado de cumprir uma regra crucial --não havia pedido permissão a sua mãe para participar das batalhas--, Albert foi liberado do Ahrar Al-Sham e foi para casa.

Ele ficou fora do Kosovo por menos de duas semanas. Sua mãe nem sabia que ele tinha ido para a Síria.

Pelo menos não até ele ser preso na casa de sua família, em uma manhã de 2014.

Desde então, ele foi acusado de terrorismo e condenado a três anos e meio de prisão, ao qual está apelando no tribunal. Se não conseguir, vai direto para a cadeia.

Por causa do número de combatentes que exportou, o Kosovo ficou conhecido como "a capital da jihad na Europa". O assunto é bastante delicado aqui. Quando eu o menciono a um funcionário do governo, ele interrompe a entrevista, dizendo que a pergunta se trata de "propaganda sérvia e russa".

Retorno

Na medida em que o califado do EI no Oriente Médio se desfaz, a pergunta é o que acontecerá com os combatentes que começam a voltar a seus países de origem.

O primeiro-ministro do Kosovo, Ramush Haradinaj, diz que está disposto a recebê-los de volta, ao contrário de

países como o Reino Unido, que estão revogando a nacionalidade dos combatentes.

Albert e seu amigo Arber criaram uma organização chamada Instituto pela Segurança, Integração e Desradicalização, na esperança de conseguir convencer pessoas a desistirem de ir lutar e fazer um contraponto à narrativa jihadista nas mídias sociais.

Eles também oferecem ajuda aos que voltam ao Kosovo e pretendem se afastar do extremismo, mas admitem não saber se os combatentes que retornarem irão, de fato, querer deixar o radicalismo de lado.

Albert, por sua vez, já pensa no caminho que tomará, aos 34 anos, quando sair da prisão.

"Quando eu era mais jovem, todo mundo pensava que eu teria uma carreira política, e minha primeira aparição na mídia foi como um suspeito de terrorismo", lamenta.